sábado, setembro 29, 2012

Henrique de Curitiba

Henrique de Curitiba (Zbigniew Henrique Morozowicz), maestro e compositor erudito, nasceu em Curitiba, Paraná, em 29/08/1934, e faleceu na mesma cidade em 18/02/2008. Ele escolheu o pseudônimo de "Henrique de Curitiba" para se tornar conhecido no Brasil e no exterior sob nome mais comum e melhor pronunciável.

Morozowicz nasceu como filho de imigrantes poloneses que foram para Curitiba em 1873. Seu pai era um dançarino e coreógrafo e era conhecido no Scala, em Milão, Itália. Sua mãe era uma pianista e aproximou Henrique um pouco da música.

No ano de 1950, Henrique foi convidado para tocar o orgão de tubos da Catedral da cidade. É desse período que datam suas primeiras composições – peças para o coral feminino. Guiado por sua professora, Mme. Devrainne, o músico se formou em 1953 na Escola de Música e Belas Artes.

Após terminar seus estudos em Curitiba, Morozowicz foi realizar um aperfeiçoamento em um instituto dirigido pelo professor H.J. Koellreuter, em São Paulo. O jovem compositor realizou pesquisas de harmonia, contraponto, análise e composição, além de se interessar pela modernidade e obras do século 20.

A notícia da realização do 4.º Concurso Internacional Frederic Chopin, em Varsóvia (Polônia), serviu como um novo estímulo para a carreira do músico. Incentivado por sua antiga professora, Mme. Devrainne, Morozowicz representou o Paraná no concurso.

Apesar de não passar da primeira fase, recebeu uma bolsa da Sociedade Polônia para um aperfeiçoamento. Durante o ano de 1960, o músico teve a oportunidade de aprender mais sobre a obra de Chopin (1810 – 1849).

De volta ao Brasil, compôs inúmeras obras, especialmente entre os anos de 1962 e 1971, período em que aconteceram os Cursos Internacionais de Música do Paraná, dirigidos pelo maestro Roberto Schnorremberg. Uma fase importante para a música erudita no estado.

Em 1979 realizou o mestrado em Composição Musical, graças a uma bolsa na Universidade de Cornell, em Nova Iorque. Os dois anos representaram um importante amadurecimento musical na obra do compositor.

Em 1981 Morozowicz recebeu Mestrado na Universidade de Cornell e na Faculdade de  Ithaca, em Nova York, sob a orientação de Karel Husa, e tornou-se um reconhecido compositor.

Durante as décadas de 1980 e 1990, Morozowicz continuou compondo e dando aulas na UFPR e em escolas de música. Morou em Londrina por cinco anos e obteve reconhecimento internacional por sua obra.

Convidado pela Universidade Federal de Goiás, lecionou composição e bases teóricas na instituição até o ano de 2006, quando retornou a Curitiba.

Compôs mais de 150 obras, entre elas muitas obras corais. Lecionou na UFPR nos anos 80 e na década de 90, e na UFG até 2006.

Fontes: Wikipédia; Gazeta do Povo.

sexta-feira, setembro 28, 2012

Edigar Mão Branca

Edigar Mão Branca (Edigar Evangelista dos Anjos), cantor e compositor, nasceu em Lodo das Jegas no Município de Macarani no interior da Bahia, em 14/1/1959. Com seis anos mudou-se para Itapetinga, Bahia. Artista ligado à música de raiz, trabalhou em rádio e participou do movimento estudantil e de grupos de teatro.

No fim dos anos 1970, mudou-se para São Paulo, onde tocou na noite. Voltou posteriormente para Itapetinga, onde retornou a trabalhar na rádio e com música.

Pouco a pouco foi abandonando o rádio e dedicando-se apenas à música, apresentando e conquistando respeito e prestígio no circuito do forró e da música regional.

Recusou-se a gravar em diversas gravadores para não mudar seu estilo. Tornou-se um ídolo do forró nos sertões da Bahia, por onde já se apresentou, cantando em arrasta-pés, lançando, até hoje, mais de dez discos.

Em 1998, lançou o independente "Estradante", com destaque para "Sãojoãozinho pela Bahia", "Severina Cooper (It's not mole não)" de Accioly Neto, e os forrós "Coisa gostosa", "Lua, sol e forró", "Raparigando" e "Festa de Argolinha".

Em 1999, lançou "Imbruiada" pela gravadora Velas, interpretando, entre outras, "Recado ao Presidente" dele e Anchieta Dali, criticando a política de combate à seca do governo federal, "O meu país", de Orlando Tejo, Livardo Alves e Gilvan Chaves, "Bibia", de Louro Branco, onde declama à moda dos trovadores, acompanhado apenas por uma viola, além de "Rabo de boi", falando da vaquejada e "Reisado a São José", abordando o reisado.

Obras
Benza à Deus, Coisa gostosa, Festa de argolinha, Gabiraba, Igaporã, Lua, sol e forró, No deserto do meu peito, Rabo de boi, Raparigando, Recado ao presidente (c/ Anchieta Dali), Reisado a São José, Sãojoãozinho pela Bahia.

Discografia

1998 - Estradante • Independente • CD
1999 - Imbruiada • Velas • CD

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Mara Maravilha

Mara Maravilha (Eliemary Silva da Silveira), apresentadora, cantora e compositora, nasceu em Itapetinga, interior da Bahia, em 06/03/1968. Aos oito anos, já apresentava seu próprio infantil pela TV Itapoan, então emissora afiliada ao SBT para todo o estado da Bahia. Entre o público baiano ela ficou conhecida como "Miss Mara", e no início da década de 1980 tornou-se a principal atração televisiva produzida por uma emissora fora do eixo Rio-São Paulo.

