quinta-feira, abril 12, 2018

Os brutos também amam - Agnaldo Timóteo


Os Brutos Também Amam (1972) - Roberto Carlos e Erasmo Carlos - Interpretação: Agnaldo Timóteo

LP Agnaldo Timóteo ‎– Os Brutos Também Amam / Título da música: Os Brutos Também Amam / Roberto Carlos (Compositor) / Erasmo Carlos (Compositor) / Agnaldo Timóteo (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1972 / Nº Álbum: SMOFB 3722 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Canção.


Tom: G
 
  G
 Você jamais vai entender
                    Am
 O amor que eu lhe dei
            D7
 Talvez estranho pra você
                   G
 Mas só eu sei o quanto amei
 No mundo triste de onde eu vim
 G7                  C
   Nada disso tem valor
 Cm                   G
   Nele tudo se embrutece
 Em                Am
 Mas o coração esquece
 D7                       G  C G
   Quando tem um grande amor
 Dm                   G7
  Você não devia esperar
         C
 Que eu fosse diferente do que sou
       A7
 Com amor seria fácil entender
        D7
 O meu jeito meio rude de querer
      G
 Que pena tudo terminar
                    Am
 Da maneira que acabou
         D7
 O seu amor não foi bastante
                G
 Pra querer-me como eu sou
 Você um dia vai saber
 G7                         C
   Que eu te amei como ninguém
 Cm                    G
   Minhas lágrimas reclamam
 Em                  Am
 Elas dizem no meu pranto
 D7                       G  C G
   Que os brutos também amam
  Dm                 G7
 Você não devia esperar...

Os verdes campos da minha terra - Agnaldo Timóteo


Os Verdes Campos da Minha Terra (Green Green Grass Of Home) (1967) - Curly Putman - Versão: Geraldo Figueiredo - Intérprete: Agnaldo Timóteo

LP Obrigado Querida / Título da música: Os Verdes Campos da Minha Terra (Green Green Grass Of Home) / Curly Putman (Compositor) / Geraldo Figueiredo (Versão) / Agnaldo Timóteo (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1967 / Nº Álbum: MOFB 3488 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Canção / Balada.



Tom: E  

Se algum dia 
          A           E 
 À minha terra eu voltar 
 
 Quero encontrar 
                          B 
 As mesmas coisas que deixei 
            E     E7         A 
 Quando o trem parar na estação 
          Am         E 
 Eu sentirei no coração 
        B7        E 
 A alegria de chegar 
             E7              A 
 De rever a terra em que nasci 
       Am            E 
 E correr como em criança 
             B7          E   B7 
 Nos verdes campos do lugar 
   E 
 Quero encontrar 
       A        E 
 A sorrir para mim 
                                 B 
 O meu amor na estação a me esperar 
      E       E7          A 
 Pegarei novamente a sua mão 
         Am           E 
 E seguiremos com emoção 
              B7          E 
 Pros verdes campos do lugar 
                E7            A 
 E revivo os momentos de alegria 
           Am        E 
 Com meu amor a passear 
             B7            E 
 Nos verdes campos do meu lar.

Meu grito - Agnaldo Timóteo


Meu grito (1967) - Roberto Carlos - Intérprete: Agnaldo Timóteo

LP Obrigado Querida / Título da música: Meu Grito / Roberto Carlos (Compositor) / Agnaldo Timóteo (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1967 / Nº Álbum: MOFB 3488 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Canção / Balada.


