sexta-feira, janeiro 28, 2011

Luli e Lucina



Luli e Lucina - Dupla de cantoras, compositoras e instrumentistas que, ministrando oficinas de criatividade musical e pesquisando ritmos primitivos, foram precursoras do chamado movimento de música independente do início dos anos de 1980.

Luiz Loy Quinteto



Luiz Loy Quinteto - Conjunto organizado em outubro de 1965, em São Paulo SP, por Luiz Loy (Luiz Machado Pereira), piano; Papudinho (José Lídio Cordeiro), pistom; Mazzola (Renato Menconi), saxofone; Bandeira (João Roberto Martins Bandeira), contrabaixo, e Zinho (José Rafael Daloia), bateria.

Luiz Heitor

Luiz Heitor
Luiz Heitor (Luiz Heitor Correa de Azevedo), musicólogo e folclorista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13/12/1905, e faleceu em Paris, França, em 10/11/1992. Iniciou estudos musicais em 1923, no I.N.M., onde foi aluno de piano de Alfredo Bevilacqua (de 1924 a 1925) e de Charley Lachmund (de 1927 a 1928). Estudou harmonia, contraponto e fuga com Paulo Silva.

Escreveu nos jornais O Imparcial (1928-1929) e A Ordem (1929-1930), do Rio de Janeiro, e colaborou em diversas publicações especializadas, nacionais e estrangeiras. Ao lado de Luciano Gallet, Lorenzo Fernandez, Antonieta de Sousa e outros, em 1930 fundou a Associação Brasileira de Música, da qual foi secretário até 1933, e presidente em 1934 e 1935.

Em 1932 sucedeu a Guilherme de Melo no cargo de bibliotecário do I.N.M. De 1932 a 1936 organizou e publicou o Arquivo de Música Brasileira, e de 1934 a 1942 organizou e dirigiu a Revista Brasileira de Música. Com Agostinho de Almeida, fundou a Associação dos Admiradores de Francisco Manuel, sendo seu presidente até 1947.

Em 1937, com Luís Gonzaga Botelho e outros, foi o fundador da Sociedade Pró-Música que, além de manter uma orquestra, promovia concertos e concursos.

Em 1939 tornou-se o primeiro ocupante da cátedra de folclore nacional da então E.N.M.U.B., atual E.M.U.F.R.J. Dois anos depois foi convidado pela União Pan-Americana para exercer as funções de consultor da sua divisão de música, em Washington D C, EUA. Nos seis meses que aí passou, participou de congressos e realizou conferências.

Em 1943 fundou, na E N.M.U.B., o primeiro centro de pesquisas folclóricas do país. Colaborou na seção de música da revista Cultura Política, de 1941 a 1945. Em 1944 e 1945 escreveu folhetins e artigos sobre música no jornal A Manhã, do Rio de Janeiro.

De 1945 a 1948 foi membro da Comissão Nacional do Livro Didático. Em 1947 foi convidado para dirigir os serviços de música da UNESCO, transferindo-se para Paris, França. Nesse cargo, foi o responsável pela criação do Conselho Internacional de Música e pela publicação da série Archives de la musique enregistrée.

Com a criação do Instituto de Altos Estudos da América Latina, na Universidade de Paris, de 1954 a 1958 realizou uma série de cursos sobre históría da música. Aposentou-se pela UNESCO em fins de 1965 e pela E.M.U.F.R.J. em junho de 1967.

Membro da Academia Nacional de Música desde sua criação, em 1967, esteve nos EUA como professor visitante da Universidade de Tulane, em New Orleans (1967-1968) e da Universidade de Indiana, em Bloomington (1969).

A partir de 1969 foi membro do Conselho Internacional de Música, tendo pertencido ao seu comitê executivo, com sede em Paris, onde faleceu.

Publicou, entre outras obras, Dois pequenos estudos de folclore musical, Rio de Janeiro, 1938; Escala, ritmo e melodia na música dos índios brasileiros, Rio de Janeiro, 1938; Relação das óperas de autores brasileiros, Rio de Janeiro, 1938; A música brasileira e seus fundamentos, Washington, 1948; Música do tempo desta casa, Rio de Janeiro, 1950; Música e músicos do Brasil, Rio de Janeiro, 1950; Bibliografia musical brasileira (1820—1950) (em colaboração com Cléofe Person de Matos e Mercedes de Moura Reis), Rio de Janeiro, 1952; 150 anos de música no Brasil (1800—1950), Rio de Janeiro, 1956. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo -2a. Edição - 1998.

José Randolpho Lorena

José Randolpho Lorena
José Randolpho Lorena, compositor e regente, nasceu em Lorena, SP, em 4/2/1876, e falceu na cidade de Cachoeira Paulista, SP, em 8/8/1961. Desde os seis anos de idade tocava toadas nas flautinhas de bambu que ele próprio construía, e aos sete teve primeiras aulas de música com o pai, o maestro Randolfo José de Lorena, aprendendo solfejo e piano.

No ano seguinte passou a tocar sax na banda do pai, e mais tarde cantava nas festas sacras, inicialmente como soprano e depois como contralto e tenor. Aos dez anos entrou para o Conservatório de Música, do Rio de Janeiro RJ, mas logo foi obrigado a abandonar os estudos, por dificuldades financeiras.

terça-feira, janeiro 25, 2011

Nei Lopes


Nei Lopes (Nei Brás Lopes), cantor, compositor e escritor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9/5/1942. Em 1972 teve sua primeira composição gravada, Figa de Guiné (com Reginaldo Bessa), por Alcione no selo Philips.

domingo, janeiro 23, 2011

João Simões Lopes Neto

João Simões Lopes Neto
João Simões Lopes Neto, contista, folclorista e teatrólogo, nasceu em Pelotas, RS, em 9/3/1865, e faleceu em 14/6/1916. Quando cursava o terceiro ano de medicina no Rio de Janeiro RJ, teve de abandonar os estudos, por motivo de saúde, e voltar á sua terra, onde se dedicou à indústria, comércio, corretagem e atividades intelectuais.

