terça-feira, setembro 25, 2012

Marta Mendonça

Marta Mendonça (Irenice Mendonça Ferreira), cantora, nasceu em Uberaba, MG, em 16 de fevereiro de 1940. De estilo romântico, gravou em 1961, com a orquestra de Élcio Alvarez, o bolero Tu sabes (Joaquim Taborda) e a guarânia Voltei meu amor (Alberto Roy e Tony Freddy).

No mesmo ano, gravou com o regional de Poly os sambas Nosso lar (Miranda e Maio) e Quanto mais se vive, mais se aprende, (Alberto Roy e Paulo Rogério). Gravou ainda pela Chantecler o LP Marta Mendonça Maravilhosa no qual interpretou boleros e baladas, tais como Saudade mesmo (Silveira Miranda, Umberto Silva e Luis Mergulhão), Por favor lhe peço (Marino Pinto e Felisberto Martins), Quatro paredes e seu retrato (Benedito da Silva e Minino Jim), Canção sem rimas (Miranda, Maio e Sidney Morais), entre outras canções.

Em 1962, gravou com a orquestra de Élcio Alvarez a balada Souvenir de amor (Leonard Marker e José Fortuna) e os boleros Por favor lhe peço (Marino Pinto e Felisberto Martins), Se Deus quiser (Joaquim Taborda) e Quatro paredes e seu retrato (Benedito da Silva e Mínimo Jim). Gravou o bolero Amo em segredo (Sérvulo Odilon e Fernando César) e a balada Ave Maria dos namorados (Evaldo Gouveia e Jair Amorim).

No mesmo ano, lançou pela Continental com acompanhamento de Élcio Alvarez e sua orquestra os boleros Escândalo (Rubens Fuentes e Rafael Cardenas) e Recriminação (Arias e Yoni), ambos com versão de Teixeira Filho. Também nesse ano, participou da coletânea Buquê de sucessos lançada pela Continental. Nesse mesmo período, representou os artistas paulistas em show no programa César de Alencar na Rádio Nacional em homenagem ao cantor Altemar Dutra.

Em 1963, gravou pela Chantecler a guarânia Junto de ti (Florentin Gimenez e Bem Mollar) com versão de Paulo Rogério, o tango A última carta (Paulo Rogério) e os boleros Foi contigo (Lúcio Cardim) e A mesma Ave Maria (Toso Gomes e Antônio Correia). Ainda nesse ano, lançou pela Chantecler seu segundo LP intitulado Teu adeus, no qual cantou entre outras, as músicas Junto de ti (F. Gimenez e B. Molar) com versão de Paulo Rogério, Alguém que eu desejo (Irany de Oliveira e Getúlio Macedo), Canção de um triste (Paulo Rogério e Odair Marsano), A última carta (Paulo Rogério), Teu adeus (H. Giraund, Dorsey e P. Nóe) com versão de Fred Jorge, e o clássico Samba em prelúdio (Baden Powell e Vinicius de Moraes).

Ainda nesse período participou de duas coletâneas lançadas pela Chantecler com artistas da gravadora e intitulada Eles e o sucesso, em dois volumes interpretando no primeiro a balada Última Carta (Paulo Rogério) e no segundo o bolero Foi Contigo.

Em 1964, partcipou do volume cinco da coletânea Eles e o sucesso da gravadora Chantecler cantando Eu amo tu amas (Carlos Cruz e Almeida Rego). No mesmo ano, gravou o LP Kimi Koish interpretando Saudade de você (Kimi Koishi), de H. Sakao, uma versão de Teixeira Filho para uma música japonesa de sucesso na época, Palavras só palavras (Antônio Correia e Toso Gomes), Serenata do meu pranto (Paulo Rogério), Prece a quem não volta e Foi contigo (Lúcio Cardim) e Que queres tu de mim, e Somos iguais (Evaldo Gouveia e Jair Amorim).

