quinta-feira, março 16, 2006

Pedro de Alcântara

José Pedro de Alcântara, instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ (21/8/1866) e faleceu em Sete Lagoas MG (29/8/1929). Tocou em público pela primeira vez numa missa na igreja do Outeiro da Glória, a 15 de agosto de 1881, quando executou um solo de flauta, muito apreciado por Pedro II, presente na ocasião.

Funcionário dos Correios e Telégrafos, deixou o emprego para dedicar-se somente à música. Apresentou-se em cinemas e integrou a Orquestra Sinfônica de Francisco Braga, além de haver dirigido orquestras populares.

Apesar de ter escrito cerca de 30 composições, somente a polca Dores do coração, editada em 1907 com o nome de Choro e poesia, se tornou conhecida. Essa música recebeu depois letra de Catulo da Paixão Cearense, passando a chamar-se Ontem ao luar, título com o qual se celebrizou, tendo sido gravada por Vicente Celestino em 1918, na Odeon.

Em solo de flautim, acompanhado ao piano por Ernesto Nazareth, gravou para a Odeon, em 1912, o tango Favorito (Ernesto Nazareth) e a polca Linguagem do coração (Calado).


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora Publifolha e A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34

Os Geraldos

Os Geraldos: Geraldo Magalhães e Nina Teixeira (3/7/1908)


Geraldo Magalhães, cantor, nasceu no Rio Grande do Sul em 31/5/1878 e faleceu em Lisboa, Portugal, em 11/7/1970. Dançarino e cançonetista, lançou-se artisticamente no Rio de Janeiro RJ em fins do séc. XIX, apresentando-se no Salon Paris, da Rua do Ouvidor.


A partir de 1900 passou a exibir-se em casas de chope e cafés cantantes do bairro carioca da Lapa e da área teatral da Praça Tiradentes - no Moulin Rouge e na Maison Moderne - sempre acompanhado da "castelhana" Margarita, com quem formava a dupla Os Geraldos.

Por volta de 1905 estabeleceu nova dupla com a gaúcha Nina Teixeira, exibindo-se em cançonetas picantes e dançando maxixes, inclusive no pequeno palco do Passeio Público. Ocasionalmente apresentavam-se fora do Rio de Janeiro, como em 1902, quando foram contratados para a inauguração de um café-concerto em Santos SP.

Em fins de 1908 a dupla viajou para o México e de lá para a Europa, lançando no início de 1909, em Paris, França, o tango-chula Vem cá mulata, que eles mesmos haviam gravado três anos antes em disco da Casa Edison, do Rio de Janeiro.

Voltando ao Brasil ainda em 1909, trouxe como partenaire a portuguesa Alda Soares, com quem lançou a novidade do one step com a canção norte-americana Caraboo (Sam Marshall). Com letra em português de Alfredo de Albuquerque, essa canção seria um dos grandes sucessos do Carnaval carioca de 1916.

A dupla Os Geraldos retornou à Europa, provavelmente nos primeiros anos da década de 1920, atuando no teatro musicado de Lisboa até 1926, quando ele se retirou da vida artística.

Vendedor de uma companhia de vinhos a partir de 1937, ainda voltou ao palco eventualmente, ao lado de Alda, com quem viveu em Lisboa até a morte aos 92 anos. Sobrevivendo ao companheiro apenas alguns meses, Alda Soares morreu em princípios de 1971.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora / Publifolha

Oscar de Almeida

Oscar de Almeida (Oscar José de Almeida), compositor, cantor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 18/7/1895 e faleceu em 1/11/1942. Carteiro de profissão, fazia versos de improviso, cantando e tocando modinhas ao violão.


Sua primeira letra conhecida é a da valsa Pierrô e Colombina (ou Paixão de pierrô), de 1915, com música de Eduardo das Neves, grande sucesso do Carnaval de 1916.

Em 1919, integrando o rancho Ameno Resedá, compôs com Bonfiglio de Oliveira a marcha A Queda da rosa. Na década de 1920 integrou o rancho Recreio das Flores, como maestro ensaiador e diretor de canto.

A 2 de fevereiro de 1921, preparando-se para o Carnaval, o rancho exibiu-se no Teatro Lírico, apresentando músicas de vários compositores - com versos de sua autoria: Hino do Recreio, Ouvindo as aves, Saudade, Nuvem que passa, Entre pérolas, Segredos do arrebol, Culto à música, Odisseia do Sairá, etc.

Em 1932 fez parte do bloco Reinado de Siva, para o qual escreveu as marchas Plenilúnio e Saudação à imprensa. É autor de um livro de versos, Aturdidos, s.d., mas a maior parte de sua obra ficou sem registro.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Patápio Silva


O instrumentista e compositor Patápio Silva nasceu no município de Itacoara, Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1881 e faleceu em 24 de março de 1907, na cidade de Florianópolis, Santa Catarina. Passou a infância na cidade mineira de Cataguases, onde o pai era barbeiro, e desde menino interessou-se por música, aprendendo a tocar em flauta de folha-de-flandres.


