quinta-feira, junho 06, 2013

Elza Ribeiro

Elza Ribeiro (Elza Martins), cantora, nasceu no bairro da Penha, na capital paulista, em 07/10/1939. Sua primeira apresentação ao microfone aconteceu na Rádio Tupi, através do Grêmio Juvenil Tupi, orientado por Homero Silva. Um dia foi tomar parte numa festa de beneficência em Santo André, SP, e acabou por despertar a atenção dos diretores da Rádio Clube dessa cidade. Foi então convidada a cantar naquela emissora, sem contrato, mas recebendo por atuação.

Naquele tempo atuava ali, também, Wilson Miranda, que mais tarde veio a ser seu colega na Tupi. Elza foi apresentada por um colega da rádio de Santo André ao gerente da Tupi e este a apresentou a Júlio Nagib, então diretor musical. Isto foi em julho de 1958 e ela fez testes. Enquanto aguardava o resultado das provas, foi vista por Júlio Rosemberg, que a convidou para atuar em seu programa e a persuadiu a mudar seu nome de Elza Martins para "Elza Ribeiro". Tão boa foi a sua atuação, que a Tupi a contratou sem querer saber os resultados dos testes.

Cantava então todos os gêneros musicais, mas a princípio de sua carreira preferia cantar em castelhano. Em 1959, lançou pelo selo paulista Califórnia a toada Sem carinho, de Vilma Camargo, e o bolero Cinquenta são as primaveras, de José Astolphi.

Em 1960, Alberto Dias, diretor da RCA Victor, ouviu-a cantar um "rock" e resolveu imediatamente contratá-la. Nesse ano, participou do LP Garotas e rock da RCA Camden cantando as baladas Johnny Kiss, de Gelmini e Danpa, que abriu o disco, Conversa ao telefone (Pillow talk), de Peper e James; Biologia (Biology), de Edwards e Wayne; e Banho de lua (Tintarella di luna), de Migliacci e B. de Fillippi, todas com versão de Fred Jorge. As baladas Conversa ao telefone, Banho de lua, Biologia e Johnny Kiss seriam lançadas em disco de 78 rpm no mesmo ano.

Em 1961, gravou o calipso Sonhando, de Vorozn e Ellis, em versão de Juvenal Fernandes, e o rock-balada Sem querer, de Ciloca Madeira. No mesmo ano, gravou as baladas Amor de mamadeira, de D. Shannon e M. Crook, e Vamos dar uma voltinha, de Percy Faith, em versões de Fred Jorge.

Apesar de um bom começo de carreira não logrou dar continuidade às atividades artísticas.

Discografia

1959 - Sem carinho/Cinquenta são as primaveras - Califórnia - 78
1960 - Conversa ao telefone/Banho de lua - RCA Camden - 78
1960 - Biologia/Jonny Kiss - RCA Camden - 78
1960 - Garotas e rock - Participação - RCA Camden - LP
1961- Sonhando/Sem querer - RCA Camden - 78
1961 - Amor de mamadeira/Vamos dar uma voltinha - RCA Camden - 78

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Fontes: Revista do Rádio de 30/06/1960; Dicionário da MPB.

Maestro Totó

Maestro Totó - 1954
Maestro Totó (Antonio Sergi), pianista, compositor, professor, regente e médico, nasceu na cidade de Squillace, Itália, em 10/06/1913, e faleceu em São Paulo, SP, em 03/06/2003. Veio com os seus pais para o Brasil ainda menino e sempre gostou de música. Estudou piano desde cedo, mas à medida que foi crescendo, frequentou os colégios normais, e acabou por prestar vestibular para Medicina, formando-se e se especializando em Clínica Geral. 

Mas, o eterno pendor musical foi falando alto dentro dele e, consequentemente, arrumou um emprego como pianista no ano de 1936, além de um bom salário para a época. Estava com 23 anos e era recém formado exercendo duas profissões: médico e pianista. Mas foi estudando cada vez mais o piano, assim como estudou a regência. Esteve na Itália algumas vezes onde fez cursos de especialização musical.

Mais tarde, já professor do Consultório Dramático e Musical de São Paulo, tornou-se bastante conhecido do público pela sua atuação nas principais rádios paulistas.

Foi diretor artístico da Rádio Cruzeiro do Sul, regente da orquestra da Rádio Educadora Paulista, que anos depois se transformou na Rádio Gazeta onde apresentava o programa "Jazz da Gazeta" que incluía uma orquestra sinfônica.

Nos estúdios, Antonio Sergi (também conhecido por Totó), criou a Orquestra Columbia com a qual gravou inúmeros sucessos da época, com todos os grandes intérpretes dos anos 40. Sua orquestra costumava animar os principais eventos sociais da cidade, incluindo as festas na mansão dos Matarazzo, na Avenida Paulista.

Nos anos 40, atuou por vários anos na Rádio Gazeta junto com o maestro Armando Belardi, Conselheiro da Sociedade Esportiva Palmeiras. No final da década, em 1949, compôs o hino (letra e música) da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Totó gostava da regência e de produzir arranjos musicais, não tendo por hábito escrever letras para canções. Nas poucas vezes em que o fez, usou o pseudônimo de Gennaro Rodrigues, como no caso do hino do Palmeiras, o que gerou muita confusão por vários anos, com torcedores imaginando se tratar de pessoas diferentes.

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Fontes: Museu da TV; Wikipedia; Revista do Rádio.