sábado, julho 07, 2007

Dori Caymmi


Dori Caymmi (Dorival Tostes Caymmi), compositor, arranjador, instrumentista e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 26/8/1943. Filho do cantor e compositor Dorival Caymmi e da ex-cantora Stella Maris (Adelaide Tostes Caymmi), estudou piano dos oito aos 11 anos, inicialmente com Lúcia Branco e depois com Nise Poggi Obino.


Nesse período, estudou também teoria musical no Conservatório Lorenzo Fernandez e, mais tarde, harmonia com Paulo Silva e Moacir Santos. Seu primeiro trabalho como profissional foi acompanhar ao piano sua irmã Nana Caymmi, em 1959. Um ano depois trabalhou com o Grupo dos Sete, que fazia trilhas sonoras para peças apresentadas pela televisão.

Foi diretor musical da peça Opinião, encenada no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro, em 1964, e da montagem carioca de Arena conta Zumbi, em 1966. De 1964 a 1966 trabalhou para a gravadora Philips, na produção de discos de artistas como Edu Lobo, Eumir Deodato e Nara Leão.

Como violonista e arranjador apresentou-se, em 1965, com Francis Hime em show da boate carioca Bottle’s. No ano seguinte, participou de espetáculo no Teatro de Bolso, com Francis Hime, Vanda Sá e Vinícius de Moraes.

Em parceria com Nelson Mota, participou de vários festivais de música realizados no Brasil. Ainda em 1966, venceram a parte nacional e ficaram em segundo lugar na parte internacional do 1 FIC, da TV-Rio, do Rio de Janeiro, com a música Saveiros, interpretada por Nana Caymmi. No ano seguinte classificaram-se em nono lugar no II FIC, da TV Globo, com Cantiga, cantada pelo MPB-4, conseguindo também colocação entre os dez primeiros no III FMPB, da TV Record, de São Paulo SP, com a música O cantador, defendida por Elis Regina, um dos maiores sucessos da parceria, gravada no exterior por Sérgio Mendes e Carmen Mc Rae.

Outros êxitos da dupla, nessa época, foram De onde vens, gravada por Elis Regina e Nara Leão, e Festa, gravada por Jair Rodrigues, Elis Regina e Sérgio Mendes.

Como violonista e arranjador, integrou o sexteto do saxofonista Paul Winter, com quem excursionou pelos EUA e Canadá. Foi o responsável, em 1967, pela direção musical do primeiro LP de Caetano Veloso e Gal Costa, Domingo, e do de Gilberto Gil.

Fez trilhas sonoras para filmes, entre eles Casa assassinada, do diretor Paulo César Sarraceni, 1971, contando com a parceria de Tom Jobim; Tati, a garota, de Bruno Barreto, em 1973, trabalhando com Paulo César Pinheiro; e O duelo, de Paulo Tiago, em 1974.

Trabalhou também na TV Globo, fazendo a trilha sonora da novela Gabriela (1975), entre outras. Radicado em Los Angeles, E.U.A., desde 1989, em setembro de 1997 esteve no Rio de Janeiro para compor, orquestrar e gravar a trilha sonora de Bela Donna, filme de Fábio Barreto.

Em Los Angeles grava com Qwest, que pertence a Quincy Jones, tendo sido indicado para receber o Grammy.

Obras: O cantador (c/Nelson Mota), 1967; Cantiga, 1967; De onde vens (c/Nelson Mota), s.d.; Saveiros (c/Nelson Mota), 1966.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Danilo Caymmi


Danilo Caymmi (Danilo Cândido Tostes Caymmi), instrumentista, compositor e cantor nasceu no Rio de Janeiro RJ em 7/3/1948. Filho de Dorival Caymmi e da ex-cantora Stella Maris (Adelaide Tostes Caymmi), começou a estudar flauta com Lenir Siqueira, aos 15 anos, época em que também aprendeu a tocar violão com o irmão Dori.


