sexta-feira, junho 01, 2012

Cacala Carvalho

Cacala Carvalho (Maria Clara Borba de Carvalho), cantora e compositora, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18/04/1963. Iniciou seus estudos musicais aos 10 anos de idade, tendo sido aluna do violonista Carlos Matos. A partir de 1982, passou a se dedicar ao canto, em especial ao canto coral. Fez os cursos de violão, teoria, harmonia e percepção na escola Rio Música.    

Em 1986, integrou o Caracoro, regido por Fernando Ariani. De 1987 a 1998, participou do Grupo Vocal Maite-Tchu. Atuou em monitoria nos corais da Shell, Coca-cola, Cimento Paraíso e Unigranrio. Faz monitoria para os corais da Petróleo Ipiranga, do Sistema Firjan e do Inmetro, regidos por Eduardo Morelenbaum. Participou como backing vocal em discos de diversos artistas, como Carlinhos Félix, Dora Vergueiro, Macleen, Jussara Silveira, Maíra, Arthur Maia, Márvio Ciribelli e Luciano Bruno. Atuou, ainda, em gravações de jingles e vinhetas para Rádio e TV.

Na televisão, atuou em trilhas sonoras de minisséries, programas, novelas e especiais da Rede Globo, como Engraçadinha, Memorial de Maria Moura, Globo Esporte de Natal (1987), Verde é vida (Roberto Carlos), Casseta e Planeta, Você decide, Anjo mau, Faustão, Bambuluá e Anjo de mim.

Para o cinema, gravou a trilha do filme A casa de açúcar, participou do coro na música-tema do filme Pokémon, foi a solista da versão brasileira da música cantada por Vanessa Williams no filme Elmo e gravou coro na trilha de Grimch (para a Dellart). Em 1997, integrou o coro de quatro vozes da montagem do musical Orfeu da Conceição, de Haroldo Costa, em São Paulo.

Assinou a direção da gravação de voz do CD de Cláudio Lins, lançado pela Velas em agosto de 1999, e de seis faixas do CD da cantora Ju Cassou.

No teatro, atuou como cantora e atriz no musical infantil A arca no Zôo, de Karen Acioly, em 1994. Atuou como a personagem Sarinha e fez a preparação vocal do elenco adulto do musical infantil Festa no Céu, de Karen Acioly, encenado no Centro Cultural da Light.

Em 2000, atuou como Jous Jous Balangandans no musical Café Concerto Coca-cola, musical montado e dirigido por Karen Acioly especialmente para a Solenidade de entrega do Prêmio Coca-cola no Teatro.

Em 2001, passou a integrar o grupo Arranco de Varsóvia.

Em 2002, lançou seu primeiro CD solo, Ela e ele e eu, com suas canções Nana naná, Convicção (c/ Fernando Caneca) e Sem querer (c/ Arthur Maia), entre outras.

Em 2005, formou, com Marianna Leporace e Eliane Tassis, o trio vocal Folia de Três, com o qual lançou, nesse mesmo ano, o CD Pessoa rara - Ivan Lins - 60 anos.

Obra

Convicção (c/ Fernando Caneca), Nana Naná, Sem querer (c/ Arthur Maia).

Discografia

(2002) Ela e ele e eu • Independente • CD
(2005) Pessoa rara - Ivan Lins - 60 anos • Mills Records/Mosaico Digital • CD

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Lord Alisa e o Clube dos Democráticos

Foto da homenagem que, em maio de 1924, foi prestada a Lord Alisa, pelo Grupo da
Arrancada, filiado ao Clube dos Democráticos (Biblioteca Amadeu Amaral - FUNARTE).

Quando Vicente Alfredo Duarte Felix, depois de ter sua proposta de admissão no ‘castelo’ aprovada, — não formalmente, apenas, mas com grande júbilo — veio a ganhar o título de Lord Alisa, não botou banca de nobreza. Pelo contrário. Foi justamente em virtude dessa honraria carnavalesca que se sentiu autenticado como Democrata. E operoso, realizador, passou a trabalhar com denodo para a grandeza do clube alvinegro. Seus encargos como gerente do Correio da Manhã eram muitos e absorventes. Mesmo assim, ele conseguia meios e modos de se dedicar, por igual, à empresa jornalística e à sua agremiação. Servia, e bem, há dois anos, tal como o Arlequim de Goldoni.

