sábado, dezembro 03, 2011

Walter Levita

Walter Levita, cantor e compositor, nasceu em 1920 na Bahia. Iniciou a carreira cantando músicas românticas, mas se especializaria depois no repertório carnavalesco, tendo participado de mais de 20 coletâneas do gênero, além de lançar outros 16 discos pelas gravadoras Copacabana, Continental e Odeon.

Os críticos o apontam como seus maiores sucessos Índio quer apito e A Maria tá, até hoje lembradas em antologias carnavalescas.

Estreou em discos em 1952 na gravadora Star lançando o baião Vamô misturá, de sua autoria e Mary Monteiro, cantado em dueto com Maria Celeste, e o samba Dilema, de Ataulfo Alves e Aldo Cabral.

No mesmo ano, teve o samba Uma mulher é pouco, com Ernâni Seve, gravado na RCA Victor por Francisco Carlos, e na Copacabana o samba-canção Disfarce, com Mary Monteiro, registrado pelo cantor Hélio Chaves.

Em 1953, foi contratado pela Odeon e gravou com acompanhamento de orquestra os xaxados Xaxado não é baião, de sua autoria e Rodrigues Filho, e Não me condenes, de Altamiro Carrilho e Armando Nunes. Em seguida, gravou também com acompanhamento de orquestra o fox Chora, de Kolman e Lourival Faissal, e o samba-canção Não devemos fingir, de José Batista e Jorge Faraj.

No ano seguinte, gravou o bolero Sinceridade, de G. Perez e Ghiaroni, e a toada Meu erro, meu castigo, de Orlando Trindade e José Batista. Gravou, com acompanhamento de orquestra e coro em 1955, a marcha Montanha russa, de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, e o samba-canção Falam tanto de mim, de Alcir Pires Vermelho e Ivon Curi.

Em seguida, gravou com acompanhamento de conjunto coral e orquestra de Severino Filho a toada Vento malvado, de Orlando Trindade e José Batista, e o samba-canção Drama conjugal, de Armando Nunes e Cícero Nunes.

Para o carnaval de 1956, lançou com acompanhamento de orquestra e coro o samba Eu sou a fonte, de Monsueto Menezes, Geraldo Queiróz e José Batista, que foi incluida também no LP Carnaval!... Carnaval!... da gravadora Odeon, e a marcha Cabeça prateada, de Aldacir Louro, Edgard Cavalcânti e Anísio Bichara.

Nesse ano, fez sucesso com o samba Favela, de Roberto Martins e Valdemar Silva. Gravou ainda, já visando o carnaval do ano seguinte, os sambas Até você chorou e Comissário Valdemar, ambos de Haroldo Lobo e Raul Sampaio.

Em 1960, gravou pela Continental com acompanhamento de orquestra carnavalesca as marchas Vaca de presépio e Índio quer apito, ambas de autoria da dupla Haroldo Lobo e Milton de Oliveira. Esta última foi um grande sucesso na época, e mesmo posteriormente, além de incluída no LP Carnaval de 1961, que a gravadora Continental lançou com diversos artistas.

Ainda em 1960, gravou pela Discobras a marcha A Maria tá, com a qual se tornou campeão do carnaval, e o samba Primeiro amor, ambas de Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e Jair Noronha.

Em 1961,gravou na Continental a marcha Nega do Congo, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, e o samba Incerteza, de Jorge Martins, José Garcia e Maragogipe. No mesmo ano, lançou pela gravadora Copacabana o bolero Até sempre, de Mário Clavel e Teixeira Filho, e o samba Vai, tristeza, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira.

No ano seguinte, suas interpretações para as marchas Garota que vai pra lua, de João de Barro e Jota Júnior, e Metade homem, metade mulher, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, foram incluídas no LP Carnaval de 1963 produzido pela gravadora Continental com a participação de vários artistas.

Em 1963, gravou as marchas Espanhola, de Renato Mendonça e Jairo Simões, e Espeta o vudu, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, e os sambas Tindô-le-lê, de sua autoria e Renato Mendonça, e Ora meu bem, de Henrique de Almeida e Carlos Marques.

Em 1964, participou de duas coletâneas destinadas ao carnaval: no LP Carnaval de ontem e de hoje do selo Audience com a marcha A Maria tá, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, e do LP Carnaval RIO/65 da Continental para o qual gravou especialmente as marchas Stripe-tease, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, e Vaca malhadinha, de sua autoria e Fernando Noronha.