Depois, cursou música na Pró-Arte, do Rio de Janeiro, com as professsoras Odete Ernest Dias (flauta) e Felicia Wang (teoria musical). Sua primeira composição gravada foi De brincadeira, em 1967, num disco de Mário Castro-Neves.

Como flautista, tocou ao lado do pai no LP Caymmi visita Tom (Elenco). Sua canção Andança (com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós) obteve o terceiro lugar no III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, em 1968; e em 1969 foi o vencedor do festival de Juiz de Fora MG com Casaco marrom (com Renato Correia e Gutemberg Guarabira). Descontente com problemas de direitos autorais, gravou pouco, preferindo trabalhar em shows com a família e Edu Lobo.

Gravou na Odeon, em 1973, disco em que canta as próprias composições, com participação de Toninho Horta, Novelli e Beto Guedes. No ano seguinte, ao lado do pai e irmãos, apresentou-se em shows durante a Feira da Bahia, no Anhembi, em São Paulo.

Em 1983 passou a integrar a banda de Tom Jobim, participando da maioria dos arranjos. Em 1989, convidado pelo produtor Mariozinho Rocha, começou a compor para séries, minisséries e novelas da TV Globo, como Riacho Doce, Teresa Batista, Corpo e Alma, Mulheres de Areia e outras.

No início da década de 1990, continuou sua carreira de cantor, gravando na RGE em 1993. Um ano depois passou para a EMI, onde gravou três CDs Danilo Caymmi (1994), Sol moreno (1995) e Mistura brasileira (1997).

Obras: Andança (c/Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), 1968; Brasil nativo (c/Paulo César Pinheiro), 1985; Casaco marrom (c/Renato Correia e Gutemberg Guarabira), 1968; Meu menino (c/Ana Terra), 1974; O que é o amor (c/Dudu Falcão), 1993; Vamos falar de Tereza (c/Dorival Caymmi), 1994.

CDs: Sol moreno, 1995, EMI 8357912; Mistura brasileira, 1997, EMI 8574822.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora PubliFolha.

Carlito Jazz

Conjunto instrumental organizado no Rio de Janeiro em 1926 pelo baterista Carlito (Carlos Blassifera ?—Rio de Janeiro 1956), a pedido da senhora Rasimi, proprietária da companhia francesa Bataclan, para acompanhar as apresentações da companhia no Teatro Lírico.

Além de Carlito, baterista e líder, o conjunto era integrado por Donga, que tocava violão e banjo, pelo trompetista Sebastião Cirino, pelo pianista Augusto Vasseur, pelo violinista João Wanderley, pelo saxofonista Orosino e pelo trombonista Zé Povo.

O grupo apresentou-se com a companhia em São Paulo, Salvador e Recife, de onde seguiu para Paris, França. Na capital francesa, através do embaixador Sousa Dantas, atuou durante três meses no cabaré Palermo, com o nome de Carlito et son Orchestre. Apresentaram-se em outros cabarés, até que, ainda em 1926, depois de uma temporada no café Anglais, Donga e Wanderley deixaram o grupo e voltaram ao Brasil.

Vários instrumentistas europeus substituíram os brasileiros que foram se desligando do conjunto; viajando para a Itália, novamente foi contratado pela companhia Bataclan, que realizava uma tournée. Retornando a Paris, Carlito, junto com Sebastião Cirino e o trombonista Leonel, substituto de Zé do Povo, exibiram-se tocando antigos sucessos brasileiros no cabaré Ermitage, de emigrados russos; passaram alguns anos na Turquia e voltaram à França em 1930 a tempo de se apresentar na Grande Exposição Colonial de Paris, acompanhando a famosa vedete negra Josephine Baker.

Após uma temporada no cabaré Eve e vários anos no Chez les Nudistes, de Montmartre, em fins de 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, Carlito e seus companheiros voltaram para o Brasil, depois de 14 anos na Europa.

Contratada pela Rádio Ipanema, do Rio de Janeiro, a 15 de agosto de 1940, a orquestra Carlito Jazz dissolveu-se pouco tempo depois. A partir de 1940, o líder, Carlito, atuou ainda como empresário de revistas teatrais. Quando morreu, em 1956, era funcionário do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Ed., 1977. 3p.

