quarta-feira, junho 01, 2011

Gracia do Salgueiro

Gracia do Salgueiro (Graciano Campos), compositor, cantor e percussionista, nasceu em Além Paraíba, Minas Gerais, em 19 de junho de 1927 e é autor de canções como 1800 colinas, Cortina do meu lar, Cuidado com a minha viola, Pagode do Gago, Dedo na viola, Pandeiro e viola, Presença de Noel (em parceria com Martinho da Vila), entre outras.

Gracia compôs a sua primeira música, Cortina do meu lar (gravada pela cantora Ademilde Fonseca), em 1958, mesmo ano em que ingressou na Ala dos Compositores da escola de samba carioca Acadêmicos do Salgueiro, na qual compôs seu primeiro samba-enredo. Ao longo da década de 1960, apresentava-se em programas de televisão e em clubes do Rio de Janeiro.

Em 1974, Gracia participou do LP Olé do Partido Alto (com vários artistas, como Catoni, Wilson Moreira, Edson Menezes e Ary do Cavaco, entre outros), no qual interpretou Zé Trocado, composta em parceria com Roberto Nunes. Ainda naquele mesmo ano, a cantora Beth Carvalho incluiu 1800 Colinas - canção de autoria de Gracia - no LP Pra Seu Governo. Graças ao sucesso desse samba, um dos primeiros da carreira da cantora, ela foi convidada a fazer uma turnê pela França, onde o disco seria também editado. 

No ano seguinte, mais duas canções do sambista foram gravadas: Jorginho do Império incluiu Na beira do mar, no LP Viagem encantada, e Beth interpretou Pandeiro e Viola, que deu título ao disco da cantora de 1975.

Nos anos seguintes, Beth Carvalho gravou Se você quiser e Cuidado com a minha viola. Outras duas cantoras interpretaram sambas de Gracia. Em 1978, Janaína gravou O tema é o dinheiro e Elizeth Cardoso regravou 1800 colinas - este, o maior sucesso do compositor.

Em 1986, participou, junto com os sambistas Aluísio Machado e David Correa, do álbum Pique Brasileiro, na qual foi incluída Pagode do Gago, grande sucesso de Gracia. A mesma canção foi incluída no único disco-solo da carreira do compositor, Gracia do Salgueiro, daquele mesmo ano.

No ano de 1997, o cantor Fabiano interpretou gravou Presença de Noel, parceria de Gracia com Martinho da Vila.

Com a participação da cantora Zélia Duncan, Beth Carvalho regravou o sucesso 1800 Colinas para o álbum Casa de Samba 4, de 2000. A mesma Beth incluiu esse samba no DVD Beth Carvalho - A Madrinha do Samba, gravado em 2004. Também naquele ano, a cantora Tereza Gama lançou o CD Aos mestres com carinho, no qual interpretou Dedo na Viola.

Fonte: Wikipedia - A Enciclopédia Livre.

Luiz Américo


Luiz Américo (Américo Francisco Filho), cantor e compositor, nasceu na cidade de Santos, SP, em 22 de agosto de 1946. Começou cantando desde menino e foi no concurso de calouros do Sílvio Santos que "Américo Francisco", como era conhecido, despontou para o cenário nacional, ganhando todas as provas do concurso.

Surgiram convites de grandes gravadoras e aí já como Luiz Américo conseguiu seu primeiro sucesso, Desafio, mais conhecida como "Cuca cheia de cachaça" e daí em diante foram vários, Camisa dez, Filho da véia, Carta de alforria, Casa cheia, O gás acabou, Na hora da sede, entre tantos outros.

Foram oito discos de ouro e suas músicas executadas em todas as rádios do Brasil e exterior e imagem marcada pelo seu boné em todos os programas de TV da época, sem dúvida um dos maiores ídolos da geração da década de 1970 / 1980.

