quinta-feira, janeiro 04, 2018

Wanderléa - Biografia


Wanderléa (Wanderléa Charlup Boere Salim), cantora, nasceu em Governador Valadares MG em 5/6/1946. passou os primeiros anos da infância em Lavras MG, para onde a família se mudara poucos meses depois de ela nascer. A partir dos nove anos, moraria na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro RJ.


Começou a carreira artística aos dez anos, inicialmente em programas como Clube do Guri e Vovô Odilon, nas emissoras Mayrink Veiga e Tupi, e logo depois ganhou o título de A Mais Bela Voz Infantil, conferido pela TV-Rio. Em 1959 gravou para a CBS seu primeiro disco, em 78 rpm; com as canções Tell me How Long e a composição de Rossini Pinto e Fernando Costa.

A aceitação desse disco e de outro em 78 rpm (Quero amar e Ao nascer do sol) abriu caminho para seu primeiro LP Wanderléa, em que se destacaram as faixas Dá-me felicidade e Não existe o amor. Na CBS conheceu Roberto Carlos e passou a figurar no grupo liderado por ele, que viria a ser lançado, em 1965, como titular do programa Jovem Guarda, transmitido ao vivo pela TV Record, de São Paulo SP, todos os domingos.

Então, no auge da popularidade e conhecida como Ternurinha gravou Pare o casamento (Luís Keller), Ternura (versão de Rossini Pinto), Tempo de amor (Rossini Pinto) e Prova de fogo (Erasmo Carlos).

Em 1968 participou do filme de Aurélio Teixeira Juventude e ternura e em 1970 do filme Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa, com Roberto Carlos e Erasmo Carlos, sob a direção de Roberto Farias.

Depois de relativo recesso artístico, reapareceu no show Wanderléa maravilhosa, no Teatro João Caetano, do Rio de Janeiro, em 1973, e gravou um LP com o mesmo título, lançado pela Phonogram. Em 1975 apresentou o show Feito gente no Teatro Teresa Raquel, do Rio de Janeiro, do qual resultou um LP homônimo da Odeon.

Na década de 1990 voltou a fazer sucesso em espetáculos solo de revival da época Jovem Guarda ou em shows ao lado de ex-companheiros da época, como Eduardo Araújo e Martinha.

Veja também:



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Os Vips - Biografia


Os Vips -  Dupla vocal formada em São Paulo SP pelos irmãos Ronald Luís Antonucci (São Paulo 1944-) e Márcio Augusto Antonucci (São Paulo 1945-2014). Começaram cantando sozinhos, participando do programa de TV Festival dos Bairros, em 1964, resolveram se unir em dupla; dois espectadores do programa eram Palmeira e Alfredo Corletto, produtores da gravadora Continental, que imediatamente contrataram os irmãos.


Sua primeira gravação foi Tonight, da própria dupla, incluída no LP Reino da juventude, reunindo artistas participantes do programa homônimo apresentado por Antônio Aguilar.

A dupla teve vários sucessos, quase todos compostos por Roberto Carlos especialmente para eles: A volta; Emoção; Faça alguma coisa pelo nosso amor. Mudando para a CBS em 1968, tiveram outros êxitos compostos por Roberto, como É preciso saber viver e Largo tudo e venho te buscar.

Voltaram à Continental em 1970, usando o nome artístico Márcio e Ronaldo e emplacando hits como Só até sábado (Lilian Knapp). Em 1976, a dupla se separou: Márcio tornou-se produtor da gravadora Som Livre.

Voltaram a se reunir em 1990, gravando um LP ao vivo pela Som Livre (A volta, lançado em janeiro de 1991 e que vendeu 300 mil cópias) e continuando a fazer shows e ocasionais gravações, como participações nos discos comemorativos de 30 anos da Jovem Guarda, em 1995.