Tema de amor


Tema De Amor (2000) - Marisa Monte e Carlinhos Brown - Intérprete: Marisa Monte

CD Marisa Monte - Memórias, Crônicas e Declarações De Amor / Título da música: Tema De Amor / Marisa Monte (Compositora) / Carlinhos Brown (Compositor) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: Phonomotor Records/EMI / Ano: 2000 / Nº Álbum: 527049 2 / Faixa 6.
Intr.: Gm Cm Eb Gm
Gm          Dm
Eu conheço todo jeito
Cm            Gm
Todo o vício, sem te tocar
Cm           Dm
Chôro indo, chôro vindo
C#m      Cm
Conheço o fascínio,
Bm        Gm
alto de altar
Gm          Eb
Desconheço a certeza
Ebm         Dm
Que te fez exagerar,
C7        Cm
e abrir meus poros
Ebm            Dm
Cavar flores sem lhe ver
G7           Cm7
Seda pra envolver,
F7            Bb
envolver querer
Ebm                Dm
Com as cores que te dei
G7         Cm
Pedra tua cor,
F7        Bb
seja pelo amor
Gm         Cm 
Meu amor, meu amor
Eb         Gm
Meu amor, meu amor
Ebm                  D
Lavar flores sem lhe ver 
C7             Cm
Chega pra envolver,
F7       Bb
envolver querer
Ebm         Dm
Lavrador ou semideus
G7         Cm
Queima de amor,
F7         Ebm
seja como for
F7       Bb
Tema de Amor

Perdão você


Perdão Você (2000) - Carlinhos Brown e Alain Tavares - Intérprete: Marisa Monte

CD Marisa Monte - Memórias, Crônicas e Declarações De Amor / Título da música: Perdão Você / Carlinhos Brown (Compositor) / Alain Tavares (Compositor) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: Phonomotor Records/EMI / Ano: 2000 / Nº Álbum: 527049 2 / Faixa 5.
Tom: F

Intro: C  C4
       F  F4

C      C4
Côres imagens
C      C4
Côres imagem
C      C4
Côres imagens

C
Côres

F       F4
Originais as côres
   F      F4
Demais as flôres
    F       F4
E mais amores
Eº               Gº
Não me ensina a morrer
    Dm
Que eu não quero
C            Bb
Há diferença abstinente

Dm
No prosseguir da gente
C
Sei que a tendência
Bb
Anda nas frestas
Dm
No decidir da mente
  Eº                Gº
É como se perder de deus
Dm
E eu não quero

C             C#º
Eu não quero perder
Dm                F
Eu não quero te perder
  C     F
Perdão Você

Não é fácil


Não é Fácil (2000) - Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes - Intérprete: Marisa Monte

CD Marisa Monte - Memórias, Crônicas e Declarações De Amor / Título da música: Não é Fácil / Marisa Monte (Compositora) / Carlinhos Brown (Compositor) / Arnaldo Antunes (Compositor) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: Phonomotor Records/EMI / Ano: 2000 / Nº Álbum: 527049 2 / Faixa 4.
    A7m
Não é fácil
E7m
Não pensar em você
A7m
Não é fácil
E7m
É estranho 
A7m
Não te contar meus planos
A/B
Não te encontrar
E7m
Todo dia de manhã

Enquanto eu
A/B
tomo meu café amargo
E7m
É ainda boto fé

De um dia
A/B
te ter ao meu lado
A7m
Na verdade
E7m
eu preciso aprender
A7m   A/B     E7m
Não é fácil, não é fácil
E7m
Onde você anda

Onde está você

Toda vez que saio

Me preparo

para talvez te ver
A7m
Na verdade
E7m
eu preciso esquecer
A7m  A/B     E7m
Não é fácil, não é fácil
E7m
Todo dia de manhã