Seu maior sucesso foi a canção Camisa 10, que teve uma grande repercussão por falar da Seleção Brasileira de Futebol de 1974, que depois de se tornar tri-campeã no México, atravessava um período de altos e baixos para disputar a Copa da Alemanha de 1974. Vendeu milhares de cópias. Recebeu prêmios no Brasil e no exterior.

Hoje ele é dono de uma casa noturna chamada "Lucky Scope" no Guarujá, e seus filhos cantores no Grupo Feitiço (banda de samba) montaram uma casa de samba em sua homenagem com o nome de Typographia Brasil em Santos, onde o cantor se apresenta até hoje.

Seus sucessos já foram gravados por Clementina de Jesus, Ângela Maria, Alcione, Sílvio Caldas, Wilson Simonal e estão sendo re-gravados por cantores da atualidade como Zélia Duncan, Zeca Baleiro, Marcelo D2 entre outros. 

Viva o grande Luiz Américo que fez parte de minha vida, mesmo na tristeza, num jogo Brasil x Holanda, em que ele desabafa num bom humor: "desculpe seu Zagalo / mexe nesse time / que tá muito fraco...". Pensei que era carioca e hoje me deparo que é de Santos. E tomara que seja do Santos FC também, atual bicampeão paulista de futebol.

Fonte: Wikipedia - A Enciclopédia Livre; O autor do blog, que vivenciou essa época.

Pacífico Mascarenhas

Pacífico Mascarenhas, compositor, nasceu em Belo Horizonte, MG, em 21 de maio de 1935. Iniciou a carreira artística quando começou a realizar serenatas com um grupo de amigos na cidade.

Em 1958, gravou seu primeiro disco e em 64 gravou o disco do Quarteto Sambacana. Nesse mesmo ano inventou um processo para acompanhamento de violão que ficava na contracapa do disco. Era uma tabela de acordes com as letras. Registrou a patente desse processo no Departamento Nacional de Propriedade Industrial (DNPI).

Foi graças ao sucesso do Quarteto Sambacana que conheceu o Milton Nascimento também em 1964, quando recebeu em sua casa a visita de alguns músicos de Três Pontas. Como achou que o Milton Nascimento cantava muito bem, convidou-o a participar das serenatas que realizava em Belo Horizonte e também decidiu levá-lo ao Rio de Janeiro para apresentá-lo a alguns representantes de gravadoras. Com esse contato com o Milton conheceu os outros membros do Clube da Esquina, como o Marilton Borges e o Márcio Borges.

As obras de Pacífico Mascarenhas são especialmente bossa-novistas, o que estabeleceu uma ponte considerável entre Rio de Janeiro e Minas Gerais nos anos 1960, sendo que a partir daí, o músico mineiro foi gravado por uma série de artistas famosos, de Luiz Eça a Kliff Korman e recentemente Jorge Cutello da Argentina.

Algumas obras

Aladim, Tom da canção, O vento que soprou, Até você voltar, Era um dia assim, Estrela caindo, Eu e você, Sem me olhar, Fui olhar pra você, Mesmo céu, Você é muito mais, Tarde azul, Apareceu na tarde, O navio e você, Hino da Turma da Savassi, Pouca duração (1962), Olhos feiticeiros e Ônibus colegial.

Fonte: Wikipedia; Museu Clube da Esquina.

Osvaldo Nunes

Osvaldo Nunes, compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 02/12/1930, e faleceu na mesma cidade, em 18/06/91. Órfão de pai e mãe, foi criado por instituições de amparo ao menor. Aos 13 anos fugiu e passou algum tempo vivendo na marginalidade no bairro boêmio da Lapa. Chegou a ser preso. Depois foi vendedor de balas, engraxate, camelô e artista de rua.

Mais tarde começou a freqüentar rodas de samba e blocos de carnaval quando sentiu que tinha inspiração para compor músicas e talento para cantar. Nunca se afastou do bairro da Lapa onde chegou a conhecer Madame Satã.

