quinta-feira, dezembro 16, 2010

Conjunto Atlântico

Conjunto Atlântico - 1977
Conjunto Atlântico - Conjunto de choro organizado em São Paulo SP em 1950 por Antônio D’Auria (São Paulo 1912—1998).

Violonista desde 1927, D’Auria reuniu em casa, no bairro paulistano da Barra Funda, diversos chorões amadores, como o violonista João da Mata (Atibaia SP 1928—), o cavaquista Jaime Soares (Bragança Paulista SP 1917—), o bandolinista Amador Pinto (Porto Alegre RS 1896—São Paulo 1972) e o pandeirista Osvaldo Biteili (São Paulo 1921—).

Embora com formação instável, o grupo chegou a iniciar gravação na Chantecler já com o nome de Conjunto Atlântico, mas, por problemas de tempo, seus integrantes, todos operários, optaram pelo amadorismo.

Em 1952 Antônio D’Auria trocou o violão comum pelo de sete cordas, aperfeiçoando- se nesse instrumento com Dino Sete Cordas, fixador do sete cordas nos grupos de choro.

A partir de 1955 o bandolinista Isaías Bueno de Almeida (São Paulo 1937—) passou a freqüentar as reuniões, que atraíam também esporadicamente artistas profissionais, como Jacob do Bandolim, Canhoto da Paraíba e Altamiro Carrilho, entre outros.

Em 1957 o conjunto participou da Noite dos Choristas, na Rádio Record, de São Paulo. Após essa apresentação, o conjunto foi acrescido dos bandolinistas Walter Veloso (Florianópolis SC 1935—) e Augusto Garcia (Poços de Caldas MG 1919—) e do violonista e cantor Renato Petra (Renato Sangiacomo).

Restringindo sempre suas apresentações ao grupo de admiradores que freqüentava as reuniões noturnas na casa de D’Auria, somente na década de 1970 o Conjunto Atlântico passou a apresentar-se para um público maior, ao ser convidado em 1973 para uma série de programas sobre o choro, na TV Cultura de São Paulo, como As Muitas Histórias da Música Popular Brasileira, MPB Especial e Primeiro Plano, além de Depoimento, na TV Bandeirantes.

Também em 1973 surgiu o Choro das SextasFeiras, programa semanal do conjunto, produzido por Júlio Lerner na TV Cultura. Com Isaías, bandolim; Israel Bueno de Almeida (São Paulo 1943—), violão; Valdomiro Marçola (Jaú SP 1936—), violão; Antônio D’Auria, violão de sete cordas; Jaime Soares, cavaquinho; Osvaldo Bitelli, pandeiro; e Valdir Guidi (São Paulo 1940—), afoxê, o Conjunto Atlântico apresentou-se em diversas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, com repertório de mais de duzentos autores brasileiros.

Um dos grandes responsáveis pelo novo alento dado ao choro em São Paulo nos últimos anos, o conjunto recebeu em 1974 o prémio de revelação musical do ano, conferido pela APCA.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Manoel da Conceição

Manoel da Conceição
Manoel da Conceição (Manoel da Conceição Chantre), instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19/12/1930, e faleceu na mesma cidade em 30/6/1996. Começou a se interessar por música aos oito anos, aprendendo a tocar violão e guitarra sem ter estudado regularmente.

Em 1953 e 1954 atuou com Ruy Rey e sua orquestra. Com sua primeira gravação, em 1955, na Copacabana, iniciou um período de quatro anos como acompanhante de Ângela Maria.

Em 1956 gravou como solista, também na Copacabana, o LP Eu toco e você dança, e compôs sua primeira música, Dizem por aí (com Alberto Paz), gravada em 1957 por Lúcio Alves na Odeon.

Nesse mesmo ano atuou com Radamés Gnattali e excursionou por São Domingos (ex-Ciudad Trujillo), República Dominicana, e Buenos Aires, Argentina (para onde voltaria várias vezes, em 1958, 1959 e 1962).

Em 1958 fundou o grupo Manoel da Conceição e seu Conjunto, e no ano seguinte começou a acompanhar Elizeth Cardoso, com quem atuou até 1962. Ainda em 1959 viajou a Lisboa, Portugal, gravou na Philips o LP Manoel da Conceição e seu violão e entrou para a orquestra da Rádio Nacional, aí recebeu o apelido de Mão de Vaca, permanecendo até 1974.

