domingo, dezembro 26, 2010

Lorenzo Fernandez

Oscar Lorenzo Fernandez
Lorenzo Fernandez (Oscar Lorenzo Fernandez), regente, professor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4/11/1897, e faleceu na mesma cidade, em 27/8/1948. Filho de espanhóis, desde criança demonstrou vocação para a música, embora pretendesse seguir a carreira de médico.

Após concluir o curso secundário, entretanto, foi acometido de doença nervosa que o impediu de continuar os estudos, permanecendo inativo durante vários meses. Em 1917 decidiu ingressar no I.N.M., onde teve como principal orientador Frederico Nascimento. Estudou teoria e piano com J. Otaviano e em 1918 passou a freqüentar a classe de harmonia de Frederico Nascimento, enquanto seguia as aulas de piano de Henrique Oswald.

Mais tarde foi aluno de Francisco Braga, estudando contraponto, fuga, composição e instrumentação. Por essa época freqüentava com Luciano Gallet a casa de Frederico Nascimento, onde Alberto Nepomuceno passava seus últimos dias, para ouvir-lhe os conselhos, que muito o influenciaram.

Em 1920 foi um dos fundadores da Sociedade de Cultura Musical, onde ocupou diversos cargos, até sua extinção em 1926. Em 1922 começou a se destacar como compositor, participando de um concurso com as peças Noturno e Arabesca, para piano, e Cisnes e Ausência, para canto e orquestra. No ano seguinte substituiu interinamente Frederico Nascimento na cátedra de harmonia superior do I.N.M., sendo efetivado no posto dois anos depois.

Em 1924 obteve o primeiro lugar em concurso de composição da Sociedade de Cultura Musical, com o Trio brasileiro, sua primeira obra importante, que assinala o rumo definitivo de sua orientação nacionalista.

A 17 de novembro de 1925 estreou sua Suíte sinfônica (sobre três temas populares brasileiros), sua primeira obra orquestral, regida por Nicolino Milano, com a orquestra do I.N.M. Outro trabalho importante desse período é o Quinteto — Suíte para quinteto de sopro.

Nova versão da Suíte sinfônica, com a instrumentação completamente refeita, foi executada em 1929 nos Festivais íbero-Americanos de Barcelona, Espanha, onde alcançou êxito. Mas seu primeiro grande sucesso foi o bailado Imbapara, baseado em temas recolhidos por Roquete Pinto entre os índios Pareci da serra do Norte, no Mato Grosso, que estreou a 2 de setembro de 1929 sob a regência de Francisco Braga.

Dessa época são também os Três estudos em forma de sonatina, para piano. No ano seguinte compôs a suíte Reisado do pastoreio, cujo “Batuque” final se tornou autêntico clássico da música erudita brasileira, gravado por Hans Kindler (1892—1949) e a Sinfônica Nacional, de Washington D.C., EUA, com grande êxito comercial, e executado por regentes famosos.

Ainda em 1930 fundou a revista mensal Ilustração Musical, que durou até o oitavo número, de março de 1931. Sua ligação com os artistas do movimento modernista resultou na ópera Malasarte, com texto de Graça Aranha. Com a morte deste, teve apenas alguns de seus trechos executados a 21 de outubro de 1933, no I.N.M., e somente foi encenada a 30 de setembro de 1941, no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro.

Em 1935 regeu em São Paulo SP um concerto na Sociedade de Cultura Artística, e dois anos depois, sob regência de Villa-Lobos, estreou no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, seu poema coreográfico Amaya, inspirado em argumentos e temas musicais de caráter incaico.

Uma de suas maiores realizações foi a fundação, em 1936, do Conservatório Nacional de Música, no Rio de Janeiro, para o qual obteve, em 1940 uma sede própria no centro da cidade, com salão de concertos, sala de conferências, biblioteca etc. Foi diretor da entidade até a morte, promovendo recitais, concertos e cursos livres, e incentivando a aplicação da moderna pedagogia à iniciação musical infantil.

Em 1938 empreendeu sua primeira tournée como regente e conferencista pela América Latina (Colômbia, Panamá, Cuba, Peru, Chile, Argentina e Uruguai) divulgando, além de suas obras, as de autores brasileiros como Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno e Henrique Oswald. Nesse mesmo ano, o “Batuque” extraído do final do primeiro ato de sua ópera Malasarte foi executado no festival comemorativo do IV Centenário de Bogotá, obtendo o primeiro prêmio, instituido pela New Music Association da Califórnia, EUA.