Em 1895 tornou-se redator do Diário Popular, de Pelotas, e no ano seguinte estava no jornal A Opinião Pública. Usou dos pseudônimos João do Sul e Serafim Bemol.

sábado, janeiro 22, 2011

Alberto Lonato

Alberto Lonato
Alberto Lonato (Alberto Lonato da Silva), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8/11/1909, e faleceu na mesma cidade, em 18/1/1998. Criado no subúrbio carioca de Sapê, hoje Rocha Miranda, desde cedo freqüentou o meio dos sambistas da Mangueira, do morro da Favela, do Largo do Estácio e as festas do Seu Napoleão (pai de Natal da Portela), Nozinho e Vicentina.

Lustrador de profissão, aprendeu a tocar pandeiro observando outros ritmistas.

Por volta de 1929, assistiu às primeiras reuniões para a formação da Portela, em casa da mãe-de-santo Madalena Rica, onde se reuniam diversos músicos; mas só entrou para a escola 11 anos depois.

Fernando Lona


Fernando Lona (Fernando José Magalhães Lona), compositor e ator, nasceu em Salvador, BA, em 19/3/1937, e faleceu na BR-116, em 5/11/1977. Começou a compor em 1955, quando já tocava violão.

Em 1962, participou do programa Musical Casas Ernesto, em cartaz por seis meses na TV Itapoã, de Salvador. No ano seguinte, teve sua primeira composição gravada, Lamento de Justino (com Orlando Sena), em compacto duplo da CBS, com as músicas do filme Grito da terra (direção de Olney Alberto São Paulo).

Como ator, participou, ainda em 1963, da peça A exceção e a regra (Bertolt Brecht) e, em seguida, de dois shows individuais na capital baiana, Terra de ninguém, com música-título de sua autoria, e Ofício de cantar.

Nessa época, participou dos shows Nós, por exemplo e Nova bossa velha e velha bossa nova, com grupo baiano que surgia, formado por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé

Participou depois de várias peças teatrais, continuando também a compor. Em 1966, a marcha-rancho Porta estandarte, feita em parceria com Geraldo Vandré, obteve o primeiro lugar no FNMP, da TV Excelsior, de São Paulo SP, na interpretação de Tuca e Airto Moreira

Fixando-se em São Paulo, compôs músicas para a peça teatral O desembestado, dirigida por Ariovaldo Matos, da qual participou também como ator. Retornando à Bahia, continuou a atuar em teatro, como na peça Arena conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri, quando encenada em Salvador. 

Ainda como ator, participou de vários filmes nacionais. Lançou em 1977 O Romance desastroso de Josiano e Mariana ou A gesta do Boi Menino, inspirado no gênero cordel, com ilustrações de Calazans Neto. Apresentou-se no mesmo ano em São Paulo no espetáculo De cordel a bordel, em que cantou, dançou e recitou seus versos. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Lobão

Lobão, pioneiro na incorporação de elementos de samba e chorinho ao rock da década de 1980
Lobão (João Luís Woerdenbag Filho), compositor, instrumentista e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 11/10/1957. Pioneiro na incorporação de elementos de samba e chorinho ao rock-and-roll da década de 1980, iniciou a carreira como baterista do grupo Vímana, que incluía Lulu Santos e Ritchie e que gravou um compacto pela Som Livre em 1977, com Zebra e Masquerade, participando também do LP Ave noturna, de Fagner.

Foi baterista do Blitz, mas saiu antes de começarem a gravar o primeiro disco, por discordar do estilo pop comercial da banda. Assinou contrato com a RCA e gravou em 1982 seu primeiro disco solo, Cena de cinema, no qual se destacou a faixa Me chama, regravada por Marina.

No disco Vida bandida, de 1989, passou a incorporar elementos de samba em seu trabalho. Sua versatilidade e ecletismo levaram-no a compor um fox-trot, A deusa do amor (com Bernardo Vilhena), que gravou em dueto com Nelson Gonçalves, em 1987, no LP de Nelson Nós (RCA/BMG).

Mudando para a gravadora Virgin em 1995, lançou o CD Nostalgia da modernidade, disco marcado presença do samba. Parte da crítica mais uma vez reagiu mal e o público roqueiro estranhou a mudança, resultando em novo fracasso comercial. 

O mesmo ocorreu com o CD seguinte, Noite, de 1998, este mais eletrônico. Sempre polêmico, após vários problemas com gravadoras, lançou em 1999 o primeiro CD independente, A vida é doce, acompanhado por uma revista-manifesto, sendo vendido apenas nas bancas de jornal. O disco vendeu cerca de 97 mil cópias. 

Neste mesmo ano, deu início a uma campanha contra as gravadoras e conseguiu a vendagem recorde de 100 mil cópias (numeradas) de seu disco A vida é doce, apenas divulgando nas rádios comunitárias de todo o país, principalmente as do Rio de Janeiro. 

Logo depois, vários artistas partiram para essa solução alternativa para a vendagem de seus discos independentes. No mesmo ano, esteve internado por 15 dias, em estado de coma, por misturar álcool com barbitúricos.