De 1960 a 1961 atuou no conjunto de Chiquinho do Acordeom, e de 1962 a 1969 acompanhou Chico Anísio. Em 1966, 1967 e 1968 tocou no Peru, na Colômbia e na então República Federal da Alemanha, respectivamente.

De 1970 a 1975 gravou quatro LPs com Martinho da Vila e em 1975 participou de discos de Leci Brandão, Nadinho da Ilha, Antônio Carlos e Jocafi e Maria Creuza.

Como solista, atuou na trilha sonora do filme O tesouro de Zapata, de Adolfo Chadler (1969) e de vários programas de rádio e TV.

De 1975 a 1992 trabalhou como músico na Rádio MEC, e teve seu próprio programa: Manoel da Conceição Sem Couvert, em que tocava violão e contava histórias de sua vida.

Em 1983, apresentou- se com Martinho da Vila no Teatro Carlos Gomes, do Rio de Janeiro, no Projeto Seis e meia.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA - 2a. Edição - 1998.

Cólera

Influenciado pelo movimento punk da Inglaterra e dos Estados Unidos, o Grupo Cólera participou da coletânea "Grito suburbano", primeiro registro fonográfico de punks brasileiros, lançada em 1982, pela gravadora independente Punk Rock.
Cólera - Grupo paulistano de punk-rock formado em 1979, em São Paulo SP, pelos irmãos Redson Lopes Pozzi (São Paulo 1962—), guitarra, e Carlos Lopes Pozzi (São Paulo 1961—), bateria; e o contrabaixista Val (Valdemir Pinheiro, São Paulo 1964—).

Adeptos do punk positivo, variante do punk-rock contrária à violência gratuita e entusiasta da paz e da ecologia, fizeram seu primeiro show em 1979, em uma escola do Bairro do Limão.

Além de ter sido a primeira banda punk brasileira a gravar um disco, foi o primeiro grupo de rock nacional a se apresentar fora do Brasil: em 1987 fizeram 56 shows em dez países, incluindo Alemanha, França, Suíça, Bélgica e Dinamarca.

Têm discos lançados na França, Finlândia e Suécia, estes dois últimos países onde também se apresentaram na década de 1980. Em 1988 Val foi substituído por J. B. (Josué Correia, Rio Claro SP 1963—), que atuou até 1991, quando foi substituído por Fábio Bossi (São Paulo 1974—).

A coletânea Pela paz em todo o mundo, produzida por Redson, vendeu 80 mil cópias, sendo 30 mil na Europa e América do Norte, incluindo Canadá.

O grupo gravou Oito LPs, alguns dos quais relançados em CD em 1998 pelo selo paulistano Devil.

Em 2000, a banda ficaria em evidência uma vez que a Plebe Rude regravou Medo em seu disco ao vivo e os Inocentes, Quanto Vale a Liberdade em O Barulho dos Inocentes. O Cólera continua atuando no underground, sendo considerada a banda de maior energia quando sobe ao palco.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998; Boteko do Rock.

Furtado Coelho

Furtado Coelho - 1883
Furtado Coelho (Luís Cândido Cordeiro Pinheiro Furtado Coelho), compositor, teatrólogo, empresário, ator e poeta, nasceu em Lisboa, Portugal, em 28/12/1831, e faleceu em 13/2/1900.

Veio para o Brasil em 1856, estreando como ator em Porto Alegre RS no ano seguinte. Contratado pelo Teatro Ginásio Dramático, fixou-se no Rio de Janeiro RJ em 1858, excursionando ainda por várias cidades do país.

Como compositor, introduziu nos saraus familiares e nas tertúlias literárias a moda do recitativo, poema declamado com fundo musical composto especialmente para a ocasião.

Em 1860, fez a música da encenação brasileira do drama Dalila, de Octave Feuillet (1821—1890) — composição que alcançou imenso sucesso em todo o Brasil, tornando-se obrigatória nas serenatas familiares da segunda metade do séc. XIX e início do XX.

