quinta-feira, março 29, 2007

Ary Toledo


Ary Toledo (Ari Christoni de Toledo), cantor, compositor e teatrólogo, nasceu em Martinópolis SP em 22/8/1937. Interessou-se por música desde os 12 anos, quando ganhou urna gaita da mãe. Aprendeu violão com o professor Jamil Neder, em Ourinhos MG, e em 1962 compôs sua primeira música, Modinha de ser.


Gravou, em 1965, em disco RGE Fermata, Tiradentes, uma de suas composições de maior sucesso Participou de vários programas musicais da TV Record, de São Paulo SP, entre 1965 e 1967, época em que se projetou cantando Pau-de-arara (Vinícius de Moraes e Carlos Lyra), também conhecida como Comedor de gilete, música da peça Pobre menina rica.

Destacou-se também interpretando, na mesma época, composições de sua autoria, como Descobrimento do Brasil e Os ovos que a galinha pôs, com Chico de Assis, um de seus principais parceiros. Lançou em 1966, pela RGE, o LP Ary Toledo no fino da bossa, incluindo as músicas de seu repertório.

Ator e autor de seus espetáculos teatrais ficou quatro anos em cartaz com o show A criação do mundo segundo Ary Toledo (em parceria com Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal), que estreou no Teatro de Arena, de São Paulo, em 1966. Atuou durante outros quatro anos em O comportamento sexual do homem, da mulher e do etc.

Em 1974, estreou no Teatro de Arena, de São Paulo, Tamanduá come formiga, elefante leva fama, de sua autoria e de Chico de Assis. De 1986 a 1991 escreveu, produziu, dirigiu e interpretou o show Ary Toledo com a corda toda, no Teatro Zácaro, em São Paulo. Fábrica de riso, espetáculo lítero-musical de sua autoria, foi mostrado no Japão, em 1993, e nos EUA, em 1995.

Algumas músicas





Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Sílvio Brito


Sílvio Brito (Sílvio Ferreira de Brito), cantor e compositor, nasceu em Alfenas MG em 10/2/1949. Começou sua carreira aos seis anos de idade cantando na rádio Clube de Varginha. Ainda na adolescência passou a compor músicas gravadas por cantores como Ronnie Von, Antonio Marcos e Vanusa.

Integrou em meados da década de 1960 o grupo Os Apaches, com influencias dos Beatles e do rock psicodélico. Com Os Apaches gravou um LP, O décimo primeiro mandamento, pela etiqueta Bemol.

Em 1974 ganhou o troféu Buzina do Chacrinha de cantor revelação e no ano seguinte já era conhecido em todo o Brasil.

Em 1973 assumiu carreira solo, imitando Raul Seixas, e fazendo sucesso com gravações como Tá todo mundo louco (1973), Espelho mágico (1975), Por um beijo seu (1977) e Tubo maluco (1979).

Com tendência mais sertaneja a partir de 1979, regravou a toada Rio de lágrimas, sucesso da dupla Lourenço e Lourival, e lançou o LP Rocaipira (RGE, 1992).

Algumas músicas









Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Terra dos meus sonhos


Terra Dos Meus Sonhos - Sílvio Brito - Intérprete: Sílvio Brito

LP Sílvio Brito ‎– Terra Dos Meus Sonhos / Título da música: Terra dos Meus Sonhos / Sílvio Brito (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Paralelo / Ano: 1988 / Nº Álbum: LP 2030 / Lado B / Faixa 2.


Tom: A

  A               E             A
Você precisa conhecer a minha terra...
                          F#m       Bm
Lá não tem guerra, nem polícia, nem ladrão.

            E                       Bm
Não tem partidos de esquerda ou de direita,
       E         Bm              E          A
Todo mundo se respeita, isso que é constituição...

 A                   E              A
E além de tudo, tem mulheres muito lindas
            F#m      F#7       Bm
E guardam ainda no olhar a sedução.
          D              Dm         C#m F#m         D
Todos trabalham e se divertem sem censura e com fartura,

        Bm          E
Pois é repartido o pão.
           D             C#m          F#m
Não tem prefeito, nem banqueiro, nem juiz
          D             E      A  D A
E no entanto o povo é muito feliz.

 E                             A
Felicidade só se tem quando se doa,
          D        E               A
Por isso na minha cidade a vida é boa...
 E                             A
E a vida é boa quando planta-se a semente,
          D        E               A
Nem só na terra mas no coração da gente.

  A               E             A
Você precisa conhecer a minha terra...
                          F#m       Bm
No alto da serra onde a lua beija o chão.
            E                        Bm
Lá não tem muros, nem um tipo de barreiras,
    E               Bm           E        A       E7
Preconceitos nem fronteiras de país ou religião.

  A                 E           A
Num mundo cheio de ternura e alegria,
       F#7            F#m        Bm
Onde o amor floresce mais à cada dia,
           D              Dm         F#m Bm
Crianças crescem livres, fortes e sadias,
           D             Bm          E
Entre os amigos e sem correr nenhum perigo...
         D              Dm         C#m
É um paraíso aqui na terra e eu suponho,
       F#7              Bm
Que esteja dentro de cada um,
     E              A  D A
A terra dos meus sonhos...

 E                             A
Felicidade só se tem quando se doa,
          D        E               A
Por isso na minha cidade a vida é boa...
 E                             A
E a vida é boa quando planta-se a semente,
          D        E               A
Nem só na terra mas no coração da gente.

Tá todo mundo louco


Tá Todo Mundo Louco - Sílvio Brito - Intérprete: Sílvio Brito

Compacto Duplo 7" Sílvio Brito / Título da música: Tá Todo Mundo Louco / Sílvio Brito (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Chantecler / Ano: 1974 / Nº Álbum: 2-08-201-065 / Lado B / Faixa 1.


Tom: G
G                                          D7
Essa musica foi feita num momento de depressão
Eu tava com saco cheio com raiva da vida, com raiva de tudo
                                               G
Eu fiz essa música pra encher o saco de todo mundo                                                          
É uma musica sem graça, sem métrica, sem rima,sem ritmo, 
                          D7
com muitos erros de português                                
Agora ninguém tem nada com isso, 
                                                G
porque a musica é minha eu faço dela o que eu quiser.                                    
Eu fiz tudo pra não fazer um plágio 
                                                    D7
mas ela saiu muito parecida com a musica do Raul Seixas.                                                                 
Oh mas não tem nada não porque não foi feita pra fazer sucesso, 
                                             G
nem pra se apresentada num programa de televisão.                                     
Eu até coloquei uma frase em inglês 
                               D7
pra valorizar a musica "I Love You"                                      
É uma dessas musicas chatas, enjoada, 
                                                  G
sem graça que a gente faz pra participar de festival.                                                       
Você que tá ouvindo essa musica num tem nada com isso 
                                                         D7
deve tá me achando um chato, enjoado, não liga "prisso", não

                D7                  G
 liga "prisso" não, não liga prisso não.
                D7                     
Que é a cabeça irmão, é a cabeça irmão,
             G
é a cabeça irmão, mas que depressão
            D7                G
É a cabeça irmão, é a cabeça irmão, mas que confusão
             D7               G                 
É a cabeça irmão, é a cabeça irmão desafinação, 
             D7                 G
é a cabeça irmão, é a cabeça irmão.

G
Tá todo mundo louco, oba
Tá todo mundo louco, oba
C
Tá todo mundo louco, oba
Tá todo mundo louco, oba
G
Tá todo mundo louco, oba
Tá todo mundo louco ,oba

D                    G            D                     G
Tube ri din din, din din din din, tube ri din din, din din"

E|--0-------------------------
B|----------------------------
G|----------------------------
D|----------------------------
A|------3-2--------------------
E|------------3---------------

G           G/B        C            D
Tudo está ficando diferente ninguém vê!
G           G/B        C          D
Já estou cansado de ouvir você dizer
C                 D    C               D   
Que eu não sei fumar, que eu não sei beber, 
 C                 D
que eu não sei cantar
        Em        B7           C 
Aquilo tudo que você adora ouvir 
          D            G
e eu não sirvo pra você, por que?
D                     G            
Eu não sei cantar inglês, por que? 
D                     G
Eu não sei cantar inglês, eh

G
Tá todo mundo louco, oba
Tá todo mundo louco, oba
C
Tá todo mundo louco, oba
Tá todo mundo louco, oba
G
Tá todo mundo louco, oba
Tá todo mundo louco ,oba

D                    G            D                     G
Tube ri din din, din din din din, tube ri din din, din din

E|--0-------------------------
B|----------------------------
G|----------------------------
D|----------------------------
A|------3-2--------------------
E|------------3---------------

G            G/B       C          D
Já não compreendo a razão do desamor
G            G/B           C             D
Nem entendo porque ninguém fala mais no amor
C          D    C               D
Você me traiu e disse que é normal
C          D           Em           B7   
Um a um todos irão por certo acompanhar 
        C           D                  G
a evolução e quase que eu fiquei pra trás
          D                    G    
Por que?, fui querer ser bom rapaz, 
          D                    G
por que? Fui querer ser bom rapaz, eh

Ta todo mundo louco, oba.... (9x)

Farofa-fa


Farofa-Fa (1975) - Mauro Celso - Intérprete: Mauro Celso

Compacto Simples 7" Mauro Celso ‎/ Título da música: Farofa-Fa / Mauro Celso (Compositor) / Mauro Celso (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor ‎/ Ano: 1975 / Nº Álbum: 101.0315 / Lado A.