No ano 2000, ao lado de Elza Soares, Os Cariocas e Pedro Luís e a Parede, fez o show de encerramento do projeto Novo Canto (que lançou novos talentos como Vander Lee, Patrícia Mello, Andréa Dutra, Dudu Salinas, Elisa Queirós, Andréa Marquee, André Gabhé e Guima Moreno, entre outros).

Em 2001, no Ballroom, apresentou o show Lobão 2001 - Uma Odisséia no universo paralelo. O show foi transformado em um disco ao vivo, gravado pelo canal Multishow. Na ocasião, como declarou o compositor: "A concentração é no repertório recente, sem nostalgia".

Em 2002 lançou por seu selo Universo Paralelo o CD Uma odisséia no universo paralelo. O disco trouxe as inéditas Lullaby e Para o mano Caetano e as pouco conhecidas de discos anteriores A noite e Nostalgia da modernidade, entre outras.

Em 2003, lançou, pelo seu Selo Fonográfico Universo Paralelo, o CD Canções dentro da noite escura, disco no qual apresentou as inéditas Capitão Gancho, de sua autoria e ainda uma parceria inédita com Cazuza Seda, e outra também inédita com Júlio Barroso Quente. Lançou a revista Outra coisa, na qual foi encartado o CD Enxugando gelo, do cantor e compositor B Negão, também lançado pelo selo Universo Paralelo.

No ano de 2004, participou do debate e evento "A arte da crítica" sobre música popular no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) que reuniu, Tárik de Souza, Arthur Dapieve e Hugo Sukman, entre outros.

Em 2007 lançou, pela gravadora Sony& BMG, o CD Acústico MTV, disco no qual interpretou alguns de seus maiores sucessos e outras composições não tão conhecidas do grande público, entre os sucessos e as pouco menos conhecidas destacamos Me chama, Corações psicodélicos, Quente, Bambino, Noite e dia (c/ Júlio Barroso), Essa noite não, O mistério (c/ Ritchie e Lulu Santos), A queda, A vida é doce, El desdichado II, Canos silenciosos, A gente vai se amar, Rádio Blá, Por tudo que for, Você e a noite escura, Pra onde você vai, Vou te levar, Décadence avec Élégance, entre outras.

Entre seus intérpretes destacam-se João Gilberto e o grupo Biquini Cavadão na emblemática Me chama.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Lira de Xopotó

Este foi um dos LPs de 1957, apenas seis faixas, trazendo pot-pourri de clássicos do Carnaval.

Banda de música surgida a partir do programa de Rádio "Lira de Xopotó" criado e apresentado pelo radialista Paulo Roberto na Rádio Nacional a partir de 1954 e que tinha como finalidade ser um incentivo às bandas de música do interior.

O programa era veiculado aos sábados e contava com os arranjos do maestro Lírio Panicali. Era apresentado através de um diálogo entre o radialista Paulo Roberto e Mestre Filó, personagem representado pelo músico Jararaca. Com o sucesso do programa, a banda que nele se apresentava passou a gravar discos.

O primeiro disco da banda foi lançado pela Sinter ainda em 1954 com os dobrados Dobrado Francisco Sena Sobrinho e Sonhador, ambos de Lírio Panicali. No mesmo ano gravou mais um disco com o dobrado Mocinho de circo e o maxixe Arregaça a saia, ambas de autoria do maestro Lírio Panicali.

Em 1955, a banda gravou, também de Lírio Panicali, o dobrado Capitão Miranda Pinto e a quadrilha Quadrilha. No ano seguinte, foram gravadas a polca Julieta e a valsa Saudade de Queluz, ambas de Lírio Panicali.

Em 1957, a banda regravou com sucesso o maxixe Cristo nasceu na Bahia, de Sebastião Cirino e Duque. Em seguida, a banda lançou novo disco que trazia a polca Mestre Filó, de Radamés Gnattali, inspirada na personagem de Jararaca no programa apresentado por Paulo Roberto na Rádio Nacional.

Ainda nesse ano a banda lançou dois LPs com músicas de carnaval dos anos de 1928 a 1946 - período áureo dos grandes clássicos do samba, como Camisa listrada, de Assis Valente, e Feitiço da Vila e Com que roupa?, de Noel Rosa.

Com os arranjos de Jararaca o disco destacou-se no carnaval daquele ano tocando em diversos bailes pela cidade do Rio de Janeiro. A respeito do repertório ali gravado Ary Vasconcelos sugeria na contracapa: "A fórmula de se fazer um grande samba como qualquer um desses parece hoje perdida - quem sabe se não a redescobriremos pela audição deste long-playing".

Em 1958, a banda gravou as canções natalinas Noite feliz, de Franz Gruber e Jingle bells, esta última, com arranjo de Lírio Panicali.

Em 1960, a banda lançou um último disco com o dobrado São Paulo quatrocentão, de Garoto e Chiquinho do Acordeom, e a marcha Me dá um dinheiro aí, de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira.

Com o fim do programa na Rádio Nacional, a banda acabou saindo de cena, após gravar dez discos em 78 rpm e dois LPs.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Lira Sanjoanense

Foto noturna de S. João del Rey, MG
Lira Sanjoanense - Primeiro conjunto musical profissional de que se tem notícia no Brasil, foi fundado em São João del Rey, MG, em 1776, por José Joaquim de Miranda, que assinou compromisso com a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de reunir um grupo de músicos, na maioria mulatos, e encarregar-se da parte musical dos ofícios religiosos.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Tudo para o Paraguai

Língua de Trapo

Tom: G
Intro: G 
 
O video de quatro cabeças 
                       Am 
Você encontra no Paraguai.  
O Ballantines doze anos            
É feito em um mês, 
           G 
Só no Paraguai. 
 