Em 1861, com letra da atriz Eugênia Câmara, compôs a Grande marcha acadêmica, dedicada aos estudantes de direito de São Paulo SP.

Autor de inúmeras obras teatrais, algumas musicadas, exibia-se nos intervalos das peças, executando o copofone, instrumento de sua invenção, e, ao piano, valsas e polcas de sua autoria, muitas delas editadas pela Casa de Música Narciso & Artur Napoleão.

Promoveu ainda a construção dos teatros São Luís, em 1870, e Lucinda, em 1880, no Rio de Janeiro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Claudionor Germano

Claudionor Germano
Claudionor Germano (Claudionor Germano da Hora), cantor, nasceu no Recife, PE, em 10/8/1932. Começou carreira em 1947, como crooner de conjunto vocal, passando a cantar sozinho na Rádio Clube de Pernambuco, da qual se transferiu por quatro meses para a Rádio Tamandaré e, finalmente, para a Rádio Jornal do Comércio, onde teve oportunidade de atuar sob a direção do maestro Guerra-Peixe.

Quando foi inaugurada a televisão desse grupo, integrou-se em sua equipe e conseguiu fama e prestígio sem sair do Nordeste. Durante vários anos, cantou com a Orquestra de Nelson Ferreira e, a partir do Carnaval de 1954, passou a integrar o elenco da Fábrica de Discos Rozenblít.

Em 1959 gravou dois LPs pela Rozenblit, 25 anos de frevo, com 25 frevos de Capiba, que bateu recordes de vendagem, e O que eu fiz e você gostou, com 22 músicas de Nelson Ferreira; seguiram-se, em 1961, Carnaval começa com C de Capiba e O que faltou e você pediu, de Nelson Ferreira, que o consagraram como o um dos mais importantes intérpretes do frevo-canção de todos os tempos. Ainda em 1961 lançou o LP Sambas de Capiba, pela Rozenblít, destacando-se A mesma rosa amarela (Capiba e Carlos Pena Filho).

Foi escolhido o melhor cantor de rádio e televisão de Recife, de 1961 a 1965.

Em 1966 participou do I FIC, da TV Rio, do Rio de Janeiro, com a música de Capiba Canção do amor que não vem, reapresentando-se nos festivais dos dois anos seguintes com São os do Norte que vêm (música de Capiba, letra de Ariano Suassuna), quinto lugar na fase nacional, e o samba-afro Por causa de um amor (Capiba).

Cantor favorito de Capiba, de quem gravou 124 músicas, e um dos mais requisitados intérpretes do Carnaval de Pernambuco, lançou dezenas de discos em 78 rpm, 11 compactos (45 rpm) e grande número de LPs, entre eles, além dos já citados, Dozinho e seu Carnaval, Cirandas (1972, Musicolor) e Nelson ferreira — Meio século de frevo-canção. Este último e 25 anos de frevo foram reeditados em CD pela Polydisc, em 1993.

Interpretou também as séries Baile da Saudade, vols. I e II, O bom do Carnaval (RCA, 1979-1980) e faixas dos discos Capital do frevo, produzidos anualmente pela Mocambo com músicas inéditas.

Presença constante em todos os festivais de música carnavalesca, principalmente no Frevança (1979-1989) e Recifrevo (1990-1995), participou, também, das excursões do Vôo do Frevo: duas vezes nos EUA (Miami e New York) e uma no Japão (Tóquio).

CDs

Carnaval de Capiba — 25 anos de frevo, Orquestra de Nelson Ferreira, 1993, Polydisc CD 470.020; Nelson Ferreira — Meio século de frevo canção, 1993, Polydisc 470.021; Vinte supersucessos — História do Carnaval — Claudionor Germano, 1997, Polydisc CD 470.281. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

André Christovam

André Christovam
André Christovam, guitarrista, cantor e compositor, nasceu em São Paulo, SP, em 29/8/1959. Um dos mais importantes praticantes e divulgadores do blues no Brasil, iniciou a carreira no trio Fickle Pickle em fins da década de 1970.

Por essa época, estreou no disco, como guitarrista e compositor do grupo Kid Vinil e os Heróis do Brasil. Na década de 1980, iniciou carreira solo e gravou seu primeiro disco individual, Mandinga (1989, Eldorado).

