Pedro Vargas (Pedro Cruz Mata), tenor e ator mexicano, nasceu em 29/04/1906, na pequena cidade de San Miguel Allende, Guanajuatona, e faleceu em 30/10/1989, na Cidade do México. O artista simboliza o México no universo da música internacional.
Na verdade, ninguém mais do que ele soube representar a canção mexicana no que tinha de melhor e ninguém mais do que ele a divulgou vitoriosamente por todos os continentes.
Pedro era filho de gente modesta, mas mesmo assim, em obediência ao empenho de seus pais, determinou-se a ser médico. Depois da escola primária e secundária, para realizar esse desejo, vai para a Cidade do México e prossegue seus estudos no Colégio Salesiano da Capital. Para ganhar alguma coisa que o ajudasse a fazer escolares, aceita dirigir o coral de sua escola. É quando passa a estudar música.
Cursa a Escola de Medicina, mas não chegaria a completá-la. Com 24 anos sente-se chamado irresistivelmente pela música. Faz sua estréia no teatro Esperanza Íris, da capital mexicana, e pode-se afirmar que imediato conquistou o reconhecimento da crítica e os aplausos do público.
Já sendo considerado um novo e notável astro, começa a atuar nas emissoras de seu país, a gravar discos (são os melhores representantes que um cantor pode ter, dizia ele) e a excursionar por vários países latino-americanos.
Na América do Sul, Pedro Vargas sempre foi figura popularíssima, e até familiar, tantas foram as vezes em que visitou a Argentina, o Brasil, o Uruguai, e outros países, para cantar nas melhores rádios, casas noturnas e cassinos.
No Brasil, Pedro Vargas apresentou-se como grande nome no apogeu do Cassino da Urca. Em 1936, gravou no Rio de Janeiro, com a nossa Olga Praguer Coelho, um disco na RCA Victor. Participou, em 1940, do filme Laranja da China, da Sonofilmes, cantando Aquarela do Brasil. Em 1977, quando esteve mais uma vez entre nós gravou, no Canecão, um LP ao vivo com Sílvio Caldas.
Muito contribuiu também para sua longa fama a exibição de seus inúmeros filmes, nos quais com suas canções românticas, dava o contraponto aos dramas amorosos dessa época do cinema mexicano, que deixou saudades.
Granjeou em nossa terra muita simpatia, muitos amigos e legiões de admiradores. A um dos seus quatro filhos, em homenagem ao Presidente Getúlio Vargas, com quem mantinham boa amizade, deu o nome de Getúlio, não apenas para criar um fácil homônimo, como se poderia supor.
Um dos seus traços pessoais era o gosto pela jardinagem e a paixão pelas touradas (chegou a bancar um toureiro amador). Aliás, outro filho seu foi toureiro de verdade no México.
Pedro Vargas conquistou merecidamente fama, fortuna, respeito e admiração, tanto no México, que lhe tributou oficialmente honras extraordinárias quando fez 50 anos de vida artística, como em todo o mundo. Suas canções o manterão eterno, porque eram realmente belas e porque nunca houve ninguém como ele para interpretá-las com tanta voz e tanto coração.
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Fontes: Revivendo Músicas; Wikipédia; Biografías y Vidas.