Veja também:






















Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Vanusa - Biografia


Vanusa (Vanusa Santos Flores), cantora e compositora, nasceu em Cruzeiro SP, em 22/9/1947. Criada em Uberaba MG e Frutal MG, desde cedo estudou violão e aos 16 anos iniciou-se como cantora, atuando como crooner do conjunto Golden Lions.


Apresentando-se em bailes de diversas cidades da região do triângulo mineiro, foi descoberta por Sidney Carvalho, que trabalhava para a firma publicitária Prosperi, Magaldi & Maia. Transferindo-se para São Paulo SP, foi lançada como concorrente da cantora Wanderléia, na época a intérprete de maior sucesso do gênero iê-iê-iê.

Em 1966, no auge do movimento da Jovem Guarda, estreou no programa Eduardo Araújo, o Bom, transmitido pela TV Excelsior. Contratada pela RCA Victor, obteve sucesso com a gravação Pra nunca mais chorar (Carlos Imperial e Eduardo Araújo). Juntamente com o cantor Wanderley Cardoso e o comediante Renato Aragão, atuou no programa Adoráveis Trapalhões, na TV Record, de São Paulo.

Em 1970 estreou como compositora, gravando na RCA Victor a canção Mundo colorido. No ano seguinte, participou do VI FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro RJ, com Namorada (com Antônio Marcos). Prêmio de revelação feminina no festival de Piriapolis, Uruguai, em 1974, obteve um de seus maiores sucessos de intérprete e autora com Manhãs de setembro (com Mário Sierra).

Em 1980, obteve o terceiro lugar no Festival de Seul, Coreia do Sul, com a música Mágica loucura (com Augusto César Vannucci). Gravou vários LPs na década de 1980, bem como teve lançadas coletâneas de sua obra. Em 1991 obteve o quinto lugar do Festival Estrela de Ouro, em Viña del Mar, Chile, com Quando o amor termina (com Sérgio Augusto). Lançou em 1997 sua autobiografia Vanusa - a vida não pode ser só isso!, São Paulo, Editora Saraiva. Continua apresentando-se em shows pefo Brasil.

Veja também:


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Trio Esperança - Biografia


Trio Esperança - Conjunto vocal formado no Rio de Janeiro RJ em 1958 pelos irmãos Mário (Mário Correia José Maria, Rio de Janeiro 1948-), Regina (Regina Correia José Maria, Rio de Janeiro 1946-) e Evinha (Eva Correia José Maria, Rio de Janeiro 1951-).


Estreou em 1961 no programa de calouros de Hélio Ricardo e, em seguida, passou a apresentar-se no programa de José Messias, na Rádio Mundial, do Rio de Janeiro. Gravou então, na Odeon, Menino do amendoim (José Messias). O sucesso foi atingido com o lançamento de Filme triste (Loudermilk, versão de Romeu Nunes), incluído no LP Nós somos sucesso, da Odeon 1963, ao lado de O sapo (Jaime Silva e Neusa Teixeira).

O trio apresentou-se no programa Jovem Guarda, da TV Record, de São Paulo SP, destacando-se com Meu bem lollipop (Morris, versão de Gerson Gonçalves), Festa do Bolinha (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), Gasparzinho (Renato Correia).

Em 1965, gravou novo LP Três vezes sucesso, pela mesma fábrica, e no ano seguinte saiu o disco Festa do Bolinha, também na Odeon. Em 1967 e 1968 gravou os LPs A festa do Trio Esperança e O fabuloso Trio Esperança.

Nesse último ano, a cantora Evinha deixou o grupo e passou a atuar sozinha, tendo colocado em primeiro lugar, no IV FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, a Cantiga por Luciana (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto). Integrado por outra irmã, Marisa (Marisa Correia José Maria, Rio de Janeiro 1957-), o conjunto gravou o LP Trio Esperança, em 1970, com Primavera (Cassiano e Rochael); Trio Esperança, em 1971, com Na hora do almoço (Belchior); Trio Esperança, em 1974, com Arrasta a sandália (Roberto Correia e John Lemos); e Trio Esperança, em 1975, com Marambaia (Henricão e Rubens Campos), todos na Odeon.