Seguiram-se A Touch of Glass (1990) e The 2120 Session (1991), este gravado em Chicago, EUA, com músicos norte-americanos.

Participou também de discos de outros artistas, como Flerte fatal, de Rita Lee (1987) e Panela do diabo, de Raul Seixas (1989). Com Marcelo Nova, do grupo Envergadura Moral, gravou o LP Blackout (1991, Continental). 

Ao lado do baixista Izal de Oliveira (substituido em 1996 por Fábio Zaglanin) e do baterista Athos Costa, formou o André Christovam Trio, que realizou numerosas apresentações e gravou em 1996, no selo Movieplay, o CD Mississipi Saxophone. Nesse mesmo ano, participou de duas músicas em show do guitarrista Carlos Santana, em tournée pelo Brasil. 

Em 2002, lançou o CD autoral Banzo, fundindo o blues com o samba, a World Music e a MPB.

CDs 

Mandinga, 1995, Eldorado 584076; Catharsis, 1997, Movieplay BB 1603; Banzo, 2002, Eldorado/Sony Music

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Maestro Chiquinho

Foto: Carioca,  de 07/11/1953
Maestro Chiquinho (Francisco Duarte), regente e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3/12/1907, e faleceu na mesma cidade, em 1/11/1983. Estudou música com o pai, Macário Duarte.

Iniciou carreira em 1933, atuando em vários conjuntos. Dois anos depois passou a integrar a Orquestra Andreazzi, apresentando-se também como solista de trompete em teatros.

Em 1936 começou a tocar na Orquestra de Raul Lipofi, atuando três anos depois como solista na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.

Em 1940 passou a atuar na Orquestra Napoleão Tavares e, no ano seguinte, na de Raul Roulien.

Em 1942 formou a Orquestra do Chiquinho, com a qual gravou na Columbia e Continental, de 1942 a 1945. Nesse ano foi contratado pela Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, nas quais acompanhou os maiores cantores da época e foi atração principal em várias apresentações, recebendo prêmio de melhor orquestra do ano em 1952.

Na década de 1950 gravou vários 78 rpm na Continental, estando entre os destaques os choros Rua do passeio (Getúlio Macedo), Remexendo (Radamés Gnattali) e Sandoval em Bonsucesso (Carioca), este em 1947.

Entre 1954 e 1961 atuou como maestro e músico em trilhas para filmes e, em 1962, gravou com sua orquestra um LP na Polydor.

Aposentado, mas ainda pertencendo ao elenco da Rádio Nacional, continuou a animar com as suas orquestras os principais programas da emissora, como os de César de Alencar e Paulo Gracindo


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Chico Science

Francisco de Assis França
Chico Science (Francisco de Assis França), compositor e cantor, nasceu em Recife, PE, em 13/3/1966, e faleceu na mesma cidade em 2/2/1997. Criado no bairro do Rio Doce, quando menino pescava caranguejos no mangue para vender, e com o dinheiro freqüentava bailes funks 90 fim de semana.

Quinze anos depois, técnico em recursos humanos de uma empresa de informática em Recife, lançou o manifesto “Caranguejos com cérebro”, com a proposta de resgatar e reciclar os ritmos tradicionais da região e incrementá-los com uma visão pop.

Em 1991 formou em Olinda PE a banda Chico Science & Nação Zumbi (guitarra, baixo, tambores, caixa e percussão) e criou o mangue-beat, mistura de maracatu, embolada, coco-de-roda, ciranda e outros ritmos tradicionais, com reggae, funk, rap e rock.

Em 1993, já consagrada no Nordeste, a banda apresentou-se com êxito em São Paulo SP e Belo Horizonte MG. No ano seguinte, lançou o disco Da lama ao caos, com o sucesso A praieira, incluído na novela Tropicaliente, da TV Globo. 

Em 1996 participou do Hollywood Rock e do Carnaval Legal da MTV com sua versão da Marcha da cueca (Mendes, Prestes e Sardinha), sucesso do Carnaval de 1972. 

O segundo disco da banda, Afrociberdelia, saiu poucos meses antes da morte do compositor, vítima de um acidente automobilístico quando se dirigia a um show em Recife.

