Fábio Júnior (Flávio Airosa Correia Galvão), cantor, compositor e ator, nasceu em 21/11/1953 em São Paulo, SP. Oriundo do bairro do Brooklin, sua mãe era professora de piano e seu pai, motorista de taxi. Ainda adolescente, começou a trabalhar, junto com os irmãos, numa banca de jornal que o pai, então tinha, para ajudar a família. Nessa época, entregava revistas e jornais na casa dos fregueses.
Seu primeiro emprego, depois da banca do pai, foi numa loja de departamentos na seção de crediários e depois fez transporte escolar. Esses empregos serviam somente para seu sustento, mas o sonho de se tornar cantor sempre o acompanhou e nada lhe dava mais prazer do que as conversas na cozinha com o “véio” Galva, como se refere a seu pai, e os acordes que eles tocavam no primeiro violão, presente do pai. A música sempre foi sua grande paixão.
Nos anos 1960, junto com os irmãos formou um conjunto que tocava no programa do Ed Carlos, a Mini-Guarda, no auge da Jovem Guarda. O nome do grupo era “Os Namorados”, depois passou a se chamar Bossa 4 e finalmente Arco-Íris. Com o grupo chegou a se apresentar no programa do Chacrinha como calouros. Com o fim da Mini-Guarda, começou a se descobrir ator. Aos 13 anos passou a fazer teleteatro ao lado de Cacilda Becker e na TV Cultura, atuou no episódio “Um pássaro em meu ombro”, ao lado de Etty Frazer e Paulo Autran. Porém, eram pequenos papéis e por isso mesmo Fábio nunca deixou de cantar e compor.
No início da década de 70, apresentou-se como cantor mirim no programa “Mini-guarda”, da TV Bandeirantes de São Paulo, cantando sucessos da Jovem Guarda. Participou, também, do programa Hallelluyah, ao lado de Sílvio Brito, na TV Tupi da capital paulista. Nos anos de 1974 e 1975, passou a gravar discos em inglês com o nome artístico de Mark Davis.
Tendo começado como cantor, estourou como ator, inicialmente em discretas participações em novelas na TV Globo, como “O feijão e o sonho”, de 1969 (aos 16 anos), depois em 1976, já com o pseudônimo de Fábio Jr., para não ser confundido com o ator Flávio Correia, passou a atuar como ator em novelas como “Pai Herói, de 1976, “Nina”, de 1977, até tornar-se sucesso nacional com o seriado “Ciranda, cirandinha”, de 1978 e a novela “Cabocla”, de 1979.
Nesse ano marcou presença no cinema nacional com sua interpretação no filme “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues. Seu primeiro sucesso foi Pai, composição própria, gravada no LP de 1979 e incluída na trilha sonora da novela “Pai Herói”.
Em 1980, obteria o seu segundo êxito como cantor e compositor com a música Vinte e poucos anos. Firmado como cantor romântico, fez sucesso também com Eu me rendo, de sua autoria e lançada em 1981, e O que é que há, em parceria com Sérgio Sá, lançada no ano seguinte. Por essa época, gravou o clipe Busca, com Roberto Carlos e apresentou-se no programa do Chacrinha cantando Seu melhor amigo. Fiel ao seu estilo romântico manteve-se em atuação ao longo da década de 1990, sempre com sucesso.
Em 1995, consagrou o sucesso Alma gêmea, de Peninha, emocionando o público ao cantá-lo no programa de fim de ano da TV Globo, comandado por Roberto Carlos. Em 1996, no programa de fim de ano do apresentador Fausto Silva, o Faustão, voltou a emocionar a platéia com esse sucesso.
Em 1999, lançou um CD especial de natal, intitulado Contador de estrelas, cujas músicas, na sua maioria, são parcerias suas com Marinho Marcos, irmão do falecido cantor Antonio Marcos. No ano seguinte, teve o seu sucesso Vinte e poucos anos, regravado pelo grupo de rock Raimundos. Além da Som Livre gravou também na CBS e na BMG. Por essa época, manteve um programa semanal de variedades, na TV Record de São Paulo.
Em 2001, a Som Livre relançou em CD três de seus discos do final dos anos 1970 e início dos anos 1980, trazendo sucessos como Pai herói, Quero colo, Vinte e poucos anos e O que é que há?.
Em 2002 gravou seu primeiro trabalho acústico, no qual interpretou, entre outras, a clássica Pai, além de inéditas como Em cada amanhecer, Minha outra metade, Coração dividido e Seu melhor amigo. Na ocasião, correu o país apresentando o repertório do disco. Em 2002, recebeu o Prêmio Tim como melhor cantor popular.
Na primeira metade de 2003, lançou seu 21º disco Fábio Jr. Ao Vivo, CD duplo ao vivo, com releituras de seus maiores sucessos em versões voz e violão, em que se destacam Coração dividido, Enrosca e a consagrada Pai. O disco foi apresentado em show no ATL Hall, no Rio de Janeiro. Nesse período, participou do programa “Ensaio geral”, apresentado no canal Multishow, falando de sua vida e carreira. Nesse mesmo ano, lançou seu primeiro DVD, com destaque para Minha outra metade.
Em 2004, o artista, entre diversos shows e apresentações na TV, apresentou show, com casa lotada no Claro Hall. Em 2005, voltou ao topo das paradas de sucesso com a música Alma gêmea, de Peninha, tema da novela homônima da TV Globo, de grande audiência. Em novembro do mesmo ano, a Sony&BMG lançou a caixa Mais de vinte e poucos anos, incluindo um DVD de um show do cantor em 2003 e 5 CDs do cantor, 3 de sucessos, um de raridades e um em espanhol.
Em menos de três meses, a gravadora comemorou a marca de oito mil caixas vendidas, tendo em vista que o luxuoso pacote não saiu a um preço popular. Na caixa, a presença de sucessos notórios da carreira de Fábio, passando por inéditas e raridades como gravações da época em que ele usava o pseudônimo de Mark Davis e de quando cantava em grupos como o Uncle Jack ou Os Namorados.
Em fevereiro de 2006, o cantor estreou o show Mais de 20 e poucos anos, com 2 noites de casa lotada no Claro Hall, (RJ), num total de cerca de seis mil pessoas.
Fábio Júnior é pai da também atriz Cleo Pires, fruto do casamento de Glória Pires. É também pai de Krizia, Tainá e Filipe Galvão, frutos do seu casamento com Cristina Karthalian. Teve um casamento relâmpago com a atriz Patrícia de Sabrit que só durou 3 meses.
Casou-se pela sexta vez no dia 1 de setembro de 2007 com a modelo Mari Alexandre.