quinta-feira, fevereiro 15, 2018

Mulatinha da caserna - Capitão Furtado

Assim noticiava a revista "Carioca", de 01/02/1936: "Promovido pela Municipalidade de São Paulo realizou-se um concurso de sambas e marchas para o Carnaval. Mais animado que nos anos anteriores, conseguiu este concurso reunir cerca de 280 músicas, entre sambas e marchas.

Feita a seleção das mais interessantes, coube, no final, o primeiro lugar à marcha "Mulatinha da caserna", de autoria da parceria maestro Martinez Grau e Ariovaldo Pires, dois nomes de larga projeção no cenário musical de São Paulo. Em segundo lugar, saiu vencedor o compositor carioca Ary Barroso(1), cujas composições tem enchido de alegria o Brasil, em todos os Carnavais passados. "Paulistinha querida", é o título da composição do autor de "Maria" e "Rancho fundo.

Acompanhado pelo cantor Januário de Oliveira, criador de sua composição, o maestro Martinez Grau veio ao Rio, por conta da Diretoria de Divertimentos Públicos de São Paulo, especialmente para fazer gravar a marcha vencedora. O autor e o intérprete de "Mulatinha da caserna", visitaram a redação de CARIOCA e nos transmitiram suas felicitações pelo êxito de de nossa revista, que está sendo acolhida na Pauliceia com a mais viva simpatia." (1) Ary era mineiro.

Mulatinha da Caserna (marcha, 1936) - Martinez Grau e Capitão Furtado (Ariovaldo Pires)

Disco 78 rpm / Título da música: Mulatinha da Caserna / Martinez Grau (Compositor) / Capitão Furtado (Compositor) / Januário de Oliveira (Intérprete) / Arnaldo Pescuma (Intérprete) / Gravadora: Victor, 1936 / Nº Álbum: 34035 / Lado B / Gênero musical: Marcha / Carnaval.



Antigamente a mulatinha
Fazia corso lá no quintal
Mas com o tempo ficou por cima
Foi promovida a general

Alerta! Alerta!
Vamos fazer revolução
Nossa trincheira vamos ter, mulata
Na avenida São João

A Benedita já fez progresso
Tirou o corpo lá do fogão
Vive na seda, tem um V-8
E sai de braço com o capitão



Fonte: Revista Carioca - 01/02/1936

Capitão Furtado - Biografia

Ariovaldo Pires - 1936
Capitão Furtado (Ariovaldo Pires), compositor, nasceu em Tietê SP em 31/8/1907, e faleceu em São Paulo SP, em 10/11/1979. Sobrinho de Cornélio Pires, em 1928 foi levado pelo tio ao então diretor da Columbia, Wallace Downey, passando a trabalhar como seu secretário em 1929, em São Paulo SP

Em seguida, participou do programa inaugural da Rádio Cruzeiro do Sul, que estava sendo organizada por Wallace Downey, substituindo um artista que havia faltado, no papel de um fazendeiro caipira, tendo sido logo contratado.

Ainda em 1929 estreou como compositor, com a toada Coração, em parceria com seu conterrâneo Marcelo Tupinambá, gravada por Januário de Oliveira. Dois anos depois, colaborou como assistente no filme Coisas nossas, produzido e dirigido por Wallace Downey, e, em 1932, ano da Revolução Constitucionalista, adotou o pseudônimo de Capitão Prudêncio Pombo Furtado, depois abreviado para Capitão Furtado.

Em 1934, transferiu- se para a recém-inaugurada Rádio São Paulo junto com os componentes do programa Cascatinha do Genaro. A mudança foi ótima para todos, pois o programa aí alcançou sucesso absoluto. Em 1935 atuou como coordenador artístico do filme Fazendo fita, de Vitório Capelaro, em que foi incluída sua toada Coração. Nesta ocasião, conheceu a dupla Alvarenga e Ranchinho, convidando-os a participar do filme.

No ano seguinte, obteve o primeiro prêmio em um concurso de música carnavalesca organizado pela prefeitura de São Paulo com a marcha Mulatinha da caserna (com Martinez Grau). Com o dinheiro do prêmio foi para o Rio de laneiro RJ com Alvarenga e Ranchinho, levando um sucesso da dupla, a moda-de-viola Itália e Abissínia (com a dupla), e que seria gravada na Odeon. Visitou a Rádio Tupi, onde fez um programa improvisado com Alvarenga e Ranchinho, a convite do diretor artístico da emissora. Ouvidos por Assis Chateaubriand, os três foram contratados e passaram a se apresentar como a Trinca do Bom Humor, três vezes por semana.

Gravaram vários discos pela Odeon, os primeiros intercalando piadas com números musicais, como Futebol (moda-de-viola), Meu coração (rancheira), A baixa do café (toada). Com a atriz Jurema de Magalhães, gravou a poesia Adoração (Campos Negreiros), sendo apelidado por Tia Chiquinha (Sílvia Autuori) de “o caipira que fala com o coração”, slogan que adotou para sua carreira.

