A ligação artística e efetiva de Amália Rodrigues com o público brasileiro, que tanto admira, sempre foi muito estreita e carinhosa. Saiu ela para cantar em outras terras, pela primeira vez, em 1943, na vizinha Espanha.
Em 1944, mesmo na época perigosa da guerra, sua segunda viagem internacional já teria a direção do Rio de Janeiro, viagem repetida em 1945, quando grava na Continental, e em 1949, em ambas as oportunidades também se apresentando em São Paulo. Foram em seguida tantas as vindas e tantos os seus triunfos no Brasil que se torna difícil e desnecessário enumerá-los.
De família modesta da Beira Baixa, Amália da Piedade Rodrigues, nasceria, todavia, por acaso, em Lisboa, em 1920, num dia e mês que a memória de seus familiares nunca conseguiu determinar com exatidão. Até os quatorze anos, ficou na casa de seus avós maternos, na capital portuguesa.
Muito pequena, em casa, a pedido de seu avô começou a cantar, e depois nas festas escolares. A escola freqüentaria até os doze anos, deixando os estudos para ser bordadeira, passadeira de roupa, empregada de fábrica de doces e vendedora de laranjas no cais lisboeta.
Ao voltar para junto de seus pais e irmãos na Beira Baixa, no Fundão, na serra da Estrela, continuou a fazer o que mais gostava, cantar em toda a parte.
"Cantei desde menina, quando andava descalça e seguia os cegos que pediam esmolas. Quando comecei, inovei o fado. Sou filha de gente da Beira Baixa, gente que tem uma maneira diferente de cantar e esta minha maneira foi considerada uma inovação. Depois mudei, estou sempre mudando aqui dentro e por isto minha música muda. Sou desigual, canto como estou sentindo, por isso canto sempre diferente."
Em meados de 1939, sua vida profissional de cantora tem início quando aceita convite para atuar no Retiro da Severa, em Lisboa, prestigiosa casa de música portuguesa típica. Rapidamente Amália começa a construir sua fama.
Ao mesmo tempo em que se apresenta nas melhores casas noturnas, inclui o teatro de revista, o radio, o disco, as excursões, inclusive internacionais, na sua agenda cada vez mais lotada. O cinema aparece-lhe em 1947. Dois anos atua no filme Vendaval Maravilhoso (Vida e Amores de Castro Alves), uma co-produção luso-brasileira, com locações no Brasil e em Portugal.
Sua glória mundial faz-se perante platéias as mais variadas e exigentes: Madri, Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Londres, Nova Iorque, Milão, Tóquio, Buenos Aires, Cidade do México e tantas outras pelo mundo a fora. E onde não chega pessoalmente, seus discos levam sua voz.
"O fado me deu muito mais do que eu dei a ele. Minha voz foi somente o veículo humilde através do qual a alma de minha terra chegou a todas as partes do mundo".
Além de tudo, Amália era despojada das humanas vaidades. Mas quem pode pensar no fado e não pensar imediatamente em Amália Rodrigues?
Faleceu em 05/10/1999.
Fonte: http://www.revivendomusicas.com.br/biografias_detalhes.asp?id=211
Em 1944, mesmo na época perigosa da guerra, sua segunda viagem internacional já teria a direção do Rio de Janeiro, viagem repetida em 1945, quando grava na Continental, e em 1949, em ambas as oportunidades também se apresentando em São Paulo. Foram em seguida tantas as vindas e tantos os seus triunfos no Brasil que se torna difícil e desnecessário enumerá-los.
De família modesta da Beira Baixa, Amália da Piedade Rodrigues, nasceria, todavia, por acaso, em Lisboa, em 1920, num dia e mês que a memória de seus familiares nunca conseguiu determinar com exatidão. Até os quatorze anos, ficou na casa de seus avós maternos, na capital portuguesa.
Muito pequena, em casa, a pedido de seu avô começou a cantar, e depois nas festas escolares. A escola freqüentaria até os doze anos, deixando os estudos para ser bordadeira, passadeira de roupa, empregada de fábrica de doces e vendedora de laranjas no cais lisboeta.
Ao voltar para junto de seus pais e irmãos na Beira Baixa, no Fundão, na serra da Estrela, continuou a fazer o que mais gostava, cantar em toda a parte.
"Cantei desde menina, quando andava descalça e seguia os cegos que pediam esmolas. Quando comecei, inovei o fado. Sou filha de gente da Beira Baixa, gente que tem uma maneira diferente de cantar e esta minha maneira foi considerada uma inovação. Depois mudei, estou sempre mudando aqui dentro e por isto minha música muda. Sou desigual, canto como estou sentindo, por isso canto sempre diferente."
Em meados de 1939, sua vida profissional de cantora tem início quando aceita convite para atuar no Retiro da Severa, em Lisboa, prestigiosa casa de música portuguesa típica. Rapidamente Amália começa a construir sua fama.
Ao mesmo tempo em que se apresenta nas melhores casas noturnas, inclui o teatro de revista, o radio, o disco, as excursões, inclusive internacionais, na sua agenda cada vez mais lotada. O cinema aparece-lhe em 1947. Dois anos atua no filme Vendaval Maravilhoso (Vida e Amores de Castro Alves), uma co-produção luso-brasileira, com locações no Brasil e em Portugal.
Sua glória mundial faz-se perante platéias as mais variadas e exigentes: Madri, Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Londres, Nova Iorque, Milão, Tóquio, Buenos Aires, Cidade do México e tantas outras pelo mundo a fora. E onde não chega pessoalmente, seus discos levam sua voz.
"O fado me deu muito mais do que eu dei a ele. Minha voz foi somente o veículo humilde através do qual a alma de minha terra chegou a todas as partes do mundo".
Além de tudo, Amália era despojada das humanas vaidades. Mas quem pode pensar no fado e não pensar imediatamente em Amália Rodrigues?
Faleceu em 05/10/1999.
Fonte: http://www.revivendomusicas.com.br/biografias_detalhes.asp?id=211
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