Foi em seguida convidado pelo prefeito da capital colombiana a musicar o Hino à raça, de Guillermo Valencia, executado simultaneamente a 12 de outubro no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, e no Teatro Colón, de Bogotá, com irradiação para todo o continente.

Em junho de 1940, o “Batuque” do Reisado do pastoreio foi executado em concerto no Rio de Janeiro pela orquestra da National Broadcasting Corporation, dos EUA., sob a regência de Arturo Toscanini (1867—1957).

Em 1941 participou em Santiago do Chile, com Aaron Copland e Honorio Siccardi, do júri de um concurso de composição, cujo resultado, anulado pelo governo chileno, provocou grande controvérsia na imprensa e nos círculos musicais chilenos.

Seu Primeiro concerto, para violino e orquestra, foi executado por Oscar Borgeth a 13 de junho de 1945, sob regência de Erich Kleiber (1890—1956). Nesse ano compôs a Primeira sinfonia, estreada em 1948 pela Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência de Eleazar de Carvalho.

Em 1947 terminou de compor a Segunda sinfonia, inspirada em “O caçador de esmeraldas”, de Olavo Bilac, que não chegou a ser executada durante sua vida. Seu cinqüentenário foi comemorado em vários círculos musicais do país, tendo sido recebido festivamente em Curitiba PR pela Sociedade Brasílio ltiberê, regido a Orquestra Sinfônica do Recife PE e o Coral Villa-Lobos, em João Pessoa PB.

Sua última aparição em público ocorreu no dia de sua morte, a 27 de agosto de 1948, quando regeu um concerto sinfônico com a orquestra da E.N.M.U.B., no Rio de Janeiro.

Em 1997, em comemoração do centenário de nascimento do compositor, foi realizada uma série de concertos e um recital multimídia com o barítono Walter Weiszflog e o pianista Achille Picchi. Foi lançado também o livro Roteiro interior de amor e renúncia, uma seleção de poesias do compositor, organizada por Helena Lorenzo Fernandez.

