Luciano Gallet, compositor, professor, pianista, regente e folclorista, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 28/6/1893 e faleceu em 29/10/1931. Entre os oito e os quatorze anos participou como cantor, pianista e ator de representações e espetáculos em seu colégio, o Pedro II.
Após estudar arquitetura, empregou-se como desenhista e aceitou um lugar como pianista, mesmo sem ter estudado música, em uma pequena orquestra de salão. Nessa época, passou a freqüentar cafés, cinemas e concertos, entrando em contato com o meio musical.
Em 1913 começou a trabalhar tomo acompanhador, e no final do ano, incentivado por Glauco Velásquez, apresentou seu Estudo número 3 a Henrique Oswald, que o aprovou. No ano seguinte, matriculou-se no I.N.M., onde estudou piano com Henrique Oswald e harmonia com Agnelo França.
Ainda em 1914 Glauco Velásquez, que adoecera, preparou-o para ser seu intérprete. Após a morte do compositor, no mesmo ano, fundou a Sociedade Glauco Velásquez, que teria uma existência de quatro anos.
Com Ábdon Milanez terminou, em 1916, seu curso de piano, tornando-se em seguida professor. Em 1917 fez curso de harmonia com Darius Milhaud, que o iniciou na música moderna. Depois de ter sido um dos maiores intérpretes da obra de Glauco Velásquez, a partir de 1918 lançou-se definitivamente como compositor, embora ainda influenciado, nos primeiros trabalhos, pelo estilo de seu mestre. Procurou em seguida aprofundar-se na música e no folclore brasileiros, que em grande parte ainda ignorava, apesar de seguir a corrente nacionalista.
Em 1922, ano da Semana de Arte Moderna, dirigiu o coro e a orquestra do I.N.M., do Rio de Janeiro, em várias audições. Em 1924 publicou os dois primeiros cadernos das Canções populares brasileiras, e fundou a sociedade coral Pró-Arte. Completou com mais três cadernos as Canções populares brasileiras em 1926, e dois anos depois concluiu sua coletânea de composições publicada após sua morte com o título Interpretações.
Ainda em 1928 tornou-se diretor da revista de música Weco. No ano seguinte compôs Suíte sobre temas negro-brasileiros, sua obra instrumental mais importante, uma das últimas que escreveu.
Descontente com a decadência da música brasileira, promoveu em 1930 uma campanha que culminou com a fundação da Associação Brasileira de Música, que se fundiu com a Associação dos Artistas Brasileiros em 1937.
Em dezembro de 1930 aceitou o convite para dirigir o I.N.M., onde introduziu uma série de modificações, exercendo o cargo até a morte. Colaborou ainda em diversas publicações. Publicou Estudos de folclore, Rio de Janeiro, 1934 (com Introdução de Mário de Andrade).
Obra completa
Música orquestral : Alanguissement, 1918; Dança brasileira, 1923; Dança brasileira, 1925; O destino das fadas, 1927; Elegia, 1921; Moderato e allegro, 1920; Morena, morena, 1927; Pai do mato, 1929; Suíte bucólica, 1920; Suíte popular, 1929; Suspira, coração triste, 1927; Tango-batuque, 1919; Toca-zumba, 1926; Xangô, 1929.
Música de câmara : Suíte, p/flauta, oboé, clarineta, fagote e piano, 1929; Turuna, p/alto, clarineta, violino e bateria, 1926.
Música instrumental : Solos p/piano: Berceuse, 1917; Caxinguelê, 1917; Doze exercícios brasileiros (Valsa sestrosa, Puladinho 1, Dobrado, Chorinho, Modinha, Tanguinho, Schottisch brasileira, Seresta, Maxixe, Polca sertaneja, Pula dinho II e Batuque), 1928; Hieróglifo, 1922; Moderato e allegro, 1918; Nhô Chico, 1927; Pecinhas infantis, 1929; Rapsódia, 1924; Rapsódia sertaneja, 1923; Suíte bucólica, 1920; Tango-batuque, 1918; Trois pièces burlesques, 1919.
Duos: Elegia, p/celo e piano, 1918; Romance n 1, p/violino e piano, 1918; Romance n 2, p/violino e piano, 1918.
Música vocal : Canto e piano: Acorda, donzela!, 1928; Ai, que coração, 1924; Alanguissement, 1918; Arrazoar, 1925; Atirei um pau no gato, 1928; Bambalelê, 1925; Bela pastora, 1928; Canção dolente, 1918; Carneirinho, carneirão, 1928; A casinha pequenina, 1927; Castanha ligeira, 1928; Condessa, 1927; O destino das fadas, 1927; Foi numa noite calmosa, 1925; Fotorototó, 1924; Iaiá, você quer morrer, 1924; Infância brasileira, 1928; Marcha, soldado, 1927; Maxixe, 1925; Morena, morena, 1921; Olhos verdes, 1922; Pai do mato, 1928; A partida, 1919; A perdiz piou no campo, 1924; Quadras, 1918; Salomé, 1918; Le sonnet d’Arvers, 1918; Surdina, 1919; Suspira, coração triste, 1921; Taieiras, 1925; Tutu-marambá, 1927; A vida, 1922; Xangô, 1928.
Coro e piano: Deux chansons de Bilitis, 1920; Eu vi amor pequenino, 1924; Hino à escola, 1920; O luar do sertão, 1924; Puxa o melão, sabiá, 1926; Sertaneja, 1924; Toada, 1922; Toca-zumba, 1926; Tutumarambá, 1922.
Música sacra : Ave Maria, 1919; Ave Maria n2 1, 1918; Padre Nosso n 2, 1918; Si queris miracula, 1926; Três cantos religiosos (Padre Nosso, 1918; Salutaris, 1920).