Em 1982, Mara assinou seu primeiro contrato com uma multinacional, a EMI-Odeon, onde lançou seu primeiro disco. Na época, como apresentadora do Clube do Mickey, Mara ganhou a atenção do apresentador e empresário Silvio Santos. A convite dele, ela mudou-se para São Paulo aos 15 anos de idade, onde estreou em rede nacional com programas voltados para o público adolescente e adulto, e integrando também o júri do Show de Calouros de Silvio Santos por cerca de três anos. Na emissora paulista, Mara apresentou o TV Pow, a Sessão Premiada, o programa O Preço Certo e foi também repórter do programa Viva a Noite, do apresentador Augusto Liberato.

Mas foi em 1987, quando estreou o programa infantil Show Maravilha, que a baiana viu seu nome tornar-se uma febre nacional. Mara virou um dos maiores ídolos infantis da história da televisão brasileira. Logo o nome "Mara Maravilha" se transformou em uma marca de sucesso que vendeu milhões de discos, emplacou dezenas de sucessos nas rádios de todo o país, virou boneca, marca de brinquedos, e por quase uma década ajudou a alavancar a audiência do SBT em uma disputa acirrada pelo primeiro lugar com a Rede Globo de televisão.

Em 1991, gravou pela EMI-Odeon o disco "Curumim". Neste trabalho, em defesa da população indígena, incluiu várias composições de sua autoria, como "E agora" (c/ Piska e Arnaldo Saccomani), "Convidado especial" (c/ Marileide), e "Não tem jeito", em parceria com Marileide, Piska e Arnaldo Saccomani. Ainda neste disco, interpretou "Tomara", de César Costa Filho, Sérgio Fonseca e Marcos Neto.

Em 13 discos gravados chegou a marca de três milhões de unidades vendidas entre CDs e LPs.

No ano 2000, gravou o CD "Maravilhoso", no qual interpretou hinos tradicionais da música gospel, como "Tu és fiel", "Pobre perdido" e "Aleluia, aleluia", regravações clássicas do hinário cristão. Incluiu também, no mesmo disco, "Maravilhoso", "Te exaltarei" e "Jerusalém", todas gravadas ao vivo na Igreja Bíblica da Paz, Assembléia de Deus e Comunidade Cristã Luz do Mundo, da capital paulista.

Em 2001, pela gravadora Line Records do Bispo Macedo, lançou o CD "Deus de Maravilha".

No ano de 2005 lançou o CD "Jóia rara" com 14 faixas, sendo nove de sua autoria, entre as quais "Amor imortal", "Espírito Santo", "Suprema gandeza" e "Quero te adorar". Neste mesmo ano fez lançamento do disco nos Estados Unidos e Japão.

Fonte: Wikipédia.

Mara Abrantes

Mara Abrantes (Mara Dyrce Abrantes da Silva Santos), cantora, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31/05/1934, estando radicada em Portugal desde 1958. Mara cresceu no seio de uma família de instrumentistas ligados a diferentes bandas das forças armadas brasileiras, incluindo o seu pai.

No ensino primário freqüentou as aulas de Educação Musical e integrou, como solista, o Coro do Ministério da Educação. Durante o internato do curso para professora primária recebeu formação artística no Teatro de Preparação de Estudantes.

Aos 16 anos ganhou um concurso na TV Tupi de procura de novos talentos, intitulado "A Hora dos Calouros" e concebido por Ary Barroso, tendo nesta altura adotado o nome artístico de Mara Abrantes. Esta vitória permitiu-lhe obter pequenos papéis na TV.

Começou por atuar como cantora no restaurante "A Cantina do Cesar", de propriedade do radialista César de Alencar. Outro espaço noturno onde atuou foi o "Estúdio do Teo", onde conheceu Tom Jobim em início de carreira e de quem interpretou diversos temas. Foi levada para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro pelo maestro Napoleão Tavares.

Atuou em rádios e teatros cariocas, em especial na década de 1950. A Revista do Rádio considerou-a "A escurinha nota dez", em virtude de seus predicados físicos, nos quais ressaltava a cor negra, uma pequena altura e formas esculturais.

Além de ser convidada regularmente como atração para Teatro de Revista, entre 1952 e 1956 foi atriz em cinco filmes, incluindo "A dupla do barulho" (1953) de Carlos Manga.

Em 1954, gravou um disco de 78 rpm com os temas "Sal e pimenta" (letra de Francisco Anísio e música de Hianto de Almeida) e "Um tiquinho mais" (composta por Newton Ramalho e Nazareno de Brito), lançado pela editora Mocambo, tendo esta última canção sido censurada. A proibição da canção pelo governo brasileiro recebeu a atenção da mídia e dos críticos, tendo projetado a carreira da cantora além do circuito da vida noturna carioca.

Em 1958 foi atuar em Portugal, por um período de 3 meses mas acabou por ficar. Gravou vários discos para a Valentim de Carvalho. Colaborou também com o Thilo's Combo.

Em 1967 gravou uma versão de "Natal Feliz" na editora Alvorada. Lança o EP "Sentimental Demais" gravado com o Conjunto Shegundo Galarza. Na editora Marfer gravou um EP com os temas "Quem É Homem Não Chora", "Máscara Negra", "Disparada" e "Maria do Maranhão". Gravou com a Orquestra Marfer, dirigida por Ferrer Trindade, alguns dos temas do Festival RTP da Canção de 1968.

