Sérgio Ricardo (João Mansur Lufti), compositor, cantor, instrumentista e cineasta, nasceu em Marília-SP, em 18/6/1932. Filho de um libanês que tocava alaúde, aos oito anos começou a estudar piano em conservatório e, pouco depois, a tocar em festas de amigos.
Aos 17 anos, mudou-se para São Vicente-SP, onde trabalhou na Rádio Cultura como discotecário, técnico de som e locutor. Ainda no litoral paulista, por pouco tempo, tocou piano na boate Recreio Prainha, de São Vicente.
Em 1952 mudou-se para o Rio de Janeiro, cursando o científico no Colégio Lafayette. Na mesma época, arranjou emprego numa boate em Copacabana, substituindo Tom Jobim, que ia trabalhar como arranjador na gravadora Continental. No meio musical do Rio de Janeiro, ficou conhecendo — além de Tom Jobim — Johnny Alf e João Gilberto.
Ainda nessa época, ingressou na E.N.M.U.B., onde estudou orquestração. Foi também nesse período que começou a compor e a cantar, continuando a tocar em boates. Ouvido pelo compositor Nazareno de Brito, foi convidado a gravar um 78 rpm e logo depois outro, com a toada de sua autoria Cafezinho. Mas seu primeiro sucesso foi gravado por Maysa em 1955, na RGE, o samba-canção Buquê de Isabel.
Mais tarde, numa viagem que fez a São Paulo, trabalhou como ator em televisão, obtendo relativa popularidade. Por essa época, integrou o grupo de músicos liderado por João Gilberto, que se reunia para discutir a bossa nova, no inicio do movimento. Em 1960 lançou o LP A bossa romântica de Sergio Ricardo, pela Odeon, participando também de vários shows de bossa nova, tournees e apresentações em televisão. Nessa época, seu maior sucesso foi a composição Pernas.
Pouco depois, começou a se afastar dos caminhos da bossa nova e lançou o samba Zelão, um de seus maiores êxitos. Iniciou então seu primeiro filme, O menino da calça branca, curta- metragem feito com Nelson Pereira dos Santos. Terminado em fins de 1961, o filme representou o Brasil no festival de cinema de San Francisco, EUA, em 1962, obtendo o segundo lugar. De San Francisco, foi para New York, participando do Festival da Bossa Nova, no Carnegie Hall.
Permaneceu nos EUA ainda algum tempo, cantando em boates. Retornou ao Brasil em 1963, quando fez o longa-metragem Esse mundo é meu (montagem de Rui Guerra), com músicas de sua autoria, que teve grande repercussão. No mesmo ano, compôs e fez os arranjos da trilha sonora do filme Deus e o Diabo na terra do Sol (Gláuber Rocha), lançada depois em LP de mesmo nome, pela gravadora Forma. No mesmo ano, gravou o LP Um senhor talento, pela Elenco.
Em 1964, produziu para o governo do Líbano o filme O pássaro da aldeia, media-metragem rodado naquele país. De volta ao Brasil, no ano seguinte fez o show Esse mundo é meu, com roteiro e direção de Chico de Assis. Ainda em 1965, compôs a trilha sonora para o filme Terra em transe (Gláuber Rocha) e fez as músicas da peça O coronel de Macambira (Joaquim Cardoso). Dois anos depois gravou na Philips o LP A grande música de Sergio Ricardo e participou de vários festivais.
Por ocasião do II FMPB, da TV Record, de São Paulo, em 1967, inscreveu sua música Beto bom de bola. Classificada para a final, debaixo de vaias, não conseguiu apresenta-la, acabando por quebrar seu violão e atira-lo sobre o público, sendo desclassificado. Participou ainda de outros festivais, como a Bienal do Samba e promoções da TV Excelsior, do Rio de Janeiro, e TV Record. Tomou parte também no Festival da Canção de Protesto, realizado na Bulgária, onde duas composições suas foram interpretadas por Geraldo Vandré.
Em 1968 realizou, no Teatro de Arena, de São Paulo, o show Sergio Ricardo e a praça do povo, feito com Chico de Assis e dirigido por Augusto Boal. No mesmo ano, escreveu o roteiro musical para O auto da compadecida, peça de Ariano Suassuna.
Em 1969 completou a filmagem de Juliana do amor perdido, com Roberto Santos, que estreou no ano seguinte. Gravou um novo LP, Arrebentação, pela Equipe, em 1970, e, depois, pela Continental, Sérgio Ricardo (1973), A noite do espantalho (1974), trilha sonora de seu filme de mesmo nome, rodado em Nova Jerusalem PE e Do lago e cachoeira (1979).
Apresentou-se em 1980 no festival de Varadero, em Cuba, com Chico Buarque lançando no mesmo ano, pela Continental, um LP com Geraldo Vandré. Em 1983 compôs e fez arranjos para o cordel de Carlos Drummond de Andrade, Estória de João-Joana, sendo a obra gravada pela Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
De 1983 a 1988 escreveu, dirigiu e compôs a trilha musical de vários filmes de curta-metragem (Traço e cor, Dançando Villa-Lobos, o único no qual nao compôs a parte musical, Voz do poeta, com Ferreira Gullar, O espetáculo continua).
Lançou em 1991 o livro Quem quebrou meu violão (Record, Rio de Janeiro), análise da cultura brasileira nas décadas de 1940 a 1990. No mesmo ano, foi realizada a Semana Sérgio Ricardo, com apresentação de seus filmes, pinturas, discos, livros e espetáculos, no MIS de São Paulo.
Em 1994 fez shows em Lisboa, Portugal, onde gravou um disco com musicas africanas, portuguesas e brasileiras. Apresentou-se também em Angola e Guiné Bissau, Em 1996 ganhou o Prêmio Candango, no Festival de Brasília DF, pela trilha sonora do filme O lado certo da vida errada, de Otavio Bezerra. Em 1996 compôs a trilha sonora da minissérie Zumbi dos Palmares e, em 1997, da novela Mandacaru, ambas exibidas pela TV Manchete.
Em 1999, o espetáculo "Estória de João-Joana", encenado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, marcou sua volta à cena artística. O musical contou com a participação de Chico Buarque, Elba Ramalho, Alceu Valença, Telma Tavares e Zélia Duncan.
Lançou, em 2001, o CD Quando menos se espera.
Em abril de 2005, inaugurou, na Villa Riso (RJ), a exposição "Transparência", com suas pinturas mais recentes.
Embora trabalhe geralmente sem parceiros, compôs algumas músicas para letras de outros autores. É autor de uma única letra para música de outro compositor: Canto de boiadeiro (c/ Bororó Felipe).
Publicou os livros "Quem quebrou meu violão" (Editora Record, 1991), um ensaio sobre a cultura brasileira no período 1940-1990, e "Elas", uma coletânea de suas poesias.
Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.
domingo, março 11, 2018
Walter Wanderley - Biografia
Walter Wanderley (Walter José Wanderley Mendonça), instrumentista, nasceu no Recife/PE em 12/5/1932, e faleceu em São Francisco, EUA em 1/9/1986. Iniciou carreira como organista e pianista em Pernambuco.
Em fins da década de 1950 mudou para São Paulo onde integrou, em 1958, o conjunto do Bar Claridge. Em seguida, levado por Isaura Garcia (com quem casou mais tarde), passou a tocar piano no conjunto da boate Oásis.
Em 1959 estreou em disco, tocando órgão na gravação de E daí?... (Miguel Gustavo), na Odeon, por Isaura Garcia. Tocou ainda nas boates Michel e Reverie, e apresentou-se em bailes e na televisão.
