Laís Marival (Maria Neomésia Negreiros), paulista de Taquiritinga, ganhou o pseudônimo do maestro Gaó. Cantora desde o início da década de 30, estreou em disco na gravadora Columbia em 1936, com os sambas Condenada (João Pacífico e Correia Leite) e Cada um dá o que tem (Raul Torres), acompanhada pelo Conjunto Regional Bandeirantes.
Em 1937 gravou os maracatus Onde o sol descamba (Ascenco Ferreira e Capiba) e Eu sou do forte (José Gonçalves, depois famoso como Zé da Zilda). Gravou nesse mesmo ano o samba Amanhã tem mais (Silvino Neto e Lírio Panicali) e a marcha Gorro de meia, (Silvino Neto) com acompanhamento de Otto Wey e sua orquestra.
Ainda em 37 gravou o samba É de virada e a marcha A quem queremos (ambas de Miguel Sandini e J. P. Camargo) e também o maracatu Meu ganzá e o samba-canção Saudades do morro (ambas de H. Celso e A . Santos), com a orquestra de Gaó.
Em 1938, gravou com a Orquestra Columbia o samba Apanhar não é prazer (Elpídio de Faria) e a marcha Você gosta de brincar (Lina Pesce), músicas classificadas em primeiro lugar nos gêneros samba e marcha do concurso Oficial da Divisão de Turismo e Divertimento Público da Prefeitura de São Paulo para o carnaval daquele ano.
Laís Marival gravou apenas seis discos na Columbia além de se apresentar em programas de rádios paulistanas, sumindo do cenário musical nacional ainda na década de 30.
Em 1987 a gravadora Revivendo lançou o LP Grandes Cantoras - Odete Amaral, Laís Marival, Aracy Cortes, Carmen Barbosa, relançando em disco as músicas Saudades do morro, Condenada e Cada um dá o que tem.
Em 2002, no volume 5 da série Carnaval - Sua História, sua glória, também da Revivendo, foi relançada sua interpretação para a marcha Você gosta de brincar. No volume Capiba - O poeta do frevo - 100 Anos, da mesma série, foi relançada sua interpretação para o frevo "Onde o sol descamba".
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