Residindo na Europa, continua ativo em shows e gravações para o mercado local. Em 1992 foi lançado no Brasil, pela Polygram, o disco A capela do Brasil.

Veja também:























Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Tony Campello - Biografia


Tony Campello (Sérgio Beneli Campello), cantor e produtor, nasceu em São Paulo SP em 24/2/1936. Interessou-se por música desde os nove anos, passando a estudar sozinho violão e piano. De 1953 a 1958, integrou o conjunto Ritmos OK, em Taubaté SP, tendo também atuado, de 1956 a 1958, no Mário Genari Filho e Conjunto.


Fez sua primeira apresentação em televisão na antiga TV Paulista e exibiu-se no programa Galera do Nelson, da Rádio Nacional, de São Paulo. Gravou o primeiro disco em 1958, Forgive me (Odeon); no verso do disco, sua irmã Celly Campello cantava Handsome Boy (ambas de Mário Genari Filho e Celeste Novais).

Nos dois anos seguintes, apresentou com a irmã o programa Celly e Tony em Hi-Fi, na TV Record, de São Paulo, participando ainda de shows e programas de televisão nas principais cidades do país.

Gravou seis LPs pela Odeon, fazendo sucesso com as músicas Boogie do bebê (J. Parker e Relin, versão de Fred Jorge), Pertinho do mar (Sílvio Pereira de Araújo) e Canário (Norman Luboff, Marilyn Keith e Alan Berman, versão de Fred Jorge), gravada em dupla com Celly.

Trabalhou nos filmes Jeca Tatu, dirigido por Milton Amaral, 1959, e Zé do Periquito, dirigido por Mazzaropi e Ismar Porto, em 1960. Em 1961 e 1962, recebeu o troféu Chico Viola, sendo que o segundo foi em conjunto com sua irmã. Viajou nos dois anos seguintes para o Paraguai e Peru. Produziu para a RCA Victor discos dos artistas Celly Campelo, Os Incríveis, Carlos Gonzaga e Chris McClayton e lançou em disco, entre outros, a dupla Deny e Dino, Sérgio Reis, Silvinha e Luís Fabiano.

Em 1974 ganhou o prêmio Rock 74 pela produção do disco Rock das quebradas. Apresentou-se em 1975 na boate Igrejinha, de São Paulo, onde foram organizados os shows Cuba-libre em Hi-Fi, promovendo a volta de cantores de sucesso do final da década de 1950 e início da de 1960 - Celly Campello, Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, George Friedman, Baby Santiago e Dan Rockabilly.

Como produtor e pesquisador de música sertaneja, produziu quase todos os discos de Sérgio Reis desde 1967, além da série de coletâneas Luar do Sertão da BMG Ariola (nome da RCA Victor desde 1985). Continua a se apresentar em shows pelo interior de São Paulo.

Veja também:


























Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Tonico e Tinoco - Biografia


Tonico e Tinoco - Dupla sertaneja formada por João Salvador Pérez, o Tonico (São Manuel SP 1919-São Paulo SP 1994) e José Pérez, o Tinoco (Botucatu SP 1920-). Em 1930, quando a família Pérez trabalhava na fazenda Tavares, em Botucatu, os dois irmãos ouviram discos da série caipira de Cornélio Pires. João frequentava a escola rural e dava lições para os colonos mais velhos, que lhe pagavam com frutas, rapadura, melado e dinheiro.