Em 1979 obteve grande sucesso com o single "Os Amantes" que atingiu o disco de prata. A seguir foi editado o disco "Horóscopo" conhecido pelo refrão "Diga em que mês e que ano você nasceu".

Em 1980 cantou "Amor, amor à portuguesa" da banda sonora da novela "Moita Carrasco" do programa "Eu Show Nico" de Nicolau Breyner.

Em 1981 lançou uma versão de "Guerra dos Meninos" de Roberto Carlos com a participação da sua filha Magda Teresa e do Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras. Gravou também uma versão de "Tudo Pára" em 1983.

A compilação "Melhor dos Melhores", lançada pela Movieplay, incluiu os seguintes temas: Os Amantes, Um jeito Estúpido de te amar, Horóscopo, Quem é homem não chora, Serenata negra, Samba magoado, Mas é fado, Moço, Máscara negra, Guerra dos meninos, Meu filho, Um resto de azul, Na boca do povo, Fecho a janela, Café da manhã, Que pena, Vem flor e "Amor, amor à portuguesa".

Fonte: Wikipédia.

quinta-feira, setembro 27, 2012

Manoel Barenbein

Manoel Barenbein, produtor, nasceu em Ponta Grossa, Estado do Paraná, em 1942. Começou trabalhando na gravadora RGE, onde fez assistência de produção e, posteriormente, produção de discos. Ali, produziu grandes nomes, como Toquinho e Chico Buarque.

Em 1967, foi contratado pela Philips (mais tarde PolyGram e, hoje, Universal). Logo na chegada, produziu os LP’s com as canções selecionadas para o III Festival de MPB da TV Record, naquele ano.

Não demorou muito e se envolveu com os artistas baianos, encarregando-se da produção da maioria dos discos tropicalistas, a começar pelo álbum coletivo Tropicália ou Panis et Circensis.

Na seqüência, produziu Jair Rodrigues, Ronnie Von, Erasmo Carlos e Rita Lee. Persuasivo, Barenbein conseguiu convencer o relutante Chico Buarque a gravar as próprias músicas pela primeira vez. Fez ainda direção artística para Elis Regina.

Em 1971, foi para a Itália fazer assistência de produção. Dois anos depois voltou para a Philips e, posteriormente, para a RGE, onde produziu música romântica comercial cantada em inglês por cantores brasileiros: Harmony Cats, David Robinson (Dudu França), Tony Stevens (Jessé) e Mark Davis (Fábio Jr.).

Afastou-se do meio discográfico nos anos 80. Tentou ser produtor independente de música, e acabou criando uma produtora de vídeo. Atualmente, trabalha com sonorização de novelas da TV Record.

Fonte: http://tropicalia.com.br

terça-feira, setembro 25, 2012

Marta Mendonça

Marta Mendonça (Irenice Mendonça Ferreira), cantora, nasceu em Uberaba, MG, em 16 de fevereiro de 1940. De estilo romântico, gravou em 1961, com a orquestra de Élcio Alvarez, o bolero Tu sabes (Joaquim Taborda) e a guarânia Voltei meu amor (Alberto Roy e Tony Freddy).

No mesmo ano, gravou com o regional de Poly os sambas Nosso lar (Miranda e Maio) e Quanto mais se vive, mais se aprende, (Alberto Roy e Paulo Rogério). Gravou ainda pela Chantecler o LP Marta Mendonça Maravilhosa no qual interpretou boleros e baladas, tais como Saudade mesmo (Silveira Miranda, Umberto Silva e Luis Mergulhão), Por favor lhe peço (Marino Pinto e Felisberto Martins), Quatro paredes e seu retrato (Benedito da Silva e Minino Jim), Canção sem rimas (Miranda, Maio e Sidney Morais), entre outras canções.

Em 1962, gravou com a orquestra de Élcio Alvarez a balada Souvenir de amor (Leonard Marker e José Fortuna) e os boleros Por favor lhe peço (Marino Pinto e Felisberto Martins), Se Deus quiser (Joaquim Taborda) e Quatro paredes e seu retrato (Benedito da Silva e Mínimo Jim). Gravou o bolero Amo em segredo (Sérvulo Odilon e Fernando César) e a balada Ave Maria dos namorados (Evaldo Gouveia e Jair Amorim).

No mesmo ano, lançou pela Continental com acompanhamento de Élcio Alvarez e sua orquestra os boleros Escândalo (Rubens Fuentes e Rafael Cardenas) e Recriminação (Arias e Yoni), ambos com versão de Teixeira Filho. Também nesse ano, participou da coletânea Buquê de sucessos lançada pela Continental. Nesse mesmo período, representou os artistas paulistas em show no programa César de Alencar na Rádio Nacional em homenagem ao cantor Altemar Dutra.

Em 1963, gravou pela Chantecler a guarânia Junto de ti (Florentin Gimenez e Bem Mollar) com versão de Paulo Rogério, o tango A última carta (Paulo Rogério) e os boleros Foi contigo (Lúcio Cardim) e A mesma Ave Maria (Toso Gomes e Antônio Correia). Ainda nesse ano, lançou pela Chantecler seu segundo LP intitulado Teu adeus, no qual cantou entre outras, as músicas Junto de ti (F. Gimenez e B. Molar) com versão de Paulo Rogério, Alguém que eu desejo (Irany de Oliveira e Getúlio Macedo), Canção de um triste (Paulo Rogério e Odair Marsano), A última carta (Paulo Rogério), Teu adeus (H. Giraund, Dorsey e P. Nóe) com versão de Fred Jorge, e o clássico Samba em prelúdio (Baden Powell e Vinicius de Moraes).