Tom: A
A                    E
Comprei um quilo de farinha
Pra fazer farofa
Pra fazer farofa
            A
Pra fazer farofa fa

                  E
Comprei um pé de porco (faró fa fa)
             A
E orelha de porco (faró fa fa)
                E
Pus tudo isto no fogo (faró fa fa)
            A
E remexi direito (faró fa fa)
                  E
Com a fome de um lobo (faró fa fa)
                A
Eu calcei o meu peito (faró fa fa)

 E
Fa
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
            A
Faró Faró Faró Fa Fa

               E
Farinha de mandioca (faró fa fa)
               A
E pimenta malagueta (faró fa fa)
               E
Eu gosto de farofa (faró fa fa)
                A
Como, não faço careta (faró fa fa)
                      E
Mas sou forte como um touro (faró fa fa)
                A
Da cabeça inteligente (faró fa fa)
                E
Só não mastigo tijolo (faró fa fa)
                      A
Porque me estraga os dentes (faró fa fa)

E
Fa
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
            A
Faró Faró Faró Fa Fa
Letra

Comprei um quilo de farinha,
Pra fazer farofa, pra fazer farofa, pra fazer farofa-fá!(2x)

Comprei um pé de porco (farofa fá)
E orelha de porco ( farofa fá)
Puis tudo isso no fogo (farofa fá)
E remexi direito (farofa- fá)

Com a fome de um lobo,(farofa fá)
Eu enchi o meu peito (farofa fá)

(Xucrutes!)
Fá faro faro faro, faro faro faro, faro faro faro fafá! (2x)

Farinha de mandioca (farofa fá)
Pimenta malagueta (faro fa fa)
Eu gosto de farofa (farofa fá)

Como e não faço careta (farofa fá)
Mas sou forte como um touro (farofa fá)
Da cabeça inteligente (farofa fá)
Só não mastigo tijolo (farofa fá)
Porque estraga os dentes (farofa fá)

Evebary now!

refrão

Casinha


Casinha (1975) - S. Rodrigues - Intérprete: Sílvio Brito

LP Sílvio Brito ‎– Vendendo Grilo / Título da música: Casinha / S. Rodrigues (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Chantecler / Ano: 1975 / Nº Álbum: 2-08-404-063 / Lado B / Faixa 6.


Tom: D

Intro: G, A, D, Bm, G, A7, D

A              G                  D
A minha vida, é um sonho esquecido,
A7                                          D
Patrimônio já perdido, não sei quando vou achar.
A              G                  D
Vivo vagando, sempre olhando o infinito,
A7                                    D
O que existe de bonito, são as noites de luar.


A              G                 D
Minha morada, é uma casa sem beleza,
A7                                 D
Rodeada de tristeza, como um jardim sem flor.
A                G             D
Meu coração, não reclama, está calado,
A7                    D
Mas por dentro está magoado, por perder o seu amor.

A               D
Não, não vou ficar,
A              G             D
Um novo mundo, eu terei que procurar.
A7                   G           D               Refrão
Nesta casinha, não consigo mais morar
A7            G                  D
Nesta casinha, não consigo mais morar.

(Intro:  G, A, D, Bm, G, A7, D)

A             G             D
Minha morada, é uma casa sem beleza,
A7                               D
Rodeada de tristeza, como um jardim sem flor.
A              G            D
Meu coração, não reclama, está calado,
A7                                          D
Mas por dentro está magoado, por perder o seu amor.

Refrão

Espelho mágico


Espelho Mágico (1975) - Sílvio Brito, Luís Vagner e Tom Gomes - Intérprete: Sílvio Brito

LP Sílvio Brito ‎– Vendendo Grilo / Título da música: Espelho Mágico / Sílvio Brito (Compositor) / Luís Vagner (Compositor) / Tom Gomes (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Chantecler / Ano: 1975 / Nº Álbum: 2-08-404-063 / Lado A / Faixa 1.


A
Espelho meu, espelho meu
D                 A
Diga se no mundo existe alguém
E7           A
Mais louco do que eu
Espelho meu, espelho meu
D                 A
Diga se no mundo existe alguém
E7           A
Mais louco do que eu
                   D                         A     E7
Ah que culpa tenho eu de ser assim tão complicado
A                      D                   A     A7
Se os conflitos do meu tempo me deixaram pirado
D                E7                C#m
Se eu ando distraído devo estar perdido
F#m               B7
Dentro dos meus sonhos procurando paz
E7
Cuidado rapaz!
A
Salve os loucos, salve os loucos
D                  E7                     A   E7 A
Tomo a dimensão de quem não tem razão pra ser normal
E7
Sou débil mental
A
Espelho meu, espelho meu
D                 A
Diga se no mundo existe alguém
E7           A
Mais louco do que eu
Espelho meu, espelho meu
D                 A
Diga se no mundo existe alguém
E7           A
Mais louco do que eu

Salvem a terra

Salvem a terra - Robson Sé, Enzo Bertolini e Sílvio Brito
Tom: B
INTRO:
B           F#              E               B
Salvem a Terra, salvem a Terra, salvem a Terra
F#              E               B
Salvem a Terra, salvem a Terra, salvem a Terra
           B                     D#m
Não há nada mais lindo que o céu
E                  B
Refletindo nas águas do mar,
E                B
Sob o brilho da luz do sol,
C#                    F#
Que faz a flor do chão brotar.
B                    D#m
E não há nada melhor do que a terra,
E                B
pra acolher não só as sementes
E                 B
Dos frutos que nos alimentam,
C#            F#
Mas também a vida da gente.
G#m               D#m
Mas não há nada pior que a ganância
C#m             G#m
De um poder cruel e tão frio,
C#m              G#m
semeando matança e miséria,
E                F#
Destruindo florestas e rios
B           F#              G#m            
Salvem a Terra!  oh doce Terra!
F#    E             B
Terra bendita!   Que Deus criou
F#                  G#m               
Salvem a Terra!  Pros nossos filhos,
F#    E          B
ainda há tempo   De recomeçar.
F#           G#m                   F#     E
Salvem a Terra!  A Amazônia... Ainda há uma chance
B       G#m  E         F#
De ser feliz!            Oh oh oh
              B                   D#m
Que o meu canto não seja mais um,
E                 B
Que o meu sonho não seja em vão,
E            B
Com tantas calamidades
C#               F#
No rádio e na televisão.
G#m                D#m
Mas eu trago comigo a Esperança
C#m                G#m
E acredito numa força maior.
C#m               G#m
E quem sabe as nossas crianças
E                   F#
Vão viver num mundo bem melhor!
B            F#              G#m               
Salvem a Terra!  oh doce Terra!
F#    E             B
Terra bendita!   Que Deus criou
F#                  G#m                
Salvem a Terra!  Pros nossos filhos,
F#    E          B
ainda há tempo   De recomeçar.
F#           G#m                   F#     E
Salvem a Terra!  A Amazônia... Ainda há uma chance
B       G#m  E         F#
De ser feliz!            Oh oh oh
B
Salvem a Terra!

Pare o mundo que eu quero descer


Pare o Mundo Que Eu Quero Descer (1985)- Sílvio Brito - Intérprete: Sílvio Brito

LP Sílvio Brito ‎– Careca, Sem Dente E Pelado / Título da música: Pare o Mundo Que Eu Quero Descer / Sílvio Brito (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Paulinas/COMEP / Ano: 1985 / Nº Álbum: LP-509.0001 / Lado A / Faixa 5.