Graças ao desvelo com que cuidava de suas obrigações nos dois setores — o da imprensa e o do Carnaval — Duarte Felix e Lord Alisa, nomes diversos de uma só pessoa, carreavam para um e outro louvores e admiração. Edmundo Bittencourt, e depois o filho Paulo, tinham em Felix o seu braço direito. O Clube dos Democráticos venerava-o e ao fazê-lo presidente perpétuo mostrava a gratidão de todo seu quadro social ao companheiro Lord Alisa, o ‘carapicu’ a quem se devia o apogeu da sociedade. Fez-se credor, portanto, das carinhosas homenagens que teve ao morrer. Merecia levar, dentro do esquife, como levou, junto com as bandeiras de Portugal, sua pátria, e do Brasil, no qual viveu amando-o e trabalhando, a do grêmio carnavalesco por ele engrandecido.

No princípio a tesoura

Português, de Monsa, no Alentejo, onde nasceu a 20 de fevereiro de 1869, Duarte Felix depois de já ter estado no Brasil por algum tempo, retornou à sua terra. Pouco depois, com 27 anos de idade, casado com dona Maria da Conceição, aqui estava novamente e para se fixar em definitivo. Trazia como cabedal os apetrechos de seu ofício de alfaiate: tesoura, agulha, giz e esquadro. Tendo como principal freguesia a gente de teatro e com sua vocação para o palco, conseguiu fazer-se ator e integrar alguns elencos. Um dia, porém, — como disse Luiz Palmeirim em discurso que proferiu no enterramento de Duarte Felix — “compreendeu que não devia mais pintar a cara”, e deixou a ribalta. Eugenio da Silveira, que editava o União Portuguesa, chama-o para administrar o seu jornal. Duarte Felix se desempenha bem no novo mister, mostrando aptidão para o cargo.

Sabedor de sua competência, Edmundo, que era freguês de uma barbearia na Rua do Ouvidor, ao lado do Correio da Manhã, ali conheceu Duarte Felix e o convidou para gerente de seu matutino. Ativo, trabalhador, em pouco tempo evidenciava tino administrativo. Firmara a situação econômica da empresa, que se transferiu para um grande prédio no largo da Carioca e, mais tarde, na Avenida Gomes Freire estabelecia sede própria. Tudo isso acontecendo com Felix já feito associado do Clube dos Democráticos, onde, pelo hábito de passar a mão carinhosamente no ombro das pessoas com quem falava, ganhara o clássico título de Lord Alisa e em cuja agremiação entrara por influência de Edmundo que já era sócio benemérito.

Baluarte e incansável

Logo depois de ter assumido a gerência do Correio, em 1904, Duarte Felix tornava-se Democrático. Eleito presidente, no seu feitio de realizador, começou a marcar sua atuação no ‘castelo’ (sede do clube) com grandes iniciativas. Do prédio da Rua dos Andradas, em frente ao largo do Rosário, onde a sociedade já possuía confortável salão para seus ‘maxixéticos forrobodós’, transferiu-a para a Rua do Passeio nº 62, esquina da Rua das Marrecas. Mudança que se constituiu, como seria justo, em notório acontecimento, ensejou aos consócios de Felix exaltar seus merecimentos.

No dia 11 de setembro de 1920 um gritante puff de quase página inteira do Correio da Manhã glorificava-o: “O grande Lord Alisa! — Foi ele que a idéia deu / E foi seu executor... / Desde a planta concebeu! / Foi arquiteto, feitor / Mestre d’obras, carpinteiro; / Foi tudo num tempo só! / Foi Alisa, pois, o obreiro! / Levantou paredes, pó!