Ainda nesse período participou de duas coletâneas lançadas pela Chantecler com artistas da gravadora e intitulada Eles e o sucesso, em dois volumes interpretando no primeiro a balada Última Carta (Paulo Rogério) e no segundo o bolero Foi Contigo.

Em 1964, partcipou do volume cinco da coletânea Eles e o sucesso da gravadora Chantecler cantando Eu amo tu amas (Carlos Cruz e Almeida Rego). No mesmo ano, gravou o LP Kimi Koish interpretando Saudade de você (Kimi Koishi), de H. Sakao, uma versão de Teixeira Filho para uma música japonesa de sucesso na época, Palavras só palavras (Antônio Correia e Toso Gomes), Serenata do meu pranto (Paulo Rogério), Prece a quem não volta e Foi contigo (Lúcio Cardim) e Que queres tu de mim, e Somos iguais (Evaldo Gouveia e Jair Amorim).

Em 1968, já na Odeon, lançou LP com composições de novos autores como Com açúcar com afeto (Chico Buarque), e Saudade e Quero saber quem foi (Sergio Reis), além de Olhe o tempo passando (Dolores Duran e Édson Borges). Gravou também boleros como Renúncia de amor com versão de Julio Carlos, Superstição (Portinho e Falcão), Aquele Senhor (Armando Manzanero) e Vamos suportar-nos (Luis Demetrio). No mesmo ano, participou do LP Canta Brasil lançado pela Odeon com a presença de diversos cantores em tributo ao compositor David Nasser.

Em 1971, lançou pela Odeon o LP Dentro da noite no qual registrou clássicos como Amendoim torradinho (Henrique Beltrão) e Solidão (Dolores Duran), entre outros.

Depois de alguns anos sem gravar, lançou novo LP pela 3M em 1987, registrando composições de autores que na época começavam a se destacar no universo sertanejo como Vou buscar você (Antônio Luis e Elias Muniz), Dois estranhos (Joel Marques), Caminhos (César Augusto e Antônio Hernandes), Caminhos da paixão (Elias Muniz e Antônio Luis), Esse cara (Carlos Randall), Trapaça e Minha maneira de ser, versões de Neil Bernardes para composições de Terry Winter, e Cantando a esperança (Eunice Barbosa, Antônio Luis e Billy).

Em mais de 25 anos de carreira gravou oito disco em 78 rpm e mais seis LPs pelas gravadoras Odeon, Continental e Chantecler.

Discografia

1961 - Marta Mendonça Maravilhosa • Chantecler • LP
1961 - Nosso lar/Quanto mais se vive, mais se aprende • Chantecler • 78
1961 - Tu sabes/Voltei meu amor • Chantecler • 78
1962 - Escândalo/Recriminação • Continental • 78
1962 - Amo em segredo/Ave Maria dos namorados • Chantecler • 78
1962 - Se Deus quiser/Quatro paredes e seu retrato • Chantecler • 78
1962 - Souvenir de amor/Por favor lhe peço • Chantecler • 78 
1963 - Junto de ti • Chantecler • LP 
1963 - Foi contigo/A mesma Ave Maria • Chantecler • 78
1963 - Junto de ti/A última carta • Chantecler • 78
1964 - Kimi Koish • Chantecler • LP 
1968 - Martha Mendonça • Odeon • LP
1971 - Dentro da noite • Odeon • LP
1987 - Marta Mendonça • 3M • LP    

Fontes: Wikipédia; Revivendo Músicas - Biografias; Dicionário Cravo Albin.

Mário Tavares

Mário Tavares, regente, violoncelista, compositor e professor, nasceu em Natal, RN, em 18/4/1928. Iniciou seus estudos de violoncelo aos sete anos, com Tommaso Babini. Em 1944 mudou-se para Recife e iniciou-se na composição. Estudante de violoncelo, composição, instrumentação e regência na E.N.M.U.B., do Rio de Janeiro, em 1947 ingressou, como violoncelo concertino, na O.S.B., onde ficou até 1960, participando ainda de sua comissão artística.

Em 1953 teve pela primeira vez uma composição sua executada no exterior, a Introdução e dança brasileira, pela Orquestra Sinfônica de Saint Louis, EUA, sob a direção de Vladimir Golschmann. Dois anos depois diplomou-se pela E.N.M.U.B., e de 1957 a 1968 foi regente fundador da orquestra de câmara da Rádio M.E.C. e membro do conselho federal da Ordem dos Músicos do Brasil, onde ocupou o cargo de primeiro secretário, sugestão da primeira diretoria provisória.

De 1958 a 1960 foi aluno do regente chileno Victor Tevah. Sua obra Ganguzama, de 1959, lhe valeu o primeiro lugar no concurso para o cinqüentenário do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro. No mesmo ano, recebeu o diploma de melhor compositor da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

Em 1960 tornou-se maestro titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro. Em 1961 foi o representante do Brasil no V Seminário de Música de Câmara de Zichron Yaacov, em Israel. Nessa ocasião, fez um curso de aperfeiçoamento em música de câmara com E. Houser, Oedoen Partos e Bertini, e de regência com Georg Singer.

Em 1964 foi o delegado oficial brasileiro no I Festival de Música de América y España, em Madrid, Espanha. De 1967 a 1975 atuou como regente principal, dirigindo os festivais internacionais da canção popular e a orquestra da TV Globo. Preparou e dirigiu a gravação oficial de todos os hinos patrióticos do Brasil, em 1974; esse disco mereceu a chancela da Deutsche Grammophon, pela qualidade de execução, com a Orquestra Sinfônica Nacional e o Coral da Rádio M.E.C.