Em 1968, já na Odeon, lançou LP com composições de novos autores como Com açúcar com afeto (Chico Buarque), e Saudade e Quero saber quem foi (Sergio Reis), além de Olhe o tempo passando (Dolores Duran e Édson Borges). Gravou também boleros como Renúncia de amor com versão de Julio Carlos, Superstição (Portinho e Falcão), Aquele Senhor (Armando Manzanero) e Vamos suportar-nos (Luis Demetrio). No mesmo ano, participou do LP Canta Brasil lançado pela Odeon com a presença de diversos cantores em tributo ao compositor David Nasser.

Em 1971, lançou pela Odeon o LP Dentro da noite no qual registrou clássicos como Amendoim torradinho (Henrique Beltrão) e Solidão (Dolores Duran), entre outros.

Depois de alguns anos sem gravar, lançou novo LP pela 3M em 1987, registrando composições de autores que na época começavam a se destacar no universo sertanejo como Vou buscar você (Antônio Luis e Elias Muniz), Dois estranhos (Joel Marques), Caminhos (César Augusto e Antônio Hernandes), Caminhos da paixão (Elias Muniz e Antônio Luis), Esse cara (Carlos Randall), Trapaça e Minha maneira de ser, versões de Neil Bernardes para composições de Terry Winter, e Cantando a esperança (Eunice Barbosa, Antônio Luis e Billy).

Em mais de 25 anos de carreira gravou oito disco em 78 rpm e mais seis LPs pelas gravadoras Odeon, Continental e Chantecler.

Discografia

1961 - Marta Mendonça Maravilhosa • Chantecler • LP
1961 - Nosso lar/Quanto mais se vive, mais se aprende • Chantecler • 78
1961 - Tu sabes/Voltei meu amor • Chantecler • 78
1962 - Escândalo/Recriminação • Continental • 78
1962 - Amo em segredo/Ave Maria dos namorados • Chantecler • 78
1962 - Se Deus quiser/Quatro paredes e seu retrato • Chantecler • 78
1962 - Souvenir de amor/Por favor lhe peço • Chantecler • 78 
1963 - Junto de ti • Chantecler • LP 
1963 - Foi contigo/A mesma Ave Maria • Chantecler • 78
1963 - Junto de ti/A última carta • Chantecler • 78
1964 - Kimi Koish • Chantecler • LP 
1968 - Martha Mendonça • Odeon • LP
1971 - Dentro da noite • Odeon • LP
1987 - Marta Mendonça • 3M • LP    

Fontes: Wikipédia; Revivendo Músicas - Biografias; Dicionário Cravo Albin.

Mário Tavares

Mário Tavares, regente, violoncelista, compositor e professor, nasceu em Natal, RN, em 18/4/1928. Iniciou seus estudos de violoncelo aos sete anos, com Tommaso Babini. Em 1944 mudou-se para Recife e iniciou-se na composição. Estudante de violoncelo, composição, instrumentação e regência na E.N.M.U.B., do Rio de Janeiro, em 1947 ingressou, como violoncelo concertino, na O.S.B., onde ficou até 1960, participando ainda de sua comissão artística.

Em 1953 teve pela primeira vez uma composição sua executada no exterior, a Introdução e dança brasileira, pela Orquestra Sinfônica de Saint Louis, EUA, sob a direção de Vladimir Golschmann. Dois anos depois diplomou-se pela E.N.M.U.B., e de 1957 a 1968 foi regente fundador da orquestra de câmara da Rádio M.E.C. e membro do conselho federal da Ordem dos Músicos do Brasil, onde ocupou o cargo de primeiro secretário, sugestão da primeira diretoria provisória.