Tragédia afrodisíaca

Língua de Trapo

Tom: C
Intro.   G#7  G7/11  Cm  Cm/Bb
          G#7  G7/11  Cm   G7 

  C               G/B          C 
Fui dar uns esbordeios no Bixiga  
                           Bb7 
       ver se alguma rapariga 
    A7                  Dm            A7              Dm    A7 
Se dispunha a um tête-à-tête  (meu sonho era uma chacrete) 

Romance em Angra

Língua de Trapo

Tom: G
Intro:  C7+ Cm6  Bm7  E7/9-  Am7  D7/9-  G7+  D7/9-  

  G7+            Em7 
Recordo com saudades 
              Am7            D7/9 
De quando tinhas cabelo, meu amor 
  Am7                      D7/9 
Teus olhos ‘inda eram abertos 

Rap end

Língua de Trapo

Rap end (1988) - Laert Sarrumor

- Que é que tu qué, bixim?
- Jabá, jabá
- É uma house portuguesa com certeza
- É com certeza uma house portuguesa
- Bate o pé, bate o pé, bate o pé
- Bate o pé, faça assim como eu...
- Everybody dance!...
- Lá em cima tem o tiro-liro-li
- Cá embaixo tem o trio-liro-lá

Quem ama não mata

Língua de Trapo

Quem ama não mata (1980) - Guga Domênico

Tom: Am
Intro.  Dm  Am  F7  E7  Am  A7  //  
             Dm  Am  F7   E7  Am  E7  Am         

Am               A7                Dm 
Encontrei minha mulher com seu amante 
  E7                    Am           E7 
Na minha cama, com meu pijama de bolinhas 
    Am            A7             Dm 
E gritei:  - alto lá, seu cafajeste! 

Polca duca

Língua de Trapo

Polca duca (1982) - Cézar Brunetti

Tom: A
Int: A  E  

A         Bb°      Bm     
Pálido, flácido, pudico e gentil  
          E7        E/G#   A  
Ele é tão tímido, árido, preso no covil  
            C#7                                 F#m  
Mas quando vê aquela tanga, aquela lomba, aquela bunda  
           B7                                    E7  
Já se encanta, bota banca, tira a manga e sai da sunga  

Plano diabólico

Língua de Trapo

Plano diabólico (1981) - Guga Domênico e Laert Sarrumor

Eu sempre fui bem louco e romântico
Mantendo a aparência sorumbática
Porém, nunca neguei meu lado cômico (hé-hé!)

Ouriço na Vila

Língua de Trapo

Ouriço na Vila (1982) - carlos Melo e Guga Domênico

Tom: A
Intro. A  E  A  
   
      A                                 Ebm7/5-  
Eu fui à Vila Madalena apanhar minha pequena  
   G#7        C#m7              (C#m7  Cm7)   Bm7   
Prum programa legal, pegar uma tela e o escambau  
 E7           A                         Ebm7/5-   
E na Fradique Coutinho entrei lá no Sujinho  
          G#7  C#m7       (C#m7  Cm7) Bm7  
Pra me ambientar, a inteligenzia toda lá  

Os metaleiros também amam

Língua de Trapo

Tom: Dm
Intro: (Dm  F  C  A7) 4x   A7 

             Dm   (Dm/5+  Dm) 
Foi no começo do show do AC/DC, lá no Rock’n Rio 
                          A7 
Que eu a conheci e me encantei 
           (A7/9-  A7) 
Ela dançava feito uma paranormal,  
Ao som daquela banda de heavy metal 

O que é isso, companheiro?

Língua de Trapo

Tom: D
Intro.  (A7  D)  4X 

   D                              A7 
Nóis dois vivia intocado e crandestino 
  G           A7               D 
Nosso destino era fundo de quintar 
 Bm                              F#7 
Desconfiavam qui nóis era comunista 
   G               A7            D 
Ou terrorista de manchete de jornar 

O homem da minha vida

Língua de Trapo

O homem da minha vida (1983) - Ayrton Mugnaini Jr.

Tom: D
Int.  (D  D7+  D7...) 

D               D7+         G 
Como é bom ser livre pra voar 
Em             A7 
E conhecer o amor e seus mistérios 
D           D7+            G 
Mas você não tinha que casar 

O cookie do meu bem

Língua de Trapo

O cookie do meu bem (1998) - Laert Sarrumor

Tom: C
Intro.  F  Em  Dm  C  //  F  Em  Dm  C  G7 

        C 
Fui passear com a namorada no shopingui 
                                     G 
Mulhé arretada qué comprá tudo o que vê
Despois de gastá toda grana em bestage 

Na Mourato

Língua de Trapo

Na Mourato (1998) - Laerte Sarrumor e Carlos Melo

Como tem teen
Como tem teen, oi, oi , oi, oi, oi, iô
Com tem teen
Com tem teen na Mourato

Movido a álcool

Língua de Trapo

Movido a álcool (1995) - Laert Sarrumor

Não me lembro se eu te comi
Não me lembro se foi só um sonho
Eu tava muitcho doidão
No meio de um porre medonho

Força do pensamento

Língua de Trapo

Força do pensamento (1983) - Carlos Melo

Tom: A
Intro. Bm   E7   A    C#m   Bm   E7   A 

   A                             E7 
Minha namorada eu vim lhe confessar 
                                      A 
Que eu tenho câncer no duodeno e no pulmão 
                           E7 
Isso não é nada vamos comemorar 

Fado da falência

Língua de Trapo

Tom: Bm
                       Bm     A7 
Lá nas terrinha portuguesas, 
                      D       F# 
Eu nunca fui um milionário. 
                          Bm    A7 
Por outras eu tenho a certeza 
                            D     G F# 
Que eu nunca fiz papel de otário. 