Em 1960 começou a trabalhar no Captain’s Bar, no Hotel Comodoro, no conjunto que mais tarde passou a chamar-se Walter Wanderley e seu Conjunto, com ele no órgão. Em 1961 gravaram o LP Walter Wanderley e o bolero, na Odeon, com Sabor a mí (Alvaro Carrillo) e Solamente una vez (Agustín Lara), entre outras. O conjunto passou a acompanhar, na televisão e em gravações, diversos cantores, como João Gilberto, Isaura Garcia, Dóris Monteiro, Francisco Egidio, Morgana e outros.
Em 1962 lançou o LP Samba é samba, com O barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) e Palhaçada (Haroldo Barbosa e Luiz Reis), entre outras, e no ano seguinte o LP O samba é mais samba, entre outras, com Corcovado (Tom Jobim) e A mesma rosa amarela (Capiba e Carlos Pena Filho), ambos pela Odeon.
Em 1964, o conjunto, com nova formação, apresentou-se no Juão Sebastião Bar e passou a gravar na Philips. Ainda nesse ano, saíram os LPs Órgão sexy e Entre nós, e, nos anos seguintes, O autêntico (1965) e Sucessos + boleros = Walter Wanderley (1966).
Transferindo-se para os EUA, onde fixou residência na costa oeste, lançou pela etiqueta Verve os LPs Chegança (1967) e Batucada (1968), e pela AM Records, When it Was Done, em 1969, e Moondreams, em 1970.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
Ary Toledo - Biografia
Ary Toledo (Ari Christoni de Toledo), cantor, compositor e teatrólogo, nasceu em Martinópolis SP em 22/8/1937. Interessou-se por música desde os 12 anos, quando ganhou urna gaita da mãe. Aprendeu violão com o professor Jamil Neder, em Ourinhos MG, e em 1962 compôs sua primeira música, Modinha de ser.
Gravou, em 1965, em disco RGE Fermata, Tiradentes, uma de suas composições de maior sucesso Participou de vários programas musicais da TV Record, de São Paulo SP, entre 1965 e 1967, época em que se projetou cantando Pau-de-arara (Vinícius de Moraes e Carlos Lyra), também conhecida como Comedor de gilete, música da peça Pobre menina rica.
Destacou-se também interpretando, na mesma época, composições de sua autoria, como Descobrimento do Brasil e Os ovos que a galinha pôs, com Chico de Assis, um de seus principais parceiros. Lançou em 1966, pela RGE, o LP Ary Toledo no fino da bossa, incluindo as músicas de seu repertório.
Ator e autor de seus espetáculos teatrais ficou quatro anos em cartaz com o show A criação do mundo segundo Ary Toledo (em parceria com Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal), que estreou no Teatro de Arena, de São Paulo, em 1966. Atuou durante outros quatro anos em O comportamento sexual do homem, da mulher e do etc.
Em 1974, estreou no Teatro de Arena, de São Paulo, Tamanduá come formiga, elefante leva fama, de sua autoria e de Chico de Assis. De 1986 a 1991 escreveu, produziu, dirigiu e interpretou o show Ary Toledo com a corda toda, no Teatro Zácaro, em São Paulo. Fábrica de riso, espetáculo lítero-musical de sua autoria, foi mostrado no Japão, em 1993, e nos EUA, em 1995.
Algumas músicas
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
Terra dos meus sonhos - Sílvio Brito
Terra Dos Meus Sonhos - Sílvio Brito - Intérprete: Sílvio Brito
LP Sílvio Brito – Terra Dos Meus Sonhos / Título da música: Terra dos Meus Sonhos / Sílvio Brito (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Paralelo / Ano: 1988 / Nº Álbum: LP 2030 / Lado B / Faixa 2.
Tom: A A E A Você precisa conhecer a minha terra... F#m Bm Lá não tem guerra, nem polícia, nem ladrão. E Bm Não tem partidos de esquerda ou de direita, E Bm E A Todo mundo se respeita, isso que é constituição... A E A E além de tudo, tem mulheres muito lindas F#m F#7 Bm E guardam ainda no olhar a sedução. D Dm C#m F#m D Todos trabalham e se divertem sem censura e com fartura, Bm E Pois é repartido o pão. D C#m F#m Não tem prefeito, nem banqueiro, nem juiz D E A D A E no entanto o povo é muito feliz. E A Felicidade só se tem quando se doa, D E A Por isso na minha cidade a vida é boa... E A E a vida é boa quando planta-se a semente, D E A Nem só na terra mas no coração da gente. A E A Você precisa conhecer a minha terra... F#m Bm No alto da serra onde a lua beija o chão. E Bm Lá não tem muros, nem um tipo de barreiras, E Bm E A E7 Preconceitos nem fronteiras de país ou religião. A E A Num mundo cheio de ternura e alegria, F#7 F#m Bm Onde o amor floresce mais à cada dia, D Dm F#m Bm Crianças crescem livres, fortes e sadias, D Bm E Entre os amigos e sem correr nenhum perigo... D Dm C#m É um paraíso aqui na terra e eu suponho, F#7 Bm Que esteja dentro de cada um, E A D A A terra dos meus sonhos... E A Felicidade só se tem quando se doa, D E A Por isso na minha cidade a vida é boa... E A E a vida é boa quando planta-se a semente, D E A Nem só na terra mas no coração da gente.
Tá todo mundo louco - Sílvio Brito
Tá Todo Mundo Louco - Sílvio Brito - Intérprete: Sílvio Brito
Compacto Duplo 7" Sílvio Brito / Título da música: Tá Todo Mundo Louco / Sílvio Brito (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Chantecler / Ano: 1974 / Nº Álbum: 2-08-201-065 / Lado B / Faixa 1.
Tom: G G D7 Essa musica foi feita num momento de depressão Eu tava com saco cheio com raiva da vida, com raiva de tudo G Eu fiz essa música pra encher o saco de todo mundo É uma musica sem graça, sem métrica, sem rima,sem ritmo, D7 com muitos erros de português Agora ninguém tem nada com isso, G porque a musica é minha eu faço dela o que eu quiser. Eu fiz tudo pra não fazer um plágio D7 mas ela saiu muito parecida com a musica do Raul Seixas. Oh mas não tem nada não porque não foi feita pra fazer sucesso, G nem pra se apresentada num programa de televisão. Eu até coloquei uma frase em inglês D7 pra valorizar a musica "I Love You" É uma dessas musicas chatas, enjoada, G sem graça que a gente faz pra participar de festival. Você que tá ouvindo essa musica num tem nada com isso D7 deve tá me achando um chato, enjoado, não liga "prisso", não D7 G liga "prisso" não, não liga prisso não. D7 Que é a cabeça irmão, é a cabeça irmão, G é a cabeça irmão, mas que depressão D7 G É a cabeça irmão, é a cabeça irmão, mas que confusão D7 G É a cabeça irmão, é a cabeça irmão desafinação, D7 G é a cabeça irmão, é a cabeça irmão. G Tá todo mundo louco, oba Tá todo mundo louco, oba C Tá todo mundo louco, oba Tá todo mundo louco, oba G Tá todo mundo louco, oba Tá todo mundo louco ,oba D G D G Tube ri din din, din din din din, tube ri din din, din din" E|--0------------------------- B|---------------------------- G|---------------------------- D|---------------------------- A|------3-2-------------------- E|------------3--------------- G G/B C D Tudo está ficando diferente ninguém vê! G G/B C D Já estou cansado de ouvir você dizer C D C D Que eu não sei fumar, que eu não sei beber, C D que eu não sei cantar Em B7 C Aquilo tudo que você adora ouvir D G e eu não sirvo pra você, por que? D G Eu não sei cantar inglês, por que? D G Eu não sei cantar inglês, eh G Tá todo mundo louco, oba Tá todo mundo louco, oba C Tá todo mundo louco, oba Tá todo mundo louco, oba G Tá todo mundo louco, oba Tá todo mundo louco ,oba D G D G Tube ri din din, din din din din, tube ri din din, din din E|--0------------------------- B|---------------------------- G|---------------------------- D|---------------------------- A|------3-2-------------------- E|------------3--------------- G G/B C D Já não compreendo a razão do desamor G G/B C D Nem entendo porque ninguém fala mais no amor C D C D Você me traiu e disse que é normal C D Em B7 Um a um todos irão por certo acompanhar C D G a evolução e quase que eu fiquei pra trás D G Por que?, fui querer ser bom rapaz, D G por que? Fui querer ser bom rapaz, eh Ta todo mundo louco, oba.... (9x)
Farofa-fa - Mauro Celso
Farofa-Fa (1975) - Mauro Celso - Intérprete: Mauro Celso
Compacto Simples 7" Mauro Celso / Título da música: Farofa-Fa / Mauro Celso (Compositor) / Mauro Celso (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1975 / Nº Álbum: 101.0315 / Lado A.