Sempre numa constante de empreendimentos que alçavam os ‘carapicus’ a uma superioridade flagrante sobre os seus coirmãos ‘gatos’ e ‘baetas’, Vicente Duarte Felix jamais poderia deixar de presidi-los. Daí sob aclamações vibrantes de toda a assembléia, ser-lhe outorgada a perpetuidade no cargo, gesto que vieram a repetir em relação a Alfredo Silva (Lord Carta Branca), seu substituto no posto e exercendo-o até hoje.

Mas, embora a instalação do clube na Rua do Passeio lhe proporcionasse outro ótimo salão e conforto, o presidente Felix planejava a aquisição de casa própria. Comprou então um terreno na Avenida Gomes Freire nº 471, mas, tendo-se em conta a cordialidade reinante entre Democráticos e o Correio da Manhã, foi a este cedido e a sociedade adquiriu outro na rua do Riachuelo nº 93.

E lá está, imponente, o ‘castelo’ dos alvinegros, inaugurado festivamente no dia 30 de dezembro de 1930 por Alfredo Alves da Silva e com a presença de Adolfo Bergamini, então interventor no Distrito Federal. Duarte Felix, que havia morrido a 8 de junho de 1929, não teve o prazer de vê-lo concluído.

Morre um perpétuo, elege-se outro

Com o falecimento de Duarte Felix, perdia o veterano Clube dos Democráticos, fundado a 19 de janeiro de 1867, por General Topázio, Frei Mochila, José do Beco e outros foliões, o grande baluarte que foi o Lord Alisa. Acompanhando o seu esquife, que saiu com um numeroso cortejo da Avenida Marechal Trompowsky — e antes de baixar à sepultura passou em frente ao ‘castelo’ na Rua do Passeio, e ao Correio da Manhã, no largo da Carioca — os carnavalescos da agremiação choravam o denodado presidente. A perpetuidade que eles haviam conferido ao consócio para tê-lo sempre na liderança dos ‘carapicus’ estava finda e Pádua de Vasconcelos, secretário-geral da sociedade, externava, em sentida oração proferida no cemitério, o sentir dos alvinegros.

Havia, no entanto, nas hostes dos Democráticos, tantas vezes vitoriosos nas pugnas de Momo, um antigo companheiro da diretoria presidida pelo saudoso Lord Alisa, que viria a substituí-lo. Impregnado do mesmo amor ao clube, Lord Carta Branca, então tesoureiro, viu seu nome e seu título carnavalesco terem o sufrágio unânime de uma assembléia que, na mesma expansão de muitos anos antes, dava-lhe a presidência perpétua do ‘castelo’.

Continuou, assim, o Clube dos Democráticos a manter sua tradição e a fazer desfilar na terça-feira de Carnaval seus préstitos alegóricos. Tudo com o mesmo esplendor do tempo em que Lord Alisa deles participava, empunhando o estandarte preto e branco e agradecendo desvanecido os aplausos do povo.

(O Jornal, 7/02/65)
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Fonte: Figuras e Coisas do Carnaval Carioca / Jota Efegê: apresentação de Artur da Távola. —2. ed. — Rio de Janeiro: Funarte, 2007. 326p. :il.

Manuel Cavanelas e o Clube dos Fenianos

Manuel Cavanelas
Hoje, os clubes carnavalescos tendo ajuda oficial (embora reconhecidamente precária) não mais recorrem aos tradicionais ‘livros de ouro’ ou ‘rateios para ajudar’, como era de praxe antigamente. E os que ainda o fazem não se empenham com grande afã, na dobadoura de outros tempos. Cuidam, isto sim, de diligenciar ativamente junto aos deputados e da gente que pode influir na majoração do ‘tutu’ governamental. Conseqüentemente são poucos os ‘beneméritos’, os que prazeirosamente ‘pagam pra festa’.

O Carnaval carioca, no entanto já teve entusiastas fervorosos, foliões bem forrados do ‘arame’ que na hora do aperto salvavam a atuação e asseguravam a presença de seu grêmio nos festejos de Momo.