E daí (Sou viado, sim!)

Língua de Trapo

Tom: Am
Int.  Dm  Am  B7  E7  A7  /  Dm  Am  B7  E7  Am  
          /  Bm7/5-  E7 

     Am     (add9)      E7 
Sou viado, sim...   E daí? 
    E7/G#                  Am    Bm7/5-  E7             
Sou viado, sim...   É isso aí    (2x) 

Deusdéti

Língua de Trapo

Deusdéti - Carlos Melo

Tom: G

 1ªparte (Falada) 
 
Acho que foi num dia de São João Batista que conheci Deusdéti 
Nesse tempo eu já era Marquexista e ela ainda ia em discoteque 
Tentei de tudo, até lavagem cerebrár, meu saco tá que não guenta 
Mas nem o Pinochet é tão radicar.Êta muiézinha lazarenta 

Country os brancos

Língua de Trapo

Country os Brancos (1983) - Carlos Melo e Lizoel Costa

Tom: C
Intro.  C  (G7  F7  G7) 

  C          G                 C 
Meu sonho era ir pro velho oeste 
                                G 
Dar uns tiros de pistola e de canhão 
    (G4  G) 
Fazer tudo o que o John Wayne fazia 

Conspurcália

Língua de Trapo

Tom: A
Intro. (A7)  D  D#dim  C#m7  F#7  Bm7  
             E7  C#m7  F#7  Bm7  Dm7           
             C#m7  F#7  Bm7  F7  E7    
            (A  F#7/11  B7/9  E7/5+)  2X      
   
 A                                             C#7 
Há dias que eu chego em casa  preparo algo prá comer 
                                 F#m7 
Um lagarto me sorri sarcástico e ferino 
      B7                E7 
Um ácido corrói parte do intestino 

Concheta

Língua de Trapo

Concheta (1982) - Carlos Melo e Cassiano Roda

Tom: Bm
Intro:  Bm Em A/C# F#  
 
           Bm       Em 
Querida Concheta, stô a te ligare  
            A  A5+  D7+ F# 
Pra te convidare pra mangiare co me  
             Bm          Em 
Comê unas brachola, queijo provolone  
        A  A5+   D7+  F# 
E na radiola a Rita  Pavone  
             Bm              Em 
Despois unas pizza, tipo califórnia  
      A              A5+     D7+    F# 
Tutti mezza a mezza, ma que bruta esbórnia  
 
Fala  (Bm  Em  A  A5+ D7+ F#) 2x 

Cagar é bom

Língua de Trapo

A6                    Bm         C#m   
 Cagar é bom quando a gente tá em paz 
 Cdim              Bm 
 ouvindo na água o som 
          E7/9         A7+ 
    que a merda caindo faz 
 A6                    D              A6 
 cagar molinho cagar durinho cagar soltinho 
               Bm                  C#m 
 de qualquer jeito de qualquer maneira 
  Cdim            Bm   
 até quando é caganeira  
  E7/9          Eb7/9     D7/9          A6   Bm  C#m     
 cagar é bom é muito bom cagar é bom demais 
                                   
 Vocalização Cdim Bm E7/9 F#7/9 ... 
  Cdim           Bm            E7/9 
tiblof tiblof tiblof tiblof tibum 
                A6 
 tiblof tiblof tibum 

Burrice precoce

Língua de Trapo

Tom: F
Intro.  Bb  C7  F  Dm  Bb  C7  F  C7 

                     F 
Ao lhe pedir em casamento  
                 G 
Esqueci de lhe dizer 
                         Bb 
Que eu não sou o rapaz normal 
   C7              F     C7 
Que você esperava ter 

Bilau

Língua de Trapo

Tom: G
  
        G
Refrão:thu bilu bilu,
      Bm
Thu bilu bilau
C
Deixa de frescura
   D
E pega no meu pau(2x)

Bartolo bar

Língua de Trapo

Bartolo bar (1982) - Carlos Melo

Bartolo Bar à média-luz, una porraloca me seduz
Hasta me enfeitiçar
Bartolo Bar de mi amor, una empanada de couve-flor
E una cerveza pra entornar

Ai, que vontade

Língua de Trapo

Ai, que vontade (1994)- Laert Sarrumor

Ai, que vontade!
Que vontade que dá, que dá, que dá
Eu já fico tenso, quanto mais eu penso
Só pensar em pensar

Amor a vista

Língua de Trapo
Tom: D
Introd: D  A7 

      D7+          F#m   F#m7 
Oh! Baby, venho lhe dizer: 
G7+                 
Você tem ganho pouco 
                              F#m     F#m7 
     e a situação está cada vez mais difícil 

A vingança do hipocondríaco

Língua de Trapo

A vingança do hipocondríaco - Carlos Castelo / Celso Mojola

Tom: G

Int.  D  (D  C#7  C7)  B7   G7/9   Gm7   D   A7/13   D

Língua de Trapo


Língua de Trapo - Grupo paulistano dos mais influentes na música humorística desde a década de 1980, unindo samba, rock e outros gêneros ao bom humor, na tradição de Lamartine Babo, Zé Fidélis e outros.

Formado em 1979 como nome Laert Sarrumor e Os Cúmplices, adotou em 1980 o nome Língua de Trapo, inspirado na canção Dá nela, de Ary Barroso.