Tom: A A E Comprei um quilo de farinha Pra fazer farofa Pra fazer farofa A Pra fazer farofa fa E Comprei um pé de porco (faró fa fa) A E orelha de porco (faró fa fa) E Pus tudo isto no fogo (faró fa fa) A E remexi direito (faró fa fa) E Com a fome de um lobo (faró fa fa) A Eu calcei o meu peito (faró fa fa) E Fa Faró Faró Faró Faró Faró Faró A Faró Faró Faró Fa Fa E Farinha de mandioca (faró fa fa) A E pimenta malagueta (faró fa fa) E Eu gosto de farofa (faró fa fa) A Como, não faço careta (faró fa fa) E Mas sou forte como um touro (faró fa fa) A Da cabeça inteligente (faró fa fa) E Só não mastigo tijolo (faró fa fa) A Porque me estraga os dentes (faró fa fa) E Fa Faró Faró Faró Faró Faró Faró A Faró Faró Faró Fa FaLetra
Comprei um quilo de farinha,
Pra fazer farofa, pra fazer farofa, pra fazer farofa-fá!(2x)
Comprei um pé de porco (farofa fá)
E orelha de porco ( farofa fá)
Puis tudo isso no fogo (farofa fá)
E remexi direito (farofa- fá)
Com a fome de um lobo,(farofa fá)
Eu enchi o meu peito (farofa fá)
(Xucrutes!)
Fá faro faro faro, faro faro faro, faro faro faro fafá! (2x)
Farinha de mandioca (farofa fá)
Pimenta malagueta (faro fa fa)
Eu gosto de farofa (farofa fá)
Como e não faço careta (farofa fá)
Mas sou forte como um touro (farofa fá)
Da cabeça inteligente (farofa fá)
Só não mastigo tijolo (farofa fá)
Porque estraga os dentes (farofa fá)
Evebary now!
refrão
Casinha - Sílvio Brito
Casinha (1975) - S. Rodrigues - Intérprete: Sílvio Brito
LP Sílvio Brito – Vendendo Grilo / Título da música: Casinha / S. Rodrigues (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Chantecler / Ano: 1975 / Nº Álbum: 2-08-404-063 / Lado B / Faixa 6.
Tom: D Intro: G, A, D, Bm, G, A7, D A G D A minha vida, é um sonho esquecido, A7 D Patrimônio já perdido, não sei quando vou achar. A G D Vivo vagando, sempre olhando o infinito, A7 D O que existe de bonito, são as noites de luar. A G D Minha morada, é uma casa sem beleza, A7 D Rodeada de tristeza, como um jardim sem flor. A G D Meu coração, não reclama, está calado, A7 D Mas por dentro está magoado, por perder o seu amor. A D Não, não vou ficar, A G D Um novo mundo, eu terei que procurar. A7 G D Refrão Nesta casinha, não consigo mais morar A7 G D Nesta casinha, não consigo mais morar. (Intro: G, A, D, Bm, G, A7, D) A G D Minha morada, é uma casa sem beleza, A7 D Rodeada de tristeza, como um jardim sem flor. A G D Meu coração, não reclama, está calado, A7 D Mas por dentro está magoado, por perder o seu amor. Refrão
Espelho mágico - Sílvio Brito
Espelho Mágico (1975) - Sílvio Brito, Luís Vagner e Tom Gomes - Intérprete: Sílvio Brito
LP Sílvio Brito – Vendendo Grilo / Título da música: Espelho Mágico / Sílvio Brito (Compositor) / Luís Vagner (Compositor) / Tom Gomes (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Chantecler / Ano: 1975 / Nº Álbum: 2-08-404-063 / Lado A / Faixa 1.
A
Espelho meu, espelho meu
D A
Diga se no mundo existe alguém
E7 A
Mais louco do que eu
Espelho meu, espelho meu
D A
Diga se no mundo existe alguém
E7 A
Mais louco do que eu
D A E7
Ah que culpa tenho eu de ser assim tão complicado
A D A A7
Se os conflitos do meu tempo me deixaram pirado
D E7 C#m
Se eu ando distraído devo estar perdido
F#m B7
Dentro dos meus sonhos procurando paz
E7
Cuidado rapaz!
A
Salve os loucos, salve os loucos
D E7 A E7 A
Tomo a dimensão de quem não tem razão pra ser normal
E7
Sou débil mental
A
Espelho meu, espelho meu
D A
Diga se no mundo existe alguém
E7 A
Mais louco do que eu
Espelho meu, espelho meu
D A
Diga se no mundo existe alguém
E7 A
Mais louco do que eu
Pare o mundo que eu quero descer - Sílvio Brito
Pare o Mundo Que Eu Quero Descer (1985)- Sílvio Brito - Intérprete: Sílvio Brito
LP Sílvio Brito – Careca, Sem Dente E Pelado / Título da música: Pare o Mundo Que Eu Quero Descer / Sílvio Brito (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Paulinas/COMEP / Ano: 1985 / Nº Álbum: LP-509.0001 / Lado A / Faixa 5.
Tom: G Intro: G D C D G D/F# Em D C G/B A9 D G G D Pare o mundo que eu quero descer Que eu não aguento mais escovar C G D os dentes com a boca cheia de fumaça, G D Você acha graça porque se esquece C G D que nasceu numa época cheia de conflitos entre raças. G D Pare o mundo que eu quero descer C Que eu não aguento mais tirar fotografias G D para arrumar meus documentos, G D É carteira disso e daquilo C G que até já amarelou minha certidão de nascimento, D E ainda por cima: C G D Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, G ter que pagar pra morrer. C G D Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, G ter que pagar pra morrer. (solo)* G D Pare o mundo que eu quero descer C Que eu não aguento mais esperar o Corinthians G D ganhar o campeonato, G E ter que pagar multas, D C G D impostos, taxas, pedágios pra engordar um bando de ratos. G D Pare o mundo que eu quero descer C que eu não aguento mais ouvir notícias de miséria, G D corrupção e violência que não param de aumentar. G D E pensar que a poluição C G contaminou até as lágrimas e eu não consigo mais chorar, D E ainda por cima: C G D Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, G ter que pagar pra morrer. C G D Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, G ter que pagar pra morrer. G D/F# Em D Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado... C G/B Desorientado segue o mundo, A9 D enquanto eu vou ficando aqui parado, oh oh G D/F# Em D Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado... C G/B A9 D G Eu só quero o teu amor comigo e mandar o resto pros diabos. D# G# D#/G Fm D# Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado... C# Ab/C Bb9 D# Desorientado segue o mundo, enquanto eu vou ficando aqui parado, G# D#/G Fm D# Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado... C# Ab/C Bb9 D# G# Eu só quero o ter você comigo e mandar o resto pros diabos. E A E/G# F#m E Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado... D A/C# B9 E Desorientado segue o mundo, e eu não posso mais ficar parado, A E/G# F#m E Tá tudo errado, oh oh tá tudo errado... D A/C# B9 E A Tá tudo errado, tudo errado, tá tudo errado, tudo errado. ''Mas há de melhorar!'' * (Solinho que emenda o primeiro refrão com segunda parte da música: A:--7-5---------: E:------7-7-2-3-: Obs: fica mais prático substituir o ''3'' por G . )
Careca, sem dente e pelado - Sílvio Brito
Careca, Sem Dente e Pelado (1985)- Sílvio Brito e Joel Soares - Intérprete: Sílvio Brito
LP Sílvio Brito – Careca, Sem Dente E Pelado / Título da música: Careca, Sem Dente E Pelado / Sílvio Brito (Compositor) / Joel Soares (Compositor) / Sílvio Brito (Intérprete) / Gravadora: Paulinas/COMEP / Ano: 1985 / Nº Álbum: LP-509.0001 / Lado A / Faixa 1.
