segunda-feira, dezembro 20, 2010

Sofonias Dornellas

Sofonias Dornellas (Sofonias Galvão Dornellas Pessoa), pianista, violinista, professor, regente e compositor, nasceu em Recife, PE, em 3/12/1870, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 13/10/1941.

Iniciou-se na música em Recife, estudando com mestres-de-banda locais. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, ingressou na Escola Militar do Realengo.

Prosseguiu seu aprendizado musical no Conservatório Livre de Música do Estado do Rio de Janeiro, fazendo cursos de harmonia, composição e regência com Frederico Malho.

A partir de 1921, tendo passado para a reserva como militar, dedicou-se inteiramente à composição, escrevendo para o teatro musicado e regendo companhias de revistas, entre as quais as de Alda Garrido e Maria Lino.

Violinista amador e bom pianista, ocupou, de 1933 até a morte, o cargo de primeiro secretário da SBAT.

Compôs as operetas Do inferno a Niterói, 1910; A pérola encantada, 1912; Sol de verão, 1915; e Prato do dia, entre outras.

Obra

Minha palhoça, s.d.; Salomé e Gelásio (com Gastão Tojeiro), dueto, s.d.; Torce, Adélia, torce (com O. Reis), samba, 1926; Valsa da meia-noite (com Antônio Tinoco Filho), s.d. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Ernesto Dias

Ernesto Dias (Belém PA 2/1/1857 - id. 1908), instrumentista, compositor e regente, era filho do músico e ator Lourenço Antônio Dias, estudou com Henrique Eulálio Gurjão, viajando depois para Milão, Itália, onde freqüentou o Real Conservatório.

Por falta de recursos não terminou o curso, retornando a Belém. Ali completou os estudos com Enrico Bernardi.

Em 1883 foi um dos organizadores da orquestra de serestas Companheiros do Luar. Fundou também outros conjuntos, para os quais escreveu valsas, tangos, maxixes, xótis etc.

Sua composição mais famosa é a valsa Minha esperança, editada em Belém e pela casa Préalle, em Recife PE. Tocando piano, violino, saxofone, clarineta e principalmente flauta, integrou os conjuntos sinfônicos que se exibiam no Teatro da Paz, em Belém.

Fundou a primeira sociedade de concertos de sua cidade, o Clube Musical Concertante e editou a Gazeta Musical (1890/2), revista bimensal.

É autor de Solo concertante, Serenata e Sonata, obras para flauta e piano, Adágio sostenuto, para terceto de flautas, além de hinos patrióticos, marchas militares, música religiosa etc.

Foi professor de flauta no Conservatório de Música, depois Instituto Carlos Gomes, desde sua fundação, em 1895.

Em 1907 era diretor do grupo pastoril Filhas de Davi, para o qual compôs um hino.

Obra

Amor selvagem, valsa, s.d.; O chino do careca, polca, s.d.; A juventude, valsa, s.d.; Minha esperança, valsa, s.d.; Orfeu na roça, polca, s.d.; Vaporosa, valsa, s.d.; A zangada, valsa, s.d.

Fonte: Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Editora, 1977.

Jodacil Damasceno

Jodacil Damasceno
Jodacil Damasceno (Jodacil Caetano Damasceno), violonista e professor, nasceu em Campos, RJ, em 3/11/1929, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21/11/2010. Estudou violão, de 1952 a 1957, com Antônio Rebelo.

De 1957 a 1960, foi aluno da E.N.M.U.B., do Rio de Janeiro, onde fez os cursos de harmonia e morfologia. Em 1957, 1959 e 1961, realizou estudos de técnica superior de violão e interpretação com Óscar Cáceres, no Uruguai.

Em 1960 venceu o primeiro concurso de violão clássico do Brasil, promovido pelo jornal Última Hora e Prefeitura de Niterói RJ. No ano seguinte viajou para o Uruguai, em excursão artística.

Em 1962 participou pela primeira vez do Festival Villa-Lobos. A partir de 1964 tornou-se integrante da equipe de recitalistas da Rádio M.E.C. e, ainda para essa emissora, produziu o programa Violão de Ontem e de Hoje.

Em 1968 gravou a série integral dos prelúdios para violão de Villa-Lobos. No ano seguinte, fundou uma escola de violão, o Curso Livre de Violão Jodacil Damasceno, que tem formado grandes nomes de nossa música.

Em 1972, transferiu-se para Paris, França, passando a ensinar no Conservatório Municipal, de Luxemburgo, no Conservatório de Saint-Cloud, de Paris, no Conservatório do 6ème., como assistente de Turíbio Santos, e, como assistente de Óscar Cáceres, na Universidade Musical, também de Paris, onde fundou e dirigiu a academia da associação Les Amis de l’Orchestre de Chambre.

Após apresentar-se em vários recitais na França, em 1973 retornou ao Brasil, assumindo a cadeira do curso superior de violão da Faculdade de Música Augusta de Sousa França, no Rio de Janeiro, onde lecionou até 1982. Neste periodo também foi professor do Departamento de Música da PUC do Rio de Janeiro.

Em 1974 participou do Festival Villa-Lobos e gravou para a TV Cultura, do Rio de Janeiro, um programa sobre história e literatura do violão. Em 1982 prestou concurso na Universidade Federal de Uberlândia MG, onde foi professor-adjunto e leciona prática instrumental, metodologia e literatura do violão nos cursos de graduação, bacharelado e especialização.

Formou um grande número de profissionais de música erudita e popular que desfrutam de renome, tanto no país quanto no exterior. Desenvolveu um projeto de pesquisa — Ampliação da literatura do violão através da transcrição musical — que já contava com publicações na Columbia Music Co. (EUA), Ricordi Brasileira e EDUFU (Uberlândia MG).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.