De formação variável em torno de Laert Sarrumor (Laert Júlio Pedro Jesus Falci, lbiúna SP 1958—), vocais; Pituco (Antônio Aquilino de Freitas Neto), vocais; Lizoel Costa (Lizoel da Costa Leite, 1956—), guitarra; Carlos Meio, Cassiano Roda e Aírton Mugnaini Jr. que, ao lado de Laert, formavam a chamada “ala de compositores” dessa fase do grupo, gravou três LPs (Língua de Trapo, Lira Paulistana, 1982; Como é bom ser punk, RGE, 1985; Os 17 big golden hits superquentes mais vendidos do momento, RGE, 1986). 

Em 1984 recebeu o prêmio APCA de melhor conjunto vocal. 

Interrompendo as atividades em 1987, o grupo voltou em 1991 com Laert, Serginho Gama (Sérgio da Gama e Silva, Rio de Janeiro RJ 1957—) guitarra; Cacá Lima (Antônio Carlos Lima, São Paulo SP 1966—), contrabaixo; Valmir Valentim (Valmir Valentim da Silva, São Paulo 1960—), bateria; e Zé Miletto (Antônio José Pires Miletto, São Paulo 1961—), teclados, gravando dois CDs, ambos pela Devil: Brincando com fogo (1992) e Língua ao vivo (1996). 

Os sucessos do grupo incluem Conchetta (Carlos Melo e Cassiano Roda), 1981; Xingu disco (Carlos Melo e Laert Sarrumor), 1981; Os metaleiros também amam (Carlos Melo e Aírton Mugnaini Jr.), 1985; e Amor à vista (Laert Sarrumor), 1983. 

Algumas músicas

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Rossini Tavares de Lima

Rossini Tavares de Lima
Rossini Tavares de Lima, historiador e folclorista, nasceu em Itapetininga, SP, em 25/4/1915, e faleceu na cidade de São Paulo, SP, em 5/8/1987.

Fundou e dirigiu a extinta revista Folclore, de São Paulo, SP, participando ainda da criação do Centro de Pesquisas Folclóricas Mário de Andrade, vinculado ao Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, e do Museu de Artes e Técnicas Populares Mário de Andrade.

Colaborou em diversas publicações. Escreveu "Manifestações folclóricas em São Paulo" in Ernâni Silva Bruno, São Paulo — Terra e povo (Porto Alegre, 1967). 

Publicou Nótulas sobre pesquisas do folclore musical, São Paulo, 1945; Folclore nacional, São Paulo, 1946; Ai, eu entrei na roda (50 rodas infantis), São Paulo, 1947; Poesias e adivinhas, São Paulo, 1947; ABC do folclore, São Paulo, 1952 (2a ed. ampliada, São Paulo, 1958); Da conceituação do lundu, São Paulo, 1953; Melodia e ritmo no folclore de São Paulo, São Paulo, 1954 (2 ed., com o título Folclore de São Paulo (melodia e ritmo), São Paulo, 1961); Folguedos populares de São Paulo, separata, São Paulo, 1954; O folclore na obra de escritores paulistas, São Paulo, 1962; Folguedos populares do Brasil, São Paulo, 1962; O folclore do litoral norte de São Paulo, tomo I — Congadas (em colaboração), Rio de Janeiro, 1968; Romanceiro folclórico do Brasil, 1971; Folclore das festas cíclicas, São Paulo, 1971.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Luiz Levy

Luiz Levy
Luiz Levy (Luiz Henrique Levy), pianista, compositor e editor, nasceu em São Paulo, SP, em 8/8/1861, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 8/8/1935. Primogênito de Henrique Luís Levy, negociante francês, fundador do tradicional estabelecimento musical Casa Levy, em 1860 em São Paulo, cresceu na loja da família entre pianos, partituras e instrumentos, ouvindo o pai tocar clarineta e saxofone.

Sua iniciação musical ocorreu naturalmente e logo manifestou preferência pelo piano. Estudou com o professor francês Gabriel Giraudon, radicado em São Paulo desde 1860, e aos nove anos, em 1871, apresentou-se em público pela primeira vez, no Teatro São José, de sua cidade.

Desde então foi presença constante em concertos. recitais, saraus e festas familiares e festas de São Paulo, exibindo-se ora como solista, ora tocando a quatro mãos com Alexandre Levy, seu irmão e compositor de renome, ou com artistas de passagem pela capital.

Em 1878 visitou a Exposição Universal, em Paris, França, acompanhado da mãe, apresentando-se no salão da casa Erard. Quatro anos depois, com o irmão Alexandre, interpretou a quatro mãos a Segunda rapsódia húngara, de Franz Lizt (1811—1886), nos salões do Club Unión Argentina, em Buenos Aires, Argentina.

Ainda em 1882, em São Paulo, fundou O Brasil Filatélico, o primeiro do gênero no país. Em maio de 1883, foi um dos fundadores do Clube Haydn, em São Paulo, de cuja diretoria fez parte como comissário arquivista. O primeiro concerto do clube, em agosto do mesmo ano, foi aberto com a Sinfonia em ré maior, de Joseph Haydn (1732—1809), para dois pianos e oito mãos, tendo-o como um dos pianistas, ao lado do irmão Alexandre, de Willy Fischer e do estudante de direito Eugênio Egas.

Durante os cinco anos em que o clube funcionou, participou freqüentemente dos concertos, tocando piano ou harmônio, como solista ou acompanhante e integrando trios, quintetos e até um septeto.

Em 1884 tocou para a princesa Isabel e o conde d’Eu, e dois anos mais tarde apresentou-se no Teatro São José, de São Paulo, diante de Pedro II e da imperatriz, como solista do Concerto em sol menor, opus 25, para piano e orquestra, de Felix Mendelssohn (1809—1847). 