Cinco anos depois, juntada a quantia de 10 mil-réis, compraram uma viola feita a canivete e passaram a cantar em dupla, formando conjunto nos arrasta-pés e serenatas. Em 1938 a família foi trabalhar na pedreira Santa Helena e na fábrica de tecidos Santa Maria, em Sorocaba SP, seguindo depois para a fazenda São João de Sintra, em São Manuel, onde encontraram o primeiro incentivo na pessoa de José Augusto de Barros, administrador da propriedade. Por seu intermédio, foram à Rádio Clube de São Manuel e apresentaram-se cantando Namoro de velhos, sendo convidados para cantar na emissora aos domingos, sem remuneração.

Em 1943 foram para São Paulo SP, acompanhados do primo Miguel Pérez, e inscreveram-se no programa de calouros comandado por Chico Carretel (Durvalino Peluzo), na Rádio Emissora de Piratininga, mas o sucesso esperado não veio dessa vez. O Capitão Furtado, que estava sem violeiro em seu programa Arraial da Curva Torta, na Rádio Difusora, promoveu então um concurso para preencher a vaga: os dois, juntamente com seu primo, candidataram-se com o nome provisório de Trio da Roça, cantando o cateretê Tudo tem no sertão (Tonico).

Classificados para a final, interpretaram de Raul Torres e Cornélio Pires Adeus, campina da serra, conquistando o primeiro lugar; sem o primo, foram batizados pelo Capitão Furtado como Tonico e Tinoco. A dupla estreou em disco, na Continental, em 1945, com o cateretê Em vez de me agradecer (Capitão Furtado, Jaime Martins e Aimoré). Bem sucedida com essa gravação, que serviu de teste, gravou seu primeiro disco completo, a moda-de-viola Sertão do Laranjinha, motivo popular adaptado pela dupla e Capitão Furtado, e Percorrendo o meu Brasil (com João Merlini), que foi sucesso imediato.

No mesmo ano destacam-se também Canoeiro (Zé Carreiro), uma das músicas mais importantes do cancioneiro caboclo, e Cana verde (de sua autoria). Desde então, tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do país.

Em 1945 lançou Chico Mineiro (com Francisco Ribeiro), principal sucesso entre inúmeras gravações. No ano seguinte, vieram Rei do gado (Teddy Vieira) e Boi de carro (Anacleto Rosas Júnior).

Em 1947 a dupla participou da gravação do primeiro 33 rpm do gênero sertanejo, o LP Arraial da curva torta, com o cateretê Tudo tem no sertão (de sua autoria). No ano seguinte, foi a vez de Destinos iguais (Capitão Furtado e Ochelsis Aguiar Laureano).

Em 1950 a dupla lançou Arrasta-pé na tuia e Baianinha (ambas de sua autoria), e foi para o programa Na Beira da Tuia, da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro RJ, transferindo-se para a Philips um ano depois, quando gravou Canta moçada (Tonico e Nhô Fio), Boiada (Zé Paioça, o Fernandes Bortolon), Mourão da porteira (Raul Torres e João Pacífico) e Moreninha linda (Tonico, Priminho e Maninho).

Em 1952 surgiram Gaúcha alegre (Tonico e Zé Carreiro) e Chofer de caminhão (Tonico e Ado Benatti). Mudando-se para a Victor, a dupla gravou Viola cabocla (Tonico e Piraci) e Seresteiro do sertão (Tonico e Garrafinha), em 1953; Querer bem (Irmãos Mota), Pé da letra (Tonico e Augusto Altran) e Presépio (Tonico), em 1954; Canoeiro do mar(com José Alencar Borges), Carreiro triste (Tonico e Bolinha, o Euclides Pereira Rangel), em 1955.

No ano seguinte transferiu-se para a Chantecler, gravando Cabelo de trança (Tonico e Zé Paioça), Rei dos pampas (Raul Torres) e Pinho sofredor (Segisfredo M. Camargo e Capitão Furtado); em 1957, Adeus Mariana (Pedro Raimundo) e, um ano depois, Brasil caboclo (Tonico e Walter Amaral) e Artista de circo (Zé Tapera e Zé Fortuna).