Tom: G

Intro:
G D C D
G D/F# Em D C G/B A9 D G

G                             D
 Pare o mundo que eu quero descer
                                 
Que eu não aguento mais escovar 
    C                            G     D
os dentes com a boca cheia de fumaça,
G                            D
 Você acha graça porque se esquece
                      C                        G      D
que nasceu numa época cheia de conflitos entre raças.
G                            D
 Pare o mundo que eu quero descer
                                     C    
Que eu não aguento mais tirar fotografias 
                      G       D
para arrumar meus documentos,

G                     D
 É carteira disso e daquilo
                   C                       G
que até já amarelou minha certidão de nascimento,
            D
E ainda por cima:

C                    G                        D    
Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, 
                    G
ter que pagar pra morrer.
C                    G                        D    
Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, 
                    G
ter que pagar pra morrer.    (solo)*

G                            D
 Pare o mundo que eu quero descer
                                    C         
Que eu não aguento mais esperar o Corinthians 
               G     D
ganhar o campeonato,
G
 E ter que pagar multas,
  D                      C                         G      D
impostos, taxas, pedágios pra engordar um bando de ratos.
G                             D
 Pare o mundo que eu quero descer
                                            C      
que eu não aguento mais ouvir notícias de miséria, 
                G                            D
corrupção e violência que não param de aumentar.
G                    D
 E pensar que a poluição
                  C                                 G
contaminou até as lágrimas e eu não consigo mais chorar,
            D
E ainda por cima:

C                    G                        D    
Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, 
                    G
ter que pagar pra morrer.
C                    G                        D    
Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, 
                    G
ter que pagar pra morrer.

G        D/F#         Em       D
Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado...
C            G/B            
Desorientado segue o mundo, 
            A9                 D
enquanto eu vou ficando aqui parado, oh oh
G        D/F#         Em       D
Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado...
C                  G/B             A9          D      G
Eu só quero o teu amor comigo e mandar o resto pros diabos.


D#  G#       D#/G         Fm       D#
    Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado...
C#           Ab/C                       Bb9                D#
Desorientado segue o mundo, enquanto eu vou ficando aqui parado,
G#       D#/G         Fm       D#
Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado...
C#                  Ab/C           Bb9         D#     G#
Eu só quero o ter você comigo e mandar o resto pros diabos.

E   A        E/G#         F#m      E
    Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado...
D            A/C#                    B9                 E
Desorientado segue o mundo, e eu não posso mais ficar parado,
A        E/G#         F#m      E
Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado...
   D                  A/C#                 B9 E          A
Tá tudo errado, tudo errado, tá tudo errado,   tudo errado.
                        ''Mas há de melhorar!''

* (Solinho que emenda o primeiro refrão com segunda parte da música:

A:--7-5---------:
E:------7-7-2-3-:

Obs: fica mais prático substituir o ''3'' por G . )

Careca, sem dente e pelado


Careca, Sem Dente e Pelado (1985)- Sílvio Brito e Joel Soares - Intérprete: Sílvio Brito

LP Sílvio Brito ‎– Careca, Sem Dente E Pelado / Título da música: Careca, Sem Dente E Pelado / Sílvio Brito (Compositor) / Joel Soares (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Paulinas/COMEP / Ano: 1985 / Nº Álbum: LP-509.0001 / Lado A / Faixa 1.


Intro: D#5  D5

G13* D9 Em7 D9 C9 D9 A7(11) D9
G5, D5, E5, D5
G5, D5, E5, D5

     G13                               
Eu estava lá no céu                    
D9                                 
tranquilo a meditar                     
C                                      
De repente um anjo                     
D9
começou a me falar
G13               D9
Chegou a sua vez, já sei o que você quer:
C                      D9
Um carro, uma casa, muita grana e uma mulher
G13                D9
É fácil resolver, já sei pra aonde irá
C                      D9
a Terra é um planeta que você vai adorar,
D9     
Ah ah ah(Ah ah ah)

G                       D
Nossa! Que planeta engraçado
Em                   Bm
onde já se nasce enrolado
C                  G
Meio de cabeça pra baixo e agachado
A9                  D
Careca, sem dente e pelado

G                       D
Nossa! Que planeta engraçado
Em                   Bm
onde já se nasce enrolado
C                   G
Meio de cabeça pra baixo e agachado
A9        D         G      D9
Careca, sem dente e pelado

  G13                      D9
Entrei num corpo e vim, nascer neste lugar  
C                    D9
e desde muito cedo comecei a trabalhar
G13                 D9
Então eu percebi, não tive muita sorte
C                            D9
o homem quer ter tudo, este planeta está de morte
G13                        D9
O carro que eu comprei, tive que financiar
C                  D9               D9        
E a casa onde moro, eu tive que alugar, Ah ah ah(Ah ah ah)

G                       D
Nossa! Que planeta engraçado
Em                   Bm
onde já se nasce enrolado
C                  G
Meio de cabeça pra baixo e agachado
A9                  D
Careca, sem dente e pelado

G                       D
Nossa! Que planeta engraçado
Em                   Bm
onde já se nasce enrolado
C                  G
Meio de cabeça pra baixo e agachado
A9        D         G      D9
Careca, sem dente e pelado

G13
Num sonho então o anjo                  
D9
voltou a me falar
C9                     D9
Que havia só um jeito de pro céu poder voltar
G13                   D9
Era parar de reclamar e começar a trabalhar
C9                    D9               
Construir aqui na Terra toda paz que eu tinha lá
G13                  D9
Porque se agente faz, a parte que nos cabe
C                      D9                  D9        
A paz, o amor, e o céu estão em toda parte!  Ah ah ah(Ah ah ah)

G                      D
Nossa que planeta engraçado
Em                   Bm
onde já se nasce enrolado
C                  G
Meio de cabeça pra baixo e agachado
A9        D       (solo)**        G13
Careca, sem dente e   endividado. 

segunda-feira, março 19, 2007

Nana Caymmi


Nana Caymmi (Dinair Tostes Caymmi), cantora, nasceu no Rio de Janeiro – RJ em 29/04/1941. Em 1960, registrou sua primeira atuação em estúdio, participando da faixa Acalanto (Dorival Caymmi), no LP de seu pai, que compôs a canção em sua homenagem, quando a cantora era ainda criança.


Lançou, também, seu primeiro disco solo, um 78 rpm, contendo as músicas Adeus (Dorival Caymmi) e Nossos beijos (Hianto de Almeida e Macedo Norte). No dia 26 de abril desse mesmo ano, assinou contrato com a TV Tupi, apresentando-se no programa Sucessos Musicais, produzido por Fernando Confalonieri. Em seguida, passou a apresentar, acompanhada pelo irmão Dori, o programa A Canção de Nana, produzido por Eduardo Sidney.

Em 1961, casou-se com o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela. Nesse país, nasceram suas filhas Stella Teresa, em 1962, e Denise Maria, em 1963. Gravou, nesse ano, seu primeiro LP, Nana, com arranjos de Oscar Castro-Neves.

Em 1964, participou do disco Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo, ao lado do pai e dos irmãos. No ano seguinte, separou-se do marido e voltou grávida para o Brasil, com suas filhas pequenas. Em 1966, nasceu seu filho, João Gilberto. Nesse mesmo ano, venceu o I Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta).

Apresentou-se no programa Ensaio Geral (TV Excelsior), ao lado de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tuca, Toquinho e Maria Bethânia, entre outros. Ainda nesse ano, assinou contrato com a TV Record, de São Paulo, e casou-se com o cantor e compositor Gilberto Gil, com quem compôs Bom dia, canção apresentada pelos autores no III Festival de Música Brasileira (TV Record), em 1967. No ano seguinte, terminou seu contrato com a TV Record. Estreou, no Rio de Janeiro, o show Barroco e separou-se de Gilberto Gil.

Em 1969, foi citada por Carlos Drummond de Andrade no poema A festa (Recapitulação), publicado na edição do dia 23 de fevereiro do jornal “Correio da Manhã". Em 1970, fez uma temporada de shows com Dori Caymmi em Punta del Este, Uruguai. Participou do espetáculo "Mustang Cor de Sangue", com Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle e o conjunto Apolo 3, realizado no Teatro Castro Alves (Salvador) e no Teatro de Bolso (RJ).