Obra completa 

Música dramática
Ópera: Malasarte, 1931-1933.
Música orquestral
Amaya, poema coreográfico, 1930; Imbapara, bailado, 1928; Primeira sinfonia, 1945; Primeiro concerto, p/piano e orquestra, 1924; Primeiro concerto, p/viouno e orquestra, 1941-1942; Reisado do pastoreio, suíte, 1930; Segunda sinfonia, 1946-1947; Suíte do Malasarte (Malasartiana), 1941; Suíte sinfônica, 1925; Variações sinfônicas, p/piano e orquestra, 1948.
Música de câmara
Trios: Duas invenções seresteiras, p/flauta, clarineta e fagote, 1944; Idílio romântico, p/piano, violino e celo, 1924; Primeiro trio, p/piano, violino e cela, 1921; Trio brasileiro, p/piano, violino e celo, 1924.
Quartetos: Aquarelas, p/arcos, 1927; Primeiro quarteto, p/dois violinos, viola e cela, 1927; Segundo quarteto, p/dois violinos, viola e celo, 1946.
Quinteto: Quinteto —Suíte p/quinteto de sopro, 1926. Música instrumental
Solos p/piano: Acalanto da saudade, 1928; Arabesca, 1920; Bazar, 1933; Berceuse da boneca triste, 1926; Boneca Iaiá, 1944; Bonecas, 1932; Dança lânguida, 1927; Duas miniaturas, 1918; Folhas d’álbum, 1927; Historieta ingênua, 1925; Historietas maravilhosas, 1922; Marcha dos soldadinhos desafinados, 1927; Minhas férias, 1937; Miragem, 1919; Noturno, 1919; Pequena série infantil, 1937; Poemetos brasileiros — la série, 1926; Poemetos brasileiros — 2 série, 1928; Prelúdio fantástico, 1924; Prelúdios do crepúsculo, 1922; Presentes de Noel, 1927; Primeira brasiliana, 1927; Primeira suíte brasileira, 1936; Recordações da infância, 1935; Rêverie, 1923; Segunda suíte brasileira, 1938; Sonata breve, 1947; Suíte das cinco notas, 1942; Terceira suíte brasileira, 1938; Três estudos em forma de sonatina, 1929; Valsa exótica, 1927; Valsa suburbana, 1932; Visões infantis, 1923.
Solos p/violão: Ponteio, 1938; Saudosa seresta, 1938; Suave acalanto, 1938; Velha modinha, 1938.
Duos: Melodia, p/violino e piano, 1926; Moda, p/violino e piano, 1927; Noturnal, p/violino e piano, 1924; Noturno elegíaco, p/celo e piano, 1923; Romança, p/violino e piano, 1921; Romance elegíaco, p/celo e piano, 1924; Toada e dança, p/celo e piano, 1926. 
Música vocal
Canto e piano: Aveludados sonhos, 1947; Canção ao luar, 1933; A canção da fonte, 1936; Canção do berço, 1925; Canção do mar, 1934; Canção do violeiro, 1926; Canção sertaneja, 1924; Coração inquieto, 1938; Dentro da noite, 1946; Dois epigramas, 1925; Duas canções, 1922; Duas modinhas, 1928; Elegia da manhã, 1946; Essa negra fulô, 1934; O horizonte vazio, 1933; Macumba, 1926; Madrigal, 1943; Meu coração, 1926; Meu pensamento, 1934; Noite de junho, 1933; Ó vida de minha vida, 1923; Samaritana da floresta, 1936; A saudade, 1921; Serenata, 1930; Solidão, 1922; A sombra suave, 1929; Suave acalanto, 1936; Tapera, 1929; Toada para você, 1928; Toi, 1923; Trovas do amor, 1947; As tuas mãos, 1935; Vesperal, 1946.
Canto e orquestra: Ausência, 1922; Berceuse da onda, 1928; Canção do poço, 1931-1933; Cisnes, 1921; Do outro lado do mar, 1931-1933; As estrelas, 1923; Eu sou aquela que amam os homens, 1931-1933; Modinha de Malasarte, 1931-1933; Noturno, 1934; Quando eu era pequenino, 1931-1933; A samaritana, 1920; Seus olhos eram verdes, 1931-1933; Surdina, 1922; Um beijo, 1920; Velas ao mar, 1919.
Canto coral: Canção panteísta, 1933; Canções da infância, 1926; Cantigas de minha terra, 1935; Coros do Malasarte, 1931-1933; Os dois céus, 1944; Duas evocações, 1930; Duas noturnais, 1930; Epigramas matinais, 1936; Hino à raça, 1939; Motete, 1924; Noturno das folhas soltas, 1936; Ode a Santa Cecília, 1933; Oração ao sol, 1924; A tarde lenta, 1933; As tuas mãos, 1935. 

CDs

A obra de canto de Oscar Lorenzo Fernandez, Maria Lúcia Godoy e Talitha Peres, 1993, Conversatório Brasileiro de Música 107.224; Lorenzo Fernandez — Obras (2 CDs), 1997, Rádio M.E.C. 5011 e 5012.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Romeu Fernandes

Romeu Fernandes
Romeu Fernandes (Romeu Pece), cantor e compositor, nasceu em Santos, SP, em 17/11/1924. Ainda criança apresentou-se em diversas rádios de Santos, com o nome de Romeu Peis, chegando a atuar com cantores famosos da época.

Depois estudou canto, e na década de 1940 trabalhou como crooner em Santos e São Paulo, com Amleto e sua Orquestra, Quarteto Marabá e Brazilian Boys.

De 1952 a 1965 foi cantor contratado de diversas emissoras do Rio de Janeiro e São Paulo.

Sua primeira gravação é de 1954, com as músicas Saudade (Scorza Neto) e Fantástica visão (Ângelo Reale), pela Sinter. Na mesma época, o bolero Recordando (de sua autoria) foi gravado por Alcides Gerardi, na Odeon. 

Em 1957, participou como cantor e ator do filme Samba na vila, de Luís de Barros. Gravou na Continental um LP em homenagem a Francisco Alves, que alcançou sucesso. 