Enquanto eu tomo
A/B
meu café amargo
E7m
Eu ainda boto fé

De um dia
A/B 
ter você ao meu lado
A7m
O que eu faço
E7m
O que posso fazer?
A7m  A/B       Em7
Não é fácil, Não é fácil
E7m
Se você quisesse 

ia ser tão legal

Acho que eu seria  

mais feliz

Do que qualquer mortal
A7m
Na verdade
E7m
não consigo esquecer
A7m  A/B
Não é fácil
E7m
É estranho

Na estrada


Na Estrada (1994) - Marisa Monte, Nando Reis e Carlinhos Brown - Intérprete: Marisa Monte

LP Marisa Monte - Verde Anil Amarelo Cor de Rosa E Carvão / Título da música: Na Estrada / Carlinhos Brown (Compositor) / Nando Reis (Compositor) / Marisa Monte (Compositora) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: EMI-Odeon / Ano: 1994 / Nº Álbum: 068 830080 / Lado A / Faixa 2.


Tom: D
[Intro] A  E7(sus4)  A  E7(sus4)
        A  E7(sus4)  A  E7(sus4)

A9             Bm7(9)
Ela vai voltar, vai chegar
A9                Bm7(9)
E se demorar, I'll wait for you
A9                     Bm7(9)
Ela vem, e ninguém mais bela
 A9             Bm7(9)
Baby, I wanna be yours tonight

C#7m                    G    F#7     Bm7
  Sem botão, no tempo, no topo, no chão
                               E7          C#7m
Em cada escada, a caminhada a pé, de caminhão

                     G    F#7     Bm7
Seu horário nunca é cedo aonde estou
                            E7
E quando escondo a minha olheira

É prá colher amor

 A9               Bm7(9)
Sala sem ela tem janela

Inclina em cerca de atenção
A9
Ela vem, e ninguém mas
Bm7(9)
Ela vem em minha direção
 A9               Bm7(9)
Sala sem ela tem janela

Inclina em cerca de atenção
A9
Ela vem, e ninguém mais
 Bm7(9)
Bela vem em minha direção

C#7m                    G    F#7     Bm7
  Sem botão, no tempo, no topo, no chão
                               E7          C#7m
Em cada escada, a caminhada a pé, de caminhão
                     G    F#7     Bm7
Seu horário nunca é cedo aonde estou
                            E7
E quando escondo a minha olheira

É prá colher amor

 A9               Bm7(9)
Sala sem ela tem janela

Inclina em cerca de atenção
A9
Ela vem, e ninguém mas
Bm7(9)
Ela vem em minha direção
 A9               Bm7(9)
Sala sem ela tem janela


Inclina em cerca de atenção
A9
Ela vem, e ninguém mais
 Bm7(9)
Bela vem em minha direção


[Final] A  E7(sus4)  A  E7(sus4)
        A  E7(sus4)  A  E7(sus4)
        A  E7(sus4)  A  E7(sus4)
        A  E7(sus4)  A  E7(sus4)

Maria de verdade


Maria de Verdade (1994) - Carlinhos Brown - Intérprete: Marisa Monte

LP Marisa Monte - Verde Anil Amarelo Cor de Rosa E Carvão / Título da música: Maria de Verdade / Carlinhos Brown (Compositor) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: EMI-Odeon / Ano: 1994 / Nº Álbum: 068 830080 / Lado A / Faixa 1.