No ano seguinte, cantou Morena do mar (Dorival Caymmi), na II Bienal do Samba (TV Record). Voltou a Punta del Este, para novas temporadas, em 1971 e em 1972, nesse último ano ao lado de Dori Caymmi, no Café del Puerto. Em 1973, apresentou-se com sucesso em Buenos Aires. No ano seguinte, realizou um show, com o conjunto argentino Camerata, no Camerata Café Concert, em Punta Del Este. Lançou na Argentina, pela gravadora Trova, ainda em 1974, o LP Nana Caymmi, que vendeu 20 mil cópias. O disco, divulgado Rádio Jornal do Brasil por Simon Khoury, chamou a atenção das gravadoras brasileiras.

No ano seguinte, acompanhada pela Camerata, foi recebida pela mídia como Grande Show Woman, em sua temporada anual na Argentina. Após um jejum de oito anos no mercado fonográfico brasileiro, lançou, em 18 de junho de 1975, na Sala Corpo e Som, do Museu de Arte Moderna (RJ), o LP Nana Caymmi (CID). O disco alcançou o 77º lugar no Hit Parade Carioca, uma semana após o lançamento. Fez, ainda, uma temporada, no mês de julho, na boate Igrejinha (SP), sendo citada por Tárik de Souza, no Jornal do Brasil, como a "Nina Simone brasileira" e provocando a admiração de Caetano Veloso, que considerou sua interpretação de Medo de amar (Vinícius de Moraes) uma das mais expressivas da música brasileira.

No dia 22 de outubro de 1976, foi contemplada com o Troféu Villa-Lobos de Melhor Cantora do Ano, oferecido pela Associação Brasileira de Produtores de Discos. Participou da trilha sonora de Maria Maria, espetáculo do Balé Corpo, com músicas de Milton Nascimento e Fernando Brant e coreografia de Oscar Ajaz. Apresentou-se, ao lado de Ivan Lins, no Teatro João Caetano (RJ), pelo projeto Seis e Meia. Ainda em 1976, lançou o LP Renascer, com show no Teatro Opinião. A canção Beijo partido (Toninho Horta), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela Pecado Capital da TV Globo.

Em 1977, gravou novo LP, pela RCA-Victor. O disco contou com a participação de Dorival Caymmi na faixa Milagre, canção inédita do compositor, e teve show de lançamento no Teatro Ipanema (RJ). Ainda nesse ano, a gravadora CID lançou no mercado brasileiro o disco Nana Caymmi, gravado na Argentina em 1974, com o título Atrás da porta. Inaugurou, ao lado de Ivan Lins, o Projeto Pixinguinha (Funarte).

Em 1978, apresentou-se com Dori Caymmi pelo Projeto Pixinguinha. O show, dirigido por Arthur Laranjeiras, estreou no Teatro Dulcina (RJ) e prosseguiu em Vitória, Salvador, Maceió e Recife. Ainda nesse ano, lançou, pela Odeon, o LP Nana Caymmi, contendo a faixa Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), incluída na trilha sonora da novela Sinal de Alerta (TV Globo).

Em 1979, apresentou-se, com Edu Lobo e o conjunto Boca Livre, no Teatro do Hotel Nacional e no Canecão, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, casou-se com o cantor e compositor Claudio Nucci. Em 1980, comandou Nana Caymmi e seus amigos muito especiais, série de shows apresentados às segundas-feiras, no Teatro Villa-Lobos, com a participação de Isaurinha Garcia, Rosinha de Valença, Cláudio Nucci, Zezé Mota, Zé Luiz, Fátima Guedes, Sueli Costa, Jards Macalé e Claudio Cartier, entre outros. Fez temporada no Chico’s Bar, anexo do Castelo da Lagoa (RJ) e realizou espetáculo de lançamento do disco Mudança dos ventos (Odeon), viajando em turnê de shows pelo país. Participou, ao lado do Boca Livre, do Projeto Pixinguinha.

Em 1981, Canção da manhã feliz (Haroldo Barbosa e Luiz Reis), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela Brilhante (TV Globo). Seu espetáculo, na Sala Funarte, foi apontado pelo Jornal do Brasil como um dos dez melhores do ano.

Em 1982, apresentou-se em Algarve (Portugal). Realizou uma participação na novela Champagne (TV Globo), representando a si mesma e cantando Doce presença (Ivan Lins e Victor Martins), ao lado do pianista Edson Frederico. A canção foi incluída na trilha sonora da novela. No ano seguinte, gravou, com César Camargo Mariano, o LP Voz e suor (Odeon). Apresentou-se, ao lado do pianista, no 150 Night Club (SP), para lançamento do disco.

Em 1984, separou-se de Claudio Nucci. Participou do Festival de Nice (França), com Dorival Caymmi e Gilberto Gil, entre outros. No ano seguinte, sua gravação de Flor da Bahia (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) foi incluída na trilha sonora de da minissérie Tenda dos Milagres (TV Globo), baseada no romance homônimo de Jorge Amado.

No final de 1986, em comemoração ao centenário de nascimento de Heitor Villa-Lobos, iniciou uma série de shows pelo país, que teve continuidade no ano seguinte, interpretando obras do compositor, ao lado de Wagner Tiso e do grupo Uakti.

Em 1987, fez temporada de shows em Madri, Espanha. Lançou o disco Nana, contando com a participação de seu filho, João Gilberto, na faixa "A lua e eu" (Cassiano e Paulo Zdanowski). No dia 3 de outubro desse mesmo ano, nasceu sua primeira neta, Marina, filha de Denise e Carlos Henrique de Meneses Silva.

Em 1988, fez show de lançamento do disco Nana, no L’Onoràbile Società (SP) e no People Jazz (RJ), seguindo em turnê pelo país. Em 1989, participou da coletânea Há sempre um nome de mulher", LP duplo produzido por Ricardo Cravo Albin para a campanha do aleitamento materno, do Banco do Brasil, cantando as músicas Dora e Rosa Morena, ambas de Dorival Caymmi. Nesse mesmo ano, ao lado de Wagner Tiso, excursionou por várias cidades da Espanha e participou do Festival Internacional de Jazz de Montreaux, Suíça. A apresentação foi gravada ao vivo, gerando o LP Só louco, lançado, no mesmo ano, pela EMI-Odeon. No dia 16 de dezembro, seu filho, João Gilberto, sofreu, no Rio de Janeiro, um grave acidente de motocicleta. A cantora passou o ano de 1990 dedicando-se exclusivamente ao filho acidentado.

Em 1991, voltou ao cenário artístico, participando, ao lado do irmão Danilo, de espetáculo realizado no Rio Show Festival (RJ), que reuniu Dorival Caymmi e Tom Jobim. Participou, com Dorival e Danilo Caymmi, do XXV Festival Internacional de Jazz de Montreux. O show foi gravado ao vivo e gerou o disco Família Caymmi em Montreux, lançado no Brasil, no ano seguinte, pela PolyGram.

Em 1992, participou, no Rio Centro (RJ), da segunda edição do Rio Show Festival, ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Fagner. Lançou, pela Sony Music, o disco O melhor da música brasileira, apresentando-se em temporada de shows na casa noturna Jazzmania (RJ). No dia 24 de abril desse mesmo ano, nasceu Carolina, sua segunda neta, filha de Denise e Carlos Henrique de Meneses Silva. Participou do "SP Festival", realizado no Anhembi (SP), ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Gilberto Gil.

Em 1993, viajou a Portugal, para temporada de shows em Lisboa e no Porto, ao lado de Dorival e Danilo Caymmi. Gravou o disco Bolero (EMI), apresentando-se em longa temporada de shows no People Jazz (RJ) e seguindo em turnê pelo país. Esteve, também, em Nova York, onde se apresentou no Blue Note, em show que contou com a participação de Danilo Caymmi.

Em 1994, lançou o CD A noite do meu bem - As canções de Dolores Duran (EMI), que contou com a participação de sua filha Denise Caymmi na faixa Castigo. Fez show de lançamento do disco no Canecão, em seu primeiro espetáculo solo nessa casa, seguindo em turnê pelo país.

Em 1996, apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), ao lado de Daniela Mercury, do pai Dorival e dos irmãos Dori e Danilo, em dois espetáculos comemorativos dos 50 anos das empresas Odebrecht. Lançou, nesse mesmo ano, o disco Alma serena (EMI), no Canecão (RJ) e no Palace (SP), seguindo em turnê pelo país. Viajou, em seguida, para os Estados Unidos, onde se apresentou em Los Angeles e Nova York, ao lado de Dori Caymmi.

