Rubens Peniche (Rubens Cardoso Peniche), cantor e compositor, nasceu em Santos, SP, em 19/4/1921. Cantou pela primeira vez com um conjunto regional na Rádio Clube de Santos.
Em 1939, estreou na Rádio Bandeirantes em São Paulo, no concurso do "Cantor misterioso", que foi ganho por Alvinho, marido da cantora Leny Eversong. Atuou em várias emissoras e cassinos. Compôs com o pseudônimo de Valtenir Pinto. Em 1944, gravou seu primeiro disco, na Continental, com as marchas Cirandinha e Se me queres mal, parcerias com Gentil de Castro.
Em 1945, gravou os samba Rei vagabundo, de Mário Rossi e Marino Pinto e Além do céu azul, de Mário Rossi e Tito Ramos, o fox Há muito tempo, de J. Kern e Ira Gershwin, com versão de Sivan Castelo Neto e as marchas Quando estás ao meu lado, de Aldo Cabral e Medeiros Neto e Verão do Brasil, de Denis Brean e Lupicínio Rodrigues.
Em 1946, gravou o samba Raridade, de Orlando Monello, Gentil Castro e R. Faraone e o choro Ciúmes, de David Raw e Sadi Cabral. Em 1947, gravou o samba Baliza da escola, de Raul Marques, Zé Luiz e Gentil Castro e o samba Cabelo branco, de Sátiro de Melo e Gastão Viana.
Em 1948, gravou as marchas "Princesa", de José Assad, o "Beduíno" e "Maria do requebrado", de Orlando Monello e Gentil Castro e os sambas "Que importa", de Osvaldo França e Francisco Lacerda e "Festa do povo", de Conde e Avaré.
Em 1950, gravou as marchas Lolita, a mazurca Dança da nobreza e a valsa Pique será, de José Assad, o Beduíno e Japonesa, de Juraci Rago e Paulo Queiroz. Nesse ano, gravou mais duas composições de José Assad, as marchas Eu sou o diabo, com Juraci Rago e Coringa.
Em 1951, gravou a valsa Duas lágrimas, de Antônio Rago e Ribeiro Filho e o bolero Voltar eu quero, de Juraci Rago e Reinaldo Santos. Em 1952, gravou a marcha Índia morena, de Osvaldo França e Blecaute e o samba Máscara de pano, de José Sacomani. Nesse ano, gravou os tangos Madressilva, de Canaro, Amadori e Juraci Rago e Silêncio, de Petarossi, Gardel, Le Pera e Alraqui.
Em 1953, gravou o pasodoble Não te posso querer, de C. Larrea e Juraci Rago e o samba-canção João Ninguém, de Sereno e Sacomani.
Discografia
1944 - A vingança do barrigudo / Duas mulheres • Continental • 78
1944 - Cirandinha / Se me queres mal • Continental • 78
1945 - Verão do Brasil / Falso maestro • Continental • 78
1945 - Rei vagabundo / Quando estás a meu lado • Continental • 78
1945 - Há muito tempo / Além do céu azul • Continental • 78
1945 - Culpa do destino / Eu vi você • Continental • 78
1945 - Céu aberto / Quem gosta de mim • Continental • 78
1946 - Raridade / Ciúmes • Continental • 78
1946 - Salão dos beneditos / O homem não deve chorar • Continental • 78
1946 - Beduína / Pobre louca • Continental • 78
1947 - Baliza da escola / Cabelo branco • Continental • 78
1947 - Sacrifício / Seis anos atrás • Continental • 78
1948 - Princesa / Que importa • Continental • 78
1948 - Maria do requebrado / Festa do povo • Continental • 78
1950 - Lolita / Japonesa • Continental • 78
1950 - Dança da nobreza / Pique será • Continental • 78
1950 - Coringa / Eu sou o diabo • Continental • 78
1951 - Duas lágrimas / Voltar eu quero • Continental • 78
1951 - Casamento? Não!... / Enche o copo • Continental • 78
1952 - Índia morena / Máscara de pano • Continental • 78
1952 - Madressilva / Silêncio • Todamérica • 78
1953 - Não te posso querer / João Ninguém • Continental • 78
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.
quinta-feira, outubro 04, 2012
Felinho
Felinho (Félix Lins de Albuquerque), regente e flautista, nasceu em Bonito-PE em 14/12/1895, e faleceu em Recife-PE em 09/01/1980. Logo cedo iniciou os estudos de solfejo com João Archelau Lins de Albuquerque, seu tio paterno, que possuía sólidos conhecimentos musicais e exigia do sobrinho, que lesse música em todas as claves.
Teve, assim, um profundo ensinamento musical, tanto que, aos quinze anos de idade, tornou-se regente de bandas de música de várias cidades, como Catende, Ribeirão, Barreiros e sua própria cidade natal.