Em 1966, participou dos dois volumes da série Carnaval RCA 1967 da RCA Camden, lançados para o carnaval do ano seguinte. Gravando para o volume 1 a marcha Quando vira a maré, de sua autoria, Aloísio Vinagre e João Laurindo, e para o volume dois a marcha Bananeira, de Rutinaldo e Milton de Oliveira.

Participou no ano de 1967, da coletânea Carnaval de verdade 1968 volumes 1 e 2 da gravadora Philips, que reuniu entre outros os nomes de Orlando Silva, Blecaute, Marlene, Dircinha Batista, e Zé Keti. Para o volume 1 gravou a marcha Deixa o coração cantar, de Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo, e para o volume 2 registrou a marcha Felicidade, de Francis Hime e Vinícius de Moraes.

Em 1968, participou de nova coletânea, sempre gravada no segundo semestre do ano, visando o carnaval do ano seguinte. Assim, pela RCA Candem gravou a marcha Adão ficou tantã (Marcha da pílula anticoncepcional), de Antônio Almeida.

Em 1969, Walter Levita participou do LP Festival de carnaval da Polydor registrando as marchas A lua conquistada, de Milton de Oliveira e Roberto Jorge, que glosava com a chegada do homem à lua, e Bela napolitana, de Milton de Oliveira e Élton Menezes.

Em 1970, gravou as marchas Um dois três (O que é que faz com ele), de Moacir Paulo e Fernando Noronha, e Benvenuta garota enxuta, de Milton de Oliveira, para o LP Carnaval 1971 da Entré/CBS.

Em 1972, participou do LP Carnaval de vanguarda, da Premier/RGE, interpretando a marcha Boneca de Alode, de Milton de Oliveira.

No mesmo ano, voltou a gravar um disco solo interpretando canções românticas: o LP Uma seresta na fossa, do selo Itamaraty/CID, no qual cantou as músicas Inimigo ciúme, de Umberto Silva e O. Trindade, A serenata que ela não ouviu, de Jacobina e Taba, Fracasso, de Mário Lago, Chão de estrelas, de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, entre outras.

Em 1976, num momento em que as músicas carnavalescas já se encontravam em pleno declínio voltou a participar de uma coletânea do gênero no LP Carnaval 76 da Musicolor/Continental, para o qual interpretou a marcha Brinca com o meu coração, de Cid Magalhães e Milton de Oliveira. Três anos depois, cantou as marchas Não é disco voador, de Dozinho e Cláudio Paraíba, e O burro sou eu, de Cláudio Paraíba, para o LP Gandaia carnaval de 1980, uma gravação independente.

Obra

Cobra que não anda (c/ Zé Trindade), Disfarce (c/ Mary Monteiro), Quando vira a maré (c/ Aloísio Vinagre e João Laurindo), Tindô-le-lê (c/ Renato Mendonça), Uma mulher é pouco (c/ Ernâni Seve), Vaca malhadinha (c/ Fernando Noronha), Vamô misturá (c/ Mary Monteiro), Xaxado não é baião (c/ Rodrigues Filho).

Fontes: Diário da Música; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Deborah Blando

Deborah Blando (Deborah Salvatrice Blando), compositora e cantora, nasceu em Sant'Ágata de Militello, uma pequena cidade da Sicília, Itália, em 03 de março de 1969. Filha de pai italiano e mãe brasileira, desde muito pequena gostava de cantar, tendo-se apresentado com apenas dois anos no "Festival Zecchino d'Oro".

Aos cinco anos, transferiu-se com a família para Florianópolis (SC) e começou a cantar em corais infantis locais.

Quando completou 11 anos, já era a solista do coral As Meninas do Sul e se apresentava interpretando sucessos da música italiana. Com isso, foi contratada por uma empresa italiana para gravar um disco para ser distribuído promocionalmente com o pseudônimo de Giovanna.

Surgiu para o grande público após ter sido convidada por Oswaldo Montenegro no início dos anos 80 para integrar o elenco do musical "Os Menestréis". Com ele ainda trabalhou no espetáculo "Dança dos signos", em 1983.

No ano de 1989, foi apresentada à cantora norte-americana Cyndi Lauper, na ocasião de sua turnê pelo Brasil, e ao seu empresário, David Wolff. Este a convidou para trabalhar com ele na Sony dos EUA. Dois anos depois, lançou o CD A different story, cujo sucesso Boy why do you wanna make me blue foi executado mundialmente na propaganda da diet Coke.