Fonte: Academia Brasileira de Letras; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha
Após estudar arquitetura, empregou-se como desenhista e aceitou um lugar como pianista, mesmo sem ter estudado música, em uma pequena orquestra de salão. Nessa época, passou a freqüentar cafés, cinemas e concertos, entrando em contato com o meio musical.
Em 1913 começou a trabalhar tomo acompanhador, e no final do ano, incentivado por Glauco Velásquez, apresentou seu Estudo número 3 a Henrique Oswald, que o aprovou. No ano seguinte, matriculou-se no I.N.M., onde estudou piano com Henrique Oswald e harmonia com Agnelo França.
Ainda em 1914 Glauco Velásquez, que adoecera, preparou-o para ser seu intérprete. Após a morte do compositor, no mesmo ano, fundou a Sociedade Glauco Velásquez, que teria uma existência de quatro anos.
Com Ábdon Milanez terminou, em 1916, seu curso de piano, tornando-se em seguida professor. Em 1917 fez curso de harmonia com Darius Milhaud, que o iniciou na música moderna. Depois de ter sido um dos maiores intérpretes da obra de Glauco Velásquez, a partir de 1918 lançou-se definitivamente como compositor, embora ainda influenciado, nos primeiros trabalhos, pelo estilo de seu mestre. Procurou em seguida aprofundar-se na música e no folclore brasileiros, que em grande parte ainda ignorava, apesar de seguir a corrente nacionalista.
Em 1922, ano da Semana de Arte Moderna, dirigiu o coro e a orquestra do I.N.M., do Rio de Janeiro, em várias audições. Em 1924 publicou os dois primeiros cadernos das Canções populares brasileiras, e fundou a sociedade coral Pró-Arte. Completou com mais três cadernos as Canções populares brasileiras em 1926, e dois anos depois concluiu sua coletânea de composições publicada após sua morte com o título Interpretações.
Ainda em 1928 tornou-se diretor da revista de música Weco. No ano seguinte compôs Suíte sobre temas negro-brasileiros, sua obra instrumental mais importante, uma das últimas que escreveu.
Descontente com a decadência da música brasileira, promoveu em 1930 uma campanha que culminou com a fundação da Associação Brasileira de Música, que se fundiu com a Associação dos Artistas Brasileiros em 1937.
Em dezembro de 1930 aceitou o convite para dirigir o I.N.M., onde introduziu uma série de modificações, exercendo o cargo até a morte. Colaborou ainda em diversas publicações. Publicou Estudos de folclore, Rio de Janeiro, 1934 (com Introdução de Mário de Andrade).
Obra completa
Música orquestral : Alanguissement, 1918; Dança brasileira, 1923; Dança brasileira, 1925; O destino das fadas, 1927; Elegia, 1921; Moderato e allegro, 1920; Morena, morena, 1927; Pai do mato, 1929; Suíte bucólica, 1920; Suíte popular, 1929; Suspira, coração triste, 1927; Tango-batuque, 1919; Toca-zumba, 1926; Xangô, 1929.
Música de câmara : Suíte, p/flauta, oboé, clarineta, fagote e piano, 1929; Turuna, p/alto, clarineta, violino e bateria, 1926.
Música instrumental : Solos p/piano: Berceuse, 1917; Caxinguelê, 1917; Doze exercícios brasileiros (Valsa sestrosa, Puladinho 1, Dobrado, Chorinho, Modinha, Tanguinho, Schottisch brasileira, Seresta, Maxixe, Polca sertaneja, Pula dinho II e Batuque), 1928; Hieróglifo, 1922; Moderato e allegro, 1918; Nhô Chico, 1927; Pecinhas infantis, 1929; Rapsódia, 1924; Rapsódia sertaneja, 1923; Suíte bucólica, 1920; Tango-batuque, 1918; Trois pièces burlesques, 1919.
Duos: Elegia, p/celo e piano, 1918; Romance n 1, p/violino e piano, 1918; Romance n 2, p/violino e piano, 1918.
Música vocal : Canto e piano: Acorda, donzela!, 1928; Ai, que coração, 1924; Alanguissement, 1918; Arrazoar, 1925; Atirei um pau no gato, 1928; Bambalelê, 1925; Bela pastora, 1928; Canção dolente, 1918; Carneirinho, carneirão, 1928; A casinha pequenina, 1927; Castanha ligeira, 1928; Condessa, 1927; O destino das fadas, 1927; Foi numa noite calmosa, 1925; Fotorototó, 1924; Iaiá, você quer morrer, 1924; Infância brasileira, 1928; Marcha, soldado, 1927; Maxixe, 1925; Morena, morena, 1921; Olhos verdes, 1922; Pai do mato, 1928; A partida, 1919; A perdiz piou no campo, 1924; Quadras, 1918; Salomé, 1918; Le sonnet d’Arvers, 1918; Surdina, 1919; Suspira, coração triste, 1921; Taieiras, 1925; Tutu-marambá, 1927; A vida, 1922; Xangô, 1928.
Coro e piano: Deux chansons de Bilitis, 1920; Eu vi amor pequenino, 1924; Hino à escola, 1920; O luar do sertão, 1924; Puxa o melão, sabiá, 1926; Sertaneja, 1924; Toada, 1922; Toca-zumba, 1926; Tutumarambá, 1922.
Música sacra : Ave Maria, 1919; Ave Maria n2 1, 1918; Padre Nosso n 2, 1918; Si queris miracula, 1926; Três cantos religiosos (Padre Nosso, 1918; Salutaris, 1920).
Fonte: Academia Brasileira de Letras; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha
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