Seus principais parceiros são Guido Medina, Nelson Bastos e José Batista. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998

Juvenal Fernandes

Juvenal Fernandes, compositor e cantor, nasceu em São Paulo, SP, em 19/10/1925. Começou a se interessar por música por 1940, tendo estudado teoria musical e violino com os maestros Carmine Tardio e João Portaro.

Trabalhou no comércio durante vários anos, procurando fixar-se em casas ligadas ao ramo musical, onde entrou em contato com músicos e cantores.

Em 1946 teve sua primeira composição gravada, Destinos iguais, por Gilberto Canavarro, na Continental. No ano seguinte, o mesmo cantor gravou, também na Continental, outra composição de sua autoria, Reprovação. Por essa época, atuou como cantor na Rádio América e Rádio São Paulo, e também como instrumentista em vários grupos, como Centro Musical Dom Bosco, Grupo Cômico Anglo-Americano e Orquestra Sinfônica Amadora. 

Em 1950, o cantor Alberto Santos gravou outra de suas composições, Pobre sonhadora, em discos Continental. Em 1951 sua composição Na minha terra (com J. M. Alves) foi gravada pela cantora Nilza Miranda, na Chantecler. Seu maior êxito foi Samba que eu quero ver (com João de Barro e Djalma Ferreira), gravado por Djalma e seu conjunto, Os Milionários do Ritmo, na Continental, em 1953. 

Nesse ano fez a letra para a valsinha Anel de noivado (Rielli e Riellinho), gravada na Continental no mesmo ano pelo Trio Gaúcho, contando diversas regravações: por Rielli em solo de acordeão em 1954, por Fronteiriço e Fronteiriça, na Fermata, em 1965, por Carlinhos Mafasoli, em 1967 na mesma gravadora e, posteriormente, por Lourenço e Lourival e Belmonte e Amaraí, na Chantecler. 

Compôs, em parceria com Roberto Stanganelli, Fiorde manacá, gravado em 1954 em solo de acordeão do próprio Roberto, em discos do Selo Popular. 

Em 1958 Roberto Fioravante lançou pela Chantecler sua valsa Nossa Senhora de Lourdes (com Miguel Polite). No ano seguinte compôs, em parceria com Riellinho, Bahia de Salvador e Flor serrana, gravados por Riellinho na Continental. 

Para efeito de recebimento de direitos autorais, utilizou diversos pseudônimos, como Corinto, Argonauta, Byron e Mar Amir. 

Em 1970, Puxando o fole, assinada como de Argonauta e Piquerobi (Madalena Maria Pires), foi gravada por Nhá Barbina em discos RGE e interpretada no filme de mesmo nome da Servicine, dirigido por Osvaldo de Oliveira. Essa composição também teve diversas regravações, entre elas a de Chitãozinho e Xororó na CBS nesse mesmo ano; as de Zé Cupido, em solo de acordeom na Beverly, e cantando no selo Tropicana; e em solo de sanfona de oito baixos por Zé do Forró, na Tropicana. A composição Voltarás (com Aarão Bernardo), incluída na trilha sonora da novela A fábrica, foi gravada pela atriz Araci Balabanian em discos Copacabana em 1972. 

Compôs e gravou com Maria Bonita os pontos de umbanda Caboclo de tara e Coroa de Oxóssi, lançados em discos Tropicana em 1974. Ainda nesse ano o Duo Ciriema lançou pela Continental Hei de vencer (com o Capitão Furtado). 

Desse ano também é a composição Amor saudade e tristeza (com Miltinho), lançada em discos Califórnia. 

Seus principais parceiros, fora do gênero sertanejo, foram João Portaro, Alfredo Schultz, G. Clemens, Djalma Ferreira, Denis Brean, J. M. Alves e Nelson Cavaquinho, entre outros. 

Como editor de músicas descobriu obras de Carlos Gomes (4), Adoniran Barbosa (44) e Ernesto Nazareth (140). Escreveu o livro Carlos Gomes, do sonho à conquista, São Paulo, 1996, Imprensa Oficial do Estado (2 ed. 1978; 3 ed. 1996). 

