Abel Cardoso Júnior, pesquisador, professor, crítico, escritor e musicólogo, nasceu em Guarantã, cidade do noroeste paulista, em 28/11/1938, e faleceu em Sorocaba, SP, em 16/11/2003. Residindo em Sorocaba desde 1945, exerceu atividades no magistério primário, licenciando-se em Pedagogia e chegando a diretor de escola estadual (1968-1988), cargo em que se aposentou.
Membro da Academia Sorocabana de Letras e do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, colaborou também no Jornal dos Professores do Centro do Professorado Paulista (CPP).
Na área da música popular, publicou cerca de 200 artigos na imprensa de Sorocaba e redigiu cerca de 150 contracapas e encartes de discos, a maioria para o selo Revivendo. Foi colaborador na publicação da discografia de Carmen Miranda, Gastão Formenti, Aurora Miranda, Orlando Silva e Francisco Alves.
Publicou ainda o livro Carmen Miranda, a cantora do Brasil (1978, 436 págs.), o folheto de Cornélio Pires - Primeiro produtor independente de discos do Brasil (1986, 21 págs.) e a parte de pesquisa do catálogo do espetáculo "Raros e inéditos" (Sesc Pompéia, São Paulo, 1995, 40 págs.), além de Francisco Alves - As mil canções do Rei da Voz (Revivendo, 1998, 500 págs.), edição comemorativa do centenário do Rei da Voz e dos 10 anos da Revivendo Músicas.
Fonte: Colégio Brasileiro de Genealogia - Patronos.
terça-feira, dezembro 13, 2011
Abdon Milanez
Abdon Milanez (Abdon Felinto Milanez), compositor, pianista e teatrólogo, nasceu no município de Areias, PB, em 10/8/1858, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 01/04/1927. Como músico, escreveu peças como Heróis à força, Barbeirinho de Sevilha, A chave do inferno, Bico de papagaio, Fada azul, La reine du tango, Mosca azul, Dama de espada e outras operetas de beleza melódica e realce dramático.
Descendente de família ilustre do Brejo paraibano, com ascendência luso-italiana, e de grande prestígio político, Abdon logo cedo se transferiu para o Rio de Janeiro, tendo cursado Medicina na Faculdade de Medicina e Engenharia na Escola Politécnica, formando-se como engenheiro civil em 1880. Não fez estudos regulares de música, tendo-se iniciado no piano tardiamente. Em sua fase de estudante, compôs polcas e valsas, publicadas pela Casa Bevilacqua.
Iniciou sua carreira artística como compositor teatral. Escrevia operetas e revistas representadas com sucesso nos teatros Sant'Ana, Lucinda, Apolo, Fênix etc. Sua primeira obra, a opereta Donzela Teodora, com libreto de Arthur Azevedo, estreou em março de 1886 no Teatro Sant'Ana. Musicou ainda as peças A loteria do amor, de Coelho Neto, O bico do papagaio, de Eduardo Garrido, e A chave do inferno, de Castro Lopes, todas com muito sucesso.
Embora não possuísse formação tradicional como compositor, escreveu a ópera Primizie, em um ato, com libreto de Heitor Malagutti, que estreou em 1904, no Rio de Janeiro, tendo sido novamente encenada em 1921, no Teatro Municipal. Compôs ainda o Hino da abolição, a Marcha da imprensa, para orquestra e coros, e ainda músicas sacras-missas, te-déums, ladainhas, etc, que eram geralmente executadas na igreja da Cruz dos Militares.
Em 1916, substituiu o compositor Alberto Nepomuceno na direção da Escola Nacional de Música, cargo que exerceu até aposentar-se em 1922. Em sua gestão, foi terminada a construção do prédio da Rua do Passeio, tendo sido inaugurado em 1922 o Salão Leopoldo Miguez, uma das mais importantes salas de concertos do país, conhecida pela excelência de sua acústica. Inspirado na Sala Gaveau de Paris, seu interior é decorado com afrescos de Antônio Parreiras e Carlos Oswald.
