sexta-feira, maio 07, 2010

Luely Figueiró


Luely Figueiró, cantora, atriz e escritora, nasceu em Porto Alegre-RS, no dia 26 de setembro de 1935. Iniciou a carreira no princípio da década de 1950, e integrou o elenco da Rádio Gaúcha e foi considerada como uma das melhores intérpretes do sul do país.

Tornou-se uma das pioneiras na gravação de compositores que conheceriam a consagração na década de 1960 como Tom Jobim, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Newton Mendonça e Sérgio Ricardo. Foi contratada pela gravadora Continental lançando o primeiro disco em 1957 com acompanhamento de Rafael Puglielli e sua orquestra registrando o tango "Yasmin de Santa Mônica", de Haletz, Warner e Huberto, e o bolero "Quero-te assim", de Miguel Prado e Sancristobal, ambos com versões de Carlos Américo.

No mesmo ano, e também com acompanhamento da orquestra de Rafael Puglielli gravou o samba-canção Nasce uma pobre menina, de Alberto Ribeiro e Alcir Pires Vermelho, a valsa-campeira Quero...quero..., de Luiz Carlos Barbosa Lessa, e os slow Marcelino, de Savona e Giacobeti, com versão de Edson Borges, e Marcelino pão e vinho, de Pablo Sorozabal com versão de Ribeiro Filho, estas últimas, da trilha sonora de conhecido filme da época. Também em 1957, atuou no filme Casei-me com um xavante, com direção de Alfredo Palácios.

Em 1958, gravou a toada Gauchinha bem querer, e a valsa Olha-me, diga-me!, composições de Tito Madi, e o calipso Melodie d'amour, de Salvador e Lanjean, com versão de Milton Cristofani, e o fox-trot Till (Até...), de Sigman e Denvers, com versão de Osvaldo Santiago.

Em 1959, gravou os xotes Xotis do Netinho, de Vitor Dagô e Poly, e Estou ficando louca, de sua autoria e Guaraci Ribeiro. Nesse ano, gravou com a orquestra de Rafael Puglielli os sambas-canção Não quero, não posso, não devo, de Dirce Moraes, e Eu não sei, de Lúcio Alves. Gravou também os sambas-canção O relógio da saudade, de Sérgio Ricardo, e
O que é amar, de Johnny Alf, além dos sambas A felicidade e O nosso amor, da dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Em 1960, gravou os sambas-canção
Meditação, de Tom Jobim e Newton Mendonça, Fim de noite, de Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli, Poema azul, de Sérgio Ricardo, e Se é tarde, me perdoa, de Ronaldo Bôscoli e Carlos Lira.

Em 1961, gravou pela RCA Victor com acompanhamento de orquestra a toada Amor ruim, de Sérgio Ricardo, e o samba-canção Chuva que passa, de Durval Ferreira, Maurício e Bebeto.

Em 2000, suas gravações dos sambas-canção O nosso amor e A felicidade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes foram relançadas na série de três Cds Raros compassos com as primeiras gravações de obras de Tom Jobim relançadas pelo selo Revivendo.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB

Menina veneno

O inglês Ritchie (Richard David Court), filho de um militar, morou em vários lugares do mundo. Até que, em 1972, conheceu em Londres um grupo de músicos brasileiros, entre eles o baixista e produtor musical Liminha, que o convenceram a vir para o país.

Naquela década, formou com Lobão, Lulu Santos, Luiz Simas e Fernando Gama a banda Vímana, que chegou a gravar um compacto para depois se desfazer e lançar seus integrantes em vitoriosas carreiras-solo.

"Menina Veneno" chegou às rádios brasileiras em 14 de fevereiro de 1983. A faixa, produzida por Liminha, que também toca o baixo e a guitarra, se transformou num extraordinário sucesso, apresentando ao pop-rock nacional uma nova estética e deflagrando a improvável popularidade deste talentoso gringo. Lançada a princípio em compacto simples, essa música puxou o sucesso comercial de "Voo do Coração", primeiro disco solo do cantor, que vendeu mais de um milhão de cópias naquele ano a bordo também de outros hits como "A Vida Tem Dessas Coisas", "Pelo Interfone" e "Casanova". (Fonte: pugaman77, no Youtube)

Menina Veneno (1983) - Ritchie e Bernardo Vilhena - Intérprete: Ritchie

LP Voo Do Coração / Título da música: Menina Veneno / Bernardo Vilhena (Compositor) / Ritchie (Compositor) / Ritchie (Intérprete) / Gravadora: Epic / CBS / Ano: 1983 / Nº Álbum: 144468 / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Rock.


