quinta-feira, abril 15, 2010

Geraldo Babão

Geraldo Babão (Geraldo Soares de Carvalho, compositor, instrumentista e flautista (de onde herdou o apelido Babão), nasceu no bairro Terreiro Grande, no Morro do Salgueiro, Rio de Janeiro em 20/7/1926, e faleceu na mesma cidade em 22/5/1988. Durante anos trabalhou como carregador de engradados de cerveja, trocador de ônibus, engraxate e entregador.

Compositor brilhante, Geraldo Babão teve seu primeiro samba-enredo cantado em 1940, ainda na Unidos do Salgueiro, quando a escola desfilou na Praça Onze, com o enredo "Terra Amada".

Com a fusão das escolas Azul e Branco e Depois Eu Digo, para a fundação do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, Geraldo Babão continuou fiel à Unidos do Salgueiro que viria a desaparecer alguns anos mais tarde, e passou a fazer parte também da ala de compositores da Unidos de Vila Isabel, onde compôs os sambas de enredo "Castro Alves - Poeta dos escravos" (1959) e "Imprensa régia" (1960).

Em 1962, convidado por seu amigo Tião da Alda, então diretor de bateria do Salgueiro, passou a integrar a Ala dos Compositores da escola. O samba-enredo "Descobrimento do Brasil", de sua autoria, classificou o Salgueiro em terceiro lugar no Grupo 1 do carnaval daquele ano.

Dois anos depois, compôs com seu irmão, irmão Jarbas Soares de Carvalho (Binha) e Djalma Sabiá, um dos mais conhecidos sambas da escola: Chico-Rei.

A escola seria campeã do carnaval, em 1965 - História do Carnaval Carioca - com um samba feito por Babão em parceria com Valdelino Rosa. A escola desfilaria ainda com um samba de Geraldo Babão em 1973 ("Eneida, amor e fantasia") e 1977 ("Do cauim ao efó, com moça branca, branquinha).

Em 1974, foi lançado o LP "História das escolas de samba: Salgueiro", pelo selo Marcus Pereira, no qual interpretou algumas de suas composições. Dois anos depois, sua composição "Samba do sofá" (com Dicró) foi registrada por Roberto Ribeiro, no LP "Arrasta povo".

Faleceu em conseqüência de complicações acarretadas por um tombo na escadaria que liga a Lapa (Rua Joaquim Silva) à Santa Teresa.

Após sua morte, a BMG lançou, em 2001, a série "Sambas da Minha Terra", coletânea que incluiu sua composição "Viola de maçaranduba", cantada pelo próprio Geraldo Babão. No ano de 2002, Martinho da Vila incluiu "Chico Rei" no disco "Voz e coração", com a participação especial do percussionista Naná Vasconcelos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário