sábado, dezembro 11, 2010

Teca Calazans

Teca Calazans
Teca Calazans (Teresinha João Calazans), compositora, cantora e atriz, nasceu em Vitória, ES, em 20/10/1940. Vem de familia musical: sua mãe tocava bandolim, as irmãs, piano, e o avô era professor de música. Começou a aprender violão aos dez anos.

Indo residir em Recife PE na adolescência, sofreu influência das cirandas, da Banda de Pífaros de Caruaru, dos cocos e dos xangôs. Estudando arte dramática, fundou em 1964, com outros atores e artistas pernambucanos, o Grupo Construção, que apresentava teatro e música e do qual também participavam Geraldo Azevedo e Naná Vasconcelos.

Gravou o primeiro disco em 1967, um compacto simples em 45 rpm, pela gravadora Rozenblit (selo Mocambo), com a marchinha Aquela rosa (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando) e Cirandas (pesquisa e adaptação dela mesma). 

Mudou- se em 1968 para o Rio de Janeiro, onde, como atriz, trabalhou no Teatro Opinião e em programas da TV Globo. Em 1970 foi para a França, e aí conheceu o cantor e compositor Ricardo Vilas, com o qual formou a dupla Teca e Ricardo (voz e violão), que durou dez anos e excursionou por toda a Europa. 

A dupla gravou cinco LPs na França (Musiques et chantes du Brésil, Caminho das águas, Cadê o povo?, Teca e Ricardo — desafio de viola e Jardin exotique, este com participação de Cartola em Tive sim). 

Voltaram ao Brasil em 1979 e gravaram dois LPS pela EMI, Povo daqui (1980) e Eu não sou dois (1981). Com o término da dupla, começou sua carreira solo com o LP Teca Calazans (1982, EMI).

Em 1983, convidada pela Funarte, participou do projeto em memória dos 80 anos de Mário de Andrade, cantando repertório folclórico dentro do LP Mário 300, Trezentos e Cincoenta (sic).

Em 1984 gravou Mina do mar, pelo selo Eldorado. Em 1988 foi convidada pelo selo Idéia Livre para fazer parte do projeto 100 Anos de Heitor Villa-Lobos, que resultou num disco lançado somente nos EUA e Europa em 1990, com o título Teca Calazans chante Villa-Lobos, pelo selo Globo Records. Ainda em 1988, gravou Intuição, produção independente com direção musical de Maurício Carrilho, lançado na Europa, em 1993.

Em 1989 retornou à França, onde se fixou definitivamente, lançando os CDs Pizindim (1990, lançado no Brasil em 1997), em que interpreta obras de Pixinguinha, O samba dos bambas (lançado no Brasil em 1996), junto com O Trio, dedicado a compositores clássicos do samba brasileiro, e Firoliu (1996, lançado no Brasil em 1997), com grande parte de criações próprias. 

Suas composições foram gravadas por Nara Leão, Gal Costa e Milton Nascimento.

CDs

Firoliu, 1997, Kuarup KCD 088; Pizindin — 100 anos de Pixinguinha, 1997, Atração ATR 32005.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Cacaso

Cacaso
Cacaso (Antônio Carlos Brito), poeta, escritor e letrista, nasceu em Uberaba, MG, em 13/3/1944, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27/12/1987. Professor de teoria literária da PUC do Rio de Janeiro, foi também crítico e ensaísta.

Considerado um dos expoentes da poesia alternativa, ou marginal, da década de 1970, escreveu: A palavra cerzida (1967), Grupo escolar (1974), Beijo na boca (1975), Segunda classe (1975), Na corda bamba (1978) e Mar de mineiro (1982).

Autor de cerca de 200 letras de canções, como Lero lero (com Edu Lobo) e Dentro de mim mora um anjo (com Sueli Costa). 

Estava trabalhando no roteiro de um filme sobre Canudos quando morreu, aos 43 anos. 

Em 1997 foi lançada uma coletânea de seus ensaios e artigos de jornal, Não quero prosa (Unicamp/UFRJ), na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.

Obra

Branca Dias (c/Edu Lobo), 1978; Coração noturno (c/Edu Lobo), 1978; Dentro de mim mora um anjo (c/Sueli Costa), 1975; Descompassado (c/Edu Lobo), 1978; Lero-lero (c/Edu Lobo), 1978. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Sérgio Cabral

Sérgio Cabral
Sérgio Cabral (Sérgio Cabral Santos), jornalista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27/5/1937.

Em 1957, quando se preparava para o vestibular de jornalismo, deixou os estudos e começou a trabalhar como repórter de polícia no Diário da Noite, do Rio de Janeiro, transferindo-se em 1959 para o Jornal do Brasil, onde iniciou, dois anos depois, suas atividades como crítico de música popular brasileira, com a coluna Música naquela base.

Deixou o Jornal de Brasil em 1962, passando a fazer crítica musical para outros jornais do Rio de Janeiro, como a Tribuna da Imprensa, Diário Carioca e Correio da Manhã.

Dirigiu e escreveu vários espetáculos de música popular, como o Telecoteco opus n° 1, junto com Oduvaldo Viana Filho e Teresa Aragão, em 1965, em que participaram Ciro Monteiro e Dilermando Pinheiro (Teatro Opinião, do Rio de Janeiro).

No ano seguinte, com Oduvaldo Viena Filho e Armando Costa, realizou o Samba pede passagem, com Baden Powell, Araci de Almeida, MPB-4, Ismael Silva, Regional do Canhoto, Raul de Barros, Sidney Miller e diversos conjuntos de samba.

Em 1969, com outros jornalistas, fundou O Pasquim, do qual foi editor por um ano. Depois, continuou no jornal como colaborador, além de escrever colunas de música popular em outros órgãos de imprensa, como o jornal O Globo e a revista Homem.

Em 1973 dirigiu e escreveu o espetáculo Sarau, com Paulinho da Viola e o conjunto Época de Ouro. No mesmo ano foi gravada sua composição (parceria com Rildo Hora) Janelas azuis, por Maria Creuza, na RCA.

Em 1974 produziu discos para as etiquetas Marcus Pereira e RCA. Fez parte do conselho de música popular do MIS, do Rio de Janeiro. Em 1979 realizou a seleção musical e escreveu o texto do álbum duplo Pixinguinha, vida e obra, disco-brinde produzido pela Som Livre para os clientes da Rede Globo. 

Publicou, entre outros: As escolas de samba, o quê, quem, como, quando e por quê?, Rio de Janeiro, 1974 (22 ed., Rio de Janeiro, Lumiar Editora, 1996); Pixinguinha, vida e obra, Coleção MPB, nr 1, Rio de Janeiro, Funarte, 1978 (22 ed., Rio de Janeiro, Lumiar Editora, 1997); No tempo de Almirante: uma história do rádio e da MPB, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1990; No tempo de Ari Barroso, Rio de Janeiro, Lumiar Editora, 1993; Elisete Cardoso: uma vida, Rio de Janeiro, Lumiar Editora, 1994; Antônio Carlos Jobim — uma biografia, Lumiar Editora, Rio de Janeiro, 1997. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.