sábado, setembro 01, 2018

Vera Lúcia - Biografia


Vera Lúcia (Vera Lucia Ermelinda Balula), cantora, nasceu na cidade de Vizeu, Portugal, em 07/08/1930. Em 1951, lançou pelo pequeno selo Elite Special seu primeiro disco interpretando o samba Copacabana, de Alberto Ribeiro e João de Barro e o baião Veio amô, de Humberto Teixeira. No mesmo ano, gravou um de seus maiores sucessos, a marcha Rita sapeca, de Klécius Caldas e Armando Cavalcanti.


Em 1952, gravou a marcha Pisca-pisca e "o samba canção Verdadeira razão, de Armando Cavalcânti e Klécius Caldas e o samba Não vou chorar, de Humberto Teixeira e Felícia Godoy e o Baião de Alagoas, de Humberto Teixeira. No mesmo ano, foi contratada pela Odeon onde estreou com a marcha Pagode chinês, de Ari Monteiro e Irani de Oliveira e o samba Vou-me embora, de Humberto Teixeira e Felícia Godoy.

Em 1953, gravou o Baião da saudade, de Fernando Jacques e o samba canção Intriga, de Altamiro Carrilho e Armando Nunes. No mesmo ano, gravou os sambas-canção Filha diferente, de Raul Sampaio e Rubens Silva e É tarde demais, de Hianto de Almeida.

Em 1954, gravou os sambas Não vivo em paz e Eu não perdôo, da dupla Paulo Menezes e Nilton Legey. No mesmo ano, lançou dois sambas canção Eu sei que você não presta, de Chocolate e Mário Lago e Sempre eu, de Alfredo Godinho e Osvaldo França.

Ainda em 1954, passou a gravar na Continental e lançou os sambas Valerá a pena, de Dorival Caymmi, Carlos Guinle e Hugo Lima e O que os olhos não vêem, de Luiz Bandeira. No mesmo ano, gravou o xote Suspiro vai, de Graça Batista e Álvaro Carrilho e o samba canção Ter saudade, de Haroldo de Almeida.

Foi eleita Rainha do Rádio em 1955, vencendo Ângela Maria, por decisão de Manoel Barcelos, que quis homenagear Carmen Miranda, portuguesa de nacionalidade como ela e que estava no Rio, em fase de recuperação de saúde. Recebeu a coroa das mãos da Pequena Notável.

Nesse ano já fez sucesso com Amendoim torradinho (Henrique Beltrão) e O que os olhos não vêem (Luiz Badeira). Além deste título, ganhou 10 troféus ao longo da carreira, como destaque de programas de televisão, entre eles, os de Chacrinha e Aerton Perlingeiro.

Em 1956, lançou os sambas canção Molambo e Quem sabe é você, de Jaime Florence e Augusto Mesquita e Duvido, de Luiz Vieira e Dario de Souza e o samba "Cansei de ilusões", de Tito Madi.

No ano seguinte, gravou mais uma composição da dupla Jaime Florence e Augusto Mesquita: o samba Zomba de mim. No mesmo ano, lançou o clássico fado canção Nem às paredes confesso, de Artur Ribeiro, Max e F. Trindade. Gravou ainda no mesmo período em dueto com William Duba a marcha Bacana de Copacabana, de William Duba, Nahum Luiz e Elias José.

Em 1958, gravou o samba canção Por causa de você, de Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran. No mesmo ano, passou a gravar pela Sinter e lançou o samba Janela do mundo, de Billy Blanco e o samba canção Castigo, de Dolores Duran.

Em 1959, gravou duas composições de Antônio Carlos Jobim, o samba Este teu olhar e o samba canção Porque tinha de ser, este, parceria com Vinícius de Moraes. No ano seguinte, gravou a marcha Sacode a tristeza", de Miguel Gustavo. Ainda em 1960, gravou um de seus maiores sucessos, o samba Leva-me contigo, de Dolores Duran. Em 1962, lançou as músicas O bilhete e Samba sem pim-pom, da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim.<

Gravou diversos discos de 78 rpm e apresentou-se em Portugal, Argentina e Uruguai. Tendo entre seus sucessos Idéias erradas (Ribamar), Rita Sapeca (Klecius Caldas - Armando Cavalcanti), Leva-me contigo (Dolores Duran) e Castigo (Dolores Duran).

Com o primeiro elepê, Confidências de Vera Lucia, ganhou dois discos de ouro. Um dos prêmios, foi entregue pelo então presidente Juscelino Kubitschek. Durante quase toda a década de 1950 e ainda nos anos 1960, foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a maior emissora do país, o que lhe rendeu prestígio e uma certa popularidade. Em 1997, foi homenageada pelo Museu Carmen Miranda com o Troféu Carmen Miranda.