A dupla voltou para a Continental em 1959, quando foram lançadas Maldita cachaça (Tonico, Ana Maria Pereira e Capitão Furtado), Boiadeiro do Norte (Zulmiro) e Fim de baile (Tonico e Zé Paioça). Do ano seguinte são Fandango mineiro (Zé Carreiro e Carreirinho) e Barqueiro (Tonico).

Em 1961 gravaram Meu sertão (Tinoco e José Lopes), trabalhando ainda no filme Lá no sertão, de Eduardo Llorente. Três anos depois, gravou, com a participação de Araci de Almeida, o cateretê de Mário Vieira Tô chegando agora. Em 1963, lançou na Continental o Último roubo (Tonico e Capitão Furtado). No ano seguinte Tonico adoeceu, sendo substituído nos shows pelo irmão mais novo, Francisco Pérez, o Chiquinho. Novamente reunida, a dupla não concordou com a imposição da gravadora de incluir acompanhamento de guitarras elétricas nas gravações sertanejas e parou de gravar.

A Continental relançou então velhos sucessos do duo para atender aos pedidos dos lojistas. Quando a dupla voltou a gravar, lançou pela Continental alguns sucessos obtidos na Chantecler, como o arrasta-pé Curitibana (Tonico e Pirigoso) e Saudade da estância (Capitão Furtado e Frontalini).

Em 1965 a dupla fez o filme Obrigado a matar, de Eduardo Llorente, e três anos depois, ainda na Continental, gravou o LP Vinte e seis anos de glória, transferindo-se para a Rádio Bandeirantes. Em 1969, lançou o LP Vinte e sete anos de Tonico e Tinoco, de Tonico e Capitão Furtado, incluindo velhos sucessos imortalizados por vários intérpretes: Maringá (Joubert de Carvalho), Luar do sertão (Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco), Chuá, chuá (Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão), Tristezas do jeca (Angelino de Oliveira), Saudades de Matão (Francana) (Jorge Gallatti, Raul Torres e Antenógenes Silva) e Boiada cuiabana (Raul Torres).

No ano seguinte, prestou homenagem a Raul Torres, interpretando, deste, Moda da mula preta e Segredo se guarda, e Pingo d'água e Chico Mulato (ambas com João Pacífico). No mesmo ano, atuou no filme A marca da ferradura, de Nelson Teixeira Mendes.

Em 1971 lançou Transamazônica (Tonico e José Caetano Erba) e a toada Pra frente, sertão (Tonico, Capitão Furtado e Sílvio Toledo). Em 1972 a dupla comemorou 30 anos de carreira, gravando o LP Adeus, campina da serra e participando do filme Luar do sertão, de Osvaldo de Oliveira. No ano seguinte novo LP, em que se destaca Azul cor de anil (Arlindo Santana), ao qual se sucederam quatro LPs em 1974, sobressaindo a composição Salve Campos do Jordão (Tonico e Mamarama, o Mário Mauro Ramos Matoso). Um ano depois, mais quatro LPs, incluindo Motorista do progresso (Teixeirinha) e Trinta e três anos, poema de Mamarama, contando a vida artística da dupla.

Cantando em todos os canais de televisão de São Paulo, com programa exclusivo na TV Bandeirantes, a dupla excursionou pelos Estados do Centro e Sul do país. Sempre preferiu, entretanto, as estações de rádio, onde atuou com programas exclusivos na Tupi, na Nacional e na Bandeirantes, todas de São Paulo. Em julho de 1979 apresentaram-se com sucesso no Teatro Municipal de São Paulo e comemoraram o feito com o LP A viola no teatro (Continental, 1979), com faixa-título de Tonico e José Caetano Erba. As gravações da dupla chegam a mais de 700 músicas.