Em 1923, assumiu a direção o Prof. Alfredo Fertin de Vasconcelos, que criou a orquestra do Instituto, cujo principal regente em seus primeiros anos foi o Maestro Francisco Braga.Além de partituras para operetas e revistas, compôs marchas, valsas, quadrilhas, lundus, entre outros gêneros populares.
Em 1927, ano de sua morte, o barítono Roberto Vilmar gravou para a Odeon seu tango canção Ai!.
Obras
A chave do inferno, A loteria do amor, A princesa flor, Ai!, Comeu!, Donzela Teodora, Herói à força, Hino da abolição, Hino do Estado da Paraíba (música), Marcha da imprensa, Mosca azul, O bico do papagaio, Primizie e Zé-povinho.
Bibliografia: Marcondes, Marcos Antônio. Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2a. edição. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
Fonte: Enciclopédia Nordeste.
Descendente de família ilustre do Brejo paraibano, com ascendência luso-italiana, e de grande prestígio político, Abdon logo cedo se transferiu para o Rio de Janeiro, tendo cursado Medicina na Faculdade de Medicina e Engenharia na Escola Politécnica, formando-se como engenheiro civil em 1880. Não fez estudos regulares de música, tendo-se iniciado no piano tardiamente. Em sua fase de estudante, compôs polcas e valsas, publicadas pela Casa Bevilacqua.
Iniciou sua carreira artística como compositor teatral. Escrevia operetas e revistas representadas com sucesso nos teatros Sant'Ana, Lucinda, Apolo, Fênix etc. Sua primeira obra, a opereta Donzela Teodora, com libreto de Arthur Azevedo, estreou em março de 1886 no Teatro Sant'Ana. Musicou ainda as peças A loteria do amor, de Coelho Neto, O bico do papagaio, de Eduardo Garrido, e A chave do inferno, de Castro Lopes, todas com muito sucesso.
Embora não possuísse formação tradicional como compositor, escreveu a ópera Primizie, em um ato, com libreto de Heitor Malagutti, que estreou em 1904, no Rio de Janeiro, tendo sido novamente encenada em 1921, no Teatro Municipal. Compôs ainda o Hino da abolição, a Marcha da imprensa, para orquestra e coros, e ainda músicas sacras-missas, te-déums, ladainhas, etc, que eram geralmente executadas na igreja da Cruz dos Militares.
Em 1916, substituiu o compositor Alberto Nepomuceno na direção da Escola Nacional de Música, cargo que exerceu até aposentar-se em 1922. Em sua gestão, foi terminada a construção do prédio da Rua do Passeio, tendo sido inaugurado em 1922 o Salão Leopoldo Miguez, uma das mais importantes salas de concertos do país, conhecida pela excelência de sua acústica. Inspirado na Sala Gaveau de Paris, seu interior é decorado com afrescos de Antônio Parreiras e Carlos Oswald.
Em 1923, assumiu a direção o Prof. Alfredo Fertin de Vasconcelos, que criou a orquestra do Instituto, cujo principal regente em seus primeiros anos foi o Maestro Francisco Braga.Além de partituras para operetas e revistas, compôs marchas, valsas, quadrilhas, lundus, entre outros gêneros populares.
Em 1927, ano de sua morte, o barítono Roberto Vilmar gravou para a Odeon seu tango canção Ai!.
Obras
A chave do inferno, A loteria do amor, A princesa flor, Ai!, Comeu!, Donzela Teodora, Herói à força, Hino da abolição, Hino do Estado da Paraíba (música), Marcha da imprensa, Mosca azul, O bico do papagaio, Primizie e Zé-povinho.
Bibliografia: Marcondes, Marcos Antônio. Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2a. edição. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
Fonte: Enciclopédia Nordeste.