Intro: D#5 D5 G13* D9 Em7 D9 C9 D9 A7(11) D9 G5, D5, E5, D5 G5, D5, E5, D5 G13 Eu estava lá no céu D9 tranquilo a meditar C De repente um anjo D9 começou a me falar G13 D9 Chegou a sua vez, já sei o que você quer: C D9 Um carro, uma casa, muita grana e uma mulher G13 D9 É fácil resolver, já sei pra aonde irá C D9 a Terra é um planeta que você vai adorar, D9 Ah ah ah(Ah ah ah) G D Nossa! Que planeta engraçado Em Bm onde já se nasce enrolado C G Meio de cabeça pra baixo e agachado A9 D Careca, sem dente e pelado G D Nossa! Que planeta engraçado Em Bm onde já se nasce enrolado C G Meio de cabeça pra baixo e agachado A9 D G D9 Careca, sem dente e pelado G13 D9 Entrei num corpo e vim, nascer neste lugar C D9 e desde muito cedo comecei a trabalhar G13 D9 Então eu percebi, não tive muita sorte C D9 o homem quer ter tudo, este planeta está de morte G13 D9 O carro que eu comprei, tive que financiar C D9 D9 E a casa onde moro, eu tive que alugar, Ah ah ah(Ah ah ah) G D Nossa! Que planeta engraçado Em Bm onde já se nasce enrolado C G Meio de cabeça pra baixo e agachado A9 D Careca, sem dente e pelado G D Nossa! Que planeta engraçado Em Bm onde já se nasce enrolado C G Meio de cabeça pra baixo e agachado A9 D G D9 Careca, sem dente e pelado G13 Num sonho então o anjo D9 voltou a me falar C9 D9 Que havia só um jeito de pro céu poder voltar G13 D9 Era parar de reclamar e começar a trabalhar C9 D9 Construir aqui na Terra toda paz que eu tinha lá G13 D9 Porque se agente faz, a parte que nos cabe C D9 D9 A paz, o amor, e o céu estão em toda parte! Ah ah ah(Ah ah ah) G D Nossa que planeta engraçado Em Bm onde já se nasce enrolado C G Meio de cabeça pra baixo e agachado A9 D (solo)** G13 Careca, sem dente e endividado.
Nana Caymmi - Biografia
Nana Caymmi (Dinair Tostes Caymmi), cantora, nasceu no Rio de Janeiro – RJ em 29/04/1941. Em 1960, registrou sua primeira atuação em estúdio, participando da faixa Acalanto (Dorival Caymmi), no LP de seu pai, que compôs a canção em sua homenagem, quando a cantora era ainda criança.
Lançou, também, seu primeiro disco solo, um 78 rpm, contendo as músicas Adeus (Dorival Caymmi) e Nossos beijos (Hianto de Almeida e Macedo Norte). No dia 26 de abril desse mesmo ano, assinou contrato com a TV Tupi, apresentando-se no programa Sucessos Musicais, produzido por Fernando Confalonieri. Em seguida, passou a apresentar, acompanhada pelo irmão Dori, o programa A Canção de Nana, produzido por Eduardo Sidney.
Em 1961, casou-se com o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela. Nesse país, nasceram suas filhas Stella Teresa, em 1962, e Denise Maria, em 1963. Gravou, nesse ano, seu primeiro LP, Nana, com arranjos de Oscar Castro-Neves.
Em 1964, participou do disco Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo, ao lado do pai e dos irmãos. No ano seguinte, separou-se do marido e voltou grávida para o Brasil, com suas filhas pequenas. Em 1966, nasceu seu filho, João Gilberto. Nesse mesmo ano, venceu o I Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta).
Apresentou-se no programa Ensaio Geral (TV Excelsior), ao lado de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tuca, Toquinho e Maria Bethânia, entre outros. Ainda nesse ano, assinou contrato com a TV Record, de São Paulo, e casou-se com o cantor e compositor Gilberto Gil, com quem compôs Bom dia, canção apresentada pelos autores no III Festival de Música Brasileira (TV Record), em 1967. No ano seguinte, terminou seu contrato com a TV Record. Estreou, no Rio de Janeiro, o show Barroco e separou-se de Gilberto Gil.
Em 1969, foi citada por Carlos Drummond de Andrade no poema A festa (Recapitulação), publicado na edição do dia 23 de fevereiro do jornal “Correio da Manhã". Em 1970, fez uma temporada de shows com Dori Caymmi em Punta del Este, Uruguai. Participou do espetáculo "Mustang Cor de Sangue", com Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle e o conjunto Apolo 3, realizado no Teatro Castro Alves (Salvador) e no Teatro de Bolso (RJ).
No ano seguinte, cantou Morena do mar (Dorival Caymmi), na II Bienal do Samba (TV Record). Voltou a Punta del Este, para novas temporadas, em 1971 e em 1972, nesse último ano ao lado de Dori Caymmi, no Café del Puerto. Em 1973, apresentou-se com sucesso em Buenos Aires. No ano seguinte, realizou um show, com o conjunto argentino Camerata, no Camerata Café Concert, em Punta Del Este. Lançou na Argentina, pela gravadora Trova, ainda em 1974, o LP Nana Caymmi, que vendeu 20 mil cópias. O disco, divulgado Rádio Jornal do Brasil por Simon Khoury, chamou a atenção das gravadoras brasileiras.
No ano seguinte, acompanhada pela Camerata, foi recebida pela mídia como Grande Show Woman, em sua temporada anual na Argentina. Após um jejum de oito anos no mercado fonográfico brasileiro, lançou, em 18 de junho de 1975, na Sala Corpo e Som, do Museu de Arte Moderna (RJ), o LP Nana Caymmi (CID). O disco alcançou o 77º lugar no Hit Parade Carioca, uma semana após o lançamento. Fez, ainda, uma temporada, no mês de julho, na boate Igrejinha (SP), sendo citada por Tárik de Souza, no Jornal do Brasil, como a "Nina Simone brasileira" e provocando a admiração de Caetano Veloso, que considerou sua interpretação de Medo de amar (Vinícius de Moraes) uma das mais expressivas da música brasileira.
