terça-feira, fevereiro 08, 2011

Mano Elói

Foto: A Manhã, 3/9/1950
Mano Elói (Eloy Antero Dias), instrumentista, compositor e cantor, nasceu em Engenheiro Passos, RJ, em 04/09/1888, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10/3/1971. Aos 15 anos foi para o Rio de Janeiro, onde aprendeu a tocar tamborim, pandeiro e cavaquinho, empregando-se mais tarde como estivador no cais do porto.

Nas rodas de sambistas dos morros da Favela e de Santo Antônio, passou a ser conhecido como Mano Elói. Foi um dos fundadores das escolas de samba "Deixa Malhar", "Vai Como Pode" (hoje G.R.E.S. da Portela) e Prazer da Serrinha (atual G.R.E.S. Império Serrano).

Era também frequentador dos terreiros de candomblé, tendo sido um dos pioneiros, em 1930, na gravação de pontos e corimás de macumba no Brasil. Os dois discos da Odeon, que contaram ainda com a participação do compositor Amor e o Conjunto Africano, incluem os pontos de Iansã e Ogum, e os cantos de macumba de Exu e Ogum.

Em 1936 foi eleito o primeiro "Cidadão Samba" no concurso promovido pela União Geral das Escolas de Samba do Brasil.

Em 1966, com quase 80 anos de idade, desfilou com a Império Serrano no Carnaval. É autor do samba Não vai ao candomblé, gravado pelo Conjunto Africano.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - São Paulo - 1998; Jornal A Manhã, de 03/09/1950.

Manezinho da Flauta

Manezinho da Flauta (Manuel Gomes), instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/4/1924—? 17/6/1990. Neto de flautista, aos cinco anos começou a tocar flauta de latão. O pai, estivador, também gostava de tocar esse instrumento e muito incentivou o filho, levando-o a programas de calouros da Rádio Tupi do Rio de Janeiro.

Estudou na Escola Quinze de Novembro e, com a morte do avô, ganhou como herança uma flauta francesa marca Djalma Julliot, que nunca mais deixou. Aos 15 anos já tocava como profissional na Rádio Guanabara e aos 16, numa escola de danças carioca, o Farolito Danças.

Em 1952, quando se diplomou pelo Conservatório Musical do Rio de Janeiro, trabalhava na Rádio Mauá, do Rio de Janeiro.

Em 1961 percorreu a Europa com o compositor Humberto Teixeira, apresentando-se na França, Inglaterra e Bélgica, onde participou de show brasileiro em Bruxelas.

Em 1963 e 1964 tocou no Zicartola e em 1967 gravou seu primeiro LP como solista, O melhor dos chorinhos, pela CBS. Um ano depois, na Odeon, participou da gravação do LP Gente da antiga, ao lado de Pixinguinha, João da Baiana e Clementina de Jesus.

Durante três meses, em 1969, tocou na gafieira Som de Cristal, de São Paulo SP, sendo contratado, um ano depois, como flautista da boate Jogral e atuando no show Os homens verdes da noite, montado por Luís Carlos Paraná, criador daquela casa noturna. Radicado em São Paulo, passou a fazer parte do conjunto regional do bandohnista Evandro, com o qual gravou em 1974 o LP Brasil, flauta, bandolim e violão, na etiqueta Marcus Pereira.