Quando deixou a marginalidade, Oswaldo Nunes fez sua primeira composição aos vinte anos, que foi o samba Real melodia. Em 1951, seu samba Vidas iguais, com Ciro de Souza, e o samba-canção Estranho, com Cabeção foram gravados por Leny Eversong na Continental. Em 1955, o samba-canção Aquele quarto, com Aníbal Campos foi gravado por Dalva de Andrade na Continental.

Em 1962, gravou seu primeiro disco, pelo selo pernambucano Mocambo com os sambas Lar vazio e Agradecimento, ambos de sua autoria. No mesmo ano, gravou o twist Vem amor, parceria com Lino Roberto, e o samba Fim, de Lino Roberto. Ainda nesse ano, e também pela Mocambo, juntamente com o Bloco Carnavalesco Bafo da Onça gravou aquele que seria seu maior sucesso, a batucada Oba, que continuou a embalar os desfiles do bloco nas décadas seguintes e que se tornou o hino oficial do Bloco Bafo da Onça.

Ainda em 1962, embalado pelo sucesso de Ôba lançou pela Mocambo/Rozenblit um LP com o mesmo título no qual gravou composições próprias como Alô meu bem, Chorei… chorei…, Lar vazio, e Nunca mais, esta última, parceria com Ruy Borges, além de Volta por cima, de Paulo Vanzolini, Diário de amor, de Senô, Gosto de você de graça e Zé da Conceição, de João Roberto Kelly , Oito mulheres, de José Batista, Faço um iê iê iê, de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, e Fim, de Lino Roberto.

Em 1963, gravou os sambas Zé da Conceição, de João Roberto Kelly, e Alô! Meu bem, de sua autoria. Nesse ano, seu Samba do saci, com Lino Roberto, foi gravado por Clóvis Pereira em interpretação de órgão, e os sambas Chorei, chorei e Samba do saci foram registrados pelo Bloco Carnavalesco Bafo da Onça.

Gravou pra o carnaval de 1965, o do quarto centenário do Rio de Janeiro, as marchas A Dança da Pulga, de sua autoria e Pernambuco, e Saudações ao Rei Momo, de sua autoria. Nesse ano, fez grande sucesso com a marcha Na onda do berimbau, de sua autoria.

No carnaval de 1967, fez sucesso com a marcha Mãe-ê, de sua autoria. Destacou-se no ano seguinte com a marcha Voltei, e em 1969, com a marcha Levanta a cabeça. Na segunda metade da década de 1960, apresentou-se em shows acompanhado do grupo The Pop’s, com o qual gravou em 1969 o LP Tá tudo aí no qual interpretou as músicas Tá tudo aí, Você deixa, Tamanqueiro, Dendeca, Doce canção, Chorei chorei, e Canto da sereia, todas de sua autoria, além de Outro amor de carnaval, com Raul Borges e Humberto de Carvalho, Cascata, com A. Marcilac, e Mulher de malandro, com Celso Castro.

Em 1970, obteve o segundo lugar no IV Festival de Músicas de Carnaval com o samba Não me deixes, de sua autoria em parceria com Milton de Oliveira e Helton Menezes. No mesmo festival, foi finalista com o samba A escola vai descer, com Aristóteles II.

Em 1971, sagrou-se tricampeão do Concurso Oficial de músicas de carnaval da Guanabara promovido pela Secretaria de Turismo da Guanabara, TV Tupi e jornais O Dia e A Notícia, com o samba Saberás, parceria com R. Gerardi. No mesmo ano, lançou pela CBS o LP Você me chamou, no qual cantou, apenas de sua autoria, a faixa Real Melodia.

Em 1978, já pela RCA Victor, lançou o LP Ai, que vontade, no qual interpretou as músicas Êh viola, de Joel Menezes e Noca da Portela, Dança do bole bole, de João Roberto Kelly, Ai, que vontade, de Dão e Beto Sem Braço, Se você me quer, de Anézio, Vou tomar um porre, de Jurandir Bringela e Paulinho da Mocidade, O dono da justiça, de Marco Polo e Genaro da Bahia, e Se você quiser voltar, de Gerson Alves e Jorginho Pessanha, além de composições suas como Tem tem, com Celso Castro, A dança do jongo, com Geraldo Martins, Tim tim tim ô lê lê, com Zé Pretinho da Bahia, Dendê na Portela, com Hilton Veneno, e O que é que eu faço.

