sábado, outubro 22, 2011

Manoel Reis

Manoel Reis (1909 - 16/6/1979), foi um cantor de discreta presença na cena artística gravando fonogramas importantes nos anos 1930 e 1940, sendo também crooner de Antenógenes Silva.

Estreou em discos em 1937, pela gravadora Odeon, quando registrou com Antenógenes Silva ao acordeom, e com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto regional, as valsas Viver é beijar e O que sempre senti por ti, ambas de Antenógenes Silva e Ernâni Campos.

No mesmo ano, gravou com acompanhamento da Orquestra Odeon o samba Ô... Ô..., de Sátiro de Melo, e a marcha Morena linda, de Sátiro de Melo e Silva Júnior.

Ainda em 1937, gravou na Victor, gravadora para a qual se transferiu, com acompanhamento do conjunto regional Dante Santoro, as valsas Horas tristes e Murmúrios d'alma, ambas de Dante Santoro e Corinto Álvares.

Em 1938, gravou a valsa Fiandeira do destino, de  Osvaldo Santiago e Paulo Barbosa, o fox-canção Tudo cabe num beijo, de Carolina Cardoso de Meneses e Osvaldo Santiago, além das valsas Olhando o céu e vendo o mar, de Alberto Ribeiro e Sátiro de Melo, e Terceira valsa de amor, de Roberto Martins e Jorge Faraj, com acompanhamento da Orquestra Diabos do Céu, dirigida por Pixinguinha. No mesmo ano, gravou com Arnaldo Meireles ao acordeom as valsas Não me sais do pensamento, de Arnaldo Meireles e Moacir Braga, e Se meu olhar pudesse, de Moacir Braga.

Lançou em 1939, os sambas Destino cruel, de Newton Teixeira e Luís Bittencourt, e Abre a janela, de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, e as valsas Divino olhar, de  Saint-Clair Sena e Alcir Pires Vermelho , e Anjo inspirador, de J. Cascata  e Sá Róris.

Em 1942, lançou pela Columbia um disco com a Banda do Corpo de Fuzileiros Navais, em que cantava as marchas Cisne Branco, de Antônio do Espírito Santo, hino oficial da Marinha brasileira, e Heróis do Brasil, de Milton Amaral.

Em 1943, gravou a marcha Meu pavilhão, de João de Freitas e Ernâni Correia. No mesmo ano, foi contratado pela Continental quando relançou a gravação feita com a Banda do Corpo de Fuzileiros Navais cantando as marchas Cisne Branco, de Antônio do Espírito Santo, hino oficial da Marinha brasileira, e Heróis do Brasil, de Milton Amaral.

Em 1944, gravou o bolero Bem sei e a valsa A nossa valsa, ambas de autoria da dupla José Maria de Abreu e Jair Amorim. Gravou no mesmo ano a marcha Marcha para oeste e a valsa Saudades do luar de minha terra, ambas de autoria de Antônio Papaiani de Pádua.

Em 1945, gravou de Saint Clair Sena o samba Vitória e o pasodoble Linda espanhola, em disco que contou com acompanhamento de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais, e de Stanley Levi e Mário Rossi, a valsa Aquela valsa maldosa, e de José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago, o fox-trot Lua, taça branca, em disco que contou com acompanhamentos de Abel Ferreira e seu conjunto. Em junho do mesmo ano, lançou a Canção do expedicionário, de Luiz Peixoto e Alda Caminha que homenageava os soldados brasileiros de volta da campanha na Itália na Segunda Guerra Mundial.

Em 1947, transferiu-se para a recém inaugurada gravadora Star e lançou o samba Lata d'água e a marcha Tic-tac, ambas de Carlos Brandão e Vicente Paiva. Em 1948, gravou o samba Mangueira, de Nonô, e o fox Não sei porque te quero tanto assim, de José Maria de Abreu e Jair Amorim.

Em 1949, gravou com acompanhamento da Orquestra Tamoio a marcha Sereia, de Lauro Miller, e o samba Iaiá segura a saia, de Conde. Em 1950, gravou a marcha A rainha do Nilo, de José Assad, o Beduíno, e o samba O castigo vem do céu, de Conde e Celso Vilaça com acompanhamento de Geraldo Medeiros e seu conjunto.

No ano seguinte, gravou com acompanhamento de Rago e seu conjunto, a toada Adeus Moema!, de Américo de Campos e Cacique, e o samba Sem ela, de David Raw e Alfredo Godinho. Gravou em 1952, com acompanhamento de Poly e seu conjunto, o samba Por quê?, de sua autoria e David Raw, e o baião Eh! Eh! Meu irmão!, de Panchito e Ariovaldo Pires .

Embora com uma carreira pouco conhecida, numa época em que normalmente não se gravava muito, lançou 21 discos com 38 músicas pelas gravadoras Odeon, Victor, Columbia e Continental, registrando obras de conhecidos compositores como Sátiro de Melo, Osvaldo Santiago, Arlindo Marques Jr, Roberto Roberti, José Maria de Abreu, Jair Amorim e Saint-Clair Sena, além de ser acompanhado por importantes músicos como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Antenógenes Silva, Abel Ferreira, Dante Santoro e Luiz Peixoto.

Discografia

(1947) Lata d'água / Tic-tac • Star • 78; (1948) Mangueira / Não sei porque te quero tanto assim • Star • 78;  (1949) Sereia / Iaiá segura a saia • Continental • 78; (1950) A rainha do Nilo / O castigo vem do céu • Continental • 78;  (1951) Adeus Moema! / Sem ela • Continental • 78; (1952) Por quê? / Eh! Eh! Meu irmão! • Continental • 78 (discografia incompleta).

Playlist



Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Músicas de Carnaval UOL.