Em 1997, gravou, no Teatro Rival (RJ), seu primeiro disco solo ao vivo, No coração do Rio (EMI), seguindo em turnê pelo país. Em 1998, lançou o CD Resposta ao tempo (EMI), contendo a canção homônima (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), escolhida como tema musical de abertura da minissérie Hilda Furacão (TV Globo). A música obteve bastante destaque, tendo sido muito executada nas rádios, nesse ano. Apresentou-se, novamente, no Canecão, em show de lançamento do disco, viajando, em seguida, em turnê pelo país.

Em 1999, foi contemplada com o primeiro Disco de Ouro de sua carreira, pelas cem mil cópias vendidas do CD Resposta ao Tempo (EMI), seguindo-se o convite da TV Globo para cantar Suave Veneno (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), canção escolhida como tema da novela homônima. Lançou a coletânea Nana Caymmi - Os maiores sucessos de novela (EMI). Participou, ainda, do songbook de Chico Buarque (Lumiar Discos), interpretando a faixa Olhos nos olhos.

Em 2000, comemorando 40 anos de carreira em disco, lançou o CD Sangre de mi alma (EMI), cantando em espanhol uma seleção de boleros, como Acércate más (Osvaldo Farrés) e Solamente una vez (Agustín Lara), entre outros, com arranjos de Dori Caymmi e Cristóvão Bastos.

Em 2001, gravou o CD Desejo, produzido por José Milton, com a participação de Zeca Pagodinho, em dueto com a cantora em Vou ver Juliana (Dorival Caymmi), Ivan Lins, ao piano na faixa Só prazer (Ivan Lins e Celso Viáfora) e sua sobrinha Alice, filha de Danilo Caymmi, em dueto com a tia na música Seus olhos, de autoria da irmã, Juliana Caymmi. Realizou show de lançamento do disco no Canecão (RJ), apresentando, além do repertório do CD, sucessos de sua carreira, como Saudade de amar, da trilha sonora da novela Porto dos Milagres (TV Globo) e Resposta ao tempo (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc).

Em 2002, lançou o CD O mar e o tempo, contendo exclusivamente obras de Dorival Caymmi, como Saudade da Bahia e O bem do mar, entre outras, além da inédita Desde ontem. O disco contou com a participação de seus irmãos Dori e Danilo, além de sua mãe, Stella, das netas e das sobrinhas.

Em 2003, foi lançado o songbook O melhor de Nana Caymmi (Editora Irmãos Vitale), produzido por Luciano Alves, contendo letras, cifras e partituras do repertório da cantora, além de um perfil biográfico assinado por sua filha, Stela Caymmi.

Em 2004, em comemoração ao 90º aniversário do pai, lançou, com os irmãos Dori e Danilo, o CD Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo, contendo exclusivamente canções de Dorival Caymmi. Os arranjos do disco foram assinados por Dori Caymmi. Em 2005, lançou, ao lado de Nana Caymmi, Danilo Caymmi, Paulo Jobim e Daniel Jobim, o CD Falando de amor, sobre a obra de Tom Jobim Os músicos Jorge Hélder (baixo) e Paulinho Braga (bateria) participaram das gravações.


Fonte: Adaptado da Wikipédia, a enciclopédia livre.

Luís Carlos Vinhas


Luís Carlos Vinhas (Luís Carlos Parga Rodrigues Vinhas), pianista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro - RJ em 19/5/1940. Iniciou-se no meio artístico em 1958, tocando em festas e em pequenos espetáculos. Na época começava a surgir a bossa nova, movimento em que se engajou rapidamente.


Uma das primeiras gravações da bossa nova teve sua participação especial em O barquinho, em 1958. Integrou o Bossa Três, primeiro conjunto instrumental de bossa nova, com o qual fez apresentações nos EUA, participou do programa Ed Sulivan Show, e gravou três discos em New York pela Audio Fidelity, lançados em 1962: Bossa Três, Bossa Três & Jo Basile e Bossa Três e seus amigos.

De volta ao Brasil, participou de diversas gravações em 1964, entre as quais: Jorge Ben (Philips), Wilson Simonal (Odeon) e Quarteto em Cy (Forma).

A partir de 1965, apresentou-se nas principais casas noturnas do eixo Rio-São Paulo (Chico’s Bar, Vogue, Flag etc.) e gravou o disco Bossa Três em forma (Forma). No ano seguinte, lançou o disco Bossa Três (Odeon) e fez temporadas de espetáculos acompanhando Maysa e Elis Regina, até a formação do Gemini 5, com o qual lançou, ainda em 1966, o disco Gemini 5 (Odeon).

Em 1967 fez apresentações internacionais com o novo conjunto e lançou o disco Gemini 5 no México (Odeon). Participou em 1968 da gravação do disco Elis Regina (Philips) e, em seguida, gravou seu primeiro disco solo: O som psicodélico de Luis Carlos Vinhas (CBS). No ano seguinte, outra participação especial, agora com Maria Bethânia, no disco Maria Bethânia (Odeon).

Em 1970 lançou o disco Luís Carlos Vinhas no Flag (Odeon) e, em seguida, o compacto Chovendo na roseira (Tapecar). Só voltou a gravar em 1977 com o disco Luis Carlos Vinhas (Odeon). Dois anos depois, fez uma participação especial no disco Wilson Simonal (RCA).

Em 1982 lançou pela Polygram o disco Baila com Vinhas. Quatro anos depois, lançou pela Som Livre O piano mágico de Luis Carlos Vinhas. Voltou a gravar pela Som Livre em 1989: Piano maravilhoso.

Em 1994 lançou os CDs Vinhas e bossa nova (CID) e Forma — A grande música brasileira. No ano seguinte, lançou o CD Bossa nova - História, som e imagem e a reedição em CD do disco de 1966, Gemini 5.

Em 1996 participou do CD Um piano na Mangueira (CID) e da coletânea Tempo de bossa nova, lançada pela revista Caras.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

quarta-feira, março 14, 2007

Mulata yê, yê, yê


Mulata yê, yê, yê (Mulata Bossa Nova) (marcha/carnaval, 1965) - João Roberto Kelly - Interpretação: Emilinha Borba

LP O Carnaval é Nosso / Título da música: Mulata yê, yê, yê / João Roberto Kelly (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Gravadora: Entré/CBS / Lançado em 1964 / Carnaval de 1965 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Marcha.


G
mulata bossa nova 
  
caiu no huly-guly
BIS     Am   C               G       
e só dá ela  iê-iê-iê iê-iê-iê iê-iê 
  D7      G
na passarela

         Am               G              
a boneca está  cheia de fiu-fiu  
                C
esnobando as louras
       A7          D7
e as morenas do Brasil

João Roberto Kelly


João Roberto Kelly (João Roberto Esteves Kelly), compositor, cantor e produtor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 23/6/1937. Aos 11 anos, começou a tocar piano de ouvido, aprendendo com a mãe e a avó, ambas pianistas. Depois estudou com professora particular e começou a compor.


Iniciou carreira em 1957, fazendo a partitura da revista Sputnik no morro, que Geysa Bôscoli e Leon Eliachar apresentaram no Teatrinho Jardel, no Rio de Janeiro, em 1957.

Estreou na televisão em 1963, fazendo a abertura musical dos programas da TV Excelsior, onde mais tarde, convidado por Carlos Manga e Chico Anísio, passou a musicar os quadros dos seus shows humorísticos, participando, assim, de um dos programas mais famosos na época (1964), Times Square.

Daí em diante, dedicou-se a televisão, tendo sido produtor e apresentador em varies canais de televisão no Rio de Janeiro — na TV-Rio, produziu Praça Onze, Noites Cariocas e Musikelly; na TV Globo, foi apresentador de Espetáculos Tonelux; e, em 1970, voltando para a TV-Rio, produziu e apresentou Rio Dá Samba.

Tornou-se mais conhecido como compositor carnavalesco, destacando se em vários Carnavais das décadas de 1960 e 1970: em 1964 fez grande sucesso com Cabeleira do Zezé (com Roberto Faissal), marcha gravada por Jorge Goulart; no ano seguinte, Emilinha Borba gravou com êxito sua marchinha Mulata iê iê iê e Dalva de Oliveira interpretou em disco o Rancho da Praça Onze (com Chico Anísio), música que já havia, sido apresentada ao publico em 1960 e que foi modificada para o relançamento; em 1967, sua música Colombina iê-iê-iê (com David Nasser) foi uma das mais cantadas no Carnaval; e, em 1971, sua marcha Paz e amor (com Toninho) foi defendida por Clóvis Bornay.