Manuel Cavanelas foi um deles, O Clube dos Fenianos, onde com seu irmão Miguel (o Minó) foram figuras da primeira linha sempre integradas em suas diretorias, deve-lhe muitos dos triunfos alcançados nos renhidos desfiles das terças-feiras gordas. Seu nome era certo e assíduo no rateio para a confecção do préstito, não com determinada quantia, mas com um clássico “o que faltar”, ou seja, todo o dinheiro necessário para completar a despesa.

Um “gatarrão” alvirrubro

Tendo ingressado no Clube dos Fenianos — que foi fundado em 8 de dezembro de 1869 — poucos anos antes da proclamação da República, o espanhol Manuel Cavanelas tornou-se num dos mais aguerridos sócios dessa agremiação. Por isso, quando Mauro de Almeida numa sucinta biografia, publicada no Diário Carioca em dezembro de 1928, o classificou de “gatarrão”, e de “carnavalesco do tempo da coroa”, situou-o cronologicamente certo e deu-lhe o aumentativo merecido. Dentre todos os ‘gatos’ (apelido ainda hoje dos que fazem parte da veterana sociedade alvirrubra do Carnaval carioca) Cavanelas era reconhecidamente o mais entusiasta. Queria que o seu clube desfilasse com alegorias vistosas, com críticas ferinas. E tudo fartamente iluminado com “fogos bem vermelhos”.

Na época da preparação dos carros discutia com Fiúza Guimarães, com André Vento ou com qualquer outro cenógrafo contratado pelo clube, os croquis apresentados. Fazia sugestões, recomendava o bastante emprego de ‘brilhantinas’ para fazer efeito no desfile noturno e, segundo informe do hoje aposentado Braço Forte (Joaquim Lourenço), interessava-se em especial pelas críticas. Depois, com o préstito já em confecção na antiga cocheira da Travessa das Partilhas (que o proprietário Brito das Andorinhas cedia gratuitamente) lá era encontrado o Cavanelas, diariamente e por muitas horas. Ajudava o pessoal, dava a bronca ao sentir diminuir o ritmo do trabalho, mas ao vê-lo em atividade ‘molhava a mão’ de todos com algumas pratas para uma cervejinha.

Fidelidade ao ‘poleiro’

Quando em 1928 houve uma cisão no Clube dos Fenianos e um grupo de associados do qual fazia parte Manduca da Praia, Chaby, Patativa e alguns mais fundou o Congresso dos Fenianos, Manuel Cavanelas não o acompanhou. Seu irmão Miguel seguiu com os dissidentes, ele porém continuou fiel ao ‘poleiro’ (nome que tem a sede da agremiação). Foi então que seu grande amor ao pavilhão encarnado-e-branco e ornado com um fulgurante Sol (símbolo da sociedade) recrudesceu em toda a pujança. Além dos velhos rivais, Democráticos e Tenentes, com os quais vinham competindo havia muitas dezenas de anos era preciso vencer principalmente o novo e que saíra de suas hostes.

Longe de se intimidar, alardeando sua riqueza repetiu a máxima que empregava nos momentos decisivos: “Quando um bolso ainda não está vazio o outro já está transbordando”. E enquanto diretores faziam o orçamento, calculavam o custo das alegorias e das críticas, Manuel sem se impressionar com as dezenas de contos de réis em debate disse apenas, tranqüilamente: “vejam lá o que me toca”. Minutos após, iniciada a coleta das assinaturas, que eram seguidas da quantia subscrita, Cavanelas, acostumado a tal gesto, escrevia rapidamente o seu nome e punha o rotineiro “o que faltar”. Desta feita, quando estava em jogo a tradição feniana, o quantum seria bem maior, mas isso não o intimidava nem o levaria a modificar o lançamento realizado.