Tom: A  

Se eu demoro  
                     E7 
 Mas aqui eu vou morrer 
         D 
 Isso é bom 
                        A 
 Mas eu não vivo sem você 
                       A7 
 Eu não penso mais em nada 
        D             Dm 
 A não ser, só em voltar 
         A                           E7 
 Vou depressa e levo o meu amor nas mãos 
 
 Para lhe dar 
         A 
 Já não durmo 
                     E7 
 Morro até só em pensar 
       D 
 E se canto 
                         A 
 Só o seu nome quero gritar 
                     A7 
 Mas seu grito todo mundo 
       D           Dm 
 De repente vai saber 
         A           E7 
 Que eu morro de saudade 
        A   D     A 
 E de amor por você 
 E7 
  Aí, que vontade de gritar 
      A 
 Seu nome bem alto e no infinito 
    E7 
 Dizer que o meu amor é grande 
        A 
 Bem maior do que meu próprio grito 
                     A7 
 Mas só falo bem baixinho 
        D             Dm 
 E não conto pra ninguém 
          A             E7 
 Pra ninguém saber seu nome 
          A   D   A 
 Eu grito só meu bem.

Agnaldo Timóteo - Biografia


Agnaldo Timóteo, cantor, nasceu em Caratinga (MG) em 16/10/1936. Era torneiro-mecânico na cidade natal quando se apresentou pela primeira vez num programa de calouros; gongado, continuou exibindo-se em circos, onde ganhava brindes de alimentos.


Em 1960 foi para o Rio de Janeiro, à procura de oportunidade. Foi garoto de recados, motorista, mandatário burocrático. Jair de Taumaturgo deu-lhe ocasião de se apresentar no programa Hoje é Dia de Rock. Em 1965 gravou seu primeiro LP, na Odeon, Surge um astro, destacando- se a música A casa do sol nascente (Alan Price, versão de Fred Jorge).

Com grande sucesso popular desde então, lançou um LP por ano, sempre na Odeon: O astro do sucesso, com Último telefonema (Donaggio e Pallavicini, versão de Bourget), em 1966; O sucesso é o astro, com Cartas de amor (Victor Young, versão de Osvaldo Santiago), 1967; Obrigado, querida, com Meu grito (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), seu maior sucesso, com mais de 600 mil cópias vendidas, 1968; Comanda o sucesso, com Eu vou sair para buscar você (Nelson Ned e Cláudio Fontana), 1969; O intérprete, com Que bom seria (Antonio Marcos e Mário Marcos), 1970; Sempre sucesso, com O último romântico (Donaggio e Pallavicini, versão de Marilena Amaral), 1971; Agnaldo Timóteo, com Adoração (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), 1972; Frustrações, com a faixa-título (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), 1973; Encontro de gerações, com Amor proibido (Dora Lopes e Clayton), 1974.

Fez temporada no Norte e Nordeste, acompanhado por um conjunto de Juiz de Fora MG, organizado por Fernando Simões. Gravou discos no México, o LP Song by Brazilian International Famous Agnaldo Timoteo e o disco The Good Voice of Brazil, editado nos EUA e Inglaterra. Em 1982 lançou o disco Sonhar contigo.

Em 1997, lançou o CD "Ao Nelson com carinho".

Seu 45º disco, "Em nome do amor" é uma homenagem a Roberto Carlos. Nesse disco, Agnaldo reuniu 14 sucessos do Rei, emprestando notável interpretação a músicas como Falando sério, Como vai você, Seu corpo, Fera ferida, Emoções e Outra vez.

Seu segundo lançamento pela Sony foi " Angela & Agnaldo, Sucesso Sempre!", de 1998, em que ele e sua 'madrinha' como a considera, prestam uma homenagem emocionada ao Dia das Mães. Sempre destacando a importância daquelas que dão à luz e dedicando especial atenção à sua mãe, nos tempos em que foi Deputado Federal, ficou célebre, entre os parlamentares e a população em geral, a expressão "Alô, mamãe!" com que abriu seu primeiro discurso no parlamento.

Em 1999 a Universal Music lançou o CD "A discoteca do Chacrinha", no qual Agnaldo interpreta o sucesso "Sorria, sorria", de Evaldo Braga e Carmen Lúcia.