Intr.: Db  Ab  Bbm  Db  Ab 

Ab              Db 
Pousa-se toda Maria 
            Ab                 Db 
no varal das 22 fadas nuas lourinhas 
Ab                Db 
Fostes besouro Maria 
               Ab                   Db 
e a aba do Pierrot descosturou na bainha 
      Ab          Gb        Db/F 
Farinhar bem, derramar a canção 
     Ab              Gb      Db/F 
Revirar trens, louco mover paixão 
     Bb7          Db7 
Nas direções, programado e emoldurado 
     Bb7  Ab        Gb/Ab  Ab 
Esperarei romântico 
Ab              Db 
 Sou a pessoa Maria 
                 Ab              Db 
Na água quente e boa gente tua Maria 
Ab               Db 
 Voa quem voa Maria 
                Ab                 Db 
e a alma sempre boa sempre vou à Maria 
      Ab          Gb        Db/F 
Farinhar bem, derramar a canção 
     Ab              Gb      Db/F 
Revirar trens, louco mover paixão 
     Bb7          Db7 
Nas direções, programado e emoldurado 
     Bb7  Ab        Gb/Ab  Ab 
Esperarei romântico 
                    Db 
Tou vitimado no profundo poço 
            Eb 
na poça do mundo 
                   Fm 
do céu amor vai chover 
Db            Ab 
 Tua pessoa Maria 
Db            Ab 
 Mesmo que doa Maria 
Db            Ab 
 Tua pessoa Maria 
Db            Ab 
 Mesmo que doa Maria

Magamalabares


Magamalabares (1995) - Carlinhos Brown - Intérprete: Marisa Monte

CD Marisa Monte - Barulhinho Bom / Título da música: Magamalabares / Carlinhos Brown (Compositor) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: EMI Music / Ano: 1996 / Nº Álbum: 854211 2 / Disco 2 / Faixa 2 / Disco 1 gravado ao vivo no Teatro Guararapes (Recife), nos dias 13 e 14 de outubro de 1995. Disco 2 gravado em estúdio com 7 músicas inéditas.


Tom: F#

Intro: C# / C# / Bbm / B: /

C#
Magamalabares
F#
Acqua Marã
          B    C#
O parquinho oxáiê

Quem esteve aqui
          F#
via barquinho de gazeta
      B         C#
Ancorar no mistério

Notas musicais
       F#
Dentre bolas de sabão
         B                C#
que de nossas serenatas vieram

Flores que ofertamos
        F#
e que nunca morrerão
     B                   C#
em vasos e jarros se bronzeiam
     F#    F#m   C#    B         C#
Os anjos de onde vem sua vida bem-vinda
    F#                C#
Os livros não são sinceros
      F#              C#
Quem tem Deus como império
    B7        Bb7   D#m7
No mundo não está sozinho
  G#7      C#
Ouvindo sininhos

E.C.T.


E.C.T. (1994) - Marisa Monte, Nando Reis e Carlinhos Brown - Intérprete: Cássia Eller

LP Cássia Eller / Título da música: E. C. T. / Marisa Monte (Compositora) / Nando Reis (Compositor) / Carlinhos Brown (Compositor) / Cássia Eller (Intérprete) / Gravadora: Polygram / Ano: 1994 / Nº Álbum: 522 500-1 / Lado A / Faixa 3.


Tom: G

            D7               C7
Tava com o cara que carimba postais
                                          D7
Que por descuido abriu uma carta que vol-tou
                                C7
Levou um susto que lhe abriu a boca
                                      D7
Esse recado vem pra mim, não pro se-nhor
                                 D#7
Recebo crack, colante, dinheiro parco, embrulhado
              D7                     D#7
Em papel car-bono e barbante até ca-belo cortado
         D7              D#7
Retrato de 3x4 pra bati-zado distante
         C7                     D7
Mas isso a-qui, meu senhor, é uma carta de amor
        D7              C7
Levo o mundo e não vou lá
        D7              C7
Levo o mundo e não vou lá
        D7              C7
Levo o mundo e não vou lá
        D7
Levo o mundo e não vou

          D7                C7
Mas este cara tem a lingua solta
                        D7
A minha carta ele musi-cou
                           C7
Tava em casa, a vitamina pronta
                                 D7
Ouvi no rádio a minha carta de amor
                            
Dizendo: "eu caso contente, 
           D#7                       D7
papel pas-sado e presente desembru-lhado
                   D#7
Vestido, eu volto logo me espera
            D7                    D#7
Não brigue nunca comigo eu quero ver nossos filhos
          C7                         D7
O profes-sor me ensinou a fazer uma carta de amor
        D7               C7
Leve o mundo que eu vou já
        D7               C7
Leve o mundo que eu vou já
        D7               C7
Leve o mundo que eu vou já
        D7            C7
Leve o mundo que eu vou

