sábado, abril 17, 2010

Arnaldo Antunes

Arnaldo Antunes (Arnaldo Antunes Filho), compositor, cantor e poeta, nasceu em 02/09/1960 na cidade de São Paulo, SP. Iniciou a carreira artística em 1982, quando integrou o grupo músico-teatral Aguilar e Banda Performática, que chegaria a lançar um LP independente.

Ainda no mesmo ano, entrou para o grupo Titãs do Iê-Iê, que logo abreviaria o nome para Titãs, banda na qual permaneceu até 1992.

Entre 1982 e 1992, quando integrou os Titãs, realizou inúmeras apresentações por todo o Brasil e em outros países como Suiça (Festival de Montreaux, em 1989), Portugal e EUA.

No ano de 1992 recebeu o "Prêmio de Melhor Música do Ano" com Grávida, (c/ Marina Lima) da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

A partir de 1993, iniciou carreira solo lançando o CD Nome, projeto multimídia acompanhado de livro e vídeo. Do disco participaram Péricles Cavalcanti, Edgard Scandurra, Marisa Monte, Arto Lindsay e João Donato, entre outros.

Nos anos seguintes, lançou o CD Ninguém (1995) e o disco O silêncio (1996).

Fez parcerias com vários artistas, principalmente na década de 1980, entre os quais se destacam Jorge Benjor, Gilberto Gil, Arto Lindsay, João Donato, Roberto Frejat, Arrigo Barnabé, Paulo Leminski, Roberto de Carvalho, Cazuza, Frejat, Pepeu Gomes, Alice Ruiz, Edgard Scandurra, Carlinhos Brown e Marisa Monte.

Em 1998, lançou o quarto disco, Um som, que, apesar de manter o tom de experimentação, apresentou um acabamento mais pop.

Como poeta, com forte influência do movimento Concretista, recebeu elogios dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos, que o consideram um dos melhores poetas da sua geração.

Participou, em 1999, de dois projetos ligados a Chico Buarque, interpretando Cotidiano, no songbook preparado por Almir Chediak, e participou da exposição "A imagem do som de Chico Buarque", promovida pelo Paço Imperial (RJ), com um trabalho inspirado na composição Meu refrão.

Em 2000, compôs a trilha sonora para o espetáculo de dança O corpo, do Grupo Corpo, de Belo Horizonte. No ano seguinte, lançou pela gravadora BMG Paradeiro, o quinto disco solo, no qual incluiu Exagerado (Cazuza, Ezequiel Neves e Leoni), Luzes (José Miguel Wisnik e Paulo Leminski) e ainda Na massa (c/ Davi Moraes), Atenção (c/ Alice Ruiz e João Bandeira), Santa (c/ Carlinhos Brown), Debaixo d'Água, Se tudo pode acontecer, Cidade, Essa mulher, parceria com Carlinhos Brown e Marisa Monte e ainda a faixa-título Paradeiro, interpretada em dueto com Marisa Monte. O disco foi produzido por Carlinhos Brown e Alê Siqueira.

Ainda neste ano de 2001, Zélia Duncan fez sucesso com Alma, composição de sua autoria em parceria com Pepeu Gomes. Neste mesmo ano, Suzana Salles gravou Paraíso eu, de sua autoria no CD As sílabas.

Suas composições foram gravadas por vários artistas, entre eles, Ira!, Sandra de Sá, Ney Matogrosso e Cássia Eller, no sucesso Socorro, em parceria com a poeta Alice Ruiz.

No ano de 2002, ao lado de Angela RôRô, participou como convidado de Roberto Frejat do "Projeto Concertos MPBR", apresentado no Canecão, no Rio de Janeiro. Ainda neste ano, ao lado de Branco Mello, Biquini Cavadão, Jair Oliveira, Penélope, Nando Reis e Frejat, participou do CD da ópera-rock Eu e meu guarda Chuva, com composições de Branco Mello em parceria com Ciro Pessoa, produzido por Luiz Carlos e Bruno Gouveia.

Neste mesmo ano, participou outra vez do "Projeto Concertos MPBR", desta vez na casa de espetáculo Tom Brasil, em São Paulo, tendo Jussara e Frejat como convidados especiais. Elza Soares gravou de sua autoria Eu vou ficar aqui no disco Do cóccix até o pescoço. Ainda em 2002, gravou junto à Marisa Monte e Carlinhos Brown o disco Os tribalistas. O disco ainda contou com as participações de Margareth Menezes (voz), Dadi Carvalho (violão, guitarra slide, guitarra, bandolim, cavaquinho, piano, órgão Hammond e acordeom) e Cezar Mendes (violão).