Em 2000 exerceu mandato de vereador, com notável votação, na Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro. Em 2001 apresentou na sala Baden Powell, no Rio de Janeiro, o show "Feitiço do Rio", com direção de Mauro Rasi, no qual interpretou, entre outras, Samba do avião, Copacabana, Feitiço da Vila e Valsa de uma cidade. O espetáculo ficou registrado no CD homônimo.

A partir de 2002, passou a divulgar e comercializar seus próprios discos, colocando em prática o projeto "Espaço Musical CD Rua" incluído na lei municipal de sua própria autoria, quando vereador da cidade do Rio de Janeiro.

Em 2006, lançou o CD "Feitiço do Rio". O disco é uma homenagem de Timóteo ao Rio de Janeiro, apresentando 13 canções que constituem clássicos de louvor à cidade. O repertório traz compositores como Tom Jobim (Samba do avião), Vinícius de Moraes, com Tom (Garota de Ipanema), Noel Rosa (Feitiço da Vila), Herivelto Martins em rara parceria com Grande Otelo (Praça Onze), entre outros.

Em 2015, participou ao lado de Luiz Vieira da série "MPB na ABL", apresentado por Ricardo Cravo Albin, no Teatro R. Magalhães Jr., da Academia Brasileira de Letras. No mesmo ano, em comemoração a seus 50 anos de carreira, foi lançado, dentro da "Coleção Canal Brasil" o CD/DVD "50 anos de estrada", com a gravação ao vivo em que rememora seus grandes sucessos, tais como Meu grito e Os brutos também amam, além duetos com Alcione, na música Garoto maroto, e Martinha, na balada Eu daria minha vida.

Em 2017, apresentou-se no Teatro Net Rio, em Copacabana, dentro do projeto "Jovens Tardes" interpretando o repertório do CD comemorativo aos 50 anos de carreira "50 anos de estrada asfaltada".

Algumas músicas










Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Adelaide Chiozzo - Biografia


Adelaide Chiozzo, instrumentista, cantora e atriz, nasceu em São Paulo/SP, em 08/5/1931. Aos oito anos começou a aprender acordeom e aos 15, por sugestão de Irani de Oliveira, participou do programa Papel Carbono, de Renato Murce, na Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial), imitando o sanfoneiro e cantor Pedro Raimundo.


Estreou no cinema em 1946, atuando em dupla com o pai, Afonso Chiozzo, na comédia Segura esta mulher, de Watson Macedo. Nesse filme apareciam acompanhando o cantor Bob Nelson na canção Boi Barnabé (Afonso Simão e Bob Nelson).

Ainda em dupla com o pai, trabalhou nas comédias carnavalescas Este mundo é um pandeiro (1947), de Watson Macedo, e É com este que eu vou (1948), de José Carlos Burle. Contratada pela Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, e artista exclusiva do selo Copacabana, teve seu apogeu no rádio, disco e cinema no início da década de 1950, fazendo sucesso como intérprete de músicas juninas e canções brejeiras.

Estreou no disco em 1950, na etiqueta Star (depois Copacabana), interpretando a rancheira Tempo de criança (João de Sousa e Eli Turquine) e a polca Pedalando (Anselmo Duarte e Benê Nunes). No rádio e em disco, cantou em dupla com Eliana Macedo, ao lado de quem apareceu em diversos filmes.

Entre seus maiores sucessos estão Beijinho doce (Nhô Pai), Cabeça inchada (Hervé Cordovil), em dueto com Eliana Macedo, Sabiá lá na gaiola (Hervé Cordovil e Mário Vieira), Orgulhoso (Nhô Pai e Mário Zan), e Lá vem seu Tenório (Manuel Pinto e Aldari de Almeida Airão).

De 1948 a 1957 atuou em nove filmes, entre os quais Carnaval no fogo (1949), Aviso aos navegantes (1950), É fogo na roupa (1952), O petróleo é nosso (1954), todos de Watson Macedo, Barnabé, tu és meu (1952), de José Carlos Burle, e Sai de baixo (1956), de J. B. Tanko.

