domingo, outubro 31, 2010

Raul Marques

Raul Marques (Raul Gonçalves Marques), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 24/08/1913, e faleceu na mesma cidade em 06/09/1991. Desde cedo frequentou as rodas de samba no bairro da Saúde, onde nasceu. 
A partir de 1930 começou a compor, e seu primeiro samba, O amor que não morreu, foi gravado em 1934 por Arnaldo Amaral, na etiqueta Columbia. Por essa época, foi diretor de harmonia na hoje extinta escola de samba Unidos da Saúde, que ajudou a criar. 

Em seguida passou três anos na escola de samba União Barão de Gamboa, também extinta, voltando mais tarde para a Unidos da Saúde. Transferiu-se depois para a Recreio de Ramos, tendo freqüentando durante muito tempo o G.R.E.S. Império Serrano. 
Em 1937 Luís Barbosa grava sua composição Risoleta (com Moacir Bernardino), que foi um de seus maiores sucessos, com diversas regravações. Em 1942 participou do filme inacabado de Orson Welles Jangada.  
 Tocando vários instrumentos de percussão, atuou na década de 1940 nos conjuntos Os Ritmistas e Os Poetas da Voz, neste último em dupla com Henrique de Almeida, oue também participava do primeiro conjunto. Por intermédio de Buci Moreira passou a freqüentar as gravadoras, tornando-se um dos ritmistas mais requisitados para os acompanhamentos dos discos de diversos cantores e compositores. 
Em janeiro e fevereiro de 1954 atuou como crooner da boate Esplanada, em São Paulo SP. Em 1959 seu samba Reconciliação (com Agenor Madureira e José Rosas) obteve algum sucesso, o mesmo acontecendo, em 1963, com o samba Retrato do Cabral (com Monsueto).  
Obra
Eu e você (c/Ernâni Silva), samba, 1937; Falso batuqueiro (c/Carlos de Sousa), samba, 1945; Reconciliação (c/Agenor Madureira e José Rosas), samba, 1959; Retrato do Cabral (c/Monsueto), samba, 1962; Riso/eta (c/Moacir Bernardino), samba, 1937.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA.

Saint-Clair Sena

Saint-Clair Sena - 1939
Saint-Clair Sena (Saint-Clair Moreira Sena), compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 20/5/1896 e faleceu na mesma cidade em 30/8/1986. Originário do bairro do Estácio e pouco depois se mudou com a família para Anta, município de Sapucaia RJ, onde o pai fundou a banda de música local.

Logo se interessou por música, que aprendeu com o maestro da banda local, Antônio Samico, e aos 12 anos começou a compor. De volta ao Rio de Janeiro, foi morar na pensão da família de Lamartine Babo, que ainda era garoto. Estudava odontologia e, à noite, tocava flauta em reuniões com os amigos na pensão.

Em 1930, tornou-se amigo de Noel Rosa e Assis Valente, com os quais passou a frequentar festas e reuniões musicais. Depois foi eleito diretor social do então fundado Grajaú Tênis Clube, tendo promovido diversas festas com artistas importantes.

Com a ajuda de Lamartine Babo, que atuava na Rádio Philips, transmitiu pelo rádio uma dessas reuniões artísticas, da qual participaram Gilda de Abreu e Vicente Celestino, entre outros. Por intermédio do humorista Jorge Murad, conheceu Francisco Alves, que gravou várias de suas composições, bem como Gastão Formenti, Carlos Galhardo e Orlando Silva.

Em 1934 teve sua primeira música gravada, o Samba da saudade (com Ronaldo Lupo), interpretado por Gastão Formenti na Victor. De 1932 a 1938 venceu diversos concursos de música popular, entre os quais o de marchas promovido pela revista O Malho, em 1934. Em 1940, levado por Olavo de Barros, começou a fazer teatro de revista.

Escreveu e musicou as peças de diversas temporadas de Walter Pinto, destacando-se Rabo de foguete, em co-autoria com Luís Peixoto e Walter Pinto, apresentada no Teatro Recreio, em 1945, com grande sucesso. Fundador e conselheiro da UBC, foi sócio efetivo da SBAT.

De sua numerosa produção musical destacam- se a canção Reflorir da minha vida, de 1936; a valsa Misterioso amor, de 1937; a valsa Cruel destino (com José Maria de Abreu), de 1937; e a Canção do meu amor, de 1937, todas gravadas por Francisco Alves; Jamais irei aonde tu fores, canção gravada em 1939 por Orlando Silva, e a marcha Quando eu era pequenino, gravada pelos Anjos do Inferno.

Obra

Cruel destino (c/José Maria de Abreu), valsa, 1937; Eu, você e mais alguém (c/José Maria de Abreu), fox, 1942; Misterioso amor, valsa, 1937; Reflorir da minha vida, canção, 1936.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.