No repertório, as parcerias de Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte em Carnavália, Um a um, O amor é feio, É você, Mary Cristo, Anjo da guarda, Lá de longe, Já sei namorar, Tribalistas, Velha infância (c/ Davi Moraes e Pedro Baby), Passe em casa (c/ Margareth Menezes) e Carnalismo (c/ Cezar Mendes), além de Pecado é lhe deixar de molho (Carlinhos Brown, Marisa Monte e Cezar Mendes).

A gravação foi realizada em apenas duas semanas, no estúdio caseiro de Marisa Monte, sendo filmada por câmeras digitais que geraram as imagens para o DVD. O disco, produzido por Alê Siqueira, atingiu rapidamente altos índices de vendagem, com o grande sucesso obtido pela faixa Já sei namorar. Ainda em 2002, os artistas foram contemplados com o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes de São Paulo) de Melhor Disco e com o Troféu Imprensa, nas categorias Melhor Grupo e Melhor Música (Já sei namorar). Neste mesmo ano de 2002 Gal Costa regravou com sucesso Socorro (Arnaldo Antunes e Alice Ruiz) no disco Gal bossa tropical. Ainda em 2002 foi lançado o livro A vida até parece uma festa, biografia do grupo Titãs escrita pelos jornalistas Hérica Marmo e Luiz André Alzer.

No ano de 2003 Arnaldo Antunes apresentou o show "Paradeiro", no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Participou de vários disco de tributo, entre eles, Chico Buarque, João Donato, Cazuza e Mutantes. Fez também participações em discos de outros artistas: CD Jota Quest - MTVT ao vivo na faixa Tanto faz; no CD O Grande Circo Místico da peça homônima, na música A bailarina; no disco Memórias, crônicas e declarações de amor, de Marisa Monte na faixa Amor I love you; no CD São Paulo confessions, de Suba, na faixa Abraço"; no disco da banda baiana de rock Penélope, na faixa-título Superfantástico; também na faixa Máximo fim do disco No olho do lago?, do cantor e compositor Cid Campos (filho do poeta concretista Augusto de Campos); na faixa Poemas do disco João Marcelo Bôscoli e CIA, e no disco Meu nome é Brasil, de Moraes Moreira, no qual em parceria com o anfitrião interpretou 'Trem das onze, de Adoniran Barbosa, entre tantos outros.

Apresentou-se em festivais na Espanha e Portugal e ainda em uma turnê, com Marisa Monte e Carlinhos Brown, na Europa, divulgando o disco Os Tribalistas, que vendeu no ano de seu lançamento 900 mil cópias (oficiais) no Brasil e 80 mil na Itália. Embora o projeto "Os Tribalistas" tenha se limitado ao lançamento do CD e do DVD, sem a intenção de espetáculos ao vivo, em 2003 o grupo fez um showcase para jornalistas e diretores da gravadora EMI, em Paris, e apresentou-se na festa de entrega do Grammy Latino, em Nova York.

Nesse mesmo ano, foi contemplado com os seguintes prêmios: "Multishow de Música Brasileira", nas categorias "Melhor CD", "Melhor DVD" e "Melhor Música" com Já sei namorar; prêmio "Austregésilo de Athayde", da Academia Brasileira de Letras, na categoria "Melhor CD", prêmio "Tim" na categoria "Melhor Grupo"; Grammy Latino, na categoria "Melhor Álbum Pop Brasileiro Contemporâneo"; prêmio "Nickelodeon Brasil", nas categorias "Melhor Música" (Já sei namorar) e "Melhor Banda"; "Melhor Artista Internacional", no "Festival Bar Verona Itália"; prêmio Ondas (Espanha), na categoria "Melhor Artista ou Grupo Latino"; e "Italian Music Awards", na categoria "Revelação Internacional".

Foram também premiados pela revista "Rolling Stones" (edição argentina), nas categorias "20 Melhores Discos", "Dez Celebridades" e "Cinco Melhores DVDs". Em Portugal, o disco atingiu a vendagem de 190.000 cópias, o equivalente a quatro discos de platina, registrando a maior vendagem do ano no país.

Ainda em 2003, Rita Lee gravou no CD Balacobaco a canção Já te falei, parceria inédita de Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Dadi Carvalho. Nesse mesmo ano, a editora Gryphus lançou "Tribalistas - Livro de Partituras".

Com mais de 1 milhão de cópias vendidas no Brasil e 800 mil no exterior, o disco foi contemplado, em 2004, com o Prêmio Amigo, concedido pela indústria fonográfica da Espanha, na categoria "Melhor Álbum Latino". Nesse mesmo ano, a faixa É você foi incluída na trilha sonora da novela Da cor do pecado, da Rede Globo.