Venceu, em 1972, o concurso de Carnaval da TV Tupi com Israel (com Carlos Gonçalves dos Santos), cantada por Emilinha Borba, e recebeu o Medalhão de Ouro da TV Globo, em 1974, pelo seu Cordão da Bahia. Ainda nesse ano, gravou um LP pela Odeon, cantando sucessos seus como Boato e Gamação, gravados anteriormente por cantores como Elza Soares, Miltinho e Dóris Monteiro.

Algumas músicas










Obras

Boato, samba, 1961; Brotinho bossa nova, samba, 1960; Cabeleira do Zezé (c/Roberto Faissal), marcha, 1964; Colombina iê-iê-iê (c/David Nasser), samba, 1967; Dor de cotovelo, samba, 1961; Figurinha de boate, samba, 1961; Gamação, samba, 1962; Joga a chave, meu amor (c/J. Rui), marcha, 1965; Linda mascarada (c/David Nasser), marcha-rancho, 1967; Mulata iê-iê-iê, marcha 1965; Rancho da Praça Onze (c/Chico Anísio), marcha rancho, 1965; Rancho do Lalá (c/David Nasser), marcha. 1967; Samba do teleco-teco, samba, 1958; Só vou de balanço, samba, 1963; Times Square (c/Meira Guimarães), hully-gully, 1964.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

quinta-feira, março 08, 2007

Sá Marina

Wilson Simonal
Já nos tempos de adolescente o pianista Antônio Adolfo tocava no Beco das Garrafas, integrando o conjunto Samba Cinco ou participando de sessões de jazz e de bossa nova. Em 1967, quando liderava o Trio 3-D e tinha quatro elepês gravados, iniciou uma parceria com o letrista Tibério Gaspar, vivendo a dupla nos quatro anos seguintes uma fase de grande sucesso, com participações assíduas em festivais e trilhas sonoras de novelas.

São dessa época composições como “Meia-Volta”, “Juliana”, “Teletema”, “BR-3” e a popularísssima “Sá Marina”: “Descendo a rua da ladeira / só quem viu pode contar / cheirando a flor de laranjeira / Sá Marina, eh! vem pra dançar...”.

Lançada em 1967 pelo conjunto O Grupo, a canção estourou com Wilson Simonal no começo do ano seguinte, permanecendo por dezenove semanas nos primeiros lugares das paradas de sucesso. Uma toada-moderna, segundo o próprio Adolfo, “Sá Marina” é produto de uma tendência muito em moda na época, que procurava juntar influências harmônicas da bossa nova a estruturas tradicionais da música brasileira, no caso a toada.

Pode ser incluída naquela vertente de “Andança” e “Viola Enluarada”, canções filiadas, como foi dito, ao estilo Milton Nascimento, apresentando, porém, “Sá Marina” características mais dançantes, com seu ritmo bem marcado e ligeiramente aproximado do iê-iê-iê (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Sá Marina (1968) - Antônio Adolfo e Tibério Gaspar - Intérprete: Wilson Simonal

LP Alegria, Alegria Vol. 2 ou Quem Não Tem Swing Morre Com A Boca Cheia De Formiga / Título da música: Sá Marina / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1968 / Nº Álbum: MOFB 3547 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: MPB.

tom: C

C7+            C#°          Dm7
Descendo a rua da ladeira
G                C7+  Am7   
Só quem viu, que pode contar
  Dm7
Cheirando a flor de laranjeira
  G                 C7+    
Sá Marina vem pra cantar
    C#°          Dm7
De saia branca costumeira
G                   C7+  Am7   
Gira o sol, que parou pra olhar
  Dm7
Com seu jeitinho tão faceiro
 G               C    Gb7(b5)
Fez o povo inteiro cantar
F7+               G
Roda pela vida afora
C7+            Am7
E põe pra fora essa alegria
Dm7                    G             Bb   C
Dança que amanhece o dia pra se dançar
F7+                     G
Gira, que essa gente aflita
    C7+            Am
Se agita e segue no seu passo
Dm7                   G          Ab7(b5) Ab7+(b5) G4 C7+
Mostra toda essa poesia no olhar
  C#°          Dm7
Deixando versos na partida
 G               C7+  Am7   
E só cantigas pra se cantar
  Dm7
Naquela tarde de domingo
 G               C7+
Fez o povo inteiro cantar
Am7    Dm7      G        C7+
E fez o povo inteiro cantar
Am7    Dm7     G        Ab7(b5)  Ab7+(b5)  G4   C7+
E fez o povo inteiro cantar.

Vesti azul

O diretor do selo Equipe, Osvaldo Cadaxo, pediu ao compositor Nonato Buzar, autor do sucesso “O Carango”, uma música para a cantora Adriana, de quatorze anos, filha de um amigo seu. Mal terminara o encontro e Nonato já começava a cantarolar letra e melodia da nova canção, logo informando a um incrédulo Cadaxo que a música estava pronta.

Assim nasceu “Anjo Azul” — título que é uma homenagem ao legendário filme de Marlene Dietrich — em que o autor completava as pausas com passagens instrumentais, as quais, embora sem letra, faziam parte da composição, uma toada, dançante, urbana: “Estava na tristeza que dava dó / vivia vagamente, andava só / mas eis que de repente apareceu / um brotinho lindo que me convenceu / dizendo que devia vestir azul / (...) / vesti azul / pã pã paã pã paã / minha sorte então mudou...”

Dias depois, enquanto Ed Lincoln preparava o arranjo para Adriana, Nonato mostrou em São Paulo a música a Wilson Simonal que gostou e pediu para que ele a gravasse numa fita cassete. Daí surgiriam, quase ao mesmo tempo, as duas gravações com títulos diferentes, a de Adriana (na Equipe) como “Anjo Azul” e, para surpresa do autor, a de Simonal (na Odeon) como “Vesti Azul”.

Campeãs de vendagem, ambas adotavam o estilo “pilantragem”, já mencionado, tendo prevalecido o título “Vesti Azul”, em razão principalmente do sucesso de Simonal, que na ocasião comandava o programa “Show em Si Monal”, na TV Record. “Vesti Azul” seria gravada, em versão de Paul Anka e Sammy Cahn, no exterior com o nome de “Something Else”. Parceiro de Chico Anísio e Carlos Imperial, Nonato Buzar emplacou sucessos como os temas das telenovelas “Irmãos Coragem” (1970/71) e “Verão Vermelho” (1971/72), tendo atuado quatro anos na França com o seu grupo País Tropical (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Vesti Azul (1968) - Nonato Buzar - Intérprete: Wilson Simonal

LP Alegria, Alegria!!! / Título da música: Vesti Azul / Nonato Buzar (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1967 / Nº Álbum: MOFB 3508 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Canção / Pilantragem / MPB.

Tom: A
Introdução: A  G  F  F/E  E

              G             A/G
Estava na tristeza que dava dó
         G              A/G
E via vagamente e andava só
                G             A
Mas eis que de repente me apareceu
           F#m7                E7
Um brotinho lindo que me convenceu

                 G            A/G
Dizendo que eu devia vestir azul
                 G                  A/G
Que azul é cor do céu e seu olhar também
             G              A
Então o seu pedido me incentivou
      Bm  E
Vesti azul
                 C#m  F#
Minha sorte então mudou
      Bm   E
Vesti azul
                    A  G  F  F/E  E
Minha sorte então mudou

               G            A/G
Passei a ser olhado com atenção
           G            A/G
E fui agradecer pela opinião
                   G               A/G
Então senti que eu protestava toda mudada
       F#m                  E7
Parecia até que estava apaixonada

                G               A/G
Então eu fiz charminho e até sentei
             G              A/G
Só vim aqui saber como eu fiquei
                 G              A
E aquele olhar do broto me confirmou
      Bm   E
Vesti azul
       C#m   F#
Minha sorte então mudou
      Bm    E
Vesti azul
                   A  G  F  F/E  E
Minha sorte então mudou

Mamãe passou açúcar em mim


Mamãe passou açúcar em mim (jovem guarda, 1966) - Carlos Imperial - Intérprete: Wilson Simonal

LP Vou Deixar Cair ... / Título da música: Mamãe passou açúcar em mim / Carlos Imperial (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1966 / Álbum: MOFB 3470 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Canção.


Tom: D

Intro: C7 D7  Bm E A7 D7 G G7
       C7 D7 Bm E A7 D7 G D7

(G G6 G7 G6)
Ahh, deixa comigo!

           G   D7         G   E                               
Eu sei que tenho muitas garotas
A7     D7            G
Todas gamadinhas por mim
  G7   C7
E todo dia é uma agonia
                                D7/A
Não posso mais andar na rua é o fim...

