|
Rômulo Paes - 1953 |
Rômulo Paes (Rômulo Coimbra Tavares Paes), compositor e cantor, nasceu na cidade de Paraguaçu, MG, em 27/7/1918. Filho de Waldemar Tavares, professor de Filosofia da Música no Conservatório Mineiro de Música, e primo de
Ary Barroso. Casou-se e teve dois filhos. Foi, também, jornalista e vereador em Belo Horizonte.
Em 1935, iniciou carreira de cantor de rádio acompanhando-se ao chapéu de palha, mas não chegou a gravar discos. Mais tarde, foi diretor artístico da Rádio Guarani e comandou a Rádio Mineira.
Nos 20 anos que trabalhou em radiofonia lançou nomes, entre eles,
Dalva de Oliveira. Sua primeira composição foi gravada pelos
Anjos do Inferno. Em 1945, compôs com Valdomiro Lobo o samba
Maestro, atenda o pedido gravado por Wilson Roberto na Continental. Em 1949, teve a toada
Triste adeus gravada por Valdomiro Lobo na Star.
Em 1952, fez com Carvalhinho e Bentinho a música
Com esse calor e com Bentinho a moda
Meu batizado gravadas pela dupla Xerém e Bentinho, com
Felisberto Martins, fez a toada
Chiquinho e Antônia, registrada pela dupla Caxangá e Sanica, todas na Odeon, com
Henrique de Almeida, fez o
Baião de Diamantina, gravado por
Stellinha Egg na RCA Victor e, com
Haroldo Lobo, o baião
Canção as noivas, levado ao disco por
Marlene na Continental.
No ano seguinte,
Violeta Cavalcanti gravou o baião
Minha morena, parceria com Henrique de Almeida e Braga Filho e a dupla Neide e Nanci regravou o
Baião de Diamantina. Nesse ano, Stelinha Egg gravou o baião
Benzinho dos outros, com Henrique de Almeida e
Emilinha Borba e
Ruy Rey lançaram a batucada
A louca chegou, com Henrique de Almeida e
Adoniran Barbosa.
Em 1954, três de suas composições foram gravadas por Zaíra Rodrigues, os baiões Compadre José e Baião do Bombardino, com Jair Silva e o samba Madalena, com Pedro Silva. Um ano depois, a dupla Neide e Naci gravou o fox Minha furraca, com José Guimarães, Zaíra Rodrigues, o baião Um matuto em Santa Rosa, com Vicente Lima e Joel de Almeida a marcha Camisolão, parceria dos dois.
Em 1956, teve a toada
Açucena cheirosa, com Celso Garcia gravada por
Luiz Gonzaga, o fox
Flor do céu, com Henrique de Almeida, registrada por
Carlos Galhardo e o recortado
Sabiá conquistadô, com Curió e Jadir Ambrósio gravado pela dupla Curió e Canarinho, as três na RCA Victor. Ainda nesse ano,
Dircinha Batista gravou as marchas
Galinha carijó, com Ivo Jorge e
Minha Belo Horizonte, com Eli Murilo.
Em 1957,
Linda Batista gravou na RCA Victor o samba
Até que enfim e
Blecaute na Copacabana a marcha
Lavadeira, com Henrique de Almeida e o próprio Blecaute. Também nesse ano,
Gilberto Alves gravou a marcha
Já comi, já bebi, com Mirabeau e Sebastião Gomes. No ano seguinte, o samba
Mulata imperial foi gravado por Gilberto Santana.
