segunda-feira, junho 24, 2013

Paulo Werneck

Paulo Werneck - 1935
Paulo Werneck (Paulo de Frontin Werneck), cantor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de setembro de 1918 e faleceu, na mesma cidade em 4 de outubro de 2001. Teve curta carreira artística, num momento em que a carreira de cantor ou compositor ainda engatinhava na profissionalização.

Iniciou a carreira artística no começo da década de 1930, apresentando-se em programas de Rádio. Em 1932, gravou pela Victor com acompanhamento do Grupo da Guarda Velha os sambas A neném é do amor, de J. Machado, e Meu coração está magoado, de sua autoria.

Em 1934, gravou na Odeon em dueto com João Petra de Barros, com acompanhamento da Orquestra Odeon, a marcha Noiva do meu coração e o samba Menina bonita, ambas de sua autoria.

Em 1935, seu samba Foi assim que morreu o nosso amor foi gravado na Odeon pelo cantor Mário Reis.

Em 1936, gravou em dueto com Aurora Miranda e acompanhamento do Grupo Odeon a marcha Janjão e Zabé, de Ary Barroso e Paulo Roberto, e o samba Minha existência está finando, de sua autoria e Lauro dos Santos Werneck. Nesse ano, seu samba Rancor, com A. Rocha, foi gravado em dueto por Carmen Miranda e Aurora Miranda na Odeon.

Durante os anos 40 e 50, segundo informações de um familiar, permaneceu trabalhando com o meio artístico musical em São Paulo, sendo um dos donos da legendária Boate Oásis, no subsolo do edifício Esther.

Em 2003, sua interpretação do samba Janjão e Zabé, de Ary Barroso e Paulo Roberto, em dueto com Aurora Miranda, foi incluída no volume 2 da coleção Nossa homenagem Ary Barroso 100 anos, lançada pelo selo Revivendo em homenagem ao centenário de nascimento de Ary Barroso.

De curta carreira, assim foi definido na revista O Malho pelo jornalista e compositor Osvaldo Santiago: "Os sambistas são tidos geralmente como sujeitos mal vestidos e mal encarados. Na realidade, porém, a classe está cada vez mais limpa e elegante. Paulo de Frontin Werneck, cantor e autor de sambas românticos, é o moço alinhado que o clichê indica. Ele acaba de gravar por Mário Reis o samba "Quando meu amor morreu", uma peça digna do êxito que está obtendo".

Cantor e autor


"Neto de conde, do conde de quem herdou o nome, Paulo de Frontin Werneck constitue, entre os elementos excessivamente democraticos do nosso broadcasting, um excepção de bom sangue e de boa educação. É um cantor de linha e um auctor de elite, apesar de actuar no genero predilcto das grandes massas do nosso publico, que é o samba, a marchinha, o fox-trot, a valsa e cousas assim.

Paulo de Frontin Werneck começou, como inteprete, no programa "Horas do Outro Mundo", que Renato Murce transmittia na Philips. E hoje já conta com uma legião de admiradores e admiradoras, estas, naturalmente, em muito maior numero, o que causa inveja a muito medalhão do radio carioca...

Como auctor, são varias as suas composições, salientando-se as que estão na ordem do dia carnavalesco: - "Menina bonita". samba, e "Noiva do meu coração", marcha, ambas gravadas por João Petra de Barros e elle proprio"  (O Malho, 31/01/1935).

Obras


Foi assim que morreu o nosso amor, Menina bonita, Meu coração está magoado, Minha existência está finando (c/ Lauro dos Santos Werneck), Noiva do meu coração, Rancor (c/ A. Rocha).

Playlist





Discografia


1932 A neném é do amor/Meu coração está magoado • Victor • 78
1934 Noiva do meu coração/Menina bonita • Odeon • 78
1936 Janjão e Zabé/Minha existência está finando • Odeon • 78

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Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Revista "O Malho"

2 comentários:

  1. Meu pai, Paulo de Frontin Werneck, nasceu em 29 de setembro de 1918 e marreu em 4 de outubro de 2001. Durante os anos 40 e 50, permaneceu trabalahndo com o meio artístico musical em São Paulo, sendo um dos donos da legendária Boate Oásis, no subsolo do edifício Esther.
    Rogério, um de seus 4 filhos.

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  2. Obrigado, Rogério! Estou adicionando estes dados à biografia.

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