Algumas músicas



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Teixeirinha - Biografia e músicas


Vítor Mateus Teixeira, cantor e compositor, o Teixeirinha, nasceu em Rolante RS (3/3/1927) e faleceu em Porto Alegre RS (4/12/1985). Filho de carreteiro, tinha seis anos de idade quando o pai morreu. Três anos depois perdeu a mãe, vítima de um incêndio, e passou a sustentar-se fazendo biscates como entregador e vendedor ambulante.


Lançou-se artisticamente em circos e emissoras gaúchas do interior do Estado, apresentando-se depois em Porto Alegre RS, onde começou a obter popularidade cantando em churrascarias e programas folclóricos, acompanhando-se ao violão.

Fazendo programa na emissora de Passo Fundo RS, recebeu convite para gravar em São Paulo SP, estreando na Chantecler em 1959 como intérprete e autor de Xote Soledade e Briga de batizado.

Os primeiros discos não alcançaram repercussão, mas em 1961 tornou-se sucesso nacional com o lançamento de Coração de luto, toada em que narrava a morte da mãe, gravada em disco Copacabana. No mesmo ano, excursionando por cidades gaúchas, conheceu em Bagé a menina Mary Teresinha, acordeonista e cantora na rádio local, que se tornou sua acompanhante efetiva.

Obtendo enorme popularidade como autor e intérprete de um gênero misto de regionalista e sertanejo dirigido a um público bastante específico, passou a atuar no cinema, produzindo cinco filmes, dos quais foi também o argumentista e o ator principal: o primeiro foi o autobiográfico Coração de luto, de 1966, dirigido por Eduardo Llorenti, seguindo-se Motorista sem limites (1969) e Teixeirinha a sete provas (1972), ambos de Milton Barragan, e Ela tornou-se freira (1971) e Pobre João (1974), estes com direção de Pereira Dias.

Com mais de 40 LPs gravados, comandou na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre, os programas Teixeirinha Canta para o Povo do Brasil e Teixeirinha Amanhece Cantando. Um dos líderes nacionais em vendagem de discos, sua vida foi até transformada em história em quadrinhos. Morreu no dia em que lançaria seu 119°disco, o LP Amor aos passarinhos.

Ao longo de 27 anos de carreira, compôs mais de 700 músicas, ganhou 13 discos de ouro no Brasil e um Galo de Ouro em Portugal. Em 1995, por ocasião dos dez anos de sua morte, foi homenageado em Porto Alegre com uma série de eventos.

Algumas músicas:


















































Veja também:


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Silvinha - Biografia


Silvinha (Sílvia Maria Peixoto), cantora, nasceu em Mariana MG em 16/9/1951 e faleceu em São Paulo SP em 25/6/2008. Começou a cantar por volta de 1963, apresentando-se em rádios e programas culturais, com o coral de músicas folclóricas organizado por sua mãe, professora de música em São João del Rei MG. Mais tarde, incluiu no repertório do coral músicas dos Beatles e de Rita Pavone.


Em 1965 foi para Belo Horizonte MG, atendendo a convite de Aldair Pinto, para atuar no programa de televisão Programa só para Mulheres, seguindo dois anos depois para o Rio de Janeiro RJ, onde foi lançada no programa do Chacrinha.

Contratada pela TV Excelsior, de São Paulo SP atuou por pouco tempo no Programa dos Incríveis, e logo depois obteve um programa próprio - O Bom - ao lado de Eduardo Araújo, depois seu marido. Ainda em 1967 gravou pela primeira vez, com as músicas Vou botar pra quebrar e Feitiço de broto (Carlos Imperial), pela Odeon.

No ano seguinte excursionou pelas principais capitais do país com show da Rhodia, cantando na Fenit, em São Paulo, e no Copacabana Palace Hotel, do Rio de Janeiro. Na volta, foi contratada pela TV Tupi para participar do Programa dos Incríveis, mas seis meses depois estava na TV Record.