Pianista de destaque, apreciado pelo público e critica, dedicou-se também à composição. 

Em 1891, com os irmãos, recebeu a incumbência de gerir os negócios e interesses da Casa Levy. Com Maurício, o irmão caçula, manteve o prestígio comercial da firma, que se tornou Levy Filhos e logo a seguir L. Levy & Irmão, responsável por inúmeras edições de peças musicais. 

Obra

Música instrumental: Barcarola, opus 10, p/piano, s.d.; Brigada, p/piano, s.d.; Caboclo Cake Walk, p/piano, s.d.; Cativaram-me os teus olhos, p/piano, s.d.; Diálogo, opus 26, p/piano, s.d.; Gostosa, p/piano, s.d.; Gueixa, p/piano, s.d .; Habanera, opus 31, p/piano, 1922; Hino ao Quinze de Novembro, p/piano, s.d.; Ideal, p/piano, s.d.; Marcha fúnebre — à memória de Carlos Gomes, p/piano, 1896; Mimosa, p/piano, s.d.; Mystère, p/piano, s.d.; Parfum parisien, p/piano, s.d.; Pleureuse, p/piano, s.d.; Poudré, opus 23 (Quarta gavota), p/piano, 1905; Pourquoi partir?, p/piano, s.d.; Primeira rapsódia brasileira, opus 17, p/piano, 1894; Quinta gavota, opus 24, p/piano, s.d.; Rapsódia brilhante, opus 17 bis, p/piano, s.d.; Rêveuse, p/piano, s.d.; Segunda rapsódia brasileira, opus 29, p/piano, s.d.; Sentimental, p/piano, s.d.; Serenata, opus 16, p/piano, s.d.; Valsa brilhante, opus 30, p/piano, s.d.; Valsa lenta, opus 22, p/piano, 1904; Vicilino, p/piano, s.d.; Voluntários paulistas, p/piano, s.d. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.
Foto: Extraída do site: sovacodecobra.uol.com.br

Henrique Luís Levy

A Casa Levy em 1973
Henrique Luís Levy, instrumentista e comerciante, nasceu em Dehlingen, França, em 10/12/1829, e faleceu na cidade de São Paulo, SP, em 14/8/1896. Veio para o Brasil em 1848 e foi vendedor ambulante nas vilas e fazendas do interior.

Em 1856 conheceu em Campinas, SP, a família do maestro Manuel José Gomes e tornou-se grande amigo de seu filho Antônio Carlos Gomes, de quem acompanhou os primeiros êxitos, chegando a participar com ele de um concerto em abril de 1859 como clarinetista. 

Bob Lester

Bob Lester
Bob Lester (Edgar de Almeida Negrão de Lima), cantor, músico e sapateador, nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 16 de janeiro de 1915. Suas tendências musicais surgiram desde muito cedo, pois sua mãe Maria do Carmo era musicista de uma orquestra em Porto Alegre.

Em meados da década de 30, ainda com o pseudônimo de Almeida, participa do programa de rádio "A Hora do Gongo", apresentado por Ary Barroso . Nas duas primeiras participações, por estar muito nervoso, acaba sendo gongado. Quando já pensava em desistir, amigos o convencem a fazer uma terceira tentativa.

E é desta vez que Edgar recebe a nota máxima do programa, sendo contratado para cantar e sapatear no Cassino da Urca, apresentando-se ao lado de artistas como Oscarito, Grande Otelo e da famosa vedete Mistinguette. Bob Lester foi o primeiro sapateador do Cassino da Urca. Nessa mesma época, atua também em vários espetáculos do Copacabana Palace e do Quintandinha (Petrópolis-RJ), além de ser contratado pela Rádio Cajuti.

Por volta de 1937, Bob recebe convite para atuar na Espanha e Portugal, mas acaba por conhecer toda a Europa numa excursão que faz com a orquestra "Suspiro de Espanha". De volta ao Brasil, o artista não ficaria muito tempo por aqui.

Em 1942, viaja novamente para Portugal, Espanha e, finalmente, chega aos Estados Unidos onde passa a residir. Lester também se apresenta nos cassinos de França, Suíça, Itália, Escócia, Monte Carlos e Filadélfia e atua como dançarino em espetáculos de Frank Sinatra, Bob Hope e Dóris Day, realizados em Nova Iorque. É também na América que, por sugestão de Bob Hope, adota o pseudônimo Bob Lester.

Permanece no exterior ainda por um bom tempo, mas, atendendo ao chamado de sua mãe que estava enferma e gostaria de vê-lo, novamente retorna a seu país. Com o falecimento de sua progenitora, o artista decide não mais voltar à América, embora ainda tenha se apresentado no Uruguai, Teatro Solis; no Paraguai, Clube Biguá; e em cassinos e emissoras de televisão da Argentina e da Bolívia.

No Brasil, atua com sucesso ao lado de ídolos populares como Leny Eversong, Trigêmeos Vocalistas e na Companhia Teatral de Procópio Ferreira. Com relação à gravação de músicas, não se encontra nenhum registro em nome de Bob Lester.

Mudando-se para o Rio Grande do Sul, Bob começa a encontrar dificuldades para se apresentar, embora atuasse como jurado numa emissora de rádio local. Em fins dos anos 60, é contratado pelo empresário Fernando Eiras Morales para uma temporada na Argentina e Uruguai, e é neste país que recebe a trágica notícia do falecimento de sua família, esposa e três filhos, num acidente automobilístico. O cantor nem mesmo consegue chegar a tempo para o enterro.