No ano de 1994, o disco foi relançado numa edição especial com as faixas bônus A maçã e um cover do grupo inglês de rock The Kinks, You really got me em dueto com Gordon Grody. Ainda no mesmo ano, trabalhou para a Coca-Cola outra vez, gravando O descobridor dos Sete Mares, antigo sucesso na voz de  Tim Maia, que fez parte de um cassete promocional distribuído nas praias brasileiras naquele verão.

No ano seguinte, lançou o disco Suave suave, com o grupo alemão de tecno B-Tribe, cujos sucessos foram Nanita e Que mala vida, sucessos nas pistas de dança européias. Logo depois assinou com a Virgin Records e, em 1996, gravou o CD Unicamente. O disco, produzido por Patrick Leonard, produtor de Madonna, e David Foster, produtor de Michael Jackson, foi lançado apenas no Brasil e lhe rendeu um disco de ouro. Os destaques do CD foram a faixa-título e a faixa Gata.

Em 1998 lançou,mais um CD: Deborah Blando, com o sucesso Somente o sol, versão em português da canção I'm not in love, que foi tema de abertura da novela Corpo dourado da Rede Globo. No ano seguinte, participou do evento filantrópico "Criança esperança", também na Rede Globo, interpretando junto com o grupo Fat Family o sucesso de Raul Seixas e Paulo Coelho Eu nasci há 10 mil anos atrás.

Discografia

(1991) A different story • Sony • CD
(1994) Suave, suave • Sony • CD
(1996) Unicamente • Virgin Records • CD
(1998) Debora Blando • Virgin Records • CD

Fontes: Por Onde Canta?; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Mário Augusto

Mário Augusto, na boate "Chez Carlos", em Montevidéu, (Uruguai), no dia 21/05/1964.

Mário Augusto (Mário Augusto dos Santos), cantor e compositor, nasceu na década de 1930 em Jundiaí, São Paulo. Artista eclético, gravou diversos rocks, twists e baladas no final dos anos 1950 e início dos anos 1960. Estreou em discos na Odeon em 1958 com o rock calipso Claudette, de Roy Orbison em versão de Fred Jorge e o samba canção Não sei, de sua autoria.

Em 1959 gravou o rock balada Grande amor, de Mário Vieira e Armando Castro. Em 1960 passou a gravar na Copacabana, a começar pelo rock Dia triste, de Don Gibson e Oiram Santos. No mesmo ano gravou o rock mambo Adão e Eva, de Paul Anka em versão de Oiram Santos. Em 1960 gravou a marcha Desfolhei a margarida, sucesso no Carnaval do ano seguinte.

Em 1961 gravou o beguine Sempre no meu coração, de Ernesto Lecuona e Mário Mendes e o calipso Porque, de Rubinho e Paulo Valério. Em 1962 gravou O twist é bom, de Baby Santiago e o cha cha cha Tu me desprezas, de Oscar Macedo. No ano seguinte gravou as marchas Adão sem Eva, de Oiram Santos e José Saccomani e O cravo e a rosa, de Elzo Augusto e Oiram Santos.

Em 1964 gravou a marcha Tô gamado, de José Sacomani e Oiram Santos e o samba Pedrinha de gelo, de Elzo Augusto e Oiram Santos.

Obras

Nana nenê; Não sei.

Discografia
 
(1958) Torero / Eu sou culpado • Odeon • 78
(1958) Não sei / Claudette • Odeon • 78
(1959) Canção do hula-pula / Grande amor • Odeon • 78
(1959) Piove / Il sono, il vento • Odeon • 78
(1959) Eu sem você / Trem do amor • Odeon • 78
(1960) Dia triste / Nana nenê • Copacabana • 78
(1960) Adão e Eva / Sou de pouca fala • Copacabana • 78
(1960) Tenha pena de mim / Desfolhei a margarida • Copacabana • 78
(1961) Sempre no meu coração / Porque • Copacabana • 78
(1961) Colcutá / Plantei amor • Copacabana • 78
(1961) O amor de Terezinha/Viajando com meu amor • Copacabana • 78
(1961) História de amor / Pedra no caminho • Copacabana • 78
(1962) O twist é bom / Tu me desprezas • Copacabana • 78
(1962) Cidinha / Andeio • Copacabana • 78
(1963) Adão sem Eva / O cravo e a rosa • Copacabana • 78
(1963) Caraboo / Vendaval do amor • Copacabana • 78
(1963) Conflitos emocionais / É você quem pensa • Copacabana • 78
(1964) Tô gamado/Pedrinha de gelo • Copacabana • 78

Fontes: Index-of-mp3-m.blogspot.com; Músicas de Carnaval (cesargravier.zip.net); Dicionário Cravo Albin da MPB.