No dia 22 de outubro de 1976, foi contemplada com o Troféu Villa-Lobos de Melhor Cantora do Ano, oferecido pela Associação Brasileira de Produtores de Discos. Participou da trilha sonora de Maria Maria, espetáculo do Balé Corpo, com músicas de Milton Nascimento e Fernando Brant e coreografia de Oscar Ajaz. Apresentou-se, ao lado de Ivan Lins, no Teatro João Caetano (RJ), pelo projeto Seis e Meia. Ainda em 1976, lançou o LP Renascer, com show no Teatro Opinião. A canção Beijo partido (Toninho Horta), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela Pecado Capital da TV Globo.
Em 1977, gravou novo LP, pela RCA-Victor. O disco contou com a participação de Dorival Caymmi na faixa Milagre, canção inédita do compositor, e teve show de lançamento no Teatro Ipanema (RJ). Ainda nesse ano, a gravadora CID lançou no mercado brasileiro o disco Nana Caymmi, gravado na Argentina em 1974, com o título Atrás da porta. Inaugurou, ao lado de Ivan Lins, o Projeto Pixinguinha (Funarte).
Em 1978, apresentou-se com Dori Caymmi pelo Projeto Pixinguinha. O show, dirigido por Arthur Laranjeiras, estreou no Teatro Dulcina (RJ) e prosseguiu em Vitória, Salvador, Maceió e Recife. Ainda nesse ano, lançou, pela Odeon, o LP Nana Caymmi, contendo a faixa Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), incluída na trilha sonora da novela Sinal de Alerta (TV Globo).
Em 1979, apresentou-se, com Edu Lobo e o conjunto Boca Livre, no Teatro do Hotel Nacional e no Canecão, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, casou-se com o cantor e compositor Claudio Nucci. Em 1980, comandou Nana Caymmi e seus amigos muito especiais, série de shows apresentados às segundas-feiras, no Teatro Villa-Lobos, com a participação de Isaurinha Garcia, Rosinha de Valença, Cláudio Nucci, Zezé Mota, Zé Luiz, Fátima Guedes, Sueli Costa, Jards Macalé e Claudio Cartier, entre outros. Fez temporada no Chico’s Bar, anexo do Castelo da Lagoa (RJ) e realizou espetáculo de lançamento do disco Mudança dos ventos (Odeon), viajando em turnê de shows pelo país. Participou, ao lado do Boca Livre, do Projeto Pixinguinha.
Em 1981, Canção da manhã feliz (Haroldo Barbosa e Luiz Reis), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela Brilhante (TV Globo). Seu espetáculo, na Sala Funarte, foi apontado pelo Jornal do Brasil como um dos dez melhores do ano.
Em 1982, apresentou-se em Algarve (Portugal). Realizou uma participação na novela Champagne (TV Globo), representando a si mesma e cantando Doce presença (Ivan Lins e Victor Martins), ao lado do pianista Edson Frederico. A canção foi incluída na trilha sonora da novela. No ano seguinte, gravou, com César Camargo Mariano, o LP Voz e suor (Odeon). Apresentou-se, ao lado do pianista, no 150 Night Club (SP), para lançamento do disco.
Em 1984, separou-se de Claudio Nucci. Participou do Festival de Nice (França), com Dorival Caymmi e Gilberto Gil, entre outros. No ano seguinte, sua gravação de Flor da Bahia (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) foi incluída na trilha sonora de da minissérie Tenda dos Milagres (TV Globo), baseada no romance homônimo de Jorge Amado.
No final de 1986, em comemoração ao centenário de nascimento de Heitor Villa-Lobos, iniciou uma série de shows pelo país, que teve continuidade no ano seguinte, interpretando obras do compositor, ao lado de Wagner Tiso e do grupo Uakti.
Em 1987, fez temporada de shows em Madri, Espanha. Lançou o disco Nana, contando com a participação de seu filho, João Gilberto, na faixa "A lua e eu" (Cassiano e Paulo Zdanowski). No dia 3 de outubro desse mesmo ano, nasceu sua primeira neta, Marina, filha de Denise e Carlos Henrique de Meneses Silva.
Em 1988, fez show de lançamento do disco Nana, no L’Onoràbile Società (SP) e no People Jazz (RJ), seguindo em turnê pelo país. Em 1989, participou da coletânea Há sempre um nome de mulher", LP duplo produzido por Ricardo Cravo Albin para a campanha do aleitamento materno, do Banco do Brasil, cantando as músicas Dora e Rosa Morena, ambas de Dorival Caymmi. Nesse mesmo ano, ao lado de Wagner Tiso, excursionou por várias cidades da Espanha e participou do Festival Internacional de Jazz de Montreaux, Suíça. A apresentação foi gravada ao vivo, gerando o LP Só louco, lançado, no mesmo ano, pela EMI-Odeon. No dia 16 de dezembro, seu filho, João Gilberto, sofreu, no Rio de Janeiro, um grave acidente de motocicleta. A cantora passou o ano de 1990 dedicando-se exclusivamente ao filho acidentado.
Em 1991, voltou ao cenário artístico, participando, ao lado do irmão Danilo, de espetáculo realizado no Rio Show Festival (RJ), que reuniu Dorival Caymmi e Tom Jobim. Participou, com Dorival e Danilo Caymmi, do XXV Festival Internacional de Jazz de Montreux. O show foi gravado ao vivo e gerou o disco Família Caymmi em Montreux, lançado no Brasil, no ano seguinte, pela PolyGram.
Em 1992, participou, no Rio Centro (RJ), da segunda edição do Rio Show Festival, ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Fagner. Lançou, pela Sony Music, o disco O melhor da música brasileira, apresentando-se em temporada de shows na casa noturna Jazzmania (RJ). No dia 24 de abril desse mesmo ano, nasceu Carolina, sua segunda neta, filha de Denise e Carlos Henrique de Meneses Silva. Participou do "SP Festival", realizado no Anhembi (SP), ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Gilberto Gil.
Em 1993, viajou a Portugal, para temporada de shows em Lisboa e no Porto, ao lado de Dorival e Danilo Caymmi. Gravou o disco Bolero (EMI), apresentando-se em longa temporada de shows no People Jazz (RJ) e seguindo em turnê pelo país. Esteve, também, em Nova York, onde se apresentou no Blue Note, em show que contou com a participação de Danilo Caymmi.
Em 1994, lançou o CD A noite do meu bem - As canções de Dolores Duran (EMI), que contou com a participação de sua filha Denise Caymmi na faixa Castigo. Fez show de lançamento do disco no Canecão, em seu primeiro espetáculo solo nessa casa, seguindo em turnê pelo país.
Em 1996, apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), ao lado de Daniela Mercury, do pai Dorival e dos irmãos Dori e Danilo, em dois espetáculos comemorativos dos 50 anos das empresas Odebrecht. Lançou, nesse mesmo ano, o disco Alma serena (EMI), no Canecão (RJ) e no Palace (SP), seguindo em turnê pelo país. Viajou, em seguida, para os Estados Unidos, onde se apresentou em Los Angeles e Nova York, ao lado de Dori Caymmi.
Em 1997, gravou, no Teatro Rival (RJ), seu primeiro disco solo ao vivo, No coração do Rio (EMI), seguindo em turnê pelo país. Em 1998, lançou o CD Resposta ao tempo (EMI), contendo a canção homônima (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), escolhida como tema musical de abertura da minissérie Hilda Furacão (TV Globo). A música obteve bastante destaque, tendo sido muito executada nas rádios, nesse ano. Apresentou-se, novamente, no Canecão, em show de lançamento do disco, viajando, em seguida, em turnê pelo país.