Ainda no Rio, foi assistir à prova automobilística Circuito da Gávea e um dos locutores passou-lhe o microfone, depois dos comentários. Improvisando versos humorísticos, imediatamente agradou o público, formando uma multidão de ouvintes junto ao palanque da Rádio Tupi. Ouvido pelo diretor da Victor, Mr Evans, foi contratado pela gravadora, lançando com a Trinca do Bom Humor o disco Liga dos bichos e Vida do Zé Luís (ambas com Alvarenga e Ranchinho).

Teve outros discos lançados pela Odeon em 1936, como Caipira em Hollywood, cateretê de sua autoria gravado em dupla com Alda Garrido, e a moda-de-viola Calango (com Alvarenga e Ranchinho), no qual a menina Gilda Magalhães contava anedotas. No ano seguinte, gravou na Victor Natal do sertão (Lucilia Guimarães Villa-Lobos e Luís Guimarães), com a participação de Tia Chiquinha e o Coro dos Apiacás, formado por crianças, entre os quais dois meninos que se tornariam famosos, Luiz Bonfá e Lúcio Alves.

Em 1939, seu amigo Palmeirim Silva inscreveu sua peça O tesouro do sultão no concurso promovido pelo Serviço Nacional de Teatro, sob o patrocínio do Ministério da Educação. Vencedora, a peça foi montada por Jardel Jércolis, com música de Radamés Gnattali, cumprindo temporada de sucesso no Teatro João Caetano, do Rio de Janeiro, e depois em outros Estados e países vizinhos. Nesse mesmo ano, retornou a São Paulo, onde se fixou definitivamente. Criou na Rádio Difusora o programa Arraial da Curva Torta, que revelou artistas como a dupla Tonico e Tinoco (batizada por ele), Blecaute e a futura apresentadora Hebe Camargo, que na época formava com sua irmã a dupla caipira Rosalinda e Florisbela.

Em 1940, Orlando Silva gravou na RCA Victor a valsa E o vento levou, de sua autoria, e Gilberto Alves gravou Linda flor que morreu (com Jota Soares). Durante a década de 1940, realizou numerosas versões de sucessos internacionais. Em 1948, em Salvador BA, dirigiu por algum tempo a Rádio Excelsior local. Voltou a São Paulo em fins de 1949 e, no ano seguinte, começou a trabalhar na Rádio Cultura.

De 1952 a 1956 voltou a atuar na Rádio Difusora, que deixou para coordenar programas de música caipira patrocinados pela Alpargatas. Passou a viajar por todo o Brasil para divulgar Roda de Violeiros, programa que promoveu o primeiro campeonato de amadores, reunindo 3.250 grupos de 512 cidades do país, e revelando diversas duplas de cantores.

Em 1963 foi para a Rádio Bandeirantes, de São Paulo, e aí permaneceu até 1966, quando se aposentou. Na época, sua marcha Mulatinha de caserna foi oficializada pelo então prefeito de São Paulo, Faria Lima, como hino do Carnaval paulista. Em 1967, embora aposentado, exerceu por algum tempo as funções de coordenador de música e versões da Editora Fermata, mas logo se afastou do meio artístico. CD : Ao Capitão FurtadoMarvada viola, 1997, Funarte/ Atração Fonográfica ATR 32019 (Série Acervo da Música Brasileira, n 2).


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Olha o Padilha - Moreira da Silva

Moreira da Silva
Olha o Padilha (samba, 1952) - Ferreira Gomes, Bruno Gomes e Moreira da Silva - Intérprete: Moreira da Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Olha o Padilha / Bruno Gomes (Compositor) / Ferreira Gomes (Compositor) / Moreira da Silva (Compositor) / Moreira da Silva (Intérprete) / Gravadora: Continental, 1952 / Nº Álbum: 16587 / Lado A / Gênero musical: Samba.