Com Antônio de Holanda, clarinetista que viveu muitos anos no Rio de Janeiro-RJ, aprendeu clarinete e trombone.
Trocando o interior pela capital, Felinho começou a tocar clarinete em cassinos e cinemas.
A partir da década de 1920, teve inicio suas constantes viagens ao interior do Estado, onde retomou sua função de regente de banda e, ao mesmo tempo, passou a lecionar música aos filhos dos usineiros.
Em 1932, foi trabalhar na PRA 8, Rádio clube de Pernambuco, onde chefiou um regional, o famoso regional do felinho e criou o Quarteto de Saxofones Ladário Teixeira, em homenagem ao saxofonista mineiro.
Paralelamene, integrava a Orquestra de Concertos e inaugurou, como flautista, a Orquestra Sinfônica de Recife-PE.
Em meio a tanta agitação profissional, nunca lhe faltou tempo para as mais belas composições, como os choros Amoroso, Apaixonado, A Vida é um Choro e as valsas Olhos que Mentem, Silêncio e Triste Consolo, dedicada àquela que era sua namorada na época e que, depois, tornou-se sua esposa.
As variações para clarinete, introduzidas por ele no frevo Vassourinhas, tornaram-no conhecido e admirado. Veio a falecer no Recife, no dia 9 de janeiro de 1980, deixando uma vasta obra musical.
Outras obras
Formigão, Formigueiro, Pretensioso, Meu Choro a São João, Contemplando, Venha para o Choro, seu Paiva, Sacrifício por Amor, A Saudade Vive Comigo, Soluços, Suave Tortura, Delírio de Amor, Triste Consolo, valsa, resgatada no LP "Compositores Pernambucanos no 1", da FUNDAJ, em 1987.
Fonte: Enciclopédia Nordeste in "MPB - Compositores Pernambucanos - Coletânea - 1920-1995", Renato Phaelante da Câmara, Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massanga, 1997.
Teve, assim, um profundo ensinamento musical, tanto que, aos quinze anos de idade, tornou-se regente de bandas de música de várias cidades, como Catende, Ribeirão, Barreiros e sua própria cidade natal.
Com Antônio de Holanda, clarinetista que viveu muitos anos no Rio de Janeiro-RJ, aprendeu clarinete e trombone.
Trocando o interior pela capital, Felinho começou a tocar clarinete em cassinos e cinemas.
A partir da década de 1920, teve inicio suas constantes viagens ao interior do Estado, onde retomou sua função de regente de banda e, ao mesmo tempo, passou a lecionar música aos filhos dos usineiros.
Em 1932, foi trabalhar na PRA 8, Rádio clube de Pernambuco, onde chefiou um regional, o famoso regional do felinho e criou o Quarteto de Saxofones Ladário Teixeira, em homenagem ao saxofonista mineiro.
Paralelamene, integrava a Orquestra de Concertos e inaugurou, como flautista, a Orquestra Sinfônica de Recife-PE.
Em meio a tanta agitação profissional, nunca lhe faltou tempo para as mais belas composições, como os choros Amoroso, Apaixonado, A Vida é um Choro e as valsas Olhos que Mentem, Silêncio e Triste Consolo, dedicada àquela que era sua namorada na época e que, depois, tornou-se sua esposa.
As variações para clarinete, introduzidas por ele no frevo Vassourinhas, tornaram-no conhecido e admirado. Veio a falecer no Recife, no dia 9 de janeiro de 1980, deixando uma vasta obra musical.
Outras obras
Formigão, Formigueiro, Pretensioso, Meu Choro a São João, Contemplando, Venha para o Choro, seu Paiva, Sacrifício por Amor, A Saudade Vive Comigo, Soluços, Suave Tortura, Delírio de Amor, Triste Consolo, valsa, resgatada no LP "Compositores Pernambucanos no 1", da FUNDAJ, em 1987.
Fonte: Enciclopédia Nordeste in "MPB - Compositores Pernambucanos - Coletânea - 1920-1995", Renato Phaelante da Câmara, Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massanga, 1997.
Gastão Viana
Gastão Viana - 1933 |
Começou a carreira artística no começo da década de 1930 convivendo com astros como Pixinguinha e Benedito Lacerda. Em 1931, gravou na Columbia com o Grupo Agrião com Espinha os sambas Raiado, com Pixinguinha, e Recordações, de João Castilho e José P. Jesus.
No carnaval de 1932, foi parcerio de Benedito Lacerda na marcha Macaco olha o teu rabo. No mesmo ano, Murilo Caldas gravou o samba Adeus morena, o conjunto Tupi as macumbas Mironga de moça branca, com J. B. de Carvalho, e No terreiro de Alibibi, com Pixinguinha, e Jaime Vogeler, registrou a marcha Vai haver o diabo, com Benedito Lacerda.