 D7                  C7
Mas este cara tem a lingua solta
                        D7
A minha carta ele musi-cou
                           C7
Tava em casa, a vitamina pronta
                                 D7
Ouvi no rádio a minha carta sim senhor
                           
Dizendo: "eu caso contente, 
           D#7                       D7
papel pas-sado e presente desembru-lhado
                   D#7
Vestido, eu volto logo me espera
            D7                    D#7
Não brigue nunca comigo eu quero ver nossos filhos
          C7                         D7
O profes-sor me ensinou a fazer uma carta de amor
        D7               C7
Leve o mundo que eu vou já
        D7               C7
Leve o mundo que eu vou já
        D7               C7
Leve o mundo que eu vou já
        D7              C7
Leve o mundo que eu vou

[C7  D7] 

Amor I love you


Amor I Love You - Marisa Monte e Carlinhos Brown - Intérprete: Marisa Monte - Participação: Arnaldo Antunes

CD Marisa Monte - Memórias, Crônicas e Declarações De Amor / Título da música: Amor I Love You / Marisa Monte (Compositora) / Carlinhos Brown (Compositor) / Arnaldo Antunes (Intérprete) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: Phonomotor Records/EMI / Ano: 2000 / Nº Álbum: 527049 2 / Faixa 1.


Tom: D
D
Deixa eu dizer que te amo
                    F#m
Deixa eu pensar em você
Em
Isso me acalma
A7
me acolhe a alma
G      Gm     D
Isso me ajuda a viver

D
Hoje contei pra as paredes
                  F#m
Coisas do meu coração

Em
Passeei no tempo
A7
Caminhei nas horas
G           Gm         D
Mais do que passo a paixão
        G  Gm      D
É um espelho sem razão
      G Gm       D
Quer amor fique aqui

D
Deixa eu dizer que te amo
                    F#m
Deixa eu gostar em você
Em
Isso me acalma
A7
me acolhe a alma
G      Gm     D
Isso me ajuda a viver

D
Hoje contei pra as paredes
                  F#m
Coisas do meu coração
Em
Passeei no tempo
A7
Caminhei nas horas
G           Gm         D
Mais do que passo a paixão
        G  Gm      D
É um espelho sem razão
      G Gm       D
Quer amor fique aqui

B7                Em
Meu peito agora dispara
A7                  D
Vivo em constante alegria
    G    Gm        D
É o amor quem está aqui

D
Amor I love you
            A7
Amor I love you
              G
Amor I love you
Gm           D
amor I love you (bis)

( D G Gm A7 D)
"Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente!
 Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades,
 e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, 
 como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; 
 sentia um acréscimo de estima por si mesma,
 e parecia-lhe que entrava enfim numa existência 
 superiormente interessante,
 onde cada hora tinha o seu encanto diferente, 
 cada passo conduzia um êxtase,
 e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

D
Amor I love you
            A7
Amor I love you
              G
Amor I love you
Gm           D
Amor I love you

            G Gm D
amor I love you  (4X)

Água também é mar


Água Também É Mar - Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes - Intérprete: Marisa Monte

CD Marisa Monte - Memórias, Crônicas e Declarações De Amor / Título da música: Água Também É Mar / Marisa Monte (Compositora) / Carlinhos Brown (Compositor) / Arnaldo Antunes (Compositor) / Marisa Monte (Intérprete) / Gravadora: Phonomotor Records/EMI / Ano: 2000 / Nº Álbum: 527049 2 / Faixa 11.
Intr.: G  F#°7