Obra
A batatinha (c/ Gentil de Castro), A louca chegou (c/ Henrique de Almeida e Adoniran Barbosa), A menina e a rosa, A Minissaia (c/ J. Pio e W. Alves), A mulher danada (c/ Romeu Gentil e Paquito), A rua da Bahia (c/ Orlando Sales), A vida é esta,A volta do careca, Açucena cheirosa (c/ Celso Garcia), Ai Mariazinha, Aí, tá certo (c/ Aníbal Fernandes e Henrique), Ai... Pingo d'água (c/ Antônio Lopes), Ai... Tô Tinindo (c/ Moreira da Silva), Aquele adeus (c/ Roberto de Andrade), Aquele beijo (c/ J. Pio), Aquele tipo (c/ R. Andrade e J. Garcia), As gabis (c/ T. Neto e Jackson Campos), Asilada, Até que em fim, Baião de Bombardino (c/ Jair Silva), Baião de Diamantina (c/ Henrique de Almeida), Barquinho (c/ A. Tibúrcio), Bate, bate (c/ José Guimarães), Bebo sem parar (c/ Roy e Nelson Timbao), Belo Horizonte, Benzinho dos outros, Boa noite, amor, Bom, bom é mulher (c/ Aníbal Fernandes), Borogodó (c/ M. P. dos Santos), Botei a boca no mundo (c/ José Guimarães e Jackson Campos), Brigitte Bardot (c/ Osmar Zan e E. ), Cabeça de bagre (c/ Aníbal Fernandes e O. L. ), Camisolão (c/ J. Sandoval e A. Barbosa), Canção da mocidade (c/ G. Batista), Canção das noivas (c/ Haroldo Lobo), Cangerê, Capital das alterosas, Cara-de-pau (c/ Henrique Roy), Carnaval de antigamente (c/ Henrique de Almeida e Haroldo Lobo), Casco verde, casco escuro (c/ Henrique de Almeida), Chiquinho e Antônia (c/ Felisberto Martins), Chorar, pra quê? (c/ Aníbal Fernandes e P. Sarm), Cinco Salomão (c/ Celso Garcia), Com esse calor (c/ Carvalhinho e Bentinho), Compadre José (c/ Jair Silva), Coração não tem cor (c/ Aníbal Fernandes), Cravo e canela (c/ Henrique de Almeida e Nelson Figueiredo), Curral del Rey (Menina-moça), Dá o fora Madalena (c/ J. Honorato), Desponta o sol (c/ José Guimarães), Deu zebra no Mineirão (c/ José Guimarães), Deusa do amor (c/ G. Horta), Dissimuladamente, É fogo na pitanga (c/ Waldemar Salomão), É para prestar atenção, Ei, João (c/ José Roy), Elvira, Estou pegando fogo (c/ G. Batista), Eu era pobre (c/ Jadir Ambrósio), Eu me lembro de você, Eu quero ganhar dinheiro, Exaltação a JK, Flor da noite (c/ Armando Cavalcante), Flor do céu, Flor zinda, Galinha carijó (c/ Ivo Jorge), Galôôô (c/ Jackson Campos), Gatinha angorá (c/ Vera Marlene), História de beijo, História de tico-tico, Homem que é homem não chora (c/ Gentil de Castro), Inheco-inheco, Já comi, já bebi (c/ Mirabeau e Sebastião Gomes), Lavadeira, Limoeiro do sereno, Madalena (c/ Pedro Silva), Maestro atenda o pedido (c/ Valdomiro Lobo), Maestro Fon Fon (c/ Waldir Santos), Marcha das flores (c/ Henrique de Almeida e Haroldo Lobo), Marcha do carcará (c/ Roberto de Andrade), Marcha do telefone (c/ Raguinho e Gilberto José), Margarida é uma grande mulher, Maria do Céu (c/ Henrique de Almeida), Maria e José, Maria Teresa (c/ Moreira da Silva), Maria Walesca, Matriz e filial (c/ Aníbal Fernandes), Mentiu (c/ Gentil de Castro e Alfredo Godinho), Mestre Júlia, Meu batizado (c/ Bentinho), Meu coelhinho (c/ Osmar Zan e Rubi), Meu consolo (c/ Henrique de Almeida e J. H. ), Meu martírio (c/ Henrique de Almeida e Nilo Silva), Mineiro bom, Minha Belo Horizonte (c/ Ely Murilo), Minha furreca, Minha morena (c/ Henrique de Almeida e Braga Filho), Minha zabelê, Monumento, Mulata imperial, My friend (c/ Moreira da Silva), Na casa de Lau, Não falem dos cabeludos (Tonhão), Não some não (c/ José Guimarães), Não vou dormir (c/ Jackson Campos), Neste Natal, O coriango, O dedo do gigante, O destino do boi, O gato da vizinha (c/ Henrique de Almeida), O sacador (c/ Roberto Andrade e Afonso Lima), O tempo dirá, Pampulha, Papagaio louro (c/ Wilson Roberto), Pé de lírio, Peixe vivo (c/ Henrique de Almeida), Pelo amor de Deus (c/ Henrique de Almeida e Manezinho Araújo), Pingo d'água rolou, Por onde Deus passa (c/ Rubens Silva), Por onde Deus passou, Pra que beber, Quem amanheceu cantando, Resignado, Rio frio, Rio quente, Roça grande (c/ Henrique de Almeida), Romaria a Santo Antônio (c/ Henrique de Almeida), Rosário de glória, Sabiá conquistado, Sabiá engaiolado (c/ Gervásio Horta), Saci-pererê (c/ G. Horta),
Sacrilégio de amor, Saia e blusa (c/ Aníbal Fernandes), Sebastiana da Silva (c/ Léo Vilar), Serei só tua, Tá bom, tá? (c/ Haroldo Lobo e Milton de Oliveira), Tá moiado (c/ A. Barbosa e Delé), Tancredo chegou, Tim-tim, Oxalá (c/ Henrique de Almeida), Tô com o diabo no corpo (c/ W. Martins), Triste só, Tutu à mineira (c/ Léo Vilar), Um homem apaixonado, Um matuto em Santaresa, Umas e outras (c/ Roberto Andrade), Zé Fumaça.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira; Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982; CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965; MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999; SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999; VASCONCELLO, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira - volume 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.