Tom: C  

Intr:  Ab  Fm  C  Am  D7  D79 Gaug C9+

                     C                   G7
Prá se topar numa encrenca, basta andar distraído,
               C                             C
Que ela um dia aparece - não adianta fazer prece.
                            C7                    F
Eu vinha anteontem, lá da gafieira, com minha nega Cecília.
- Quando gritaram - Olha o Padilha!
                                   Fm
Antes que eu me desguiasse, um tira forte e aborrecido
    C
Me abotoou, e disse: - Tu és o nonô! Heim?
                    Dm                    G7
“Mas eu me chamo Francisco, trabalho como mouro,
         C
Sou estivador - Posso provar ao senhor.”
                            E7
Nisso o moço de óculos 'Raibam’,
                       Am
Me deu um pescoção: - bati com a cara no chão.
      A7
E foi dizendo, “Eu só queria saber
                                  Dm
Quem disse que és trabalhador. - Tu és salafra, achacador
       F                               G6
Esta macaca ao teu lado, é uma mina mais forte
                      C
Que o Banco do Brasil - Eu manjo ao longe este tiziu”
              Dm                        G7
E jogou uma melancia, pela minha calça adentro,
                       C
A =      Que engasgou no funil, - Eu bambeei, ele sorriu.
             Dm               G7
Apanhou uma tesoura, e o resultado
          C
Desta operação: - É que a calça virou calção
        C7
Na chefatura um barbeiro sorridente
                F
Estava à minha espera. - Ele ordenou: “Raspa o cabelo desta fera”
           Fm
“Não está direito, seu Padilha, me deixar
                   C
Com o coco raspado - Eu já apanhei um resfriado
                Dm                       G7
Isto não é brincadeira, pois o meu apelido era
                  C
Chico Cabeleira.” - Não volto mais à gafieira.

(solo) C  G7  C  C7  F  Fm  C  B  Bb  A7  Dm  G7  C  (A)

(Ele quer ver minha caveira. Eu, heim? Se eu não me desguio a tempo
Ele me raspa até as axilas. O homem é de morte…)  Dm  G7  C9+

Na subida do morro - Moreira da Silva

Clássico do samba de breque, de autoria de Geraldo Pereira, que o compôs especialmente para uma peça teatral apresentada no Morro de Mangueira, onde Geraldo então morava, escrita, dirigida e interpretada por ele mesmo, como número de encerramento. Anos mais tarde, Moreira da Silva comprou de Geraldo Pereira os direitos autorais e de gravação da música por um conto e trezentos.

O lançamento se deu pela Continental, em maio-junho de 1952, disco 16553-B, matriz C-2816, mas no selo original e na edição impressa apareceram apenas os nomes de Moreira da Silva e Ribeiro Cunha (fabricante dos chapéus do cantor), sendo o de Geraldo Pereira omitido.

O próprio Moreira reconhecia ser Geraldo o verdadeiro e único autor de "Na subida do morro", e regravaria a música em outras oportunidades, além de interpretá-la no filme "Maria 38" (1959), de Watson Macedo, estrelado pela sobrinha do cineasta, Eliana (Fonte: Samuel Machado Filho - Youtube).

Na Subida do Morro (samba, 1952) - Moreira da Silva e Ribeiro Cunha - Intérprete: Moreira da Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Na Subida do Morro / Silva, Moreira da (Compositor) / Cunha, Ribeiro (Compositor) / Silva, Moreira da (Intérprete) / Orquestra Tabajara (Acomp.) / Araújo, Severino (Acomp.) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1951-1952 / Nº Álbum 16553 / Lado B / Lançamento: 1952 / Gênero musical: Samba de breque.


  (A)
Na subida do morro, me contaram   (breque)
  A         E7          A       
Que você bateu na minha nega  
             A7 
Isto não é direito
                        ( D )             
Bater numa mulher que não é sua  (breque) 
                   ( D )
Deixou a nega quase crua (breque)
             Dm                           ( A )
 No meio da rua / A nega quase que virou presunto (breque)
                       ( A )                             Bm
Eu não gostei daquele assunto (breque) / Hoje venho resolvido
                        E7        ( A )
Vou lhe mandar para a cidade de pé junto (breque) 
                      ( A ) 
Vou lhe tornar em um defunto
            Db7                          (Gbm) 
Você mesmo sabe que já fui um malandro malvado (breque)
                  (Gbm)                            Gb7
Somente estou regenerado (breque) /  Cheio de malícia
                           ( Bm )          
Dei trabalho à polícia pra cachorro (breque) 
                    (Bm)
Dei até no dono do morro(breque)
             Bm           Db7                  (Gbm)
Mas nunca abusei de uma mulher que fosse de um amigo (breque)
                   (Gbm)                         Bm  
Agora me zanguei consigo(breque) / Hoje venho animado  
                    E7                    ( A )
A lhe deixar todo cortado / Vou dar-lhe um castigo (breque)
Meto-lhe o aço no abdome e tiro fora
 o seu umbigo (breque)
 
“Aí meti-lhe o aço, hum! Quando ele ia caindo disse: 
Moringueira você me feriu; Eu então disse-lhe: É claro,
você me desrespeitou, mexeu com a minha nega. Você sabe 
quem em casa de vagabundo malandro não pede emprego; 
Como é que você vem com xavecada, está armado; eu quero 
é ver gordura que a banha está cara. Aí meti a mão lá 
na duana, na peixeira, é porque eu sou de Pernambuco, 
cidade pequena, porém decente, peguei o Vargolino 
pelo abdome, desci pelo duodeno, vesícula biliar e 
fiz-lhe uma tubagem; ele caiu, bum, todo ensanguentado; 
E as senhoras como sempre nervosas: Meu Deus esse homem 
morre, moço. Coitado olha aí está se esvaindo em
sangue; Ora minha senhora, dê-lhe óleo canforado, 
penicilina, estreptomicina crebiosa, engrazida e até
 vacina Salk; Mas o homem já estava frio; Agora o 
malandro que é malandro não denuncia o outro, espera 
para tirar a forra. Então diz o malandro:”
 