Nas temporadas de 1974 e 1975, dirigiu a Orquestra Sinfônica de Porto Rico. Em março de 1975 foi reconhecido membro honorário e vitalício da Federação de Músicos de Porto Rico e, em maio do mesmo ano, membro honorário e vitalício da Orquestra Sinfônica do Chile. Exerceu ainda o cargo de diretor musical da Associação Brasileira de Violoncelistas.

Como intérprete sinfônico, apresentou primeiras audições de Ludwig van Beethoven (1770-1827), Heitor Villa-Lobos, Maurice Ravel (1875-1937), Béla Bartók (1881-1945), Radamés Gnattali, Camargo Guarnieri etc. Foi professor de harmonia, canto coral, celo, conjunto de câmara, composição e regência do Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, da orquestra juvenil do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro (1957-1958), do Conservatório de Música, de Niterói RJ, e dos seminários de música Pró-Arte, no Rio de Janeiro e em Teresópolis RJ.

Regeu várias primeiras audições mundiais de autores brasileiros, a exemplo das óperas O chalaça (1976) e Sargento de milícias (1978), de Francisco Mignone, Yerma, de Villa-Lobos, Rudá, poema sertanejo de Villa-Lobos, Gabriela, bailado de Ronaldo Miranda (1983), Romance de Santa Cecília, oratório de Edino Krieger etc. Além de membro honorário vitalício de várias orquestras estrangeiras, tornou-se membro da Academia Brasileira de Música em 1988, ocupando a cadeira 30, cujo patrono é Alberto Nepomuceno. Regeu a O.S.B. em vários eventos e concertos.

Recebeu em 1991 a medalha de comendador da Ordem do Rio Branco.

Obras

Música orquestral: Concerto para viola e orquestra, 1988; Concerto para violino e orquestra, 1987; Concerto para violoncelo e orquestra, 1981; Dualismo, bailado, 1963; Ganguzama, poema sinfônico-coral, 1959, Praiana, bailado, 1963; Primeira sinfonia (Guararapes), 1969; Segunda sinfonia, 1991; Suíte Copihue, 1975.

Música de câmara: Concertino, p/flauta, fagote e cordas, 1959; Divertimento, p/sopros, 1977; Quinteto de sopros, 1978; Trio em forma de choro, p/flauta, oboé e fagote, 1976

Música instrumental: Segunda sonata, p/violoncelo e piano, 1978; Sonata, p/violoncelo e piano, 1954.

Música vocal: Abertura "A Pátria", c/texto de Tancredo Neves, p/soprano, coro misto e orquestra, 1985; Maria in Celum, oratório p/soprano, barítono, coro e orquestra, 1992; Rio, a epopéia do morro, cantata p/coro e orquestra, 1965.

CD

Quinteto Villa-Lobos toca Mário Tavares, Radamés Gnattali e Ernst Widmer, 1997, Funarte/Atração Fonográfica ATR 32015 (Série Acervo Funarte de Música Brasileira, nº 8). 

Fonte: Revivendo Músicas - Biografias.

quinta-feira, setembro 20, 2012

Onildo Almeida

Onildo Almeida, radialista, poeta, músico e compositor, nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 13/08/1928. Autor da famosa música Feira de Caruaru (composta em 1955 e imortalizada em 1957 na voz de Luiz Gonzaga), começou a compor quando ainda tinha 13 anos de idade.

Até 1991 (quando optou apenas pela música evangélica), já havia composto um total de 530 músicas gravadas por grandes nomes da MPB, entre os quais Agostinho dos Santos, Maysa, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Marinês, Trio Nordestino e outros.

No início de sua carreira, integrou vários conjuntos musicais, entre eles o Cancioneiros Tropicais. Como compositor, o seu primeiro grande sucesso foi Linda Espanhola, marchinha vencedora de festival de música para o carnaval pernambucano de 1955.

Onildo Almeida iniciou a profissão de radialista em 1951, na Rádio Difusora de Caruaru, instalada na cidade pelo Grupo F. Pessoa de Queiroz. Ele começou como operador de som e depois exerceu outras funções, entre as quais repórter e publicitário.

No rádio, Onildo participou da criação de programas de auditório como o "Expresso da Alegria" e o "Vesperal das Quintas", grandes sucessos à época. E, de empregado passou a empresário, fundando, com um irmão, a sua própria emissora: a Rádio Cultura do Nordeste.

Só para Luiz Gonzaga, Onildo compôs 21 canções, sendo que com a mais famosa delas, Feira de Caruaru, o Rei do Baião conquistou o primeiro Disco de Ouro de sua carreira. A música vendeu mais de um milhão de cópias e também foi gravada em outros 34 países.

Ao longo de sua vida de compositor, Onildo Almeida conquistou dezenas de prêmios: foi vencedor de festivais de músicas, recebeu Discos de Ouro e outros troféus. É citado entre os grandes nomes da música pernambucana e do Nordeste.

Obras

A feira de Caruaru, A volta do regresso (c/ Irandir Costa), ABC do amor, Amor pra te dar (c/ Agripino Aroeira), Aproveita gente, Bom?... pra uns... (c/ Juarez Santiago), Capital do agreste (c/ Nélson Barbalho), Casamento antigo, Cidadão de Caruaru (c/ Janduhy Filizola), É sem querer (c/ Luiz Gonzaga), E tará-rá-rá, Feira de Caruaru nº 2, Forrobodiado, Gírias do Norte (c/ Jacinto Silva), História de Lampião, Hora do adeus (c/ Luiz Queiroga), Lá vai pitomba (c/ Luiz Gonzaga), Lamento, Marinheiro (arranjos), Meu beija-flor, Meu benzim, Minha açucena, Onde o Nordeste garoa, Queimando lenha, Regresso do rei (c/ Luiz Gonzaga), Sai do sereno, Sanfoneiro macho (c/ Luiz Gonzaga), Sanfoneiro Zé Tatu, Saudade de você, Sem você, Siriri, sirirá, Só pra machucar (c/ Zanoni Vieira), Só xote, Tá bom demais (c/ Luiz Gonzaga), Tei, tei arraiá, Vaquejada, Xote de saiote, Zé Dantas.