         G  D7         G    E
Eu era neném não tinha talco
  A7        D7         G        D
Mamãe passou açúcar em mim...

             G    D7        G     E
Sei de muito broto que anda louco
    A7      D7        G
Pra dar uma bitoca em mim
  G7    C7
E na verdade na minha idade
                            D7/A
Eu nunca vi ter tanto broto assim...

         G  D7         G    E
Eu era neném não tinha talco
  A7        D7         G        
Mamãe passou açúcar em mim...

(C7 D7  Bm E A7 D7 G G7 
C7 D7 Bm E A7 D7 G D7)
Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!
Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!
Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!

Wilson Simonal


Wilson Simonal (Wilson Simonal de Castro), cantor, nasceu em 26 de fevereiro de 1939 no Rio de Janeiro. Descobriu sua vocação artística enquanto prestava o serviço militar obrigatório.

Como muito dos grandes artistas, começou a carreira nos palcos de bares e boates da noite carioca, cantando rock, predominantemente em inglês. Foi o compositor e produtor Carlos Imperial que o descobriu e o levou ao seu programa de televisão, além de ajudá-lo a gravar seu disco de estréia, lançado em 1963, com um forte acento bossanovista.

Em pouco tempo Simonal se tornaria um dos principais artistas da época, emplacando inúmeros hits, como Meu limão, meu limoeiro, Mamãe passou açúcar em mim, Vesti azul e Sá Marina.

Até hoje não provada, Simonal recebeu a acusação de ter relações com o regime militar e ter, inclusive, denunciado colegas de profissão, fato que atrapalhou bastante sua carreira.

Por conta da fama de “traidor”, foi esquecido durante as décadas de 80 e 90, até ser relembrado com a coletânea “A Bossa de Wilson Simonal”. Morreu em junho de 2000.


Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; MusicalMPB - Wilson Simonal.

quarta-feira, março 07, 2007

Jaime Ovalle

Jaime Ovalle (Jaime Rojas de Aragón y Ovalle), compositor e poeta, nasceu em Belém PA em 5/8/1894 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 9/9/1955. Influenciado pela irmã, que estudava piano e bandolim com Eduardo Pierantoni, dedicou-se a esses instrumentos e, sempre como autodidata, mais tarde aprendeu violino e violão.

Ainda jovem, transferiu-se para o Rio de Janeiro, relacionando-se ali com intelectuais e músicos. Poeta, conhecedor da música popular brasileira e violonista de choros e serestas, foi freqüentador assíduo da casa de Heitor Villa-Lobos. Nomeado por concurso para a Fazenda Nacional, ocupou cargos em New York, EUA, e Londres, Inglaterra, onde escreveu grande parte de sua obra.

Regressando ao Rio de Janeiro, por volta de 1937 publicou, por conta própria, toda a sua obra musical, na Casa Artur Napoleão. Nunca realizou a apresentação pública dessas composições, mas exibiu-as em audição privada em casa do poeta Augusto Frederico Schmidt (1906—1 965), na interpretação do pianista Mário Neves.

Suas canções Azulão e Modinha, ambas com versos de seu grande amigo Manuel Bandeira, são consideradas suas obras mais importantes.

Membro fundador da Academia Brasileira de Música, teve sua obra apresentada formalmente pela primeira vez, em 1959, no programa Música e Músicos do Brasil, da Rádio MEC em palestra de Andrade Murici, ilustrada pelo soprano Gelsa Ribeiro da Costa e pela pianista Ana Cândida.

Não publicou livros, deixando uma obra inédita, The Foolish Bird (O pássaro tolo), poemas escritos em inglês.

Obras

Música orquestral: Pedro Álvares Cabral, opus 16, poema sinfônico, s.d.; Música de câmara: Dois improvisos, p/três clarinetas, s.d.; Música instrumental: Desafio, opus 6, n 2, p/plano, s.d.; Dois retratos: n° 1 — Manuel Bandeira; o 2— Maria do Carmo, opus 14, p/piano, s.d.; Noturno, opus 25, p/piano, s.d.; Scherzo, opus 9, n° 2, p/piano, s.d.; Música vocal: Azulão, opus 21, p/canto e piano, s. d.; Berimbau, opus 4, p/canto e piano, s.d.; Modinha, opus 5, p/canto e piano, s.d.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

terça-feira, março 06, 2007

Olhar brasileiro


Olhar Brasileiro - Eduardo Dusek e Luís Carlos Góes- Intérprete: Eduardo Dusek

LP Eduardo Dusek ‎– Olhar Brasileiro / Título da música: Olhar Brasileiro / Eduardo Dusek (Compositor) / Luís Carlos Góes (Compositor) / Eduardo Dusek (Intérprete) / Gravadora: Polydor / Ano: 1981 / Nº Álbum: 2451 165 / Lado A / Faixa 5.


Introdução: 
F6  F#º  Em  Am7 
Dm7/9  G6/7  G5+/7
G7  C  Am7  Dm7/9  G7
        Fm5-/7
E agora só
B7/9-                     Em
Sentado nessa sala que não é minha
Gm7  C7/9-              F7+
E que claro            por ironia
Am6   Em                Am6     Gm6  C7/9-
Me parece           tão familiar
         F6
Me vem você
F#º       Em
Me vem a sua cara
Am7                Dm7/9
Sua conversa apimentada e rara              
G7               C          Am7  Dm7/9  G7
E assim digamos tão particular
         F#m5-/7
Escuto o ritmo
B7/9-          Em
Daquele seu simples pandeiro
Gm7  C7/9-             F7+
E até sinto           aquele cheiro
Am6  Em              Am6   Gm6  C7/9-
De amor e de samba   espalhado no ar
         F6          F#º         Em
E, minha nossa, de repente eu me lembro
Am7                   Dm7/9
Era verão e a gente ficava bebendo
G7            C          C7
Ia vivendo à beira mar
                F7+
Todo o mundo sentado
Bb7/9    Em      Am7
Na varanda do nosso sobrado
Dm7/9                    G6/7        G5+/7
E sonhando, altas horas, acordado
G7       Gm6          C7/9-
Olhando fixo pro luar
      F7+
Era seresta,
Fm6         Bb7/9    Em           Am7
Era uma festa ver você e se apaixonar
Dm7/9  G6/7          G5+/7  G7
Era seu jeito,        seus defeitos
Gm6        C7/9-       
Sua maneira de se dar
        F6
Era tão quente
Fm6         Bb7/9          Em
Era pra gente tão maneiro que de repente
Am7
Você ganhava o mundo inteiro
Dm7/9  G6/7      G5+/7  G7      C  Am7  Dm7/9  G7
Simplesmente    com o menor        piscar
         F#m5-/7
E mesmo agora
B7/9-          Em
Sendo eu o único que resta
Gm7  C7/9-            F7+ 
Talvez           daquela festa
Am6  Em               Am6          Gm6  C7/9-
Talvez.          daquele mar
          F6
Eu dou um jeito
       F#º                         Em
Teto fugir, tento esconder mas me ajeito
Am7               Dm7/9          G6/7
Me acomodo pois me dói o peito
G5+/7  G7               Gm6          C7/9-
Somente por           tentar lembrar
        F7+                Bb7/9
Daquele cheiro, daquele pandeiro
Em       A#º
Daquele Rio de Janeiro
Dm7/9       G6/7     G5+/7
Daquele seu verde olhar brasileiro
G7      C             Am7  Dm7/9  G7  C
Que era meu

Nostradamus


Nostradamus (1980) - Eduardo Dussek - Intérprete: Eduardo Dusek

LP Eduardo Dusek ‎– Olhar Brasileiro / Título da música: Nostradamus / Eduardo Dussek (Compositor) / Eduardo Dussek (Intérprete) / Gravadora: Polydor / Ano: 1981 / Nº Álbum: 2451 165 / Lado A / Faixa 3.


Tom: D
 Introdução: D G#° (3 vezes)
          D
Naquela manhã
 G#°                    Em
Eu acordei tarde, de bode
               G
com tudo que sei
           G/B
acendi uma vela
                    D
abri a janela, e pasmei
Bb
Alguns edificios explodiam
          Gm
pessoas corriam

         G#°
eu disse bom dia
      A
ignoreeei
    D
Telefonei
G#°
Prum toque que tenha  qualquer
      Em
e nao tinha
                G
Ninguem respondeu, eu
            G/B
disse Deus, Nostradamus,
         D
força do bem e da maldade
Bb                               Gm      G#°
futuro, calamidade, juizo final
      A
Então és tu

G
De repente na minha frente
        A/G
A esquadilha de aluminio
F#m                       Bm
caiu, junto com vidro fume
                 Em
o que fazer, tudo ruiu
Começou tudo a carcomer
Bb
gritei, ninguem ouviu,
                        D
e olha que eu ainda fiz psiu!