Em 1999, foi contemplada com o primeiro Disco de Ouro de sua carreira, pelas cem mil cópias vendidas do CD Resposta ao Tempo (EMI), seguindo-se o convite da TV Globo para cantar Suave Veneno (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), canção escolhida como tema da novela homônima. Lançou a coletânea Nana Caymmi - Os maiores sucessos de novela (EMI). Participou, ainda, do songbook de Chico Buarque (Lumiar Discos), interpretando a faixa Olhos nos olhos.
Em 2000, comemorando 40 anos de carreira em disco, lançou o CD Sangre de mi alma (EMI), cantando em espanhol uma seleção de boleros, como Acércate más (Osvaldo Farrés) e Solamente una vez (Agustín Lara), entre outros, com arranjos de Dori Caymmi e Cristóvão Bastos.
Em 2001, gravou o CD Desejo, produzido por José Milton, com a participação de Zeca Pagodinho, em dueto com a cantora em Vou ver Juliana (Dorival Caymmi), Ivan Lins, ao piano na faixa Só prazer (Ivan Lins e Celso Viáfora) e sua sobrinha Alice, filha de Danilo Caymmi, em dueto com a tia na música Seus olhos, de autoria da irmã, Juliana Caymmi. Realizou show de lançamento do disco no Canecão (RJ), apresentando, além do repertório do CD, sucessos de sua carreira, como Saudade de amar, da trilha sonora da novela Porto dos Milagres (TV Globo) e Resposta ao tempo (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc).
Em 2002, lançou o CD O mar e o tempo, contendo exclusivamente obras de Dorival Caymmi, como Saudade da Bahia e O bem do mar, entre outras, além da inédita Desde ontem. O disco contou com a participação de seus irmãos Dori e Danilo, além de sua mãe, Stella, das netas e das sobrinhas.
Em 2003, foi lançado o songbook O melhor de Nana Caymmi (Editora Irmãos Vitale), produzido por Luciano Alves, contendo letras, cifras e partituras do repertório da cantora, além de um perfil biográfico assinado por sua filha, Stela Caymmi.
Em 2004, em comemoração ao 90º aniversário do pai, lançou, com os irmãos Dori e Danilo, o CD Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo, contendo exclusivamente canções de Dorival Caymmi. Os arranjos do disco foram assinados por Dori Caymmi. Em 2005, lançou, ao lado de Nana Caymmi, Danilo Caymmi, Paulo Jobim e Daniel Jobim, o CD Falando de amor, sobre a obra de Tom Jobim Os músicos Jorge Hélder (baixo) e Paulinho Braga (bateria) participaram das gravações.
Fonte: Adaptado da Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mulata yê, yê, yê - Emilinha Borba
Mulata yê, yê, yê (Mulata Bossa Nova) (marcha/carnaval, 1965) - João Roberto Kelly - Interpretação: Emilinha Borba
LP O Carnaval é Nosso / Título da música: Mulata yê, yê, yê / João Roberto Kelly (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Gravadora: Entré/CBS / Lançado em 1964 / Carnaval de 1965 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Marcha.
G mulata bossa nova caiu no huly-guly BIS Am C G e só dá ela iê-iê-iê iê-iê-iê iê-iê D7 G na passarela Am G a boneca está cheia de fiu-fiu C esnobando as louras A7 D7 e as morenas do Brasil
João Roberto Kelly - Biografia
João Roberto Kelly (João Roberto Esteves Kelly), compositor, cantor e produtor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 23/6/1937. Aos 11 anos, começou a tocar piano de ouvido, aprendendo com a mãe e a avó, ambas pianistas. Depois estudou com professora particular e começou a compor.
Iniciou carreira em 1957, fazendo a partitura da revista Sputnik no morro, que Geysa Bôscoli e Leon Eliachar apresentaram no Teatrinho Jardel, no Rio de Janeiro, em 1957.
Estreou na televisão em 1963, fazendo a abertura musical dos programas da TV Excelsior, onde mais tarde, convidado por Carlos Manga e Chico Anísio, passou a musicar os quadros dos seus shows humorísticos, participando, assim, de um dos programas mais famosos na época (1964), Times Square.
Daí em diante, dedicou-se a televisão, tendo sido produtor e apresentador em varies canais de televisão no Rio de Janeiro — na TV-Rio, produziu Praça Onze, Noites Cariocas e Musikelly; na TV Globo, foi apresentador de Espetáculos Tonelux; e, em 1970, voltando para a TV-Rio, produziu e apresentou Rio Dá Samba.
Tornou-se mais conhecido como compositor carnavalesco, destacando se em vários Carnavais das décadas de 1960 e 1970: em 1964 fez grande sucesso com Cabeleira do Zezé (com Roberto Faissal), marcha gravada por Jorge Goulart; no ano seguinte, Emilinha Borba gravou com êxito sua marchinha Mulata iê iê iê e Dalva de Oliveira interpretou em disco o Rancho da Praça Onze (com Chico Anísio), música que já havia, sido apresentada ao publico em 1960 e que foi modificada para o relançamento; em 1967, sua música Colombina iê-iê-iê (com David Nasser) foi uma das mais cantadas no Carnaval; e, em 1971, sua marcha Paz e amor (com Toninho) foi defendida por Clóvis Bornay.
Venceu, em 1972, o concurso de Carnaval da TV Tupi com Israel (com Carlos Gonçalves dos Santos), cantada por Emilinha Borba, e recebeu o Medalhão de Ouro da TV Globo, em 1974, pelo seu Cordão da Bahia. Ainda nesse ano, gravou um LP pela Odeon, cantando sucessos seus como Boato e Gamação, gravados anteriormente por cantores como Elza Soares, Miltinho e Dóris Monteiro.
Algumas músicas
Boato, samba, 1961; Brotinho bossa nova, samba, 1960; Cabeleira do Zezé (c/Roberto Faissal), marcha, 1964; Colombina iê-iê-iê (c/David Nasser), samba, 1967; Dor de cotovelo, samba, 1961; Figurinha de boate, samba, 1961; Gamação, samba, 1962; Joga a chave, meu amor (c/J. Rui), marcha, 1965; Linda mascarada (c/David Nasser), marcha-rancho, 1967; Mulata iê-iê-iê, marcha 1965; Rancho da Praça Onze (c/Chico Anísio), marcha rancho, 1965; Rancho do Lalá (c/David Nasser), marcha. 1967; Samba do teleco-teco, samba, 1958; Só vou de balanço, samba, 1963; Times Square (c/Meira Guimarães), hully-gully, 1964.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
Sá Marina - Wilson Simonal
Wilson Simonal |
São dessa época composições como “Meia-Volta”, “Juliana”, “Teletema”, “BR-3” e a popularísssima “Sá Marina”: “Descendo a rua da ladeira / só quem viu pode contar / cheirando a flor de laranjeira / Sá Marina, eh! vem pra dançar...”.
Lançada em 1967 pelo conjunto O Grupo, a canção estourou com Wilson Simonal no começo do ano seguinte, permanecendo por dezenove semanas nos primeiros lugares das paradas de sucesso. Uma toada-moderna, segundo o próprio Adolfo, “Sá Marina” é produto de uma tendência muito em moda na época, que procurava juntar influências harmônicas da bossa nova a estruturas tradicionais da música brasileira, no caso a toada.
Pode ser incluída naquela vertente de “Andança” e “Viola Enluarada”, canções filiadas, como foi dito, ao estilo Milton Nascimento, apresentando, porém, “Sá Marina” características mais dançantes, com seu ritmo bem marcado e ligeiramente aproximado do iê-iê-iê (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Sá Marina (1968) - Antônio Adolfo e Tibério Gaspar - Intérprete: Wilson Simonal
LP Alegria, Alegria Vol. 2 ou Quem Não Tem Swing Morre Com A Boca Cheia De Formiga / Título da música: Sá Marina / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1968 / Nº Álbum: MOFB 3547 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: MPB.