(intro) ( E  F#  Abm  E  F#  Ebm )

E      F#          Abm     E  F#    Ebm
Meia-noite no meu quarto ela vai subir
E      F#          Abm     E   F#      Abm
Ouço passos na escada, vejo a porta abrir
A        F#         Abm     E    F#     Ebm
O abajur cor de carne, o lençol azul
E         F#          Abm   E   F#   Abm
Cortinas de seda, o seu corpo nu

(parte 1)
A        E                 B                   F#
Menina veneno, o mundo é pequeno demais prá nós dois
C#m                   Abm            F#        F7   F#7
em toda cama que eu durmo só dá você, só da voçê ieie

E      F#       Abm     E   F#        Ebm
Seus olhos verdes no espelho brilham para mim
E      F#     Abm        E   F#          Abm
Seu corpo inteiro é um prazer do princípio ao fim
A        F#     Abm      E    F#         Ebm
Sozinho no meu quarto eu acordo sem você
E       F#      Abm      E    F#      Abm
Fico falando prás paredes até anoitecer

(parte 2)
A          E             B              F#
Menina veneno, você tem um jeito sereno de ser
C#m                 Abm              F#      F7     F#7      Ab7
Toda noite no meu quarto vem me entorpecer, me entorpecer heieieeee

(intro)

(repete 1)
E            F#       Abm      E    F#    Ebm
Meia-noite no meu quarto ela vai surgir
E          F#        Abm      E   F#       Abm
Eu ouço passos na escada, eu vejo a porta abrir
A       F#         Abm     E     F#       Ebm
Você vem não sei de onde, eu sei, vem me amar
E     F#          Abm       E     F#       Abm
Eu não sei qual o seu nome mas nem preciso chamar

(repete 2)

E   F#     Abm    E F#     Abm
Menina veneno, menina veneno (3x)

Ritchie

Ritchie (Richard David Court), cantor e compositor, nasceu em Beckenham, no condado de Kent, ao Sul da Inglaterra, em 06/05/1952. Foi um dos mais bem-sucedidos do pop-rock brasileiro da década de 1980.

No início dos anos de 1970, tocava flauta em vários grupos ingleses, como o Everyone Involved, quando Rita Lee, Lucinha Turnbull e Liminha, de passagem por Londres, convidaram-no a vir morar no Brasil; aceitou, e por pouco não entrou para os Mutantes.

Radicado em São Paulo, durante a década de 1970 integrou grupos como Scaladácida (ao lado de Sérgio Caifa, Fábio Gasparini e Azael Rodrigues), Soma, Barca do Sol e Vímana (com Lulu Santos, Lobão e outros). Mas só em 1983 veio a ser nacionalmente conhecido, quando gravou uma fita com 17 músicas em parceria com o poeta Bernardo Vilhena e despertou o interesse da gravadora CBS, que o contratou.

Seu primeiro LP, Vôo de coração, emplacou vários grandes sucessos, como Menina veneno, Pelo interfone, Pra conversar e Casanova. O sucesso durou apenas dois anos, mas continua gravando e se apresentando em shows. Em 1995, Menina veneno foi regravada com êxito por Zezé di Camargo e Luciano.

Fontes: Wikipédia; Enciclopédia da Música Brasileira.

Risadinha

Risadinha (Francisco Ferraz Neto), compositor e cantor, nasceu em São Paulo SP, em 18/3/1921, faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 3/6/1976. Estudou em escolas públicas e, sem nunca ter aprendido música, começou a compor em 1935.

Jardim de ilusões
(com Rubens Santos) foi sua primeira composição. Depois de ter trabalhado durante dez anos em circos, boates e teatros paulistas, fez sua estréia na Rádio Cosmos, em São Paulo, passando, em 1938, para a Rádio Cruzeiro do Sul.

