quinta-feira, dezembro 30, 2010

Formiga

Formiga (José Luís Pinto), instrumentista (pistonista e trompetista) e compositor, nasceu em Nova Friburgo, RJ, em 4/10/1929. Iniciou estudos musicais com o maestro Joaquim Antônio Naegale na sua cidade natal, em 1940.

Começou a tocar trompete profissionalmente em 1949 na orquestra Napoleão Tavares e seus Soldados Musicais. Participou então pela primeira vez de uma gravação, Canção de amor (Elano de Paula e Chocolate), interpretada por Elizeth Cardoso.

Em 1950 atuou nas orquestras dos dancings Farolito e Eldorado, no Rio de Janeiro RJ. Em 1951 tocou na orquestra do dancing Avenida e também na orquestra do maestro Dedé, com quem trabalhou até 1952. Nesse ano, voltou a tocar com o maestro Napoleão Tavares, como solista, e também nas orquestras do dancing Brasil e do Samba Danças.

Em 1953 ingressou no Instituto Vilia-Lobos, Rio de Janeiro, onde fez curso com Arthur Pades y Terry. Passou a tocar nas orquestras do maestro Cipó, de Carlos Machado (boate Night and Day), da Rádio Tupi e na de Ari Barroso, tendo excursionado com a última pelo México, Uruguai, Argentina e Venezuela. Ainda em 1953 trabalhou com Altamiro Carrilho. No ano seguinte, fez cursos de aperfeiçoamento no México, com Luiz Fonseca e Rafael Méndez.

Ao voltar ao Brasil em 1955, estudou harmonia com Paulo Silva. Nesse ano, viajou para a Argentina e o Uruguai, com o conjunto Os Copacabana, e integrou as orquestras da Rádio Mayrink Veiga e a do maestro Carioca.

Em 1957 fez curso de harmonia com Guerra Vicente e tocou na orquestra de Severino Filho. Em 1958 gravou seu primeiro LP, Pistom em alta fidelidade, e atuou na orquestra de Valdemar Spilmann. Em 1959 ingressou na Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, onde atuava como primeiro trompetista solista.

Em 1960 entrou na orquestra de Steve Bernard (com quem tocou até sua morte em 1966) e gravou o LP Tudo é bossa. Em 1961 voltou a viajar com a orquestra de Ary Barroso.

Gravou os LPs: Trompete espetacular (1962), Arminhos e melodias (1963), Formiga in Love (1964). Atuou nas orquestras da gravadora Copacabana (de 1964 a 1966) e da TV Excelsior (até 1955).

Em 1968 estudou harmonia, contraponto e composição com Guerra-Peixe. Em 1974 entrou para a Orquestra Sinfônica Brasileira, com a qual excursionou por vários países da Europa. Foi solista nos LPs da orquestra Românticos de Cuba, de diversos cantores nacionais, e acompanhou artistas internacionais que vieram ao Brasil, como Nat King Cole e Edith Piaf

Tocou também em musicais de teatro, em trilhas sonoras de filmes brasileiros, e participou todos os anos do FIC, da TV Globo, e do Festival de Música Contemporânea, realizados no Rio de Janeiro. É autor de várias composições, entre as quais Cipoada

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Maestro Formiga

Ademir de Souza Araújo
Maestro Formiga (Ademir de Sousa Araújo), compositor, instrumentista, arranjador e regente, nasceu em Recife, PE, em 15/10/1942. Estudou com José Otávio dos Prazeres, José Gonçalves Lima e com os padres Jaime Dinis e René Maria.

Foi regente titular da Banda Municipal do Recife de 1970 a 1977. Na categoria de maracatu, suas composições foram campeãs do Carnaval, no concurso da prefeitura municipal de Recife, nos anos de 1965, 1967, 1968, 1971 e 1978.

Também em 1971 venceu o festival de frevos dos Diários Associados com o frevo-de-rua Alô Recife.

Compõe tanto no gênero popular (maracatu, frevos, sambas etc) como no erudito (estudos para piano, flauta, oboé, poemas sinfônicos etc).

Em 1975 compôs a Grande abertura Diário de Pernambuco, para orquestra sinfônica, banda militar e coro, executada em primeira audição em 7 de novembro desse ano, na Praça da Independência, Recife, por ocasião das comemorações dos 150 anos do mais antigo jornal da América Latina.

Criou, em 1976, e regeu a Orquestra Popular do Recife.

No Carnaval de 1980, com a Orquestra Popular e o cantor Claudionor Germano, participou do lançamento da Frevioca (orquestra volante de frevos criada pelo pesquisador Leonardo Dantas Silva), que se mantém até hoje nas ruas do Recife como principal rival dos trios elétricos.

Em 1982 foi convidado para produzir o disco Carnaval do Nordeste n.° 2, selo Mocambo, distribuído pela Sudene em vários países. Foi o vencedor do Frevança — Encontro Nacional do Frevo e do Maracatu, promovido pela Fundação de Cultura Cidade do Recife e Rede Globo Nordeste, com as seguintes composições: Águia de ouro, 1980; Formiga está de volta, 1981; Tonico está de volta, 1982; Maracatu indiano (c/Romero Amorim), 1982; Andréa no frevo, 1989.

Obra

Acorda, gente, frevo-de-rua, s.d.; Águia de Ouro, maracatu-rural, 1980; Aí vêm os palhaços, frevo-de- rua, s.d.; Alegria do Norte, maracatu, 1978; Alô, Recife, frevo-de-rua, s.d.; Andréa no frevo, frevo-de-rua, 1989; Dia de festa, maracatu, 1975; Dona Santa (c/José Amaro da Silva), maracatu, 1976; Formiga está de volta, frevo-de-rua, 1981; Grande abertura sinfônica, 1975; Maracatu indiano (c/Romero Amorim), maracatu, 1982; Prelúdio de maracatu, 1983; Regresso de maracatu, 1983; Tonico está de volta, frevo-de-rua, 1982. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998