Alexandre Levy, compositor, pianista e regente clássico, filho de imigrantes de origem franco-suíça, nasceu em São Paulo-SP em 10 de novembro de 1864. Faleceu na mesma cidade em 17 de janeiro de 1892, com apenas 28 anos.
Desde cedo, manifestou grande interesse pela música. Aos sete anos, estudou com o pianista russo Luis Maurice; depois, com o pianista francês Gabriel Giraudon. Seu pai, o clarinetista Henrique Luiz Levy, possuía uma loja de artigos musicais, a Casa Levy onde era o ponto de encontro de músicos e artistas de São Paulo.
Nessa loja fez muitos amigos e conheceu a nascente produção nacionalista, como a primeira edição de Sertaneja, de Brasílio Itiberê, que executou em concerto aos doze anos.
Em 1880, compôs uma fantasia para dois pianos a partir de temas da ópera O Guarany, de Carlos Gomes e três anos depois iniciou estudos de harmonia e contraponto. A família Levy sempre esteve ligada ao compositor campineiro, desde os tempos em que Henrique Levy se apresentava com Carlos Gomes pelo interior paulista
Em 1887 embarcou para a Europa para aprimorar seus estudos musicais. Estudou harmonia em Paris, com Émile Durand, que também foi professor de Debussy. Nessa época se interessou pelas diversas formas orquestrais e compôs a peça Andante Romantique, que depois foi incorporada à Sinfonia em Mi menor, e Variações Sobre um Tema Brasileiro, da qual se destaca a melodia Vem Cá, Bitú.
No cenário político brasileiro predominavam discursos nacionalistas. Músicos e artistas, passaram a compor a partir de motivos folclóricos e populares. Nascia, assim, o nacionalismo musical, onde se destacaram Levy e Alberto Nepomuceno.
Compôs obras de cunho nacionalista, como Suíte Brasileira e Tango Brasileiro. Samba, a quarta parte da Suíte Brasileira, obteve grande sucesso com a redução para piano feita por seu irmão Luiz Levy.
Precursor do movimento nacionalista na música brasileira, tem sua obra marcada pelo romantismo, com temas brasileiros de saudade e fatalismo.
Obra
Para piano solo: Tango Brasileiro (1890); Variações Sinfônicas Sobre um Tema Brasileiro (Vem Cá, Bitú) (1887); Impromptu-Caprice, Opus 1 (1881-1882); Romance Sans Paroles, Opus 4, nº 1; Pensée Fugitive, Opus 4, nº 3; Trois Morceaux Opus 13; Allegro Appassionato Opus 14; Schumannianas. Para orquestra: Suíte Brasileira, com o famoso Samba; Sinfonia em Mi menor; Comala, poema sinfônico; A Cantata. Música de Câmara: Trio, para piano, violino e violoncelo; Reverie, para quarteto de cordas; Fantasia Sobre Motivos do Guarani (1880), para dois pianos.
Figura acima: a obra Samba - chamada na forma afrancesada, como hábito na época, de suite brésilienne e danse negre -, editada postumamente em redução para piano, é ilustrada por desenho que reproduz o que seria uma roda de samba no final do século XIX.
Fontes: Prelúdio - Levy; História do Samba - Editora Globo; Fundação Biblioteca Nacional - Alexandre Levy.
Desde cedo, manifestou grande interesse pela música. Aos sete anos, estudou com o pianista russo Luis Maurice; depois, com o pianista francês Gabriel Giraudon. Seu pai, o clarinetista Henrique Luiz Levy, possuía uma loja de artigos musicais, a Casa Levy onde era o ponto de encontro de músicos e artistas de São Paulo.
Nessa loja fez muitos amigos e conheceu a nascente produção nacionalista, como a primeira edição de Sertaneja, de Brasílio Itiberê, que executou em concerto aos doze anos.
Em 1880, compôs uma fantasia para dois pianos a partir de temas da ópera O Guarany, de Carlos Gomes e três anos depois iniciou estudos de harmonia e contraponto. A família Levy sempre esteve ligada ao compositor campineiro, desde os tempos em que Henrique Levy se apresentava com Carlos Gomes pelo interior paulista
Em 1887 embarcou para a Europa para aprimorar seus estudos musicais. Estudou harmonia em Paris, com Émile Durand, que também foi professor de Debussy. Nessa época se interessou pelas diversas formas orquestrais e compôs a peça Andante Romantique, que depois foi incorporada à Sinfonia em Mi menor, e Variações Sobre um Tema Brasileiro, da qual se destaca a melodia Vem Cá, Bitú.
No cenário político brasileiro predominavam discursos nacionalistas. Músicos e artistas, passaram a compor a partir de motivos folclóricos e populares. Nascia, assim, o nacionalismo musical, onde se destacaram Levy e Alberto Nepomuceno.
Compôs obras de cunho nacionalista, como Suíte Brasileira e Tango Brasileiro. Samba, a quarta parte da Suíte Brasileira, obteve grande sucesso com a redução para piano feita por seu irmão Luiz Levy.
Precursor do movimento nacionalista na música brasileira, tem sua obra marcada pelo romantismo, com temas brasileiros de saudade e fatalismo.
Obra
Para piano solo: Tango Brasileiro (1890); Variações Sinfônicas Sobre um Tema Brasileiro (Vem Cá, Bitú) (1887); Impromptu-Caprice, Opus 1 (1881-1882); Romance Sans Paroles, Opus 4, nº 1; Pensée Fugitive, Opus 4, nº 3; Trois Morceaux Opus 13; Allegro Appassionato Opus 14; Schumannianas. Para orquestra: Suíte Brasileira, com o famoso Samba; Sinfonia em Mi menor; Comala, poema sinfônico; A Cantata. Música de Câmara: Trio, para piano, violino e violoncelo; Reverie, para quarteto de cordas; Fantasia Sobre Motivos do Guarani (1880), para dois pianos.
Figura acima: a obra Samba - chamada na forma afrancesada, como hábito na época, de suite brésilienne e danse negre -, editada postumamente em redução para piano, é ilustrada por desenho que reproduz o que seria uma roda de samba no final do século XIX.
Fontes: Prelúdio - Levy; História do Samba - Editora Globo; Fundação Biblioteca Nacional - Alexandre Levy.
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