O cantor de tanto ritmo, excelente voz e também grande compositor, era um homossexual assumido. Não dava bandeira, tinha cara de mau, era valente e adotava uma postura de cabra macho. Muitas vezes quebrou o pau lá pelo bairro boêmio onde sempre viveu. Dizem as más línguas da Lapa, que uma das últimas surras que ele deu foi no cantor Agnaldo Timóteo.

Em 18/06/91, aos 60 anos, foi assassinado enquanto dormia no seu apartamento na Lapa, provavelmente por um dos garotos de programa aos quais recorria rotineiramente. Onze anos depois, a Justiça deu a sentença do espólio do cantor. Em testamento, o sambista deixou um apartamento e todos os seus direitos autorais para o Retiro dos Artistas, no Rio.

Fonte: Besta Fubana - Homenagem a Oswaldo Nunes e ao Bafo da Onça; Memória da MPB - Osvaldo Nunes.

Ribamar

Ribamar (José Ribamar Pereira da Silva), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9/12/1919, e faleceu na mesma cidade, em 6/9/1987. Irmão do compositor Esdras Pereira da Silva, aos sete anos de idade começou a estudar piano com sua avó. Trabalhou no funcionalismo público.

Iniciou sua carreira de músico profissional em 1950, acompanhando Dolores Duran. Ainda nesse ano, venceu o concurso para escolha de um pianista de música popular na Rádio Nacional.

Em 1952 teve sua primeira composição gravada, o bolero Duas vidas, com Esdras Pereira da Silva, na voz de Fernando Barreto. Atuou como violinista de Fafá Lemos e com outros grupos, formando em 1953 seu próprio conjunto, tocando acordeom e piano em casas noturnas do Rio de Janeiro. Entre outras Rádios, trabalhou na Rádio Mundial (RJ).

Em 1955, acompanhou Tito Madi em apresentações nas boates do Beco das Garrafas no Rio de Janeiro formando com ele um dos mais populares duos das noites cariocas. Em 1956, teve o samba-canção Abandonado, com Esdras Silva e W. Barros, gravado por Helena de Lima no LP Dentro da noite, lançado pela Continental.

Em 1958, teve samba-canção Pela rua, com Dolores Duran, lançado por Alaíde Costa em disco RCA Victor. Nessa época, iniciou uma fértil parceria com Dolores Duran, com quem atuou como pianista, destacando-se os sambas-canções Quem sou eu, Idéias erradas, Se eu tiver, Pela rua e Ternura antiga, parceria póstuma sobre versos de Dolores Duran, que tinha morrido meses antes, música também
classificada em 2º lugar no Festival das Dez Mais Lindas Canções de Amor, na TV Rio, em interpretação de Lucienne Franco.

Em 1959, teve o samba Idéias erradas, com Dolores Duran, gravado pelo Trio Yrakitan na Odeon e por Carlos Galhardo na RCA Victor, e o samba-canção Quem sou eu?, também com Dolores Duran, gravado por Neusa Maria na RCA Victor. Nesse ano, o samba-canção Pela rua, com Dolores Duran, foi regravado por Tito Madi na Continental.

Em 1960, seu samba-canção Pela rua, com Dolores Duran, foi gravado por Elizeth Cardoso no LP A meiga Elizeth da gravadora Copacabana. Nesse ano, seu maior sucesso, o samba-canção Ternura antiga, com Dolores Duran foi lançado por Luciene Franco na Copacabana. Teve ainda no mesmo ano, a balada Teu nome, com Osmar Navarro gravada por Francisco Carlos na RCA Victor.