Deu um recreio e ganhou uma rua

Manuel Barreiro Cavanelas, carnavalesco, incentivador e baluarte do Clube dos Fenianos, que por muitas vezes com o seu clássico “o que faltar” concorreu para o brilhantismo dessa sociedade, não foi apenas um “gatarrão”. Além de ‘grande benemérito’ da Sociedad Española de Beneficencia, alguns anos antes de sua morte, ocorrida a 22 de agosto de 1950, fez construir na Tijuca (e ainda lá se encontra) o Recreio dos Anciãos para dar uma vida tranqüila aos velhos necessitados e sem família. Evitando a característica de asilo, tornou-o verdadeiramente um retiro sem regimento rígido, e capaz de proporcionar vida agradável da qual ele próprio passou a desfrutar como um dos internados. Longe da azáfama foliônica ali tinha como distração predileta fazer bengalas de bambu que distribuía com seus companheiros.

Mais tarde, um decreto municipal (nº 12.948), de 3 de setembro de 1955, dava o nome de Manuel Cavanelas à antiga Rua Suruí, na estação de Brás de Pina. Os subúrbios leopoldinenses que já tinham a Avenida dos Democráticos prestavam nova homenagem ao Carnaval carioca. O apego à tradição, como seria de esperar, fez restrições à substituição provocando longa carta do sr. Benjamim Iglezias Malvar a O Globo na qual em minuciosa e fiel história da vida de Cavanelas mostrava a injustiça da denominação. Não era apenas o paredro feniano, o homem que assinava solenemente “o que faltar” para assegurar a presença de seu clube nas lides de Momo o alvo da distinção.

Prestava-se também e principalmente gratidão ao filantropo simples, infenso a honrarias, repelindo sempre o tratamento de conde que o Vaticano lhe outorgara por seus atos de benemerência.

(O Jornal, 3/01/65) 

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Fonte: Figuras e Coisas do Carnaval Carioca / Jota Efegê: apresentação de Artur da Távola. —2. ed. — Rio de Janeiro: Funarte, 2007. 326p. :il.

Agenor de Oliveira

Agenor de Oliveira, cantor e compositor, nasceu no bairro de Jacarepaguá, Rio de Janeiro, RJ, em 08/08/1949, onde conviveu desde pequeno com compositores da Portela, da União de Jacarepaguá e do Império Serrano. Integrou a ala de compositores da Portela e posteriormente a do Império Serrano.

Gravou o primeiro disco, Cabeças, no ano de 1983, no qual incluiu parcerias com o poeta Lula Dimoraes, M. Luz e Paulinho Lemos.

No ano de 1998 lançou o CD Agenor de Oliveira canta Noel Rosa, no qual interpretou clássicos do compositor carioca, entre eles Pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro), Feitio de oração, Conversa de botequimFeitiço da Vila, parcerias de Noel e Vadico, além de Com que roupa, Último desejo, Três apitos, Onde está a honestidade?, Palpite infeliz e Filosofia. O disco contou com as participações especiais de Mauro Senise e Gilson Peranzzetta , sendo indicado no ano seguinte para o "Prêmio Sharp".

Em 2000 compôs com Jorgito Sapia, Wanderley Monteiro, Maurício Monteiro e Ronaldo Soares o samba Carioca da gema, com o qual o bloco carnavalesco "Simpatia É Quase Amor" desfilou naquele ano. No ano seguinte, ao lado de Cristina Buarque, Henrique Cazes, Xangô da Mangueira, Tânia Machado, Márcia e Eliane Duarte, Simone Lial e grupo Goiabada Cascão, participou do show em homenagem à Aracy de Almeida, no Teatro Gláucio Gil.

Em 2002, pela gravadora Rob Digital, lançou o CD Bafafá, no qual foram incluídas parcerias com Wanderley Monteiro, Zé Luiz do Império e Paulinho Lemos. O disco contou com arranjos de Rogério Souza (Nó Em Pingo D'Água) e textos de apresentação de Beth Carvalho, Nelson Sargento e Guilherme de Brito.

No ano de 2003 participou do show de inauguração da Praça Mauro Duarte, em Botafogo, que contou com o grupo Cozinha da Tia Néia, integrado por Eliane, Maurinho e Marquinhos Duarte, filhos do compositor e ainda com outros artistas, entre eles, Cristina Buarque, Delcio Carvalho, Noca da Portela, Eliane Faria, Simone Lial e Toninho Geraes.