Gravou três LPs na Odeon, nos anos de 1968, 1969 e 1971. Contratada peta RCA Victor de 1972 a 1975, participou esse ano do show Pelos caminhos do rock ao lado de Eduardo Araújo, no Teatro Bandeirantes, de São Paulo, e gravou quatro compactos simples.

Em 1975 transferiu-se para a gravadora Copacabana. Tornou-se uma das mais requisitadas cantoras de estúdio do Brasil, gravando em dupla com vários artistas, entre eles Eduardo Araújo.

Entre os anos 1970 e 80 ela foi jurada de calouros no programa dominical de Silvio Santos.

Nos anos 90, fez parte do quarteto vocal 4x4 ao lado de Edgard Gianullo, Angela Márcia e Faud Salomão. Apadrinhados por João Gilberto se apresentaram no prêmio Sharp de música, no programa especial Jazz Brasil da TV Cultura e com Edu Lobo gravaram a música "Trava Língua" para trilha sonora do programa Rá-Tim-Bum. Em 1997 o grupo se dissolveu.

Em 2000, passou a se dedicar à gravadora Number One (sua e do marido). Em 2001, lançou o álbum Suave É a Noite.

Em 2007, lançou um DVD comemorativo dos 40 anos da Jovem Guarda, e vinha trabalhando na divulgação desse trabalho.

Quando morreu, estava internada havia 21 dias no Hospital 9 de Julho, em decorrência de complicações do câncer de mama contra o qual lutou por 12 anos.

Veja também:































Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Wikipédia.

Sylvia Telles - Biografia

Sylvia Telles, cantora, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 27/8/1934 e faleceu em Maricá RJ , em 17/12/1966. Irmã do letrista e cantor Mário Telles, iniciou carreira em 1955 na revista Gente bem e champanhota, encenada no Teatro Follies, em Copacabana, no Rio de Janeiro, cantando o samba Amendoim torradinho (Augusto Garcez e Ciro de Sousa), gravada no mesmo ano.


Seu primeiro LP Carícia, de 10 polegadas, foi lançado pela Odeon em 1957 com Chove lá fora (Tito Madi), Se todos fossem iguais a você (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e Canção da volta (Ismael Neto e Antônio Maria).

Com a efervescência da Bossa Nova, alcançou seu momento de maior sucesso.

Em julho de 1959 gravou, ainda na Odeon, o LP Sylvia, que incluía Estrada do sol (Tom Jobim e Dolores Duran) e Mágoa (Tito Madi). Em outubro do mesmo ano gravou o LP Amor de gente moça, com A felicidade, Sem você, O que tinha de ser (todas de Tom Jobim e Vinícius de Morais) e Só em teus braços (Tom Jobim). Consagrada definitivamente a partir desse disco (que usava orquestra ao invés dos pequenos conjuntos característicos da bossa nova), Sylvia tornou-se a primeira cantora profissional do grupo, ainda amador, de bossa nova.


Sylvia Telles com Tom Jobim e Marcos Valle.

Em 1961 viajou para os EUA, onde gravou o LP Sylvia Telles USA com Canção que morre no ar (Carlos Lira e Ronaldo Bôscoli e Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria), entre outras. A produção e direção do disco ficou a cargo de Aloysio de Oliveira, com quem casou em 1963.

No decorrer de sua carreira, gravou músicas dos principais compositores ligados à Bossa Nova, entre as quais Corcovado (Tom Jobim), Se é tarde, me perdoa (Ronaldo Bôscoli e Carlos Lyra), ambas no LP Sylvia Telles-Amor em hi-fi, Philips, Amor e paz e Insensatez (ambas de Tom Jobim e Vinícius de Morais), no LP Bossa, balanço & balada, Elenco; Você ( Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), Balanço Zona Sul (Tito Madi) e Eu preciso aprender a ser só (Marcos Vale e Paulo Sérgio Vale), no LP The Face I love, da Kapp, não editado no Brasil; e Eu preciso de você (Tom Jobim e Aluísio de Oliveira), no LP The music of Mr. Jobim, Elenco.