Em 1961, o samba O que é que eu faço, com Dolores Duran, foi gravado por Isaura Garcia no LP A pedida é samba da Odeon, e Ternura antiga foi regravado na Copacabana por Paulo Alencar e sua orquestra. Ainda nesse ano, Leny Andrade regravou na Mocambo, o samba-canção Quem sou eu?.

Em 1963, Helena de Lima gravou a canção Que fez você, com Orlando Henrique, no LP Quando a saudade chegar, da RGE. No mesmo ano, fez a direção artística do LP As grandes escolas de samba com orquestra e coro com gravações dos sambas enredo Chica da Silva, Rio dos vice reis, Mestre Valentim, Relíquias da Bahia, Palmares, Tristeza no carnaval, Mauá e suas realizações, Vem do morro e Toda prosa.

Em 1969, teve o samba-canção Eu te amo, com Nunes e Romeu, gravado por Helena de Lima no LP Uma noite no Drink, da RCA Victor. Em 1972, o samba-canção E a chuva parou, com Esdras Silva e Victor Freire, foi gravado por Tito Madi no LP A fossa - volume 2 do selo London/Odeon. No ano seguinte, no volume 3 da série A fossa Tito Madi regravou o samba-canção Se eu tiver, com Dolores Duran. 

Em 1978, seu samba-canção Teu nome, com Osmar Navarro foi regravado por Carlos Galhardo no LP Parabéns a mim por ter você da EMI-Odeon. Em 1981, teve o samba-canção Ternura antiga, com Dolores Duran regravado por Tito Madi no LP Tito Madi na intimidade - Ao vivo no Inverno & Verão da Continental.

Teve canções gravadas por Carlos José, Tito Madi, Trio Iraquitã, Carlos Galhardo, Helena de Lima, Elizeth Cardoiso e Neusa Maria, entre outros. Deixou gravados cinco LPs em diferentes gravadoras: Colúmbia, Philips, Musidisc, Equipe e RCA, entre os quais, Ribamar ao piano e Dançando com Ribamar, pela Columbia e Ribamar e seu piano, pela Philips.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Alventino Cavalcanti

Alventino Cavalcanti - 1968
Alventino Cavalcanti (Alventino Cavalcanti de Souza), cantor e compositor, pernambucano nascido em 1920, começou a atuar artísticamente como compositor na década de 1950, sendo que sua primeira composição gravada foi a marcha Cadê Manolo, parceria com Ângelo de Oliveira, gravada em 1951, no selo Carnaval, por Celso Barroso.

Em 1954, no LP Sua Majestade, O Rei do ritmo, de Jackson do Pandeiro, teve gravado  O canto da ema, de sua autoria em parceria com João do Vale e Ayres Vianna, seu maior sucesso, e o Coco de improviso, com Edson Menezes e Jackson do Pandeiro. No mesmo ano, a dupla Venâncio e Corumbá gravou, pela Todamérica, o baião Gavião, parceria com Uzias da Silva.

Em 1955, fez com João do Vale e José Cândido o coco Aroeira, gravado na Continental por Aldair Soares. Em 1957, Jackson do Pandeiro gravou, na Copacabana, a marcha Mão na toca, parceria com João Rosa e Jackson do Pandeiro. Ainda nesse ano, Almira, mulher de Jackson do Pandeiro, gravou a polca Chico Bendegó, parceria com Uzias da Silva e Aires Viana.

Em 1958, Zito Borborema e Seus Cabras da Peste gravaram, na RGE, o baião-coco O bom vaqueiro, parceria com Aires Viana, e Rosália Gomes lançou, pela Copacabana, valsa Nosso bem querer, parceria com Wilson Silva e Aires Viana. No mesmo ano, teve duas composições gravadas por Jackson do Pandeiro pela gravadora Columbia: o baião Boa noite, com Tito Neto e Jackson do Pandeiro, e o samba Linda, com Jackson do Pandeiro e Ari Monteiro.