Fontes: Revivendo Biografias; Pernambuco de A-Z; Dicionário Cravo Albin.

quinta-feira, setembro 13, 2012

Paulo Netto

Paulo Netto (Paulo Netto de Freitas), apresentador, cantor, compositor e radialista, nasceu em 02 de Julho de 1901 em Santos, SP, na praia de José Menino. Veio para o Rio de Janeiro com cinco anos, morando no bairro da Lapa. Quando jovem aprendeu a tocar violão e como era dono de uma voz grave e muito afinada, começou a freqüentar as grandes rodas de boêmios. Com um metro e noventa de altura recebeu o apelido de “Trepadeira”. Foi um dos fundadores do Rádio, iniciando como cantor, locutor e apresentador dos seus programas.

Trabalhou nas emissoras Rádio Transmissora Brasileira P.R.E - 3 (Programa Grajahú), Sociedade Rádio Nacional P.R.A – 8 (Programa Paulo Netto), Rádio Continental (Programa Suburbano), Rádio Guanabara (Programa Melodias Favoritas) e Rádio Tupi (Programa Hora do Mercado Municipal).

Com seu grande amigo e companheiro Almirante, participava de serestas e shows com o famoso Bando de Tangarás que era formado por Almirante, Braguinha, Noel Rosa e Alvinho.

Como cantor gravou as seguintes músicas: Mulata Fuzileira (de sua autoria com Hervé Cordovil). Coração de picolé (com Jayme Pitolomi), Como é que pode (Hervé Cordovil e Jayme Pitolomi) e Pesado 13 (Noel Rosa), única paródia de Noel Sinhá Ritinha uma música sertaneja, que Paulo Netto gravou acompanhado do Bando dos Tangarás (Disco Parlofon-13.311) de 1931.

Participou de filmes nacionais como Banana da Terra (1939) com Carmem Miranda, Oscarito, Dircinha Batista, Lauro Borges e Castro Barbosa e outros; Laranja da China (1940) com Grande Otelo, Francisco Alves, Virginia Lane, Lauro Borges e Castro Barbosa, Barbosa Júnior e outros; Foot-Ball em Família (1941) com Grande Otelo, Dyrcinha Batista, Jayme Costa, Renato Murce e outros.

Trabalhou muitos anos na Rádio Nacional ao lado de Paulo Tapajós no Departamento Musical. Criava shows em cinemas e teatros, com o elenco de artistas e cantores da Rádio Nacional.

Participou de várias campanhas para a Rainha do Rádio com Ângela Maria, Marlene e Emilinha Borba.

Foi um grande historiador, deixando o seu acervo de documentos, recortes e fotos, para o seu único filho Paulo Netto de Freitas Filho, herdeiro do seu casamento com Morella Viola Netto de Freitas, hoje com 86 anos e dona de uma memória fantástica.

Faleceu em 01 de Outubro de 1981.

Fonte: Revivendo Músicas - Biografias.

Assis Pacheco

Assis Pacheco (Francisco de Assis Pacheco), compositor, teatrólogo, pianista, regente e crítico, nasceu em Itu SP em 08/01/1865, e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 28/2/1937. Iniciou estudos musicais em Itu, continuando-os na Itália, onde cursou composição com Amintore Galli (1845-1919).

Em 1887, em São Paulo SP, bacharelou-se em direito e publicou um livro de poesias, Vespertinas. Colaborou no Jornal da Tarde e no Correio Paulistano, entre outros, e foi co-fundador dos periódicos Quinzena Paulista e Brás Cubas.

Como compositor, estreou com a ópera em um ato Moema (música e libreto de sua autoria), representada a 18 de janeiro de 1891, no Teatro São José, de São Paulo.

Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde logo se entusiasmou pelo teatro musicado, freqüentando rodas boêmias, com Olavo Bilac e Artur Azevedo, entre outros. Com um amigo, fundou em Niterói RJ o Clube de Amadores Teatrais.

No Rio de Janeiro, em 1892, musicou a revista O tribofe, de Artur Azevedo, encenada no Teatro Apolo e, dois anos depois, estreou, no Teatro Lucinda, sua revista Itararé. Ainda em 1894, iniciou carreira de regente, dirigindo uma opereta, A cigarra e a formiga, de Edmond Audran (1842-1901). No ano seguinte, a 12 de junho, estreou no Teatro de Variedades Dramáticas, do Rio de Janeiro, sua revista Aquidabã, de grande êxito.

Em 1896 musicou, de Artur Azevedo, A fantasia, apresentada no mesmo ano no Teatro Éden Lavradio, e, com Nicolino Milano e Luís Moreira, A capital federal, apresentada em 1897. Sua ópera Flora foi cantada no Teatro Lírico a 8 de janeiro de 1898.

Em janeiro de 1900 obteve o primeiro prêmio com a cantata Brasil (versos de Olavo Bilac), comemorativa ao IV Centenário da Descoberta do Brasil. Na mesma data, no Teatro Lírico, foi representada sua ópera Estela (intitulada Dor! na partitura original). Sua obra seguinte foi Ti-Tim-Mirim, revista estreada a 25 de junho de 1903, no Teatro Lucinda.