Em 1975, com o violonista Carlos Mattos, seu marido desde 1951, apresentou no Rio de Janeiro e Niterói o show Cada um tem o acordeom que merece, com repertório de vários compositores da música brasileira.

Redescoberta pelos autores Bráulio Pedroso e Sílvio de Abreu, participou das novelas Feijão maravilha (1978) e Deus nos acuda (1992), da TV Globo. Em 1994 continuava fazendo shows por todo o Brasil junto com o marido, ocasionalmente com três dos netos. Em julho de 1996 participou, com Francisco Carlos, do Projeto Seis e Meia, no Teatro Dulcina, do Rio de Janeiro, com o show Ídolos da Atlântida.

Em 2001, teve lançado pelo selo Revivendo o CD "Tempinho bom", que incluiu suas gravações para as músicas Nós três, de Fafá Lemos, Chiquinho do Acordeom e Garoto; Meu sabiá, de Carlos Matos e A. Amaral; Tempinho bom, de Mário Zan e Sereno; Minha casa, de Joubert de Carvalho; Cada balão uma estrela, de Zé Violão e Carrapicho; É noite, morena, de Hervé Cordovil e René Cordovil; Casório lá no arraiá, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal; Pedalando, de Bené Nunes e Anselmo Duarte; Vai comendo Raimundo, de Petrus Paulus e Ismael Augusto; Papel Fino, de Mirabeau, Cid Ney e Don Madrid; Tempo de criança, de João de Souza e Ely Turquino; Nossa toada, de Carlos Matos e Luis Carlos, e Meu papai, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal, além de outras.

Em 2012, passou a integrar o grupo As Cantoras do Rádio, em sua nova formação, que estreou no show "MPB pela ABL - A volta das cantoras do Rádio", récita única no auditório Raimundo Magalhães Jr., todas acompanhadas por Fernando Merlino, com apresentação, criação e roteiro de Ricardo Cravo Albin.

Em 2014, participou, juntamente com as cantoras Lana Bittencourt e Ellen de Lima, do espetáculo "A Noite - Nas ondas da Rádio Nacional", apresentado no teatro Rival BR.

Em 2017, apresentou-se na sexta-feira, no Domingo e na Segunda Feira de Carnaval no Baile da Cinelândia, tradicional baile carnavalesco promovido pela prefeitura do Rio de Janeiro em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro.


Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Os Mutantes - Biografia


Os Mutantes. Conjunto vocal e instrumental formado em 1966, em São Paulo SP, por Arnaldo (Arnaldo Dias Batista, São Paulo 1948—), piano, contrabaixo e composição; Sérgio (Sérgio Dias Batista, São Paulo 1951—), guitarra, violão e composição; e Rita Lee, flauta, harpa e composição.


O grupo começou com o nome de Wooden Faces, passando mais tarde a chamar-se Six Sided Rockers, com seis integrantes. Apresentaram-se em programas de televisão, como Astros do Disco e Jovem Guarda, ambos na TV Record, de São Paulo. Com a saída de três integrantes, o grupo mudou o nome para O Conjunto, e gravou um compacto pela Continental com o rock O suicida (de sua autoria). Trocando novamente o nome para Os Mutantes, estrearam na programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von, na TV Record, em 1966.

Ainda nesse ano, fizeram o coro para a gravação de Nana Caymmi de Bom-dia (Gilberto Gil). Depois dessa experiência, foram convidados para acompanhar Gilberto Gil na música Domingo no parque, no III FMPB, da TV Record, em 1967. Nesse mesmo ano, lançaram pela Polydor o primeiro disco como Os Mutantes: um compacto com O relógio (de sua autoria).