Sá Marina (1968) - Antônio Adolfo e Tibério Gaspar - Intérprete: Wilson Simonal
LP Alegria, Alegria Vol. 2 ou Quem Não Tem Swing Morre Com A Boca Cheia De Formiga / Título da música: Sá Marina / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1968 / Nº Álbum: MOFB 3547 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: MPB.
tom: C C7+ C#° Dm7 Descendo a rua da ladeira G C7+ Am7 Só quem viu, que pode contar Dm7 Cheirando a flor de laranjeira G C7+ Sá Marina vem pra cantar C#° Dm7 De saia branca costumeira G C7+ Am7 Gira o sol, que parou pra olhar Dm7 Com seu jeitinho tão faceiro G C Gb7(b5) Fez o povo inteiro cantar F7+ G Roda pela vida afora C7+ Am7 E põe pra fora essa alegria Dm7 G Bb C Dança que amanhece o dia pra se dançar F7+ G Gira, que essa gente aflita C7+ Am Se agita e segue no seu passo Dm7 G Ab7(b5) Ab7+(b5) G4 C7+ Mostra toda essa poesia no olhar C#° Dm7 Deixando versos na partida G C7+ Am7 E só cantigas pra se cantar Dm7 Naquela tarde de domingo G C7+ Fez o povo inteiro cantar Am7 Dm7 G C7+ E fez o povo inteiro cantar Am7 Dm7 G Ab7(b5) Ab7+(b5) G4 C7+ E fez o povo inteiro cantar.
Vesti azul - Wilson Simonal
O diretor do selo Equipe, Osvaldo Cadaxo, pediu ao compositor Nonato Buzar, autor do sucesso “O Carango”, uma música para a cantora Adriana, de quatorze anos, filha de um amigo seu. Mal terminara o encontro e Nonato já começava a cantarolar letra e melodia da nova canção, logo informando a um incrédulo Cadaxo que a música estava pronta.
Assim nasceu “Anjo Azul” — título que é uma homenagem ao legendário filme de Marlene Dietrich — em que o autor completava as pausas com passagens instrumentais, as quais, embora sem letra, faziam parte da composição, uma toada, dançante, urbana: “Estava na tristeza que dava dó / vivia vagamente, andava só / mas eis que de repente apareceu / um brotinho lindo que me convenceu / dizendo que devia vestir azul / (...) / vesti azul / pã pã paã pã paã / minha sorte então mudou...”
Dias depois, enquanto Ed Lincoln preparava o arranjo para Adriana, Nonato mostrou em São Paulo a música a Wilson Simonal que gostou e pediu para que ele a gravasse numa fita cassete. Daí surgiriam, quase ao mesmo tempo, as duas gravações com títulos diferentes, a de Adriana (na Equipe) como “Anjo Azul” e, para surpresa do autor, a de Simonal (na Odeon) como “Vesti Azul”.
Campeãs de vendagem, ambas adotavam o estilo “pilantragem”, já mencionado, tendo prevalecido o título “Vesti Azul”, em razão principalmente do sucesso de Simonal, que na ocasião comandava o programa “Show em Si Monal”, na TV Record. “Vesti Azul” seria gravada, em versão de Paul Anka e Sammy Cahn, no exterior com o nome de “Something Else”. Parceiro de Chico Anísio e Carlos Imperial, Nonato Buzar emplacou sucessos como os temas das telenovelas “Irmãos Coragem” (1970/71) e “Verão Vermelho” (1971/72), tendo atuado quatro anos na França com o seu grupo País Tropical (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Vesti Azul (1968) - Nonato Buzar - Intérprete: Wilson Simonal
LP Alegria, Alegria!!! / Título da música: Vesti Azul / Nonato Buzar (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1967 / Nº Álbum: MOFB 3508 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Canção / Pilantragem / MPB.
LP Alegria, Alegria!!! / Título da música: Vesti Azul / Nonato Buzar (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1967 / Nº Álbum: MOFB 3508 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Canção / Pilantragem / MPB.
Tom: A Introdução: A G F F/E E G A/G Estava na tristeza que dava dó G A/G E via vagamente e andava só G A Mas eis que de repente me apareceu F#m7 E7 Um brotinho lindo que me convenceu G A/G Dizendo que eu devia vestir azul G A/G Que azul é cor do céu e seu olhar também G A Então o seu pedido me incentivou Bm E Vesti azul C#m F# Minha sorte então mudou Bm E Vesti azul A G F F/E E Minha sorte então mudou G A/G Passei a ser olhado com atenção G A/G E fui agradecer pela opinião G A/G Então senti que eu protestava toda mudada F#m E7 Parecia até que estava apaixonada G A/G Então eu fiz charminho e até sentei G A/G Só vim aqui saber como eu fiquei G A E aquele olhar do broto me confirmou Bm E Vesti azul C#m F# Minha sorte então mudou Bm E Vesti azul A G F F/E E Minha sorte então mudou
Mamãe passou açúcar em mim - Wilson Simonal
LP Vou Deixar Cair ... / Título da música: Mamãe passou açúcar em mim / Carlos Imperial (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1966 / Álbum: MOFB 3470 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Canção.
Tom: D Intro: C7 D7 Bm E A7 D7 G G7 C7 D7 Bm E A7 D7 G D7 (G G6 G7 G6) Ahh, deixa comigo! G D7 G E Eu sei que tenho muitas garotas A7 D7 G Todas gamadinhas por mim G7 C7 E todo dia é uma agonia D7/A Não posso mais andar na rua é o fim... G D7 G E Eu era neném não tinha talco A7 D7 G D Mamãe passou açúcar em mim... G D7 G E Sei de muito broto que anda louco A7 D7 G Pra dar uma bitoca em mim G7 C7 E na verdade na minha idade D7/A Eu nunca vi ter tanto broto assim... G D7 G E Eu era neném não tinha talco A7 D7 G Mamãe passou açúcar em mim... (C7 D7 Bm E A7 D7 G G7 C7 D7 Bm E A7 D7 G D7) Lá Lá Lá Lá Lalalalalá! Lá Lá Lá Lá Lalalalalá! Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!
Jaime Ovalle - Biografia
Jaime Ovalle (Jaime Rojas de Aragón y Ovalle), compositor e poeta, nasceu em Belém PA em 5/8/1894 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 9/9/1955. Influenciado pela irmã, que estudava piano e bandolim com Eduardo Pierantoni, dedicou-se a esses instrumentos e, sempre como autodidata, mais tarde aprendeu violino e violão.
Ainda jovem, transferiu-se para o Rio de Janeiro, relacionando-se ali com intelectuais e músicos. Poeta, conhecedor da música popular brasileira e violonista de choros e serestas, foi freqüentador assíduo da casa de Heitor Villa-Lobos. Nomeado por concurso para a Fazenda Nacional, ocupou cargos em New York, EUA, e Londres, Inglaterra, onde escreveu grande parte de sua obra.
Regressando ao Rio de Janeiro, por volta de 1937 publicou, por conta própria, toda a sua obra musical, na Casa Artur Napoleão. Nunca realizou a apresentação pública dessas composições, mas exibiu-as em audição privada em casa do poeta Augusto Frederico Schmidt (1906—1 965), na interpretação do pianista Mário Neves.
Suas canções Azulão e Modinha, ambas com versos de seu grande amigo Manuel Bandeira, são consideradas suas obras mais importantes.