G        F#°7   G
Água também é mar
F       G
E aqui na praia
F#°7      G    F#o7
também é margem
G         F#°7  G
Já que não é urgente
F#°7      G  
Agüente e sente
F#°7    G  F#°7
aguarde o temporal
G         F#°7
Chuva também
G         F#°7    G
é água do mar lavada
F#°7      G   F#°7
No céu imagem
G       F#°7     G
Há que tirar o sapato
F#°7
e pisar
G       F#°7    G
Com tato nesse litoral
G          Bb#7
Gire a torneira,
Am
perigas ver
G           Bb#7 Am
Inunda o mundo,
C7
o barco é você
C#7     C#°7     D#°7
Na distância, há de sonhar
C#7
Há de estancar
C#7      C#°7        D#°7
Gotas tantas não demora
G
Sede estranha
G          Bb#7
Gire a torneira,
Am
perigas ver
G           Bb#7 Am
Inunda o mundo,
C7
o barco é você




Carlinhos Brown


Carlinhos Brown (Antônio Carlos Santos de Freitas), compositor, cantor e instrumentista, nasceu em. Salvador BA em 23/11/1964. Criado no Candeal Pequeno, antigo quilombo e hoje bairro pobre da periferia de Salvador, foi discípulo do motorista aposentado Osvaldo Alves da Silva, o Mestre Pintado do Bongô, que lhe ensinou tudo o que sabia sobre percussão.


No início da década de 1980, na gravadora WR, em Salvador, assimilou técnicas de gravação e produção em estúdio. Sensível ao movimento mundial da música contemporânea (adotou seu nome artístico inspirado em James Brown, papa da soul music norte-americana), passou a pesquisar e codificar os ritmos da tradição afro-brasileira.

Em 1984, Luís Caldas gravou Visão do ciclope, sua primeira composição a fazer sucesso nas rádios. No ano seguinte, já integrava a banda de Caetano Veloso, que gravou no LP Estrangeiro (1989) sua composição Meia lua inteira, depois incluída na trilha sonora da novela Tieta, da TV Globo.

No início dos anos de 1990, criou e passou a liderar a Timbalada, banda de tambores de origem africana (timbaus) com mais de 120 instrumentistas e cantores, que depois do sucesso alcançado no carnaval baiano, gravou cinco discos na Polygram — o último foi Mãe de samba, lançado em 1997.

Outros de seus projetos são a Bolacha Maria, uma banda só de mulheres, e a Lactomia, banda percussiva formada por crianças e adolescentes do Candeal e de bairros vizinhos de Salvador.

Em 1993 assinou cinco das 13 músicas do disco Brasileiro, de Sérgio Mendes, ganhador de um prêmio Grammy, no mesmo ano. Em 1996 lançou seu primeiro CD solo, Alfagamabetizado.

Gravou com músicos das mais diferentes tendências como Herbie Hancock e o grupo Sepultura; artistas como Gal Costa, Daniela Mercury, Nando Reis, Marisa Monte, Cássia Eller e Herbert Viana, entre outros, gravaram suas composições ou foram seus parceiros.

CD: Alfagamabetizado, 1996, EMI 364838269-2.

Algumas músicas












Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Cósmica


Cósmica - Baby Consuelo "Baby do Brasil" - Intérprete: Baby Consuelo

LP Baby Consuelo - Cósmica / Título da música: Cósmica / Baby Consuelo "Baby do Brasil" (Compositora) / Baby Consuelo "Baby do Brasil" (Intérprete) / Gravadora: WEA / Ano: 1982 / Nº Álbum: BR 22.058 / Lado A / Faixa 1.


Tom: E

E           Am7+
Era uma vez uma pessoa comum
E          Am7+
A fim de saber do bem e do mal
A            B
E que um dia sacou
A              B
Que o seu lado é o amor
E            Am7+
Não aceita a violência
E              Am7+
Cultiva, a consciência
A               B
E vive nessa magia

A           B
Em busca da sabedoria
E
Cósmica   a claridade da manhã
A
Cósmica  como o infinito lá do céu
C#m                      B7
Cósmica  como toda a natureza
A                B
Brotou bem lá no fundo
C#m               F#m
Do seu pequenino mundo
A             B                      E
O desejo de saber  como é profundo viver
A                B
Da matéria ao espírito
C#m                 F#m
Por mais que parece esquisito
A              B
Cósmica  é a sintonia espiritual
     E
Pra ser transcendental