Em 1905, a atriz Pepa Delgado gravou na Odeon suas músicas Um samba na Penha (com Álvaro Peres e Álvaro Colás) e A recomendação. Três anos depois, a convite de Alberto Nepomuceno, regeu alguns concertos sinfônicos durante a Exposição Nacional. Ainda em 1908, foi regente no Teatro Avenida, de Lisboa, Portugal. De volta ao Brasil, continuou compondo, obtendo sucesso com Mimosa e Carnaval do amor (ambas com texto de  Leopoldo Fróes).

Em 1928, Francisco Alves gravou sua canção Copacabana, na Odeon. As últimas composições, Montmartre e o episódio Jesus, datam de 1931. Passou os anos finais de vida trabalhando ao lado de Villa-Lobos no projeto de instituição do canto orfeônico nas escolas públicas do Rio de Janeiro.

Obras

Música dramática: Cleópatra, ópera, s.d.; Estela (Dor!), ópera, 1900; Flora, ópera, 1898; Jaci, ópera, s.d.; Joanico, opereta, s.d.; Moema, ópera, 1891.

Música orquestral: Romeu e Julieta, poema sinfônico, 1892.

Música de câmara: Plainte, p/quarteto de cordas, 1892. 


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Ed., 1977. 3p. 

domingo, setembro 09, 2012

Xangô da Mangueira


Xangô da Mangueira (Olivério Ferreira), cantor, sambista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 19/01/1923, e faleceu na mesma cidade em 07/01/2009. Originário do subúrbio carioca do Estácio, aos 12 anos começou a sair na Escola de Samba Unidos de Rocha Miranda e a compor seus primeiros sambas.

Em 1935 entrou para o G.R.E.S. da Portela, tornando-se conhecido como improvisador, numa época em que os sambas eram compostos por um estribilho fixo seguido de quadras improvisadas. Acompanhou Paulo da Portela, quando este foi para a Lira do Amor.

Em 1939 entrou para o G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, depois de passar num teste como improvisador. Inicialmente, foi terceiro diretor de harmonia e três anos depois ingressou na ala dos compositores. Era quem puxava o samba-enredo na Avenida, passando o posto para Jamelão em 1951, quando ocupou o lugar de Cartola na direção de harmonia da escola.

Guarda de segurança aposentado, gravou para a Copacabana o LP Rei do partido-alto (seu apelido artístico) em 1972, com sambas cantados posteriormente por Martinho da Vila e Clara Nunes.

Em 1975, época em que cantava regularmente nos shows do Teatro Opinião, lançou o LP O velho batuqueiro, pela Tapecar, incluindo entre outras Carolina, meu bem (de sua autoria), Piso na barra da saia (com Rubem Gerardi), O namoro de Maria (com Aniceto) e No tempo dos mil-réis (com Sidney da Conceição).

Em dezembro de 1995, participou do show de comemoração do Dia Nacional do Samba, na Pracinha do Leme, no Rio de Janeiro, ao lado de Monarco, Walter Alfaiate e outros.

Em 1999, a gravadora Nikita Music lançou o CD Velha-Guarda da Mangueira e convidados, no qual participou como seu integrante.

No ano 2000, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro lançou o CD duplo Mangueira - Sambas de terreiro e outros sambas, para o qual colaborou com preciosas informações sobre os compositores. Neste disco, participou cantando as faixas Cuidado que o vento te leva (Chico Modesto), Divergência (c/ Zagaia e Quincas do Cavaco), Diretor de harmonia (Zagaia), Vela acesa (Fandinho) e Sai da minha frente (Zagaia).

Em janeiro de 2001, apresentou-se, juntamente com Tantinho, em show na Gafieira Elite, no Rio de Janeiro. Em 2003, ao lado de Casquinha, Jorge Presença, Cláudio Camunguelo, Leci Brandão, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz, Ivan Milanez e Marquinho China, foi um dos convidados de Nei Lopes em projeto sobre o partido-alto apresentado no Centro Cultural Banco do Brasil.

Em 2004 interpretou Mineiro, mineiro (Rubens da Mangueira e Ivan Carlos) no CD Sabe lá o que é isso?, do grupo carioca Cordão do Boitatá. Apresentou-se no Bar, Restaurante e Casa de Shows Feitiço Mineiro, no projeto "Gente do Samba", acompanhado do grupo Samba Choro integrado por Evandro Barcellos (violão de sete cordas), Valerinho (cavaquinho), Chico Lopes (sax e flauta), Kunka (surdo) e Makley (pandeiro e vocais).

Em 2005, com Marquinhos China, Silvino da Silva, Marli Teixeira e Tantinho da Mangueira, apresentou o show "Partideiros e calangueiros", dentro do projeto Na Ponta do Verso, do Centro Cultural Banco do Brasil. Neste mesmo ano lançou o livro Xangô da Mangueira - recordações de um velho batuqueiro, com apresentação de Nei Lopes e no qual constou encartado um CD com 11 faixas.

Ainda nesse ano Luciane Menezes e a Associação Brasileira Mestiço produziram o disco Samba em pessoa, no qual constou uma seleção de composições de Xangô da Mangueira apresentadas através dos anos na Festa da Penha, no Teatro Opinião, nas festas de candomblé e nas quadras de escolas de samba, muitas delas inéditas.

Faleceu nos primeiros dias do mês de janeiro de 2009. Em sua homenagem a Prefeitura da cidade deu nome a uma rua em frente à quadra da escola, Mangueira, a qual foi integrante da bateria por mais de 50 anos.