Em 1960, teve a Marcha do pintinho, com Hilton Gomes e Oldemar Cavalcanti, gravada por Emilinha Borba na Columbia. Em 1961, gravou, pela Columbia, as marchas No tempo da vovó, parceria com João Rosa e Rossini Pinto, e Marcha do urubu, de Uzias Silva e Adolfo Barros. Nesse ano, teve as músicas A fogueira do coroné, com Jackson do Pandeiro, e O que é o que é, gravadas por Jackson do Pandeiro, no LP A tuba da muié da gravadora Copacabana.

Em 1976, no LP Mutirão, lançado por Jackson do Pandeiro, pela gravadora Alvorada/Chantecler, teve gravada a música Dona Totonha, com Tony Garça, em interpretação de Jackson do Pandeiro. Nesse disco, interpretou as músicas Vamos recordar, de Avarese, e Pegando balão, de sua parceria com João Rosa. Em 1977, teve outra composição gravada por Jackson do Pandeiro: Eu caso com você, parceria dos dois, registrada no LP Um Nordestino alegre, da gravadora Alvorada/Chantecler.

Em 1981, no LP Forró in concert", lançado por Oswaldinho do Acordeom, pela Continental, teve gravada o coco Coco de improviso, com Édson Menezes. Em 1983, Sérgio Reis regravou, pela RCA Victor, a toada Leva eu (Sodade), com Tito Neto.

Em 1996, Zé Ramalho gravou Leva eu sodade, com Ayres Viana no CD Cidades e lendas. Dois anos depois, O canto da ema foi regravada no CD Tributo a Jackson do Pandeiro na voz de Genival Lacerda. Em 1999, Carlos Malta e Pife Muderno regravaram, em CD lançado pelo selo Rob Digital , a toada O canto da ema, com Ayres Vianna e João do Vale. Essa toada foi também relançada, no mesmo ano, por Carmélia Alves no CD Carmélia Alves abraça Jackson do Pandeiro e Gordurinha, pelo selo CPC-UMES.

Em 2000, O canto da ema foi regravado pelo Trio Nordestino no CD Trio Nordestino - Xodó do Brasil, que marcou a volta do Trio Nordestino em nova formação. No mesmo ano, teve relançada a toada Leva eu Sodade, com Tito Neto, no CD Seleção de ouro - 20 sucessos - Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano, da EMI Brasil, sendo ainda relançada também, no mesmo ano, na voz de Sergio Reis, na série de cinco CDs intitulada 40 anos de estrada, lançada pelo cantor, pela BMG Brasil.

Fontes: Alventino Cavalcanti – Não bata no meu louro; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Marisa Barroso

Marisa Barroso (Beatriz Azevedo de Brito), cantora, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17/2/1932. Foi descoberta por Ary Barroso e atuou na TV e em clubes noturnos.

Em 1960, gravou pela Copacabana os sambas-canção Canção do amor que não aconteceu, de Lauro Miranda e Otávio Ferreira e Que pena, de Antônio Bruno. No mesmo ano, gravou pela RCA Victor o samba-canção Prenúncio, de Marino Pinto e Vadico e Dois amigos samba-canção de Ary Barroso. Foi escolhida pela crítica especializada como a "Cantora revelação de 1960".

São de 1961 as gravações de Sinceridade, de Sérgio Malta e de Dizem por aí, de Manoel da Conceição e Alberto Paz. Nesse ano, gravou pela Copacabana o LP Cantigas para enganar o tempo com acompanhamento de Aloysio e seu conjunto, LP n o qual interpretou Neste mesmo lugar, de Armando Cavalcanti e Klecius Caldas; Conselho inútil, de Miguel Gustavo; Samba de mudar, de Baden Powell e Geraldo Vandré; Fala amor, de Djalma Ferreira e Luiz Antônio; Ternura perdida, de Aloysio Figueiredo e Iná Monjardim, e Triste bonita, de Nilo Queiroz e Billy Blanco, entre outras. 