No ano seguinte, em 2004 organizou o projeto Samba, choro e energia, apresentado na Lona Cultural João Bosco e em outros espaços do Rio de Janeiro, no qual reuniu no palco diversos artistas, entre eles Roberto Silva e Trio Madeira Brasil. Ainda em 2004, com Délcio Carvalho,  apresentou o projeto Quintas do samba, no Teatro Odisséia, na Lapa, no qual ambos receberam diversos convidados, entre os quais Wilson das Neves e Ivor Lancelotti.

Em 2005 Nilze Carvalho interpretou de sua autoria Valsa do sonho (c/ Paulinho Lemos) no CD Estava faltando você.

No ano de 2006 lançou pelo Selo Olho do Tempo, o CD É banto.

No ano de 2008 quatro composições de sua autoria, em parceria com o cantor e compositor Nelson Sargento, foram incluídas por este em seu CD Versátil, lançado pelo selo Olho do Tempo.

Em 2011 apresentou, ao lado do cantor e compositor Nelson Sargento, o show Pensamentos cantados, realizado no Teatro de Arena da Caixa Cultural, no Rio de Janeiro. O show, concebido a partir do livro Pensamentos de Nelson Sargento, contou com um repertório de clássicos do samba e da MPB separados por temas.

Obras

A dor da parceria (c/ Rodrigo Lessa), A encomenda (c/ Paulinho Lemos), A saga do Joca (c/ Rodrigo Lessa), A valsa e o piano (c/ Sérgio Ricardo), Acabou meu sossego (c/ Nelson Sargento), Amar sem ser amado (c/ Nelson Sargento), Ânsia de amar (c/ Wanderley Monteiro e Jorgito Sápia), Antes e depois, Às margens da vida (c/ Délcio Carvalho), Bafafá (c/ Roberto D’Araújo), Bato tambor (c/ Paulinho Lemos), Cabeças, Cantiga pra um menino sem nome, Carioca da Gema (c/ Wanderley Monteiro, Jorgito Sápia, Ronaldo Soares e Maurício Monteiro), Clone barato (c/ Roberto D’Araújo), Dama da noite (c/ Délcio Carvalho), Desejo do destino (c/ Wanderley Monteiro), É banto, Filho de xangô (c/ Paulinho Lemos), Foi por um triz (c/ Paulinho Lemos), Iara (c/ Paulinho Lemos), Império do samba, Indefinível (c/ Lula Dimorais), Isso acontece (c/ Wanderley Monteiro e Jorgito Sápia), La paz, Meu bem volto já (c/ Lula Dimorais e Cataldi), Meu camarada, Meu coração faliu, Mira que choro (c/ Roberto Araújo), Nas águas da conquista, O céu sem luar (c/ Délcio Carvalho), O outro dentro de mim, Pablo, Pagode do pé sujo (c/ Lula Dimorais), Parceiro da ilusão (c/ Nelson Sargento), Pode parar (c/ Paulinho Lemos), Risco de bordado (c/ Moacyr Luz), Rolimã (c/ Celso Lima), Sedução de sereia (c/ Wanderley Monteiro e Zé Luiz), Sementes do tempo (c/ Luis Sérgio Cruz), Sinfonia imortal (c/ Nelson Sargento), Só eu sei (c/ Délcio Carvalho), Tavam (c/ Paulinho Lemos e L. S. Cruz), Tributo a Mauro Duarte, Valsa do sonho (c/ Paulinho Lemos).

Discografia

(2006) É banto • Selo Olho do Tempo • CD
(2002) Bafafá • Rob Digital • CD
(1998) Agenor de Oliveira canta Noel Rosa • Independente • CD
(1983) Cabeças • Independente • LP

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Adriana Peixoto

Adriana Peixoto, cantora e compositora, nasceu em Niterói, RJ, em 23/4/1979. Vem de uma família tradicional no cenário musical brasileiro: é filha do pistonista Araken Peixoto (falecido em fevereiro de 2008) e sobrinha do cantor Cauby Peixoto, do maestro e pianista Moacyr Peixoto, e da cantora Andyara Peixoto (famosa nas décadas 40 e 50). Além disso, é sobrinha-neta do compositor e pianista Nonô, que acompanhava, entre outros, Noel Rosa e Carmen Miranda, e prima do sambista Ciro Monteiro e de Dalmo Medeiros, o mais novo integrante do grupo MPB4.