Com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Tom Zé e Nara Leão, gravaram em 1968 o LP Tropicália ou Panis et circensis, pela Philips, e sozinhos, pela mesma gravadora, o seu primeiro LP Mutantes, com O relógio, Batmacumba (Gilberto Gil e Caetano Veloso) e Trem fantasma (com Caetano Veloso). No mesmo ano, acompanharam Caetano Veloso na música É proibido proibir, na eliminatória paulista do III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro. Na parte final desse festival, defenderam, de autoria dos três, Caminhante noturno, que obteve o sétimo lugar.

Apresentaram também no IV FMPB, em 1968, as músicas Dom Quixote (de sua autoria) e 2001 (Rita Lee e Tom Zé). Em 1969, com o grupo baiano, fizeram um show na boate Sucata, no Rio de Janeiro, e lançaram o segundo LP Mutantes, onde interpretaram suas músicas Dom Quixote, Caminhante noturno e Algo mais. Nesse ano, foram à Europa e apresentaram-se no MIDEM, em Cannes, França, e em Lisboa, Portugal. De volta ao Brasil, fizeram o show O planeta dos Mutantes, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro. Voltaram à França para um espetáculo no Olympia, de Paris. O conjunto aumentou com a entrada do baterista Dinho e do baixista Liminha.

Em 1970 concorreram ao V FIC com a música Ando meio desligado (Arnaldo e Sérgio) e lançaram o LP A divina comédia com Ando meio desligado e Desculpe, baby (Arnaldo e Rita Lee).

Em 1971 lançaram pela Polydor o LP Jardim elétrico com a faixa-título, Technicolor e It’s very nice pra chuchu (todas de sua autoria). Em 1972, depois de apresentar Mande um abraço pra velha (de sua autoria) e lançar o LP No país dos Bauretz, o grupo se desfez com a saída de Rita Lee, que passou a atuar sozinha.

Em 1973 o conjunto reapareceu com Sérgio (guitarra), Liminha (baixo), Dinho (bateria) e Manito (teclados). Arnaldo lançou em 1974, pela Philips, um LP individual, Loki, com Será que eu vou virar bolor? e Cê tá pensando que eu sou loki? (ambas de sua autoria). Com a saída de Manito e Dinho do conjunto, em 1974, entraram Túlio (teclados) e Rui Mota (baixo). Em 1975, Liminha foi substituído por Antônio Pedro Medeiros e, com essa formação, lançaram os LPs Tudo foi feito pelo Sol, 1975, e Mutantes ao vivo, 1977; e um compacto, Cavaleiros negros, 1976, todos pela Som Livre.. Em 1982, Arnaldo Batista lançou seu segundo disco solo, Singin’ alone, pela gravadora independente Baratos Afins.

Pianista exímio, de formação erudita, Arnaldo é considerado o elo entre o pop tropicalista dos anos de 1960 e 1970 e o rock brasileiro renascido a partir da década de 1980. Por volta de 1988, o grupo norte-americano Toter Totz gravou um LP independente que incluiu vários samplers dos Mutantes e uma regravação de Batmacumba.

Em sua fase progressiva, sem Rita Lee, os Mutantes gravaram em 1973 o LP A e o Z, lançado somente em 1992. Em 1996 foi lançado o disco-tributo aos Mutantes, Triângulo sem bermudas, pela gravadora Natasha, com vários artistas, incluindo Kid Abelha, Pato Eu, Lulu Santos, Arnaldo Antunes e Planet Hemp, interpretando clássicos do grupo.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Abel Ferreira - Biografia


Abel Ferreira, instrumentista / compositor, nasceu em Coromandel MG em 15/2/1915 e faleceu no Rio de Janeiro em 13/4/1980. Com cerca de 12 anos começou a aprender música e clarineta com José Ferreira de Resende e Hipácio Gomes, em sua cidade. Aos 17 mudou-se para Belo Horizonte MG e passou a tocar sax alto e tenor, apresentando-se na Rádio Guarani.