Na contra-capa desse disco, o jornalista Alberto Rêgo assim falou dela: "Marisa Barroso deixa de ser a revelação, a risonha promessa para - vencidas as naturais limitações da inexperiência e os nervosivos próprios dos estreantes - se afirmar, definitivamente, como grande intérprete da música popular brasileira, conquistando, com sua performance o lugar que lhe cabe, de fato e de direito, entre os astros consagrados do disco."

Em 1962, obteve sucesso com as gravações de A mesma rosa amarela, de Capiba e Carlos Pena Filho e Bronzes e cristais, de Alcir Pires Vermelho e Nazareno de Brito

Em 1964 fez temporada em Portugal. Gravou pela CBS um LP com o regente e instrumentista Astor.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira; Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982; CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

Fernando Costa

Fernando Costa, cantor e compositor, foi um dos pioneiros do rock brasileiro egravou diversos cha-cha-chás, coqueluche do começo da década de 1960.

Estreou em disco em 1960, gravando pela Continental os Rock do beliscão, dele, Alfredo Max e A . Chamelli e Estudante rock, de Anésio Pessanha, Argemiro Araújo e Neusa Toledo. No mesmo ano, gravou o rock Matusquela, de André Luiz e A . Marsilac e o rock-balada Balada da solidão, de sua autoria e Alfredo Max.

Ainda no mesmo ano, gravou pela Chantecler a guarânia Querida, de Luiz Mergulhão, Amilcar Chamarelli e P. Aguiar e o bolero Sentença, de Barbosa da Silva e Luiz Mergulhão.

Em 1962, foi contratado pela Columbia e estreou com Amor em cha-cha-chá e Abraça-me, parcerias com Rossini Pinto. No mesmo ano gravou mais duas parcerias com Rossini Pinto: Não digas nada e Conselho em cha-cha-chá.

Em 1963, gravou Felizes seremos, de Antônio Cirino e Se tu gostasses de mim, parceria sua com Rossini Pinto e, em 1964, O que será de mim agora, de Giraud, Dorsey e Bouget e Destinos iguais, parceria com Cirino Jr.

Fez ainda gravações por pequenos selos como Lord, Tiger e Albatroz, com composições como o Rock do soluço, de Amilcar Chamarelli, A . Marsilac e André Luiz e o bolero Francamente, de P. Aguiar, Luiz Mergulhão e Anísio Pessanha.

Com o aparecimento do movimento Jovem Guarda, com novas direções para a chamada música jovem, começou a sair da cena artística. Chegou a gravar pela Tapecar o LP É do Norte que vem o candomblé.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira - Bibliografia Crítica: SANTOS, Alcino; BARBALHO, Gracio; SEVERIANO, Jairo e AZEVEDO, M. A . De Azevedo (NIREZ), Discografia Brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

Carlos Pena Filho

Carlos Pena Filho (Carlos Souza Pena Filho), poeta e compositor, nasceu no Recife, PE, em 27/5/1929, e faleceu na mesma cidade, em 1/7/1960. Foi um dos parceiros do compositor Capiba. Seus primeiros trabalhos de poesia foram publicados no jornal Diário de Pernambuco.

Em 1952 publicou o primeiro livro, O tempo da busca. Em 1955 publicou seu segundo livro de poesias, Memórias do boi Serapião, com uma temática social e ilustrado por Aloísio Magalhães. Em 1958 publicou A vertigem lúcida.

Em 1959, mostrou a Capiba um poema pedindo-lhe para musicá-lo para o carnaval. Capiba, entretanto, achou a letra muito bonita para ser cantada apenas por quatro dias e resolveu fazer um samba-canção. Nascia assim A mesma rosa amarela, que se incorporou ao movimento da Bossa Nova, tornando-se uma das principais canções da década de 1960. O próprio poeta começou a divulgar a música cantando-a nos bares que freqüentava, especialmente na A Cabana, restaurante que reunia jovens intelectuais do Recife. Foi gravada primeiramente pelo cantor Claudionor Germano, ainda em 1960 pela gravadora pernambucana Mocambo, tornando-se sucesso através da cantora Maysa que a gravou em 1962, pela RCA Victor.