O grupo Nação Zumbi continuou a se apresentar, com o percussionista Jorge du Peixe nos vocais.

CDs 

Da lama ao caos, 1994, Sony 850.224/2-464476; Afrociberdelia, 1996, Sony 850.278. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Chico Batera

Chico Batera
Chico Batera (Francisco José Tavares de Souza), instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8/4/1943. Iniciou sua carreira em 1960, tocando bateria no show de Carlos Machado, na boate Night and Day, no Rio de Janeiro.

No início do movimento da bossa nova tocou nas boates do Beco das Garrafas com Johnny Alf, Bossa 3 e Sérgio Mendes, que o levou para os EUA.

Em 1966, no Rio de Janeiro, formou um conjunto, o Folclore, Samba e Bossa Nova, que representou o Brasil em um festival de jazz em Berlim, então República Federal da Alemanha.

No Brasil, tocou com Luís Carlos Vinhas na boate Flag, integrou o Trio 3-D e atuou ao lado de Copinha, Sérgio Barroso e Dom Salvador, com quem voltou aos EUA, apresentando-se em Minneapolis, New York e no Texas. Fixando-se na cidade norte-americana de Los Angeles, dedicou-se à percussão, especializando-se em instrumentos exóticos, como frigideira, tamanco, tímpano, sinos chineses, chaves, badalos, queixada, triângulo, caxixi e vibrafone.

Depois, trabalhou em gravadoras, na percussão de trilhas sonoras para Michel Legrand e Gerald Wilson, além de gravar LPs com Elia Fitzgerald, Frank Sinatra, Tom Jobim e o conjunto The Doors.

Participou também de grupos musicais latino-americanos. Gravou um LP com João Gilberto no México, antes de retornar ao Brasil, em 1972. Participou da gravação do disco A matança do porco, do grupo Som Imaginário, e, em 1973, foi com Gal Costa a Cannes, França. 

No mesmo ano, fez, ainda com Gal, o show Índia, no Teatro Teresa Raquel, do Rio de Janeiro, e acompanhou Elis Regina. Em 1995 apresentou- se em show com repertório de seu disco Dia/Noite

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.

Erlon Chaves

Erlon Chaves
Erlon Chaves (Erlon Vieira Chaves), regente, arranjador e compositor, nasceu em São Paulo, SP, em 9/12/1933, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14/11/1974. Desde cedo interessou-se por música, tendo feito uma apresentação ainda menino no programa infantil Clube do Papai Noel, da Rádio Difusora, de São Paulo, cantando Rosa (Pixinguinha). 

Aos sete anos começou a estudar no Conservatório Musical Carlos Gomes, ao mesmo tempo que cantava regularmente na Rádio Difusora, formando-se em piano dez anos mais tarde, época em que também cursou canto com Tercina Saracceni. Passou a tocar em dancings, onde adquiriu experiência jazzística junto a músicos que ali atuavam. 

Em 1953 começou a estudar harmonia, instrumentação e regência com os maestros Luis Arruda Pais, Renato de Oliveira e Rafael Pugliesi. Atuou ainda em televisão, tendo composto uma Sinfonia cujo tema foi durante vários anos prefixo da extinta TV Excelsior, de São Paulo. 

Em 1965 transferiu-se para o Rio de Janeiro, atuando na TV Tupi e, a seguir, na TV-Rio, onde foi diretor musical, tendo participado da criação e realização do I FIC, dessa televisão, em 1966, compondo, inclusive, seu prefixo. 

Durante o V FIC, da TV Globo, em 1970, comandou um coro de 40 vozes, que acabou constituindo-se na Banda Veneno. Criada inicialmente só para acompanhar a música de Jorge Ben (Ben Jor), Eu também quero mocotó, a banda ligou- se depois definitivamente a seu próprio trabalho. 

Foi arranjador de vários cantores, entre os quais Elis Regina, a quem acompanhou a Paris, França, quando de sua apresentação no teatro Olympia, em 1968. 


Em 1973, na Philips, gravou o LP As dez canções medalha de ouro, destacando-se Casa no campo (Zé RodrixTavito) e Amada amante (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PibliFolha - 2a. Edição - 1998.