Obra

Anel de noivado (c/Osvaido Rielli), valseado, 1953; Banal (c/Wilma Camargo), samba, 1975; Coisas que são nossas (c/Michel Butinariu), canção, 1965; História comum (c/Michel Butinaniu), samba-canção, 1969; Rapsódia acadêmica (c/K-Ximbinho), 1970; Salve o mosqueteiro (c/Sidnei Morais), samba, 1961. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Oscar Feital

Oscar Feital, flautista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7/3/1870, e faleceu na mesma cidade, em 13/7/1914. Iniciou-se musicalmente aos 12 anos de idade, estudando com João Rodrigues Cortes no Liceu de Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro.

Paralelamente, tomava aulas de flauta com Duque Estrada Meyer.

Em 1888 obteve o título e medalha de primeiro flautista em concurso realizado no Clube Beethoven.

Apresentou-se no Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Sul.

Como compositor, escreveu árias, serenatas, valsas e estudos para flauta, além de algumas melodias populares, como a valsa Sogra.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Fats Elpídio

Fats Elpídio (Elpídio Salas Meneses Pessoa), instrumentista, nasceu em Paudalho, PE, em 7/7/1913—. Aprendeu a tocar piano com o pai, desde os oito anos de idade.

Em 1930 mudou-se para Recife PE e estreou como pianista na Orquestra de Jonas Silva. De 1932 a 1935 apresentou-se em estações de rádio e clubes dessa capital, com os Irmãos Pessoa, grupo formado por membros de sua família: seu pai, sua mãe e irmão Pernambuco (Aires Pessoa).

Em 1937 foi para o Rio de Janeiro RJ, contratado pela Orquestra de Romeu Silva, que atuava no Cassino Beira-Mar, excursionando pela Argentina no mesmo ano.

Grande incentivador do jazz, em 1938 realizou o I Concerto de Jazz do Rio, no Fluminense Futebol Clube.

De 1939, após deixar a Orquestra de Romeu Silva, até 1941, integrou a Orquestra de Fon-Fon, com a qual também viajou pela Argentina.

Em seguida, trabalhou com o maestro Aristides Zacarias durante dez anos (1945-1955), viajando com ele ao Uruguai; apresentou-se, também, entre 1953 e 1954, na boate Vogue, ao lado de Moacir Silva .

Em 1956, como músico da orquestra de Copinha, atuou no Copacabana Palace Hotel.

Trabalhou com a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, de 1969 a 1972, ano em que fez alguns shows com Eliana Pittman, no Teatro Casa Grande, do Rio de Janeiro.

A primeira gravação em que tomou parte foi em 1943, na Victor, tendo gravado como solista na CES (1969), na Copacabana (1970), na RCA, na extinta etiqueta Rádio; na Odeon, com Elza Soares (1971); na Continental, com a Orquestra de Severino Araújo (1973) etc. Artista de rádio e televisão (integrou a orquestra da TV Excelsior), recebeu prêmios da Rádio M.E.C. e da TV Tupi.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Evandro do Bandolim

Evandro do Bandolim
Evandro do Bandolim (Josevandro Pires de Carvalho), instrumentista, nasceu em João Pessoa, PB, em 19/3/1932, e faleceu em São Paulo, SP, em 30/10/1994. Em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro com a família.

Interessou-se pela música muito cedo, pois seu pai tocava violão. Aos 13 anos, começou a se identificar com o bandolim, tendo como professor Luperce Miranda. Por essa época, freqüentava rodas de choro no Rio de Janeiro, onde atuou em diversas rádios, como Rádio Mayrink Veiga e Rádio Tupi.

Em 1961, com 29 anos, gravou seu primeiro LP pela gravadora Chantecler.

Em 1966 mudou-se para São Paulo, onde sua carreira ganhou impulso, e trabalhou em diversas boates e emissoras de televisão. Em 1978 gravou o LP Cordas que choram, pela Copacabana.

Gravou 20 LPs, sendo um editado na França, Le Bandolin Brésilien par Evandro e 4 CDs no Japão (Evandro e conjunto Roda de Choro, 1991; Valsas brasileiras, 1992; Memórias, com obras de Jacob do Bandolim, 1993; Memórias, vol. 2, 1994, todos lançados pela gravadora Tartaruga).


Após sua morte, foi estabelecida em São Paulo a Sala Evandro do Bandolim, nos fundos de uma loja de instrumentos musicais, onde são promovidas freqüentes rodas de choro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.