O pai ensinou-lhe seu ofício, e nas horas vagas o menino praticava na flauta, ingressando, aos 15 anos, na banda de música da cidade. Nessa época estudou solfejo e teoria musical tom o maestro italiano Duchesne, que vivia em Cataguases, e, conseguindo comprar uma flauta de chaves, deixou a cidade e passou a tocar em diversas bandas da região.

Atuou em seguida nas bandas de cidades fluminenses, como São Fidélis, Miracema, Santo Antônio de Pádua e Campos, e em 1901 transferiu-se para o Rio de Janeiro RJ, indo morar no bairro da Lapa. Trabalhou inicialmente como barbeiro e depois como tipógrafo, matriculando-se no I.N.M., na classe de flauta do professor Duque Estrada Meyer.

Estudando dez horas por dia, em 1903 concluiu o curso, cuja duração normal era de seis anos, recebendo medalha de ouro e o primeiro prêmio do Instituto. Contratado por Fred Figner gravou na Odeon (Casa Edison) de 1904 a 1906, interpretando peças como Noturno n° 1 e Noturno n° 2, de Fréderic Chopin (1810-1849), Serenata, de Franz Schubert (1797-1828), Serenata oriental (Ernesto Kõhler), Allegro (Terschak), a polca Só para moer (Viriato) e, de sua autoria, a valsa Primeiro amor, Variações de flauta (Fantasia de concerto), Margarida, Sonho, Serenata d'amore, Amor perdido e Zinha.

Conhecido por seu virtuosismo, foi convidado a tocar no Palácio do Catete, para o então presidente Afonso Pena. Em seguida, resolveu excursionar pelo Brasil, a fim de obter recursos financeiros para uma viagem de estudos ao exterior, apresentando-se nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. No interior de São Paulo, apresentou-se acompanhado ao piano pelo futuro compositor Marcelo Tupinambá, ainda menino. Todavia, em Florianópolis, contraiu difteria, morrendo cinco dias depois. Seu funeral foi promovido pelo governo de Santa Catarina.

Suas composições continuaram a ser gravadas: em 1913 o flautista Agenor Bens lançou Oriental, opus 6, em disco da Casa Edison, e em 1928 o saxofonista Lazário Teixeira gravou na etiqueta Parlophon a peça Fantasia de concerto, que o autor gravara em 1904 sob o título de Variações de flauta. Comemorando 0 cinquentenário de sua morte, em 1957, Altamiro Carrilho gravou na Copacabana o LP Revivendo Patápio. Dez anos depois, em 1967, o flautista Lenir Siqueira, acompanhado ao piano por Alceu Bocchino, gravou na Odeon o LP Relembrando Patápio. Três meio irmãos de Patápio Silva, filhos de segundo casamento de sua mãe, tornaram-se músicos: os violinistas Lafaiete Meneses e Cícero Meneses, e o flautista João Meneses.

O dia em que deixou de tocar em Florianópolis

Um dos maiores flautistas que o Brasil já produziu, Patápio Silva, encontrou a morte na pequena Florianópolis de 1907. Em meio a uma turnê pelo Sul do País, ele desenvolveu misteriosa enfermidade assim que chegou à Capital catarinense, vindo de Curitiba. Teve febre e náuseas. O diagnóstico inicial era gripe, nada preocupante para um rapaz saudável de 26 anos. Mas o quadro se agravou até fugir do controle dos médicos. A agonia durou dez dias. Patápio morreu num quarto de hotel da Conselheiro Mafra, longe dos amigos e da família, às 2 horas da madrugada de 21 de abril.

Tratava-se de um desses talentos inesperados que a música brasileira revela vez ou outra. Oriundo de uma família simples de Vila de Itacoara, uma cidadezinha do Rio de Janeiro, Patápio demonstrou vocação já aos 5 anos, quando fez de um pedaço de bambu a primeira flauta. Mais tarde, conduzido à melhor escola de música da época, surpreendeu e encantou experientes mestres. Aos 20 anos, tocava e compunha com a mesma desenvoltura, transitando naturalmente pelo erudito e popular. Foi considerado gênio ainda em vida, e a morte precoce reforçou o mito.

Era com entusiasmo que Florianópolis aguardava a apresentação do virtuose naquele distante 1907. A uma semana do espetáculo, o jornal "O Dia" comemorava: "A nossa sociedade, tão pobre de distrações artísticas, vai ter dentro de poucos dias o prazer de ouvir um flautista de raro merecimento". O concerto estava marcado para 18 de abril. Seria no Clube 12 de Agosto. "O exímio flautista Patápio Silva foi ontem acometido de forte influenza, recolhendo-se ao leito com febre alta", noticiou "O Dia".