Em 1935 foi para São Paulo, ingressando na orquestra de Maurício Cascapera. Em seguida mudou-se para Uberaba MG, onde se tornou diretor artístico da emissora de rádio local. Nessa época participou de um show em Poços de Caldas MG, em que acompanhou as irmãs Carmen e Aurora Miranda.

De volta a Belo Horizonte, tocou em 1937 com J. França e sua Banda. Com o mesmo grupo apresentou-se em São Paulo, em 1940, e mais tarde com Pinheirinho e seu Regional, na Rádio Tupi paulistana. Gravou suas primeiras composições, o choro Chorando baixinho, em solo de clarineta, e a valsa Vânia, em solo de saxofone, em 1942, na Columbia de São Paulo, com o acompanhamento do regional de Pinheirinho.

No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro RJ, onde passou a tocar com Ferreira Filho e sua Orquestra, no Cassino da Urca, lançando em 1944 uma nova gravação de suas primeiras composições, dessa vez com Claudionor Cruz e seu Regional. Em 1945 e 1946 tocou, respectivamente, nas orquestras de Vicente Paiva e Benê Nunes, apresentando-se em cassinos e na Rádio Globo.

Com esses conjuntos musicais, e com o seu grupo, formado em 1947, acompanhou vários cantores importantes da época, como Sílvio Caldas, Francisco Alves, Augusto Calheiros, Orlando Silva, Marlene, Emilinha Borba e outros.

Em 1949 ingressou na Rádio Nacional, onde passou a se apresentar como líder da Turma do Sereno; tocou no mesmo ano com Rui Rei e sua Orquestra, gravando na Todamérica seu choro Acariciando (com Lourival Faisal). Com Paulo Tapajós, seu companheiro na Rádio Nacional, formou em 1952 a Escola de Ritmos, que viajou por todo o Brasil. Dois anos depois lançou na Copacabana o LP Jantar dançante e, em 1955, No tempo do cabaré.

Viajou em 1957 com seu conjunto em tournée por Portugal e em 1958 integrou o grupo Os Brasileiros, do qual também participavam Shuca, Trio Yrakitan, Dimas, Pernambuco e o maestro Guio de Morais, em excursão de divulgação de música brasileira em vários países europeus, gravando ainda o LP Os brasileiros na Europa. Viajou pelos EUA e Havaí, com o pianista Benê Nunes, em 1960, e pela Argentina com Waldir Azevedo, em 1961.

Voltou à Europa em 1964-1965, gravando nesse último ano o disco Abel Ferreira e sua turma. Visitou a URSS e outros países europeus em 1968. Na década de 1970, principalmente a partir do lançamento do LP Pra seu governo, de Beth Carvalho, na etiqueta Tapecar, tornou-se um dos músicos mais requisitados em gravações e shows, como acompanhante, no sax e na clarineta.

Legítimo herdeiro da categoria do clarinetista Luís Americano, aposentou-se no rádio em 1971, tendo durante esses anos composto vários choros que se incorporaram aos clássicos instrumentais: Doce melodia é um exemplo.

Com a redescoberta do choro e a criação do Clube do Choro, no Rio de Janeiro, em meados de 1975, voltou à atividade, passando a apresentar-se, ao lado de Raul de Barros e Copinha, em vários shows de teatro.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Urubu tá com raiva do boi - Baiano e os Novos Caetanos


Urubu Tá Com Raiva do Boi (1974) - Geraldo Nunes e Venâncio - Intérprete: Baiano e os Novos Caetanos

LP Baiano & Os Novos Caetanos - Chico Anísio e Arnaud Rodrigues / Título da música: Urubu Tá Com Raiva do Boi / Venâncio (Compositor) / Geraldo Nunes (Compositor) / Baiano e os Novos Caetanos (Chico Anysio - Diversos - Arnaud Rodrigues) (Intérprete) / Gravadora: CID / Ano: 1974 / Nº Álbum: 8005 / Lado A / Faixa 4.



