sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Célia Villela

Célia Villela, cantora, nasceu em Belo Horizonte, MG, em 24/11/1939 e faleceu em Petrópolis, RJ, em 2005. Iniciou a carreira discográfica em 1955, e gravou alguns discos de 78 RPM até passar a fazer parte da primeira geração do Rock brasileiro por volta de 1960.

Nesse ano gravou seus dois grandes sucessos: Conversa ao telefone, versão de Fred Jorge para Pillow talk (Peper e James), e Trem do amor, versão também de Fred Jorge para One Way Ticket To The Blues (H. Hunter / J. Keller), ambas lançadas num mesmo 78 RPM pela gravadora RGE, e incluídas no primeiro LP de Célia, E Viva a Juventude!!!, lançado em 1961.

O segundo LP de Célia Villela, F-15 Espacial, somente foi lançado em 1964. Teve do programa de TV "Célia, Música e Juventude" na TV Continental do Rio de Janeiro, além de "Na Roda do Rock" pela Rádio Globo, tendo se transferido depois para a Rádio Guanabara. Casou com o músico Carlos Becker, ex integrante do grupo The Angels, bem como seu irmão, Sérgio Becker.

Abandonou a carreira antes do estouro da Jovem Guarda e a partir de então se tornou reclusa, tendo se recusado veementemente a dar seu depoimento sobre a História do Rock Brasileiro para Albert Pavão, em 1987, apesar das diversas tentativas do músico de contatar a cantora.

Faleceu em 2005 em Petrópolis.

Fonte: Cantoras do Brasil.

Nestor Tangerini

Nestor Tangerini (Nestor Tambourindeguy Tangerini), compositor, teatrólogo, poeta, caricaturista e professor, nasceu em Piracicaba, SP, em 23/07/1895, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30/01/1966. Tio da atriz Marília Pêra. Iniciou o curso primário em Manaus, capital do Amazonas e terminou seus estudos em Belém, capital paraense. No Rio de Janeiro, estudou no Mosteiro de São Bento. Cursou Farmácia e Direito. Foi membro da U. B. C. Foi casado com Dinah Marzullo Tangerini, ex-atriz da Companhia Alda Garrido, e que era filha da atriz Antônia Marzullo. Era deficiente físico e visual: não tinha o braço esquerdo e a vista direita, perdidos em dois acidentes.

Teve seu primeiro trabalho publicado em 1922, o soneto Coisas do Rio na revista A maçã. Em 1931, compôs letra e música para o samba Teu corpo é meu, e fez letra para o samba Samba da meia noite, de Ildefonso Norat, incluídas na peça Teu corpo é meu de sua autoria e encenada no Teatro Rialto naquele mesmo ano. O Samba da meia noite foi gravado no mesmo ano por Ildefonso Norat e Dina Marques com acompanhamento do Conjunto Columbia.

Foi diretor artístico da companhia de revistas Jardel Jércolis e autor da revista No tabuleiro da baiana apresentada pela Grande Companhia de Burletas e Atrações no Pavilhão Teatro Floriano. Foi autor ainda das revistas Tudo pelo Brasil, com Luiz Leitão, Cadeia da sorte, Na boca da hora e Lição domésticas, estas últimas em parceria com Aldo Cabral.

Para o carnaval de 1933 compôs com Otaviano Romeiro a marcha-rancho A cor que eu gosto. Em 1935, teve apresentada pela Companhia Jardel Jércolis a revista Estupenda, levada à cena no Teatro Carlos Gomes. Fez em 1937, com Benedito Lacerda, a valsa Dona felicidade gravada por Castro Barbosa na Victor.

Em 1946, a cançoneta Tua carta, com Ronaldo Lupo, foi gravada pelo parceiro pela Continental. Em 1950, fez com Ronaldo Lupo a cançoneta Vou desistir de namorar gravada por Ronaldo Lupo na Continental. No mesmo ano o fox Depois eu conto, parceria com Ronaldo Lupo, foi lançado na Todamérica na voz de Ronaldo Lupo. No ano seguinte, escreveu com Aldo Cabral e Mary Lopes a revista Chuva de estrelas estreada no Teatro Casa Blanca, no Rio de Janeiro, da qual fez parte o fox-cançoneta Garçonete, com Aldo Cabral, interpretado pela vedete Mara Rúbia.

Em 1952, teve o samba Manon, com Alice Alves, gravado por Ronaldo Lupo. Em 1955, o samba Não me convém..., parceria com Ronaldo Lupo, foi lançado na gravadora Columbia por Ronaldo Lupo, seu mais constante parceiro e intérprete. Em 1956, teve gravado na Mocambo o fox-canção Cinco sentidos, com Ronaldo Lupo, na voz de Ronaldo Lupo. Em 1958, o fox-humorístico Depois eu conto, parceria com Ronaldo Lupo, foi lançado por este último.

Faleceu de câncer em 1966. Na ocasião foi saudado pelo compositor Aldo Cabral em artigo publicado na revista da U. B. C. no qual afirmou "Poeta como poucos, Tangerini versejava em qualquer gênero, sempre espontâneo e correto".

Obras
A cor que eu gosto (c/ Otaviano Romeiro), Cinco sentidos (c/ Ronaldo Lupo), Depois eu conto (c/ Ronaldo Lupo), Dona felicidade (c/ Benedito Lacerda), Garçonete (c/ Aldo Cabral), Manon (c/ Alice Alves), Não me convém... (c/ Ronaldo Lupo), Samba da meia noite (c/ ldefonso Norat), Tua carta (c/ Ronaldo Lupo), Vou desistir de namorar (c/ Ronaldo Lupo)

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.