Apenas depois da morte de Patápio é que desconfiou-se de infecção intestinal, possivelmente causada pela ingestão de alimento contaminado. As condições sanitárias da época eram precárias. Também se falou em envenenamento. De acordo com essa versão, Patápio teria cortejado a mulher de um importante político local, sendo por isso alvo de vingança. Correu ainda a história de que o flautista viajava acompanhado de uma bela mulher, que teria despertado a cobiça do tal figurão e inspirado a ideia do envenenamento. Mas nada disso foi comprovado.

Centenas de pessoas foram ao velório no saguão do Hotel do Comércio, onde Patápio viveu os últimos momentos (o prédio da Conselheiro Mafra, em frente à Alfândega, abrigava ultimamente as Casas Coelho, loja incendiada no início deste ano). Os pertences do músico foram confiscados pelo hotel como pagamento das diárias ­ inclusive a flauta, que teve destino ignorado. Em 1915, os restos mortais de Patápio foram exumados a pedido da família e transladados para o Rio de Janeiro.

A principal motivação da turnê de Patápio era obter meios de ir à Europa, onde pretendia continuar os estudos. Ele já havia sido pioneiro ao realizar gravações sob encomenda da Casa Edison, um raríssimo acontecimento naqueles primeiros anos do século. Afinal, o fonógrafo havia chegado ao Brasil pouco antes, em 1899.

As gravações pioneiras para a Casa Edison estão quase completamente perdidas, mas o talento de Patápio ficou para a posteridade graças às "bolachas" produzidas depois para a Odeon. São registros de algumas composições próprias, como "Amor Perdido", "Zinha", "Variações de Flauta", "Margarida", "Serenata de Amor" e "Primeiro Amor", além de "Allegro" (de Adolf Terschak), "Só para Moer" (Viriato Figueira da Silva), "Serenata Oriental" (Ernesto Köhler), "Alvorada das Rosas" (Júlio Reis) e "Serenata" (Franz Schubert).

Tidas como de difícil execução, as composições de Patápio fazem parte do repertório de importantes nomes da música erudita nacional, não apenas flautistas, mas também pianistas, acordeonistas e violonistas. Tido como inventor do "dugue-dugue", técnica em que o flautista ressalta a melodia apoiando as notas altas com inúmeras notas arpejadas (o que aproximou a música erudita do chorinho brasileiro), ele é cultuado por quem descobre sua obra e trajetória. Um exemplo está no título escolhido para o boletim da Associação Brasileira de Flautistas na Internet: "Patápio On Line".

Entre as composições de Patápio, um dos destaques é "O Sabão", polca com estrutura inovadora para os padrões da época. "A melodia literalmente escorrega por entre os tons, passando maliciosamente pelos semitons (o que os técnicos chamariam de cromatismo), conferindo à melodia sua característica bem brasileira", diz o livreto "Patápio: Músico Erudito ou Popular?", publicada em 1983 pelo Ministério da Educação e Cultura.

Depois de fabricar a primeira flauta de bambu ainda aos cinco anos, Patápio não parou mais. Adolescente, fez uma flauta de madeira com oito buracos, que o acompanharia até o ingresso no Instituto de Música do Rio de Janeiro, antigo nome da Escola Nacional de Música. Lá, o mulato que não se desgrudava do instrumento construído artesanalmente teve que enfrentar o preconceito dos filhos das famílias mais abastadas da então capital federal.

Durante alguns anos da adolescência, Patápio viveu no interior de Minas Gerais, para onde foi levado depois da separação dos pais. Enquanto a maior parte dos irmãos ficou com a mãe no Rio, ele se mudou com o pai, de quem herdou o ofício de barbeiro. Mas nunca esqueceu a flauta, praticada nas horas vagas. Aos 15 anos já estava integrado a bandas de música, uma tradição mineira.

Ao perceber que o pai resistia à ideia de vê-lo músico, Patápio decidiu voltar ao Rio em 1900, ano em que Chiquinha Gonzaga compôs a conhecida marchinha carnavalesca "Ô abre alas". Com quase nenhum dinheiro no bolso, arranjou um emprego como tipógrafo. Quando se apresentou ao reconhecido professor Duque Estrada Meier com a flautinha de madeira, foi prontamente acolhido no refinado Instituto de Música.

Dedicando-se mais de dez horas por dia, concluiu em dois anos um curso que deveria ser feito em seis. Começou a realizar gravações, a se apresentar nas casas mais chiques da época e a fazer excursões pelo País. Era um doce cotidiano, inesperadamente interrompido naquele mês de abril.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Editora Art - Publifolha; A Notícia 21/10/98.