De 1958 a 1960 foi aluno do regente chileno Victor Tevah. Sua obra Ganguzama, de 1959, lhe valeu o primeiro lugar no concurso para o cinqüentenário do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro. No mesmo ano, recebeu o diploma de melhor compositor da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

Em 1960 tornou-se maestro titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro. Em 1961 foi o representante do Brasil no V Seminário de Música de Câmara de Zichron Yaacov, em Israel. Nessa ocasião, fez um curso de aperfeiçoamento em música de câmara com E. Houser, Oedoen Partos e Bertini, e de regência com Georg Singer.

Em 1964 foi o delegado oficial brasileiro no I Festival de Música de América y España, em Madrid, Espanha. De 1967 a 1975 atuou como regente principal, dirigindo os festivais internacionais da canção popular e a orquestra da TV Globo. Preparou e dirigiu a gravação oficial de todos os hinos patrióticos do Brasil, em 1974; esse disco mereceu a chancela da Deutsche Grammophon, pela qualidade de execução, com a Orquestra Sinfônica Nacional e o Coral da Rádio M.E.C.

Nas temporadas de 1974 e 1975, dirigiu a Orquestra Sinfônica de Porto Rico. Em março de 1975 foi reconhecido membro honorário e vitalício da Federação de Músicos de Porto Rico e, em maio do mesmo ano, membro honorário e vitalício da Orquestra Sinfônica do Chile. Exerceu ainda o cargo de diretor musical da Associação Brasileira de Violoncelistas.

Como intérprete sinfônico, apresentou primeiras audições de Ludwig van Beethoven (1770-1827), Heitor Villa-Lobos, Maurice Ravel (1875-1937), Béla Bartók (1881-1945), Radamés Gnattali, Camargo Guarnieri etc. Foi professor de harmonia, canto coral, celo, conjunto de câmara, composição e regência do Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, da orquestra juvenil do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro (1957-1958), do Conservatório de Música, de Niterói RJ, e dos seminários de música Pró-Arte, no Rio de Janeiro e em Teresópolis RJ.

Regeu várias primeiras audições mundiais de autores brasileiros, a exemplo das óperas O chalaça (1976) e Sargento de milícias (1978), de Francisco Mignone, Yerma, de Villa-Lobos, Rudá, poema sertanejo de Villa-Lobos, Gabriela, bailado de Ronaldo Miranda (1983), Romance de Santa Cecília, oratório de Edino Krieger etc. Além de membro honorário vitalício de várias orquestras estrangeiras, tornou-se membro da Academia Brasileira de Música em 1988, ocupando a cadeira 30, cujo patrono é Alberto Nepomuceno. Regeu a O.S.B. em vários eventos e concertos.

Recebeu em 1991 a medalha de comendador da Ordem do Rio Branco.

Obras

Música orquestral: Concerto para viola e orquestra, 1988; Concerto para violino e orquestra, 1987; Concerto para violoncelo e orquestra, 1981; Dualismo, bailado, 1963; Ganguzama, poema sinfônico-coral, 1959, Praiana, bailado, 1963; Primeira sinfonia (Guararapes), 1969; Segunda sinfonia, 1991; Suíte Copihue, 1975.

Música de câmara: Concertino, p/flauta, fagote e cordas, 1959; Divertimento, p/sopros, 1977; Quinteto de sopros, 1978; Trio em forma de choro, p/flauta, oboé e fagote, 1976

Música instrumental: Segunda sonata, p/violoncelo e piano, 1978; Sonata, p/violoncelo e piano, 1954.

Música vocal: Abertura "A Pátria", c/texto de Tancredo Neves, p/soprano, coro misto e orquestra, 1985; Maria in Celum, oratório p/soprano, barítono, coro e orquestra, 1992; Rio, a epopéia do morro, cantata p/coro e orquestra, 1965.

CD

Quinteto Villa-Lobos toca Mário Tavares, Radamés Gnattali e Ernst Widmer, 1997, Funarte/Atração Fonográfica ATR 32015 (Série Acervo Funarte de Música Brasileira, nº 8). 

Fonte: Revivendo Músicas - Biografias.