G
O dia ficou noite
                 A/G
O sol foi pro alem

               F#m
Eu preciso de alguém
                   Bm
vou até a cozinha
encontro Carlota, a cozinheira
Em
morta, diante do meu pé, Zé
  G             A7                   D     D7
eu falei, eu gritei, eu imploreei
G
Levanta
Em              Bb
Me serve um café
A              D
Que o mundo acabou

segunda-feira, março 05, 2007

Cabelos negros


Cabelos Negros (1982) - Eduardo Dussek e Luís Antônio de Cássio - Intérprete: Eduardo Dussek

LP Eduardo Dussek - Cantando No Banheiro / Título da música: Cabelos Negros / Eduardo Dussek (Compositor) / Luís Antônio de Cássio (Compositor) / Eduardo Dussek (Intérprete) / Gravadora: Polydor / Ano: 1982 / Nº Álbum: 2451 194 / Lado B / Faixa 1.


Tom: D

(intro) D7+ E/D C#m7 F#m7 Bm7 C#m7 D7+ E7 Bº/A A Aº A Aº

    A                 Aº
Eu quero seus cabelos negros
    Bm7     E7/13   E5+/7
Nas minhas mãos
    A                     Aº
Eu quero esses olhinhos ciganos
    Bm7       E7/13   E5+/7   E7
Nos meus sonhos
    G/A              A7
Eu quero você minha vida inteira
      D    D7+
Como doce mania
Bº
Fosse qualquer maneira

       A7+       Aº
Eu queria você assim como é
       Bm7
Sem mentir, nem dizer
        E7       E7/13   E5+/7   E7
O que não quiser
    A           Aº
Eu quero você criança
   Bm7     E7/13   E5+/7   E7
Caída no chão
     A            Aº
Eu quero você brilhando
    Bm7        E7/13   E5+/7   E7
Brincando de mim
      G/A
Pois eu quis você
                       A7/9
Como o sol e as estrelas
 D7+
Noites de lua
G7+
nostalgia
  A7+
E vou ter você
      Aº
Mesmo só pra pensar
         Bm7
Nessas coisas de amar
       E7/13   E5+/7   E7   G/A
Na alegria
D7+              Dm6
Eu começo a descobrir
       A/E
Que em meu coração
                F#m7
Tá nascendo um jardim
   Bm7
Pensando em plantar
E7/9-   E7       G/A   A7/9
Você   dentro de mim
D7+              Dm6
Pois preciso lhe ver
                  A/E
Várias vezes florescendo
               F#m7
Nas luas crescentes
Bm7
Sentir seu perfume
E7/9-        ( A   Aº )
Pra encontrar você

Aventura


Aventura (1986) - Luís Carlos Góes e Eduardo Dussek - Intérprete: Eduardo Dussek

LP Eduardo Dussek - Dusek Na Sua / Título da música: Aventura / Eduardo Dussek (Compositor) / Luís Carlos Góes (Compositor) / Eduardo Dussek (Intérprete) / Gravadora: Polydor / Ano: 1986 / Nº Álbum: 829 218-1 / Lado A / Faixa 3.


Tom: G

Intro: D G6/A D G6/A

D               G6/A             
Vi seu olhar seu olhar de festa, 
     D            G6/A
de farol de moto, azul celeste
    D           G6/A             D  G6/A  
Me ganhou no ato uma carona pra lua .....
 D             G6/A
te arrastei estradas, desertos
   D             G6/A            
Botecos abrindo e a gente rindo, 
      D            G6/A                D    D7
brindando cerveja, como se fosse champagne

G/B             A/C#               
Todos faróis me lembram seu olhos, 
        C7+       G
durmo a viajar entre lençóis
          Gm7        Bb    F7+      C6        Am  A7
Teu corpo fica a dançar, no meio do nosso jantar,    
         D    G6/A  D G6/A G6/Bb
luz de velas

   G6/B           F#7/A#       
     Aventurar por toda cidade 
      D9/A      E/G#
a te procurar, todos lugares
Em7               A7             
Pintam ciúmes na mesa de um bar, 
  F#m4              E4/B            E4/A
mas você sente a começa a brincar

G#m5-/7    G#m4/7    C#7       A/B     F#/A#
Diz : Fica frio, meu bem, é melhor relaxar
    A7  G/A     D  G6/A  D  G6/A
Palmei...ra no mar

REPETE ESTROFE II

Eduardo Dusek


Eduardo Dusek, cantor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 01/01/1958. Começou a carreira artística como pianista de peças de teatro aos quinze anos, quando estudava na Escola Nacional de Música. Mais tarde passou a compor suas próprias canções e montou uma banda, que acabou apadrinhada por Gilberto Gil.


A partir de 1978 já tinha algumas composições gravadas por nomes de peso da MPB, como As Frenéticas (o samba Vesúvio), Ney Matogrosso (o fox Seu tipo) e Maria Alcina (o frevo Folia no Matagal, dois anos depois regravada por Ney Matogrosso) - todas em parceria com Luís Carlos Góis. Suas composições buscavam aliar sátira e bom humor.

Em 1980 participou do festival MPB Shell da Rede Globo com a debochada canção Nostradamus, que não se classificou, mas ficou conhecida pelo público. Por essa época gravou o primeiro LP, Olhar brasileiro.

Mas o estouro sucesso viria em 1982, quando flertou com o ainda incipiente pop/rock, no LP Cantando no Banheiro!, com Barrados no Baile (com Luís Carlos Góis), Cabelos negros (Com Luiz Antonio de Cássio) e Rock da Cachorra (Leo Jaime).

Dois anos depois, notabilizou-se com o LP Brega-chique, cuja faixa-título, mais conhecida como Doméstica, fazia uma sátira social, bem no clima do teatro besteirol da época. Em 1986, lançou Dusek na sua, com Aventura.

Em 1989 voltou à cena com o musical Loja de Horrores, em que atuava no papel de dentista.

Nos anos 90, afastado da fama, atuou como diretor de espetáculos e, no fim da década, voltou a apresentar alguns trabalhos como humorista e cantor.

Em 1997, gravou no CD Tributo a Dalva de Oliveira, interpretando a canção Olhos verdes (Vicente Paiva), do repertório da cantora. Nesse mesmo ano, participou, ao lado de outros artistas, do CD Balaio do Sampaio, gravando a faixa Velho bode, uma parceria de Sérgio Sampaio com Sérgio Natureza, que assinou a produção musical do disco.

Em 2000, por questões de numerologia e também com o objetivo de provocar a pronúncia correta de seu nome, passou a atuar com o nome artístico de Eduardo Dussek, adicionando mais um "s" ao seu sobrenome. Nesse mesmo ano, lançou o CD Adeus batucada, interpretando 24 sucessos de Carmen Miranda e duas músicas que compôs em homenagem à cantora: Alô, Alô, Brasil! e Rap da Carmen.

Em 2001, estreou, no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), o espetáculo musical "Carmen Miranda by Dussek", baseado no disco homônimo, com o qual se exibiu posteriormente no Teatro Arena, em Copacabana (RJ) com sucesso de público, sempre acompanhado pelo saxofonista Chico Costa e pelo percussionista Beto Cazes. Nesse mesmo ano, organizou, selecionou o repertório e assinou o texto de apresentação do songbook de Carmen Miranda, lançado pela Editora Vitale, contendo uma biografia em edição bilíngue (português e inglês), cifras para violão e o CD Adeus batucada, gravado pelo cantor.

Em 2002, foi convidado para realizar a preparação cênica do grupo Cantores do Chuveiro, integrado por cantores amadores que haviam obtido grande sucesso com o espetáculo "100 anos de MPB", de Ricardo Cravo Albin. Nesse mesmo ano, dirigiu o show "Luz, ação... Chuveiro", apresentado pelos grupo no Teatro de Arena (RJ), cujo roteiro incluiu músicas do cinema brasileiro.

Em 2011, gravou, no Teatro Oi Casa Grande (RJ), o primeiro DVD de carreira, com a participação especial de Ney Matogrosso e de Preta Gil, e direção de Darcy Burger. Lançado também em CD, o projeto teve parceria da Deck Discos com o Canal Brasil.


Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.