Tom: F  

Intro:
(F   Eb)
Um-de-a-dá

    F
Urubu tá com raiva do boi,
                          Bb
E eu já sei que ele tem razão
                             F
É que o urubu tá querendo comer
                       Gm
Mais o boi não quer morrer
                Eb
Não tem alimentação
Urubu tá com raiva do boi,
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
        C        F
Não tem alimentação

       F       
O mosquito é engolido pelo sapo,
                     Bb
O sapo a cobra lhe devora.
                                F
Mas o urubu não pode devorar o boi:
           C7              F
Todo dia chora, todo dia chora.
(bis)

(F   Eb)
Um-de-a-dá

(sobe 1/2 tom daqui pra frente)

(refrão)

Gavião quer engolir a socó,
Socó pega o peixe e dá o fora.
Mas o urubu não pode devorar o boi,
Todo dia chora, todo dia chora.
(bis) 

(F#   E)
Um-de-a-dá

Folia de Reis - Baiano e os Novos Caetanos


Folia de Reis (1974) - Arnaud Rodrigues e Chico Anysio - Intérprete: Baiano e os Novos Caetanos

LP Baiano & Os Novos Caetanos - Chico Anísio e Arnaud Rodrigues / Título da música: Folia de Reis / Arnaud Rodrigues (Compositor) / Chico Anysio (Compositor) / Baiano e os Novos Caetanos (Chico Anysio - Diversos - Arnaud Rodrigues) (Intérprete) / Gravadora: CID / Ano: 1974 / Nº Álbum: 8005 / Lado B / Faixa 1.


Tom: D  

Intro: G  D  E  A7  D
       G  D  E  A7

D   A          D    D7
Ai...andar, andei
G               A
Ai...como eu andei
        D    D7
E aprendi
        G
A nova lei
     G                D      
Alegria em nome da rainha     (2x)
     F#           Bm       
E folia em nome de rei      

( G  D  E  A7 )

Ai no mar, marujei
Ai eu naveguei
E aprendi
A nova lei

Se é de terra que fique na areia
O mar bravo só respeita rei (2x)

Ai voar, voei
Ai como eu voei
E aprendi
A nova lei

Alegria em nome das estrelas
E folia em nome de rei (2x)

Ai eu partilhei
Ai eu voltarei
Vou confirmar
A nova lei

Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o rei dos reis (4x)

Selva de feras - Baiano e os Novos Caetanos


Selva de Feras (1974) - Arnaud Rodrigues e Orlandivo - Intérprete: Baiano e os Novos Caetanos

LP Baiano & Os Novos Caetanos - Chico Anísio e Arnaud Rodrigues / Título da música: Selva de Feras / Arnaud Rodrigues (Compositor) / Orlandivo (Compositor) / Baiano e os Novos Caetanos (Chico Anysio - Diversos - Arnaud Rodrigues) (Intérprete) / Gravadora: CID / Ano: 1974 / Nº Álbum: 8005 / Lado B / Faixa 3.


Tom: E
Intro: (E A)

1:
E
Sou Pedro Silva de Vera 
Odeio selva de fera
                C#m
A natureza me espera 
                F#m
Verde mãe minha cor

                  F#m
O meu cavalo é de osso
Eu lhe beijando o pescoço
                B7
Ele me leva no dorso
                    E
Aonde o sol vai se por

2:
Eu só preciso de um prato
E pouco mais que um trapo
E o nosso amor será um trato
Que jamais terá fim

Arruma tudo vambora 
Ora vambora se embora
E a sanfona de fora
Vai tocando pra mim

Solo: (F#m E/G# F#m E) 2x

3:
É tombo é chuva caindo
É lombo é burro subindo
O vento venta zunindo
E a carroça quebrou

O vento roda moinho
A casa de um passarinho
Um kitnet de ninho
Nosso filho salvou

4:
Afia o fio da faca
E faz um feixe de estaca
E finca pé na barraca
A chuva passa passou