Atuou como cantora da noite na cidade de São Paulo durante 15 anos.

No ano de 2009 lançou o primeiro CD intitulado Adriana Peixoto, no qual fez dueto com Cauby Peixoto na faixa Altos e baixos (Sueli Costa e Aldir Blanc), além de interpretar Na batucada da vida, de Ary Barroso e Luiz Peixoto. No disco também foram incluídas as composições De cabeça pra baixo (Dalmo Medeiros e sua autoria), Zé Mané (Dalmo Medeiros e Marcelo Guimarães), Elizeth (Sueli Costa), Ação entre amigos (Danilo Caymmi), Encontro (Isolda), Outra vez nunca mais (Sueli Costa e Abel Silva), Passagem da ilusão (Miltinho e Paulo Cesar Pinheiro) e a regravação de Saudosa maloca, de Adoniran Barbosa, com arranjos do pianista cubano Yaniel Matos.

Neste mesmo ano de 2009 fez lançamento do CD no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, em show que contou com a participação especial de Dalmo Medeiros. Neste mesmo ano fez temporada de shows no Bar Brahma, na cidade de São Paulo.

Em 2010 fez shows em casas noturnas como Bourbon Street, SESC Santos e temporada no Bar Brahma. No ano seguinte, em 2011, apresentou-se em vários espaços, entre os quais Café Paon, Teatro da Galeria Olido com o show Só samba e na casa noturna Na Mata Café.

Fontes: http://www.adrianapeixoto.com; Dicionário Cravo Alvin da MPB.

Adonis Karan

Adonis Karan, produtor cultural, nasceu na cidade de Novo Horizonte, SP, em 28/06/1943. Foi diretor nacional de projetos e eventos especiais da Rede Tupi de Televisão e coordenador geral de eventos da Rede Globo.

Durante seis anos, Karan viveu em Paris, como correspondente da Rede Globo. Nessa ocasião , foi ainda diretor artístico da casa noturna "Via Brasil", que levava artistas brasileiros e os divulgava na Europa. E foi assim que levou Martinho da Vila, Beth Carvalho, Jorge Ben Jor, Jair Rodrigues, Tânia Maria, Baden Powell e outros.

Para a RTF- Antenne 2, realizou um curta-metragem com Martinho de Vila. E dirigiu o documentário: "Bresil Insolite".

Além disso, organizou e coordenou festivais de música popular brasileira, como o" MPB-TV" Record em São Paulo; o "Brasil Canta no Rio", pela TV Excelsior; o "Festival Universitário" e de "Músicas para o Carnaval", da Rede Tupi; o "MPB Shell", para a Rede Globo; o "Som das Águas", para a Rede Manchete. Foram esses festivais que revelaram nossos principais compositores e compositores, tais como: Chico Buarque, Ivan Lins, Caetano Veloso. Gilberto Gil, Alceu Valença, Geraldo Vandré, Martinho da Vila e muitos outros.

Tendo essa ligação tão forte com todos esses artistas, produziu e dirigiu shows com todos eles, tanto  no Brasil, como nos Estados Unidos, onde, além dos citados acima, promoveu show com Elba Ramalho, João Gilberto, Carlos Lyra.

Karan foi diretor geral  da comemoração dos 50 anos de carreira de Sérgio Ricardo, que aconteceu no Rio de Janeiro e que contou com a presença de inúmeros outros artistas de relevância e também da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio.

Foi ainda produtor e coordenador geral do " Festival de Choro do Estado do Rio de Janeiro', que foi transmitido pela TVE- Rede Brasil.

Fonte: Museu da TV.