Traumatizado, inicia um longo período de tratamento em hospital psiquiátrico de Porto Alegre e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Parcialmente recuperado, mas já arruinado financeiramente por seu último empresário, tenta sem êxito retornar ao estrelato do anos 30 e 40, apresentando-se em programas de TV que lhe renderam algumas homenagens.

Na década de 80, mais uma fatalidade abala a vida de Lester: enchente no bairro de Jacarepaguá onde morava, deixa sua residência inabitável e destrói quase todos os seus pertences, inclusive instrumentos musicais de trabalho, reportagens e material fotográfico trazidos da América.

Por um longo período que começa em meados dos anos oitenta, o cantor foi completamente esquecido pelos meios de comunicação, apresentando-se esporadicamente em uma ou outra emissora de TV. Após se recuperar de um tumor na bexiga, já no início da década de 2000, Bob retomou seus trabalhos, sendo assunto principal de várias revistas e jornais das pequenas cidades por onde se apresenta em praça pública, com seus shows de música, sapateado e imitações dos quais ainda sobrevive.

O artista também voltou a se apresentar em programas de TV de grande audiência como o Programa do Jô, Mais Você, Pânico na TV, entre outros, além de ser convidado para participar de apresentações de cantores nos mais variados estilos tais como Lobão e Agnaldo Timóteo.

Entre 2002 e 2004, Hanna Godoy e Mariana Silveira começam a produzir o curta metragem Bob Lester. O filme, cujo roteiro foi premiado, traz o ator Stênio Garcia no papel principal, e exibe cenas com apresentações do conjunto Bando da Lua. Por falta de verba, no entanto, somente em 2010 é que se pôde concluí-lo. A estréia se deu no Cine Odeon, na 20ª edição do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, e contou com a presença do próprio Bob Lester e de Stênio Garcia.

Em dezembro de 2010, Bob grava a marchinha carnavalesca Cuidado com o Pereira, do cantor e compositor Luiz Henrique. A gravação foi um acontecimento inédito em sua carreira, já que o artista nunca havia gravado antes como solista.

Não tendo residência fixa, Bob costuma viver entre Rio de Janeiro e São Paulo e, quando se encontra no Rio, é de praxe que faça seus shows, aos finais de semana, na Praia do Arpoador. Segundo declarações do próprio Lester, tem sobrevivido com a ajuda financeira dos cantores Roberto Carlos e Agnaldo Timóteo.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre; Referências: Globo Repórter; Dicionário Cravo Albin de MPB; All Music - Bob Lester; Enciclopédia de Música Brasileira, Erudita e Folclórica Popular - vol. 1 - Art Editora Ltda, 1977; Jornal O Globo, de 29/9/1970: Bob Lester: ídolo caído busca a glória perdida; Jornal Folha de São Paulo, de 4/12/1973, reportagem de Lourenço Diaféria: A Má Sorte de Bob Lester; Revista Veja, nº 595, de 30/1/1980, Um Artista Que Canta em Troca de Esmola; Revista Contigo!, de 284/2010.

Leonel do Trombone

Leonel do Trombone
Leonel do Trombone (Leonel José Cardoso), instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14/7/1912, e faleceu na mesma cidade, em 17/4/1997. Aos 13 anos recebeu primeiras lições de trombone do pai, Benedito José Cardoso, que tocava o instrumento na banda da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Lenine


Lenine (Osvaldo Lenine Macedo Pimentel), cantor, violonista e compositor, nasceu em Recife, PE, em 2/2/1959. Entusiasta do rock até os 17 anos, passou a se interessar pela MPB quando ouviu o disco Clube da Esquina e assistiu a um show de Gilberto Gil.

domingo, janeiro 16, 2011

Lafayette

Lafayette
Lafayette (Lafayette Coelho Vargas Limp), instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11/3/1943. Aos cinco anos iniciou estudos musicais com Nair Bevilacqua Barroso Neto e, mais tarde, Zilá Moura Brito, ambas do Conservatório Nacional de Música.

Em 1958 formou com um grupo de amigos o conjunto The Blue Jeans Rock, no qual se destacou como pianista.

Lady Zu


Lady Zu (Zuleide Santos da Silva), cantora, nasceu em São Paulo, SP, em 7/5/1958. Uma das representantes da moderna música negra brasileira, especialmente a disco-music, foi apelidada pelo apresentador de TV Chacrinha de “a Donna Summer brasileira”.

K-Ximbinho

Sebastião Barros
K-Ximbinho (Sebastião Barros), instrumentista e compositor, nasceu em Taipu, RN, em 20/1/1917, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26/6/1980. Desde criança interessou-se por música, freqüentando os ensaios da banda de Taipu, da qual fez parte mais tarde. Por essa época começou os estudos de clarineta e solfejo.

Mudou-se com a família para Natal RN, ali ingressando na Associação de Escoteiros do Alecrim, onde passou a tocar na banda clarineta e requinta. Na mesma época participou de um conjunto de jazz, o Pan Jazz, formado por estudantes secundários. Também interessado em saxofone, durante o serviço militar fez parte da banda.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Ithamara Koorax


Ithamara Koorax (Ita Mara Jarlicht), cantora, nasceu em Niterói, RJ, em 28/4/1965. Filha de cantora lírica, sua primeira gravação foi lançada em setembro de 1990: Iluminada, tema da minissérie da TV Globo Riacho doce, recebendo prêmio da APCA. Ainda em 1990, tornou-se a primeira cantora a gravar músicas da dupla Guinga e Aldir Blanc.