Em 1966 excursionou à República Federal da Alemanha com Edu Lobo e grupo. De volta ao Brasil, preparava-se para viajar para os EUA quando, na Rodovia Amaral Peixoto, sofreu desastre automobilístico.

Algumas músicas


Veja também:

Sérgio Murilo - Biografia


Sérgio Murilo (Sérgio Murilo Moreira Rosa, Rio de Janeiro RJ, 2/8/1941 - 19/2/1992), começa na carreira artística aos 12 anos como apresentador infantil da TV Rio. Poucos anos depois ganha prêmios como cantor em programas de rádio, participando do elenco do programa Trem da Alegria, da Rádio Tamoio.


Em 1958 estreia no cinema, com o filme "Alegria de Viver", e no ano seguinte canta na Rádio Nacional e é contratado pela Columbia, que lança "Menino Triste" e "Mudou Muito".

Em seguida, graças a outros sucessos como Broto legal, "Rock de Morte" e "Marcianita" (regravada mais tarde por Caetano Veloso), surge o primeiro LP, "Sergio Murilo".

A Revista do Rock o elegeu Rei do Rock por suas versões de sucessos norte-americanos, notadamente de Paul Anka e Neil Sedaka. Nos anos 60 apresentou o programa Alô Brotos com Sônia Delfino da TV Tupi e depois morou por uma época no Peru.

No final da década de 1960 e início 1970 gravou vários compactos pelo selo Continental, porém sem obter sucesso.

Em 1975, foi lançada pelo selo Entré/CBS o LP "Os grandes sucessos de Sérgio Murilo", que incluiu sucessos como "Marcianita"; "Oh! Carol"; "Broto Legal" e "Adam And Eve", entre outros. Em 1976, sua interpretação para a balada "Broto legal" voltou às paradas de sucesso ao ser incluída na trilha sonora da novela "Estúpido cupido", da TV Globo, sendo ainda relançada pela CBS em compacto simples trazendo no lado B o sucesso "Marcianita".

Em 1989, lançou, de forma independente, o LP "Sérgio Murilo", interpretando as composições "Viver É Ser Bom"; "Tarde de Verão" e "Os Dias Não São Iguais", as três de Paulo Sette; "Rebuscando", de Paulo Sette e Marcondes; "Tira-teima" e "Descendo Pelo São Francisco", de Paulo Sette e Leonardo de Souza; "Curvas & Ciladas" e "Tapete Mágico", de Paulo Sette e Cícero Pestana; "Calmaria do Meu Porto", de Paulo Sette e Pery Pereira; "Fuga" e "Na Próxima Semana", de Márcio Monteiro e Marcos Monteiro; "Outro Astral", de Gilson e Joran; "Armadilhas", de Savalla, e "Apesar dos Pesares", de Rita Ribeiro e Frank Gal.

O cantor morreu em 19 Fevereiro 1992, às 4:10, aos 50 anos, de atrofia cerebral e insuficiência renal em sua casa em Copacabana. Mergulhara numa depressão profunda, segundo sua irmã Angelica Maria Rosa Lerner, desde o lançamento, em 1989, de 2 discos que não obtiveram nenhuma resposta do público. Mais de 30 pessoas compareceram ao velório do Cemitério do Catumbi. O sepultamento ocorreu às 16:00 horas.

Infelizmente seu nome se tornou muito pouco conhecido nos dias atuais, e poucos são as referências que podem ser encontradas a seu respeito atualmente.

Em 2000, teve seus LPs do período de 1959 a 1962 relançados pela Sony na coleção "Jovem Guarda".

Veja também:































Fontes: CliqueMusic : Artista : Sérgio Murilo; Dicionário Cravo Albin da MPB; Brazilian Rock 1957 - 1964 - Sérgio Murilo.