Marcelo Tupinambá

Marcelo Tupinambá (Foto: A Cena Muda, de 22/Outubro/1946)

Marcelo Tupinambá (Fernando Lobo), compositor e instrumentista, nasceu em Tietê SP, em 29/5/1889 e faleceu em São Paulo SP, em 4/7/1953. Filho de Eduardo Lobo, regente da Banda Santíssima Trindade, em Tietê, e sobrinho do maestro Elias Lobo, desde criança revelou inclinação para a música, aprendendo piano de ouvido e, mais tarde, violino com Savino de Benedictis. Cursando o ginásio em Pouso Alegre MG, executava diversos instrumentos e chegou a dirigir a banda local.

Em 1907, com apenas 15 anos de idade, exibiu-se em várias cidades da interior paulista, acompanhando ao piano o célebre flautista Patápio Silva, que excursionava a caminho do Sul. Em 1914, estudante da Escola Politécnica de São Paulo, alcançou seus primeiros êxitos, escrevendo músicas para a revista paulista São Paulo Futuro, de Danton Vampré, encenada também no Rio de Janeiro RJ, pela Companhia Arruda, no Teatro São José. Nessa época adotou o pseudônimo de Marcelo Tupinambá, sob o qual publicou uma série de composições: os tangos Pierrô, Xodó (com J. Taful), Viola cantadera (com Arlindo Leal), o fox-canção O cigano (com João do Sul) e o cateretê O matuto (com C. Costa).

Firmando-se como autor de melodias de inspiração sertaneja, suas composições foram publicadas por editoras paulistas e divulgadas de início através do teatro musicado. As revistas Cenas da roça e Flor do sertão, ambas de Arlindo Leal, incluíram êxitos como Tristeza de caboclo (com Arlindo Leal) e Maricota, sai da chuva.

Tupinambá - 1925
Formado engenheiro civil em 1916, exerceu a profissão até 1923, quando uma doença dos olhos o obrigou a desistir da carreira. Dedicou-se então inteiramente à música, escrevendo inclusive peças de caráter erudito, como a suíte para cordas Estrada velha, a partitura da ópera Abraão e os bailados Garoa, Burantã e Juca Mulato. Musicou poemas de Vicente de Carvalho, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, Olegário Mariano, Coelho Neto e muitos outros, inclusive seu conterrâneo Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado.

Suas músicas foram gravadas pelos mais conhecidos cantores da época: Francisco Alves lançou Ruana (com Arlindo Leal), Serenata d'amor (com Bento de Camargo) e Pião (com Fernando M. Almeida); Gastão Formenti estreou em disco Odeon interpretando o tango sertanejo Cabocla apaixonada (com G. Barroso), e mais tarde gravou a modinha Barbuleta, barbuleta (com José Elói) e a valsa Noite d'encanto (com Navis), na Brunswick. Além de Vicente Celestino e Patrício Teixeira, Abigail Maia divulgou muitas de suas obras no teatro musicado, e cantoras como Bidu Saião e Violeta Coelho Neto de Freitas interpretaram canções suas em salas de concerto.

Tornou-se conhecido inclusive no exterior, quando o barítono belga Armand Crabbé gravou em Paris o célebre Tristeza de caboclo. Em homenagem ao aviador paulista Ribeiro de Barros, fez a marcha Asas do Jaú, com letra de Otacílio Gomes.

Em 1928 assistiu em Porto Alegre a um festival de suas músicas com versos de poetas gaúchos. Para a Revolução de 1930 compôs o hino Redenção, com versos de Paulo Gonçalves. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, compôs outro hino marcial, O passo do soldado, com versos de Guilherme de Almeida. Como pianista atuou em diversas cidades do interior paulista, acompanhando os intérpretes de suas canções. Usou dos pseudônimos Biograph, Samuel de Maio, XYZ, Hélio Azevedo, L. Azevedo, Pedro Gil.

Algumas músicas










Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha; A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; The Boeuf Chronicles.

Mauro de Almeida

Mauro de Almeida (João Mauro de Almeida), letrista, jornalista e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 22/1/1882 e faleceu em 19/6/1956. Iniciou-se no jornalismo em 1910, na redação de A Folha do Dia, do Rio de Janeiro, como repórter policial e cronista carnavalesco.


Boêmio e frequentador dos clubes carnavalescos, onde era conhecido como Peru dos Pés Frios, apontado como autor da maior parte da letra do famoso samba Pelo telefone, musicado por Donga, declarou em carta publicada na imprensa ter sido apenas o arreglador de versos conhecidos na época.

Escreveu diversas peças de teatro, algumas em parceria com Luís Rocha e Cardoso de Meneses; atuou também como ator amador. Foi sócio-fundador da SBAT, em 1917


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.