Em 2010 foi tema do projeto "República do Samba", que celebrava 10 anos de existência, em um tributo realizado no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa (RJ).

Obras

Amaralina (c/ Waldomiro do Candomblé), Arigó (c/ Batelão), Carolina, meu bem, Catimbó (c/ Waldomiro do Candomblé), Cheguei no samba (c/ Rubem Gerardi), Clareia ahi (c/ Jamelão), Coração em festa (c/ Padeirinho), Dança do caxambu (c/ Jorge Zagaia), Divergência (c/ Zagaia e Quincas do Cavaco), E cantador (c/ Baianinho), Formiguinha pequenina, Harmonia bonita, Isso não são horas (c/ Catoni e Chiquinho), Lá vem ela, Louvação aos grandes e aos pequenos (c/ Waldomiro do Candomblé), Mangueira, Moro na roça (c/ Zagaia), Não adianta falar mal de mim (c/ Waldomiro do Candomblé), Não xinxa o boi (c/ Nilo da Bahia), No tempo dos mil-réis (c/ Sidney da Conceição), O namoro de Maria (c/ Aniceto do Império), O pagode levanta poeira (c/ Jorge Zagaia), O samba nasceu no morro (c/ Tio Doca), Olha o partido (c/ Rubem Gerardi), Partido da remandiola (c/ Waldomiro do Candomblé), Pau da Ibrauna (c/ Walter da Imperatriz), Piso na barra da saia (c/ Rubem Gerardi), Quando eu vim de Minas, Quem fala alto é gogó (c/ Nilton Campolino), Quilombo (c/ Nilton Campolino), Recordações de um batuqueiro (c/ João Gomes), Se o pagode é partido (c/ Geraldo Babão), Se tudo correr bem (c/ Waldomiro do Candomblé), Velho batuqueiro, Vem rompendo o dia (c/ Tantinho da Mangueira), Vim da Bahia (c/ Sidney da Conceição), Você me balançou (c/ Wilson Medeiros e Waldomiro do Candomblé), Você não é não (c/ Alcides Malandro Histórico).

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Ed., 1977. 3p.; Dicionário Cravo Albin da MPB. 

quinta-feira, setembro 06, 2012

Xangai

Xangai (Eugênio Avelino), cantor e compositor, nasceu em Vitória da Conquista BA (Itapebi, cfe. a Wikipédia) em 20/3/1948. Adotou como apelido o nome da sorveteria aberta pelo pai na Zona da Mata baiana. Seu avô Avelino, que morreu com 101 anos, era o mestre dos mestres dos sanfoneiros da região, tendo passado a prática a seu filho Jany. Herdou o gosto do avô e do pai, mas mudou da sanfona para o violão.

Mudou-se em 1973 para o Rio de Janeiro RJ, onde gravou pela CBS o disco "Acontecimento", que não foi distribuído pela gravadora. Especializou-se em um tipo de música não-comercial, firmando-se diante de um público interessado em cultura brasileira.

Em 1980 lançou em parceria com Elomar, Artur Moreira Lima e outros, o disco Parceria malunga (Marcus Pereira). Dois anos depois, gravou o disco independente "Qué qui tu tem, canário".

Em 1984, em parceria com Elomar, Geraldo Azevedo e Vital Farias, gravou o disco "Cantoria", pelo selo Kuarup. Nesse mesmo ano, lançou o disco solo "Mutirão da vida" (Kuarup), que incluía suas composições Alvoroço (com Capinam), Natureza (com Ivanildo Vilanova) e "De quinze pra trás" (com Pinto Pelado).

Em 1986 lançou o disco "Xangai canta cantigas, incelenças e tiranas de Elomar" (Kuarup).

Em 1997 lançou o CD "Cantoria de festa" (Kuarup), que inclui os cocos "Balanço da sereia" (Deo do Baião) e "Buchada com aruá" (Jacinto Silva), além de "Galope à beira-mar soletrado" (com Ivanildo Vilanova), entre outros xótis, toadas e cirandas. Ainda em 1997, em outubro, apresentou o repertório desse CD com shows em Curitiba PR e São Paulo SP, acompanhado pelo Quinteto da Paraíba.

Em 1999 foi convidado a participar do álbum de comemoração de 100 anos do Esporte Clube Vitória, time do seu coração.

Participou com o cantor Waldick Soriano dos últimos shows da carreira deste antigo nome da chamada música brega brasileira, inclusive na cidade natal de Waldick, Caetité, em 26 de maio de 2007.

Discografia

Acontecimento (1976) Epic/CBS LP
Parceria Malunga (1980) Discos Marcus Pereira LP
Qué Que Tu Tem Canário (1981) Kuarup LP
Mutirão da Vida (1984) KLP LP
Cantoria 1 (1984) MKCD LP, CD
Cantoria 2 (1985) LP, CD
Xangai canta (1986) Kuarup LP
Xangai. Lua Cheia-Lua nova (1990) Kuarup LP
Dos Labutos (1991) Kuarup LP
Aguaterra. Ao vivo com Renato Teixeira (1996) Kuarup CD
Cantoria de Festa (1997) Kuarup CD
Mutirão da Vida (1998) Kuarup CD
Um Abraço Pra Ti, Pequenina (1998) CD
Brasilerança (2002) Kuarup Discos CD
Nóis é Jeca Mais é Jóia - (Com Juraíldes da Cruz) (2004) Kuarup CD
Estampas Eucalol (2006) Kuarup CD

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Ed., 1977. 3p.; Wikipédia.