E vem a noite estiada 
E vem a lua molhada
E a sanfona danada 
E nós vivendo de amor

Solo.

repete a parte 3, 4 e o solo meio tom acima (F)

Vô batê pá tu - Baiano e os Novos Caetanos


Vô Batê Pá Tu (1974) - Arnaud Rodrigues e Orlandivo - Intérprete: Baiano e os Novos Caetanos

LP Baiano & Os Novos Caetanos - Chico Anísio e Arnaud Rodrigues / Título da música: Vô Batê Pá Tu / Arnaud Rodrigues (Compositor) / Orlandivo (Compositor) / Baiano e os Novos Caetanos (Chico Anysio - Diversos - Arnaud Rodrigues) (Intérprete) / Gravadora: CID / Ano: 1974 / Nº Álbum: 8005 / Lado A / Faixa 1.


Tom: E  

Intro.: (E7/9+)

E7/9+
Vou Bate pra tu bate pra tu
Pra tu bate (4x)
     A7
Pra manha rapa não me dize
                  B7
Queu não bati pra tu
              E7/9+
Pra tu pode bate

         A7
O caso é esse
                                E7/9+
Dizem que falam que não sei o que
                                 A7
Ta pra pintar ou t a pra acontecer
                       B7
É papo de altas transações
        A7
Deduração
                              E7/9+
Um cara louco que dançou com tudo
                         A7
Entregação do dedo de veludo
              B7               E7/9+
Com quem não tenho grandes ligações

(Repete toda a música)
Solo: E7/9+
(Repete toda a música)

E7/9+
Vou Bate pra tu bate pra tu 
Pra tu bate (repete e fade out)

Baiano e os Novos Caetanos - Biografia


Chico Anísio e Arnaud Rodrigues criaram uma paródia com Caetano Veloso e os Novos Baianos. No final da década de 60, quando Caetano e Gilberto Gil foram exilados do país, a trupe de Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo e Paulinho Boca de Cantor ficou conhecida como Novos Baianos, como eles mesmos se intitularam.


Na televisão, Chico Anísio fazia sucesso com Chico City, onde junto com Arnaud Rodrigues interpretavam diversos personagens. Num desses quadros surgiram Baiano e os Novos Caetanos. O grande sucesso da dupla foi “Vô batê pra tu”. O primeiro disco foi lançado em 1974.

No ano seguinte, 1975, a dupla lançou outro disco do “Baiano e os Novos Caetanos 2”, mas também lançaram outros discos como “Azambuja & Cia” e “Chico Anísio ao Vivo”, onde o humorista fazia um show com textos de Arnaud Rodrigues.

Em 1982 foi lançado o disco “A volta”, creditado a Baiano e os Novos Caetanos. Em 1985 foi lançado o “Sudamérica”, também creditado a Baiano e os Novos Caetanos. Arnaud Rodrigues ainda lançou vários discos solo, como Sound & Pyla”, “Murituri”, e “O som do Paulinho”, Paulinho é o personagem que ele fazia na dupla Baiano e os Novos Caetanos.

No final dos anos 80, Chico Anísio ainda lançou mais um disco com o personagem Baiano. Foi o disco “Baiano e Amaralina”, onde a parte feminina imita a ninguém menos que Elba Ramalho.

Chico Anísio, após o final de Chico Anísio Show, lançou a Escolinha do Professor Raimundo e ficou anos somente com este personagem. Hoje em dia ele se dedica mais a carreira de ator, fazendo participações em cinema, programas infantis e novelas televisivas.

Arnaud Rodrigues continuou com o humorismo na Praça é nossa, onde criou a dupla sertaneja Chitãozinho e Chororó, junto com Marcelo Nóbrega, neto de Manuel da Nóbrega, criador da Praça é nossa e do Carnê do baú.

Algumas músicas






Fonte: Eu Ovo: Baiano e os Novos Caetanos