No ano seguinte, seu samba Que doce é esse?, com Benedito Lacerda foi gravado na Victor por Patrício Teixeira, e a marcha Crioula só por necessidade, com Benedito Lacerda, foi lançada na Columbia pelos Irmãos Tapajós, além dos sambas Morena meu amor, com Benedito Lacerda, e Tu és bela, gravados por João Petra de Barros na Odeon. Ainda em 1933, teve o samba Cinco partes principais do mundo, e a marcha Loura queridinha, ambas com Benedito Lacerda, gravadas na Odeon pela dupla Castro Barbosa e Jonjoca .
Em 1934, teve o samba Como é belo, com Pereira Filho, gravado na Odeon pela Dupla Preto e Branco. Duas composições feitas em parceria com Pixinguinha foram gravadas na Victor pelo cantor Patrício Teixeira em 1938: o lundu Yaô africano, e o samba-jongo Mulata baiana. No mesmo ano, o Trio de Ouro registrou na Odeon o samba Adeus Estácio!, parceria com Benedito Lacerda.
Em 1941,o lundu-africano Uma festa de Nanan, parceria com Pixinguinha, foi gravado por Patrício Teixeira, e o samba Mulato bonito, com Oduvaldo Lacerda, foi lançado pela cantora Marilu, ambos na Victor. Na mesma gravadora, Moreira da Silva registrou o samba Mendigo de amor, com Oduvaldo Lacerda. Ainda nesse ano, duas parcerias com Benedito Lacerda foram gravadas por Rosina Pagã na Columbia: o samba Tem que me dar, dá logo, e a marcha As aparências enganam, e uma terceira, a batucada Baianinha, foi gravada por Nelson Gonçalves na Victor. Ainda em 1941, Francisco Alves lançou pela Odeon o samba Vivo bem na minha terra, parceria com Jorge Faraj, dentro do espírito de exaltação patriótica comum na época.
Em 1942, fez com Mário Rossi a marcha Flor morena, gravada por Carlos Galhardo; com Aldo Cabral, a batucada Ioiô das mulheres, registrada por Marilu, e com Arlindo Marques Júnior o samba Maluquinha pra dançar, levado à cera na voz de Ciro Monteiro, as três na Victor, além do samba Põe a mão na consciência, com Benedito Lacerda, registrado por Nelson Gonçalves, também na Victor. Nesse ano, teve o samba Vem surgindo a Avenida, com Benedito Lacerda, gravado em dueto por Ciro Monteiro e Nelson Gonçalves, e o samba O sorriso de Paulinho, com Mário Rossi, gravado com sucesso por Isaura Garcia.
Em 1943, o samba Coitadinha da Sicília, com Benedito Lacerda, e a marcha Reco-reco, com Mário Rossi, foram lançadas por Carlos Galhardo, na Victor, e o samba Baiana bonita, com Benedito Lacerda, foi gravado pelo grupo Quatro Ases e um Coringa, na Odeon. No ano seguinte, o choro Mais devagar coração, com Mário Rossi, foi lançado na Odeon por Odete Amaral, e a marcha-rancho Vou partir, também com Mário Rossi, foi gravada por Gilberto Alves na Odeon.
Em 1945, seu samba "Tentação", com Mário Rossi, foi gravado na Victor por Ciro Monteiro. Ainda nesse ano e também na gravadora Victor, Carlos Galhardo gravou o samba Cidade romance, Gilberto Alves a marcha Menina moça, e Ciro Monteiro o samba Quem é que não quer?, as três com Mário Rossi.
Em 1946, o lundu Benguelê, parceria com Pixinguinha, foi lançado pelo grupo vocal Anjos do Inferno, o samba A alma do tutu, com Jorge Faraj e Roberto Roberti foi gravado por Nelson Gonçalves, e o samba Agora sim, com Mário Rossi foi registrado por Isaura Garcia, os três na Victor. Nesse ano, o samba Antes nunca te visse, com Mário Rossi foi lançado por Emilinha Borba na Continental, e o samba Agora sim, com Mário Rossi, foi gravado na RCA Victor por Isaura Garcia.
Em 1947, fez com João da Baiana o samba-jongo "Mana Diodé", gravado por Jorge Veiga na Continental. No ano seguinte, a marcha "Cabelo branco", com Sátiro de Melo, foi lançada por Rubens Peniche na Continental.
Em 1950, o lundu Yaô, seu maior sucesso, parceria com Pixinguinha, foi regravado na RCA Victor por Pixinguinha. Dois anos depois, Blecaute gravou o samba Calvário do amor, parceria com Jorge de Castro.