Membro fundador da Academia Brasileira de Música, teve sua obra apresentada formalmente pela primeira vez, em 1959, no programa Música e Músicos do Brasil, da Rádio MEC em palestra de Andrade Murici, ilustrada pelo soprano Gelsa Ribeiro da Costa e pela pianista Ana Cândida.
Não publicou livros, deixando uma obra inédita, The Foolish Bird (O pássaro tolo), poemas escritos em inglês.
Obras
Música orquestral: Pedro Álvares Cabral, opus 16, poema sinfônico, s.d.; Música de câmara: Dois improvisos, p/três clarinetas, s.d.; Música instrumental: Desafio, opus 6, n 2, p/plano, s.d.; Dois retratos: n° 1 — Manuel Bandeira; o 2— Maria do Carmo, opus 14, p/piano, s.d.; Noturno, opus 25, p/piano, s.d.; Scherzo, opus 9, n° 2, p/piano, s.d.; Música vocal: Azulão, opus 21, p/canto e piano, s. d.; Berimbau, opus 4, p/canto e piano, s.d.; Modinha, opus 5, p/canto e piano, s.d.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
Ainda jovem, transferiu-se para o Rio de Janeiro, relacionando-se ali com intelectuais e músicos. Poeta, conhecedor da música popular brasileira e violonista de choros e serestas, foi freqüentador assíduo da casa de Heitor Villa-Lobos. Nomeado por concurso para a Fazenda Nacional, ocupou cargos em New York, EUA, e Londres, Inglaterra, onde escreveu grande parte de sua obra.
Regressando ao Rio de Janeiro, por volta de 1937 publicou, por conta própria, toda a sua obra musical, na Casa Artur Napoleão. Nunca realizou a apresentação pública dessas composições, mas exibiu-as em audição privada em casa do poeta Augusto Frederico Schmidt (1906—1 965), na interpretação do pianista Mário Neves.
Suas canções Azulão e Modinha, ambas com versos de seu grande amigo Manuel Bandeira, são consideradas suas obras mais importantes.
Membro fundador da Academia Brasileira de Música, teve sua obra apresentada formalmente pela primeira vez, em 1959, no programa Música e Músicos do Brasil, da Rádio MEC em palestra de Andrade Murici, ilustrada pelo soprano Gelsa Ribeiro da Costa e pela pianista Ana Cândida.
Não publicou livros, deixando uma obra inédita, The Foolish Bird (O pássaro tolo), poemas escritos em inglês.
Obras
Música orquestral: Pedro Álvares Cabral, opus 16, poema sinfônico, s.d.; Música de câmara: Dois improvisos, p/três clarinetas, s.d.; Música instrumental: Desafio, opus 6, n 2, p/plano, s.d.; Dois retratos: n° 1 — Manuel Bandeira; o 2— Maria do Carmo, opus 14, p/piano, s.d.; Noturno, opus 25, p/piano, s.d.; Scherzo, opus 9, n° 2, p/piano, s.d.; Música vocal: Azulão, opus 21, p/canto e piano, s. d.; Berimbau, opus 4, p/canto e piano, s.d.; Modinha, opus 5, p/canto e piano, s.d.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
Olhar brasileiro - Eduardo Dussek
Olhar Brasileiro - Eduardo Dusek e Luís Carlos Góes- Intérprete: Eduardo Dusek
LP Eduardo Dusek – Olhar Brasileiro / Título da música: Olhar Brasileiro / Eduardo Dusek (Compositor) / Luís Carlos Góes (Compositor) / Eduardo Dusek (Intérprete) / Gravadora: Polydor / Ano: 1981 / Nº Álbum: 2451 165 / Lado A / Faixa 5.
Introdução:
F6 F#º Em Am7
Dm7/9 G6/7 G5+/7
G7 C Am7 Dm7/9 G7
Fm5-/7
E agora só
B7/9- Em
Sentado nessa sala que não é minha
Gm7 C7/9- F7+
E que claro por ironia
Am6 Em Am6 Gm6 C7/9-
Me parece tão familiar
F6
Me vem você
F#º Em
Me vem a sua cara
Am7 Dm7/9
Sua conversa apimentada e rara
G7 C Am7 Dm7/9 G7
E assim digamos tão particular
F#m5-/7
Escuto o ritmo
B7/9- Em
Daquele seu simples pandeiro
Gm7 C7/9- F7+
E até sinto aquele cheiro
Am6 Em Am6 Gm6 C7/9-
De amor e de samba espalhado no ar
F6 F#º Em
E, minha nossa, de repente eu me lembro
Am7 Dm7/9
Era verão e a gente ficava bebendo
G7 C C7
Ia vivendo à beira mar
F7+
Todo o mundo sentado
Bb7/9 Em Am7
Na varanda do nosso sobrado
Dm7/9 G6/7 G5+/7
E sonhando, altas horas, acordado
G7 Gm6 C7/9-
Olhando fixo pro luar
F7+
Era seresta,
Fm6 Bb7/9 Em Am7
Era uma festa ver você e se apaixonar
Dm7/9 G6/7 G5+/7 G7
Era seu jeito, seus defeitos
Gm6 C7/9-
Sua maneira de se dar
F6
Era tão quente
Fm6 Bb7/9 Em
Era pra gente tão maneiro que de repente
Am7
Você ganhava o mundo inteiro
Dm7/9 G6/7 G5+/7 G7 C Am7 Dm7/9 G7
Simplesmente com o menor piscar
F#m5-/7
E mesmo agora
B7/9- Em
Sendo eu o único que resta
Gm7 C7/9- F7+
Talvez daquela festa
Am6 Em Am6 Gm6 C7/9-
Talvez. daquele mar
F6
Eu dou um jeito
F#º Em
Teto fugir, tento esconder mas me ajeito
Am7 Dm7/9 G6/7
Me acomodo pois me dói o peito
G5+/7 G7 Gm6 C7/9-
Somente por tentar lembrar
F7+ Bb7/9
Daquele cheiro, daquele pandeiro
Em A#º
Daquele Rio de Janeiro
Dm7/9 G6/7 G5+/7
Daquele seu verde olhar brasileiro
G7 C Am7 Dm7/9 G7 C
Que era meu
Nostradamus - Eduardo Dussek
Nostradamus (1980) - Eduardo Dussek - Intérprete: Eduardo Dusek
LP Eduardo Dusek – Olhar Brasileiro / Título da música: Nostradamus / Eduardo Dussek (Compositor) / Eduardo Dussek (Intérprete) / Gravadora: Polydor / Ano: 1981 / Nº Álbum: 2451 165 / Lado A / Faixa 3.
Tom: D Introdução: D G#° (3 vezes) D Naquela manhã G#° Em Eu acordei tarde, de bode G com tudo que sei G/B acendi uma vela D abri a janela, e pasmei Bb Alguns edificios explodiam Gm pessoas corriam G#° eu disse bom dia A ignoreeei D Telefonei G#° Prum toque que tenha qualquer Em e nao tinha G Ninguem respondeu, eu G/B disse Deus, Nostradamus, D força do bem e da maldade Bb Gm G#° futuro, calamidade, juizo final A Então és tu G De repente na minha frente A/G A esquadilha de aluminio F#m Bm caiu, junto com vidro fume Em o que fazer, tudo ruiu Começou tudo a carcomer Bb gritei, ninguem ouviu, D e olha que eu ainda fiz psiu! G O dia ficou noite A/G O sol foi pro alem F#m Eu preciso de alguém Bm vou até a cozinha encontro Carlota, a cozinheira Em morta, diante do meu pé, Zé G A7 D D7 eu falei, eu gritei, eu imploreei G Levanta Em Bb Me serve um café A D Que o mundo acabou
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