Ainda em 2004 a banda Titãs lançou o primeiro disco pela nova gravadora BMG: Como estão vocês?, no qual foi incluída de sua autoria Esperando para atravessar a rua, parceria com Tony Belloto e Charles Gavin. Em abril de 2004 lançou o CD Saiba, por seu próprio selo Rosa Celeste, com distribuição da gravadora BMG. Do disco, produzido em parceria com Chico Neves, destacaram-se as faixas Elizabeth no Chuí (c/ Carlinhos Brown) e Consumado, composta em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown, além da faixa-título e a regravação de A razão dá-se a quem tem (Noel Rosa, Ismael Silva e Francisco Alves).

Neste mesmo ano Rita Lee, no disco Rita Lee - MTV ao vivo, incluiu de sua autoria Meio fio, parceria com Rita Lee e Roberto de Carvalho. Ainda em 2004 Arnaldo Antunes compôs Alegria, música que integrou a trilha sonora de Benjamim, filme de Monique Gardenberg baseado em romance homônimo de Chico Buarque. O filme recebeu sete indicações no "Grande Prêmio Cinema Brasil", sendo uma delas na categoria "Melhor trilha sonora".

No ano de 2006 lançou o CD Qualquers no qual foram incluídas Hotel Fraternité, sobe poema do alemão Hans Magnus Enzenberger, traduzido por Aldo Fortes e incluída no filme Achados e perdidos, do diretor José Joffily; Pra lá (c/ Adriana Calcanhotto); O que você quer saber de verdade e Contato imediato, ambas em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown), Qualquer, parceria com os portugueses Helder Gonçalves e Manuela Azevedo, integrantes da banda Clã e ainda Num dia (c/ Helder Gonçalves, Manuela Azevedo e Chico Salem; 2 perdidos e Da aurora até o luar, ambas com Dadi; Lua vermelha e Sem você, ambas com Carlinhos Brown; Eu não sou da sua rua (c/ Branco Mello); As coisas (c/ Gilberto Gil), além de duas outras composições Acabou chorare (Moraes Moreira e Luiz Galvão) e Nossa Bagdá, de Péricles Cavalcanti.

O disco contou com produção de Alê Siqueira e com os músicos Paulo Tatit (baixo e violão), Edgard Scandurra (guitarra), Daniel Jobim (piano elétrico), Chico Salem e Cezar Mendes (violões de aço e de nylon), Dadi (baixo, bandolim, guitarra sitar e okulele). A turnê de lançamento do disco Qualquer conta também com cenário e um video de média-metragem com imagens e fotos feitas pela fotógrafa e artista Márcia Xavier, namorada de Arnaldo Antunes.

No ano de 2007 lançou em show no Allegro Bistrô - Modern Sound, em Copacabana, o CD e DVD Ao vivo no estúdio, gravadora Biscoito Fino, no qual interpretou várias composições, entre elas Eu não sou da rua (c/ Branco Mello), com a participação especial do parceiro; Para la´ (c/ Adriana Calcanhoto); Não vou me adaptar, com participação de Nando Reis; Judiaria (Lupicínio Rodrigues), com participação do guitarrista Edgard Scandurra; Velha infância e a Um a um, ambas em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown e nas quais contou com a participação dos parceiros e do baixista Dadi. Também foram incluídas no CD e no DVD as faixas Qualquer coisa (Caetano Veloso), As coisas, parceria com Gilberto Gil, Socorro (c/ Alice Ruiz) e Se tudo pode aparecer, além da única inédita Quarto de dormi, em parceria com Marcelo Jeneci. Neste mesmo ano Paulinho da Viola interpretou Talismã, primeira parceria de Paulinho da Viola, Marisa Monte e Arnaldo Antunes, no disco Paulinho da Viola - Acústico MTV.

Suas composições foram gravadas por diversos artistas da MPB: Lua vermelha, parceria com Carlinhos Brown, gravada por Maria Bethânia no CD Âmbar (1996), Eu não sou da sua rua, parceria com Branco Mello, gravada por Marisa Monte no CD Mais (1990); As coisas, parceria com Gilberto Gil, gravada pelo parceiro em dueto com Caetano Veloso no disco Tropicália 2 (1993) e ainda Sem você, gravada pelo parceiro Carlinhos Brown em 1998 no CD Omelete Man, esta regravada pelo próprio Arnaldo Antunes junto com Arto Lindsay e Davi Moraes para a coletânea Red Hot Lisbon, lançada no exterior.

Biografia: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

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