Todo dia era dia de Índio


Todo Dia Era Dia de Índio - Jorge Ben Jor - Intérprete: Baby Consuelo

LP Baby Consuelo - Canceriana Telúrica / Título da música: Todo Dia Era Dia de Índio / Jorge Ben "Jorge Benjor" (Compositor) / Baby Consuelo "Baby do Brasil" (Intérprete) / Gravadora: WEA / Ano: 1981 / Nº Álbum: 22.027 / Lado A / Faixa 1.


Tom: F

Introd.: Dm7   Gm7

 Dm7
   Curumim chama
               Gm7
Cunhatã que eu vou contar
          Dm7        Gm
Todo dia era dia de Índio
          Dm7       Gm
Todo dia era dia de índio

     Am7      Bb7+
Curumim, Cunhatã
    Am7      Bb7+
Cunhatã, Curumim

            Dm7
Antes que o homem aqui chegasse
                Gm7
As terras brasileiras
                  Dm7
Eram habitadas e amadas
                             Gm7
Por mais de três milhões de índios
              Dm7
Proprietários felizes
           Gm7
Da Terra Brasilis

         Dm7                Gm
Pois todo dia     Era Dia de Índio
     Dm7                Gm
Todo dia      Era Dia de Índio

     Am7
Mas agora eles só tem
        Bb7+
O dia dezenove de abril

              Dm7
Amantes da natureza
                          Gm7
Eles são incapazes com certeza
                  Dm7
De maltratar uma fêmea
                      Gm7
Ou de poluir o rio e o mar
                   Dm7
Preservando o equilíbrio ecológico
                   Gm7
Da terra, fauna e a flora

Am7                   Bb7+
Pois em sua glória, um índio
Am7                  Bb7+
Era exemplo puro e perfeito
Am7
Próximo da harmonia
          Bb7+
Da fraternidade e da alegria

     Dm7
Da alegria de viver!
     Gm7
Da alegria de viver!
              Dm7
E no entanto, hoje
            Gm7
O seu canto triste
                   Dm7
É o lamento de uma raça
                 Gm7
Que já foi muito feliz
Pois antigamente

     Dm7               Gm
Todo dia      era Dia de Índio
     Dm7               Gm
Todo dia     era Dia de Índio
   Am7        Bb7+
Curumim,  Cunhatã
   Am7        Bb7+
Cunhatã,  Curumim
Dm7
Tererê,   Oh yeah!
    Gm7
Terereê, oh!

Baby Consuelo

Baby Consuelo (Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade), cantora e compositora, nasceu em Niterói RJ em 18/7/1952. Aos nove anos, ganhou da mãe o primeiro violão; cresceu ouvindo Vinícius de Moraes, Dorival Caymmi Beatles e João Gilberto.

Em 1966 mudou seu nome para Baby Consuelo; dois anos depois, foi morar em Salvador BA, onde ficou conhecendo Pepeu, guitarrista do recém-formado conjunto Os Novos Baianos, que passou a integrar como vocalista e percussionista.

Em 1978 iniciou carreira solo com o disco O que vier eu traço, que incluía Menino do Rio (Caetano Veloso), um de seus maiores êxitos. Lançou ainda os discos Pra enlouquecer (1980), Canceriana telúrica (1981) — com o sucesso Todo dia era dia de Índio —, Cósmica (1982), Krishna Baby (1984), Sem pecado e sem juízo (1985), Ora pro nobis (1991).

Depois de uma peregrinação a Santiago de Compostela, Espanha, mudou seu nome para Baby do Brasil. Em 1997, reencontrou Os Novos Baianos, para gravar o CD duplo Infinito circular (Globo/Polydor); no mesmo ano, lançou o CD Um, que marcou seu ingresso na dance music.

CD: Um, 1997, BMG/Ariola 7432145483.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora PubliFolha