              Db7                                 (Gbm)
Vocês não se afobem que o homem desta vez não vai morrer (breque)
                       (Gbm)          
Se ele voltar dou pra valer (breque) 
              Gb7
Vocês botem terra nesse sangue
                     ( Bm )           
Não é guerra / É brincadeira (breque) 
                    ( Bm )
Vou desguiando na carreira (breque)
               Bm   
A jungusta já vem 
          Db7                  ( Gbm )
E vocês digam que eu estou me aprontando ( breque)
                     ( A )              
Enquanto eu vou me desguiando (breque) 
                  Bm
Vocês vão ao distrito
    E7            (  A )
Ao delerusca, se desculpando (breque)  
Foi um malandro apaixonado
                 ( A )
Que acabou se suicidando.

Chang-Lang - Moreira da Silva


Chang-Lang (samba, 1957) - Moreira da Silva e Ribeiro Cunha - Intérprete: Moreira da Silva

LP Moreira Da Silva - O Último Malandro / Título da música: Chang-Lang / Moreira da Silva (Compositor) / Ribeiro Cunha (Compositor) / Moreira da Silva (Intérprete) / Gravadora: Odeon, 1958 / Nº Álbum: MOFB 3058 / Lado B / Faixa 06 / Gênero: Samba de breque.


Tom:F

Intr.: Bb  Bbm  F  D7  Gm  C7  F F7
Bb  Bbm  F  D7  Gm  C7  F  C7

      F                        
Eu fui ao restaurante chinês, 
                              F#°    Gm
e peguei o gordurame, sem ter o arame.
   C7                                     
E disse ao China, “prá semana pagarei” - 
                                    F
O Chang-Lang se queimou comigo sem ter razão.
                      D7                  
É, na durindana disse: “Aqui não é pensão, 
          Gm
se você quer comer de graça, você tem que trabalhar.
 Bb        B°           F/C          D7  
Ou deixe em depósito seu chapéu de palha. 
         Gm                      C7         F
Vá se embora por favor, que eu não sou seu pai”

A7                    Dm                D7      
Na alta roda de malandros sempre fui considerado, 
             Gm
  um batuqueiro respeitado.
                           Dm          
Me queimei com a ignorância do chinês, 
               E7                 A7
e dei-lhe uma fritada pra servir de lição.
 
E disse: “Chang, se aguenta. 
Vá por mim que eu sou direito.
   Dm               D7                    Gm
Se eu me agarro com você derrubo todas prateleiras. 
‘Time is money’ quer dizer 
          Dm     
Tempo é dinheiro, 
            E7                A7        Dm
o velho tempo é grana e eu estou na durindana.
 
Eu pago a conta prá semana. Agüenta aí”. 
     A7                          Dm       
Dificilmente o malandro perde o controle. 
                           D7
Eu disse: “Está bem, vou pagar”, 
        Gm              
Meti a mão lá na aduana. 
                                     Dm
Mas ao invés de grana puxei da minha navalha.
   E7                              A7
Tomei o meu chapéu de palha prá poder me desguiar
 
“Mas Chang, o que é que há? Tá desconfiando do seu camarada? 
     Dm           D7                     Gm
Se eu me agarro com você derrubo todas prateleiras. 
‘Time is money’ quer dizer 
          Dm     
Tempo é dinheiro, 
                E7          A7          Dm
o velho tempo é grana e eu estou na durindana.
 
Eu pago a conta prá semana. Agüenta aí”
 
(solo):  

F  F#°  Gm  C7   F  D7  Gm  Bb  B°  F/C  D7  Gm  C7  F

    A7                                  
Dificilmente o malandro perde o controle. 
     Dm                    D7
Eu disse: “Está bem, vou pagar”, 
        Gm                
Meti a mão lá na aduana. 
                                          Dm
Mas ao invés de grana puxei da minha navalha.
   E7                                   A7
Tomei o meu chapéu de palha prá poder me desguiar
 
E disse: 
“O Chang, o que é que há? Eu conheço a tua terra, hein? 
Dm                  D7                    Gm
Se eu me agarro com você derrubo todas prateleiras.
                              Dm              
 ‘Time is money’ quer dizer tempo é dinheiro, 
                 E7        A7           Dm
o velho tempo é grana e eu estou na durindana.
Eu pago a conta prá semana” - Neca.

Gm  A7 D