terça-feira, julho 06, 2010

Tavito

Tavito (Luís Otávio de Melo Carvalho), compositor, instrumentista e cantor, nasceu em Belo Horizonte-MG, em 26 de janeiro de 1948. Aos 13 anos de idade, ganhou seu primeiro violão. Autodidata, logo em seguida começou a participar de serenatas e a atuar em festas em sua cidade natal, além de compor suas primeiras canções. É companheiro de geração de Milton Nascimento e de outros músicos mineiros, como Toninho Horta, Tavinho Moura e Nelson Angelo.

Em 1965, conheceu Vinícius de Moraes, que se encantou com a sua performance ao violão. Foi, então, convidado pelo poeta para acompanhá-lo em alguns shows pela cidade de Belo Horizonte. Cursou o 1º ano de Desenho Industrial na Universidade Mineira de Arte, mas abandonou os estudos decidindo-se pela profissão de músico. Mudou-se, então, para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como professor de violão.

Em 1969, participou do Festival Universitário da TV Tupi (RJ), com a canção Terça-feira (c/ Werther Jacques e Antonio Gil), interpretada pelo conjunto Três Morais.

No ano seguinte, foi convidado por Milton Nascimento para formar uma banda que acompanhasse o cantor e compositor em shows. Nasceu o Som Imaginário, integrado também por Wagner Tiso, Robertinho Silva, Luís Alves, Zé Rodrix, Frederyko e Laudir de Oliveira (mais tarde substituído por Naná Vasconcelos). Ainda em 1970, o grupo defendeu a canção Feira moderna no V Festival Internacional da Canção (TV Globo), classificando-a em 6º lugar. Gravou três LPs com o conjunto. Nessa época, começou a compor com Mariozinho Rocha, Eduardo Souto Neto e Zé Rodrix.

Em 1971, concorreu com Casa no campo (c/ Zé Rodrix) no VI Festival Internacional da Canção (TV Globo). A canção viria a se tornar um de seus maiores sucessos na voz de Elis Regina. Por essa época, já reconhecido no meio artístico, começou a participar de gravações com inúmeros intérpretes, tocando tanto o violão quanto a viola de 12 cordas, seu elemento diferencial como instrumentista.

Em 1972, foi convidado por José Scatena para ingressar no mercado publicitário paulista, como compositor de jingles e trilhas comerciais. Mudou-se para São Paulo e em seis meses já era um dos mais requisitados jinglistas dessa cidade.

No ano seguinte, o Som Imaginário se dissolveu, e seus integrantes partiram para carreiras individuais.

Em 1974, de volta ao Rio de Janeiro, continuou atuando na área publicitária, contratado por diversas produtoras de jingles cariocas. Logo em seguida, montou sua própria empresa, a Zurana Criação e Produção, que viria a se tornar uma das maiores produtoras de jingles do Brasil.

Em 1979, por indicação de Fernando Adour, gravou seu primeiro LP como cantor solista, "Tavito", lançado no ano seguinte pela gravadora CBS. O disco incluiu Rua Ramalhete, canção bastante executada e que remete à sua antiga admiração pelo conjunto The Beatles, além de Começo, meio e fim (c/ Ney Azambuja) e Longe do medo (c/ Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), entre outras.

Na década de 80, lançou os LPs "Tavito II" (1982) e "Tavito III" (1983). Em 1984, gravou um compacto simples com Simpatia e Água e luz (c/ Ricardo Magno). Decepcionado com a pouca divulgação do disco, passou a compor somente para outros intérpretes.

Ao longo de sua carreira artística, atuou também como produtor de discos, tendo sido responsável por trabalhos de Marcos Valle, Renato Teixeira, Selma Reis e Sá & Guarabyra, entre outros. Assinou, ainda, arranjos vocais para vários artistas, destacando-se Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Ivan Lins.

Até 1992, realizou diversos shows pelo Brasil. A partir desse ano, passou a dedicar-se exclusivamente à composição, aos arranjos e à publicidade.

Em 2004, voltou ao cenário artístico, apresentando-se nos espaços cariocas Panorama e Mistura Fina. Nesse mesmo ano, finalizou a gravação de mais um disco, contendo suas canções Rua Ramalhete, Começo, meio e fim, Aquele beijo e O primeiro sinal, todas com Ney Azambuja, O dia em que nasceu nosso amor e A sorte grande do amor, ambas com Luiz Carlos Sá, Um certo filme (c/ Rocknaldo), Água e luz (c/ Ricardo Magno) e Gostosa, além de Hoje ainda é dia de rock (Sá, Rodrix e Guarabyra),"Cowboy" (Eduardo Souto Neto e Paulo Sérgio Vallle) e "Naquele tempo (Mariozinho Rocha e Renato Corrêa).

Ainda em 2004, sua canção Rua Ramalhete (c/ Ney Azambuja) tornou-se hino oficial da cidade de Belo Horizonte.

Fontes: Wikipédia; Dicionário Cravo Albin da MPB.

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