Em 1945 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde se apresentou na Rádio Mayrink Veiga e depois na Nacional, destacando-se como cantor e compositor de Carnaval.

Gravou seu primeiro disco pela Odeon, em 1950, cantando Faran-fan-fan (O. Silva e Olegário Lima) e o choro Lar vazio (Wilson Batista e Nóbrega Macedo). Especializou-se no samba de breque, tornande-se um dos melhores intérpretes do gênero, e durante mais de dez anos marcou sua presença nos Carnavais, sempre com músicas de sucesso.

Lançou, para o Carnaval de 1953, Se eu errei (com Humberto de Carvalho e Edu Rocha), composição que teve cerca de 20 regravações; em 1956 destacou-se com Saco de papel (com Haroldo Lobo) e Vou botar pra jambrar (com Jarbas Reis). Nesse mesmo ano, gravou seu primeiro LP pela Continental — Na batida do samba, canta Risadinha com Vadico e sua orquestra — e participou do filme Vou te contá, de Alfredo Palácios.

Para o Carnaval de 1960 fez Cacareco é o maior (com José Roy), que ele mesmo gravou com sucesso; para o de 1963, Cadê Brigitte (com José Roy); para o de 1964, Deixa meu pranto (com Ivo Santos), Quem me vê sorrir (com Ivo Santos) e Garota bossa nova.

Ainda na década de 1960, lançou outro LP pela Continental, De Cabral a Brasília, e, em 1975, um ano antes de morrer, recebeu o título de cidadão carioca, da Câmara dos Deputados do Estado do Rio de Janeiro. Como compositor usava o pseudônimo de Francisco Neto.

Obras

Cacareco é o maior (c/José Roy), 1960; Cadê Brigitte (com José Roy), 1963; Deixa meu pranto (c/ivo Santos), 1964; Jardim de ilusões (c/Rubens Santos), 1935; Saco de papel (c/Haroldo Lobo), 1956; Se eu errei (c/Humberto de Carvalho e Edu Rocha), 1953.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Zininho

Cláudio Alvim Barbosa, o poeta e compositor Zininho, nasceu em Biguaçu-SC, em 8 de maio de 1929, e faleceu em Florianópolis-SC, em 5 de setembro de 1998.

Nascido na localidade de Três Riachos, durante a infância viveu no Largo 13 de Maio (atual Praça Tancredo Neves), tendo o antigo casario da rua Menino Deus e o Hospital de Caridade como vizinhos. Sua adolescência foi no continente, no balneário do Estreito.

Desde jovem, foi atraído por atividades radiofônicas e ainda criança, gostava de cantarolar as marchinhas de carnaval que ouvia no rádio e, aos oito anos, fez sua estréia cantando no palco do Teatro da UBRO, incentivado pelo ator Waldir Brazil.

Trabalhou nas rádios Diário da Manhã e Guarujá, onde fez de tudo um pouco: cantor, rádio-ator, sonoplasta, técnico de som e produtor.

Foi nesta época de ouro do rádio, nas décadas de 1940 a 1960, que compôs mais de cem músicas, de marchinha a samba-canção. Destacam-se A Rosa e o Jasmim, Quem é que não chora, Princesinha da Ilha e o Rancho de amor a Ilha, escolhido em 1965, através de um concurso, como hino oficial do município de Florianópolis.

Depois da manifestação de um enfisema, Zininho recolheu-se em seu apartamento, no bairro continental do Abraão. Sucumbiu à moléstia em 5 de setembro de 1998.

Algumas obras
* A Margarida e o Mal-me-quer * A Rosa e o Jasmim * Deixa a porta aberta * Desespero * É tão tarde * Eu sou assim * Falta de você * Homenagem à Princesa* Insônia * Jardim dos meus amores * Largo 13 de Maio * Magia do Morro * Miramar * Num cantinho qualquer * O que seria de mim * Pra que negar * Preconceito Racial * Princesinha da Ilha * Quem é que não chora * Rancho de Amor à Ilha * Saudade, meu bem, saudade * Se o amor é isso * Viva a Natureza * Você há de pagar.

Fonte: Wikipédia; Banco Cultural.