Em 1932 entrou para a Rádio Philips, através de Paulo Bevilácqua e passou a presentar o programa Fox tarde demais. Em 1933, gravou seu primeiro disco pela Columbia, interpretando a marcha Põe a chave embaixo..., de Assis Valente e o samba Mulato cheio de bossa, de Sílvio Pinto e Milton Musco.
No mesmo ano, gravou com Breno Ferreira, a marcha Eta caboclo mau, de Joubert de Carvalho e Luiz Martins. Depois da estréia como cantora, integrou a companhia teatral de Procópio Ferreira na peça Deus lhe pague, de Joraci Camargo.
Durante algum tempo produziu programas femininos na Rádio Cruzeiro do Sul, trocando-a pela Rádio Philips em 1934. Em 1935, gravou a marcha Amor, amor e o samba Quero a liberdade, ambas de Sílvio Pinto. No ano seguinte, foi contratada pela Victor e lançou as marchas Retalho de felicidade, de José Maria de Abreu e Oduvaldo Cozzi e São João há de sorrir, de José Maria de Abreu e Francisco Matoso.
Nesse mesmo ano, abandonou o rádio e somente retornou em 1939, ingressando na Rádio Nacional, onde trabalhou seis anos. Entrou para a história da MPB a partir de 1942, por manter um tórrido romance com o cantor Orlando Silva, cujos altos e baixos provocaram sério desequilíbrio emocional no grande intérprete fazendo-o ingressar nas drogas. Disso resultou o afastamento de Orlando da cena artística por alguns anos.
Zezé - Revista do Rádio de 1949 |
Conhecida principalmente como intérprete de radionovelas brasileiras, foi uma das pioneiras e considerada a melhor radioatriz da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, até 1954, destacando-se sua atuação em Os amores de George Sand, na Mayrink Veiga, e Romance da eternidade, na Nacional. Gravou dois discos pela Victor e cinco pela Columbia, num total de sete 78 RPMs no período 1933/40.