Em 1952, Jorge Veiga gravou na Continental o samba Nem queira saber, com Rogério Nascimento. Em 1953, o samba Sétimo céu, com Roberto Martins, foi gravado por Carmélia Alves na Continental. Teve duas macumbas gravadas pelo Trio de Ouro em 1954 na RCA Victor: Quem tá de ronda, com Príncipe Pretinho, e Mironga de moça branca, que fez razoável sucesso.
Em 1955, teve o samba Adeus morena, gravado por Pixinguinha no LP Carnaval da velha guarda lançado pela Sinter. Em 1960, o samba O sorriso do Paulinho, com Mário Rossi, foi regravado por Isaura Garcia no LP Saudade querida na Odeon.
Em 1976, no LP Nua & crua ao vivo lançado por Isaura Garcia pela EMI-Odeon, teve novamente regravado o samba O sorriso do Paulinho, com Mário Rossi. Dois anos depois, João de Aguinho regravou Yaô no LP Terreiro grande lançado por ele pela Epic/CBS.
Em 1989, no LP Orquestra Brasília - O maior legado escrito de Pixinguinha, lançado pela Kuarup, com interpretações de Henrique Cazes e Oscar Bolão, foi regravado o samba-jongo Yaô, com Pixinguinha.
Em 1994, seu samba-canção Mais devagar, coração, com Mário Rossi, foi incluído no CD Jornal de ontem - Orlando Silva e Odete Amaral, lançado pela Revivendo com gravações de Orlando Silva e Odete Amaral. Em 1996, suas composições Benguelê e Festa de Nanã, foram gravadas no CD Orquestra Pixinguinha, lançado por Henrique Cazes pela Kuarup.
Em 2002, teve três composições inéditas com Pixinguinha gravadas no CD As inéditas de Pixinguinha, lançado na Sony Music pelo grupo Água de Moringa. Em 2005, Yaô foi regravada no CD Festa no meu coração lançado pelo sambista Dudu Nobre.
Obras
A alma do tutu (c/ Jorge Faraj e Roberto Roberti), Adeus Estácio! (c/ Benedito Lacerda), Adeus morena, Agora sim (c/ Mário Rossi), Antes nunca te visse (c/ Mário Rossi), As aparências enganam (c/ Benedito Lacerda), Baiana bonita (c/ Benedito Lacerda), Baianinha, Benguelê (c/ Pixinguinha), Cabelo branco (c/ Sátiro de Melo), Calvário do amor (c/ Jorge de Castro), Cidade romance (c/ Mário Rossi), Cinco partes principais do mundo (c/ Benedito Lacerda), Coitadinha da Sicília (c/ Benedito Lacerda), Como é belo (c/ Pereira Filho), Crioula só por necessidade (c/ Benedito Lacerda), Festa de Nanã (c/ Pixinguinha), Flor morena (c/ Mário Rossi), Ioiô das mulheres (c/ Aldo Cabral), Kalú (c/ Pixinguinha), Loura queridinha (c/ Benedito Lacerda), Macaco olha o teu rabo (c/ Benedito Lacerda), Mais devagar coração (c/ Mário Rossi), Maluquinha pra dançar (c/ Arlindo Marques Jr), Mana Diodé (c/ João da Bahiana), Maria Conga (c/ Pixinguinha), Mendigo de amor (c/ Oduvaldo Lacerda), Menina moça (c/ Mário Rossi), Mironga de moça branca (c/ J. B. de Carvalho), Morena meu amor (c/ Benedito Lacerda), Mulata baiana (c/ Pixinguinha), Mulato bonito (c/ Oduvaldo Lacerda), Nem queira saber (c/ Rogério Nascimento), No terreiro de Alibibi (c/ Pixinguinha), O sorriso de Paulinho (c/ Mário Rossi), Põe a mão na consciência (c/ Benedito Lacerda), Que doce é esse? (c/ Benedito Lacerda), Quem é que não quer? (c/ Mário Rossi), Quem tá de ronda (c/ Príncipe Pretinho), Raiado (c/ Pixinguinha), Reco-reco (c/ Mário Rossi), Saudade querida, Sétimo céu (c/ Roberto Martins), Tem que me dar, dá logo (c/ Benedito Lacerda), Tentação (c/ Mário Rossi), Tu és bela, Uma festa de Nanan (c/ Pixinguinha), Vai haver o diabo (c/ Benedito Lacerda), Vem surgindo a Avenida (c/ Benedito Lacerda), Vivo bem na minha terra (c/ Jorge Faraj), Vou partir (C/ Mário Rossi), Yaô africano (c/ Pixinguinha).
Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Diário Carioca, de 18/02/1933.