Ainda em 1959 teve publicado pela Livraria São José do Rio de Janeiro seu Livro geral, antologia de seus trabalhos. Outras letras de sua autoria musicadas por Capiba foram Ai de mim, samba-canção gravado em 1961 por Claudionor Germano e depois por Tito Madi, o samba Claro amor, gravado por Claudionor Germano e depois por Paulo Molin, o samba Manhã da tecelã também gravado por Claudionor Germano, o frevo-canção Não quero amizade com você, gravado por Paulo Molin e a canção Sino, claro sino interpretado por Zélia Barbosa.

Morreu prematuramente sem ver o sucesso de A mesma rosa amarela.

Nos anos 1970, o cantor e compositor Alceu Valença musicou seus poemas Solibar e Sino de ouro. Em 1993 teve diversos poemas musicados pelo músico Antônio José Madureira e gravados no CD Opereta do Recife, entre os quais, Bairro do Recife, Dádivas do amante, Desmantelo azul e Manoel, João e Joaquim, homenagem aos poetas Manoel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Joaquim Cardozo.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira - Bibliografia crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982; GONÇALVES, Magaly trindade; AQUINO, Zélia Thomaz de e SILVA, Zina Bellodi. Antologia de antologias. São Paulo: Musa editora, 1997.

Tiffany Harp

Tiffany Harp (Tiffany Helga dos Santos), cantora e instrumentista, nasceu na cidade de Itajaí, Santa Catarina, em 19/06/1986, e surpreende pela sua performance artística, principalmente quando toca e interpreta o bom, antigo e autêntico "blues".

É uma legítima gaitista de blues clássico referenciada no início dos anos 50, na era da eletrificação do blues das gravações da chess records. Tem como suas principais influências: Little Walter, Sonny Boy Willianson II e Big Walter Horton.

Logo cedo foi despertada pelo amor à esse gênero musical e pela harmônica aonde desde 2003 vem tocando e com uma evolução extraordinária chamando a atenção de todos cada vez mais, pela sua qualidade técnica e evolução em um período tão curto de tempo.

Destaca-se através de seu conhecimento sua virtuosidade e sua paixão por tocar o blues. Aliás, o dom é a sua virtude, mas a paixão é algo incomensurável, é uma força que essa artista tem dentro de si. Com uma pegada forte lembra ícones do blues da década de 50 e 60, o que é muito difícil de se ver nos dias de hoje.

Uma gaitista que sem dúvida nenhuma faz jus ao cenário nacional dos artistas de blues tradicional.

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Tiffany Harp no Greenwich Pub, casa noturna de Itajaí-SC.


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Um pouco sobre blues

O "blues" é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva.

Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas "spirituals" e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.

Nos EUA o blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Louisiana e Geórgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho.

São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão.

Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".

Fontes: MySpace, Comunidade do Orkut, Wikipedia, Blog do Papa-Siri. 

Little Walter

Marion Walter Jacobs, conhecido como Little Walter (Marksville, Louisiana, primeiro de Maio de 1930 — Burbank, 15 de Fevereiro de 1968) foi um cantor, guitarrista e gaitista de blues norte-americano. Um de seus maiores sucessos foi a canção "My Babe" em 1955 composta por Willie Dixon.

Dizer que Little Walter está para harmônica de blues como Charlie Parker está para o saxofone de jazz e Jimmy Hendrix para guitarra de rock não é nenhum exagero.

Indiscutivelmente o mais revolucionário e influente artista da história desse instrumento no blues, Little Walter Jacobs criou a maior parte do arsenal de técnicas e fraseados que passaram a ser ouvidos desde então no instrumento. Escutem abaixo "Thunderbird": (Para a Tiffany Harp, com todo o carinho de um bossa-novista que é o seu pai...)



Fontes: Wikipedia; Youtube; Little Walter - Um Tributo, por Flávio Guimarães.