Fonte: Cantoras do Brasil - Vera Lúcia.

Sidney Miller -Biografia


Sidney Miller (Sidney Álvaro Miller Filho), compositor, nasceu e faleceu no Rio de Janeiro- RJ ( 18 de Abril de 1945 - 16 de Julho de 1980). Natural de Santa Teresa despontou como compositor no cenário musical brasileiro durante a década de 1960, participando com algum destaque em festivais da Música Popular Brasileira.


Cursou Sociologia e Economia, porém sem concluir nenhum dos cursos. No início da carreira chegou a ser comparado com o também estreante Chico Buarque, uma vez que tinham em comum, além da timidez, a temática urbana e um especial cuidado na construção das letras.

Além disso, a cantora Nara Leão, famosa por revelar novos compositores, teve grande importância na estréia dos dois - inclusive gravando, em 1967, o disco Vento de Maio, no qual dividiam quase todo o repertório: Chico Buarque assinou quatro canções, enquanto Sidney Miller era o autor de outras cinco.

O primeiro registro importante como compositor foi em 1965 no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior (SP), obtendo o 4º lugar com a música Queixa, composta em parceria com Paulo Thiago e Zé Keti, interpretada por Ciro Monteiro.

Em 1967 pelo famoso selo Elenco de Aloysio de Oliveira lançou o primeiro disco, na qual se destaca por retrabalhar temas populares e cantigas de roda como Circo, Passa passa gavião, Marré-de-cy e Menina da agulha.

Sidney Miller compôs juntamente com Théo de Barros, Caetano Veloso e Gilberto Gil a trilha sonora para a peça Arena conta Tiradentes, dos dramaturgos Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri. Nesse mesmo ano, ao lado de Nara Leão interpretou a música A Estrada e o violeiro no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP), conquistando o prêmio de melhor letra.

Em 1968, também pelo selo Elenco lançou o Lp Brasil, do Guarani ao Guaraná, que contou com as participações especiais de diversos artistas como Paulinho da Viola, Gal Costa, Nara Leão, MPB-4, Gracinha Leporace, Jards Macalé, entre outros. O maior destaque do disco ficou por conta toada Pois é, pra quê.

A partir de então Sidney Miller intensificou a carreira na área de produção. Juntamente com Paulo Afonso Grisolli organizou no Teatro Casa Grande (RJ) o espetáculo Yes, nós temos Braguinha, com o compositor João de Barro. Também com Grisolli, relançou a cantora Marlene, no show Carnavália, que fez bastante sucesso.

Em 1969 produziu e criou os arranjos do Lp de Nara Leão Coisas do Mundo. Ainda em 69, ao lado de Paulo Afonso Grisolli, Tite de Lemos, Luís Carlos Maciel, Sueli Costa, Marcos Flaksmann e Marlene organizou o espetáculo Alice no País do Divino Maravilhoso, além de compor a trilha sonora do filme Os Senhores da Terra, do cineasta Paulo Thiago. Também para cinema, Sidney Miller foi o autor da trilha dos filmes Vida de Artista (1971) e Ovelha Negra (1974), ambos dirigidos por Haroldo Marinho Barbosa.

Sidney Miller foi autor da trilha sonora das peças Por mares nunca dantes navegados (1972), de Orlando Miranda, na qual musicou alguns sonetos de Camões, e do espetáculo a A torre em concurso (1974), de Joaquim Manuel de Macedo.

Em 1974 lançou pela Som Livre o último disco de carreira o Lp Línguas de Fogo. Nos últimos anos de vida Sidney Miller estava afastado do circuito comercial. Tinha planos de voltar a gravar, agora de forma independente, um Lp que se chamaria Longo Circuito. Trabalhava na Funarte, quando morreu prematuramente aos 35 anos. A sala em que trabalhava passou a se chamar Sala Funarte Sidney Miller e foi transformada num teatro.

Algumas cifras e letras: A estrada e o violeiro, Alô fevereiro, Circo, É isso aí, Ora, acho que vou me embora, Pede passagem.


Fonte: Wikipédia

Inteirinha - Pery Ribeiro

Pery Ribeiro
Inteirinha (samba-canção, 1960) - Luiz Vieira - Intérprete: Pery Ribeiro

Disco 78 rpm / Título da música: Inteirinha / Vieira, Luiz (Compositor) / Ribeiro, Pery (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1960 / Nº Álbum 14612 / Lado A / Gênero musical: Samba-canção.


Tom: G
Intro: G G/B Am7 D7 Bm Em7 Am D7

G      G/B   Am7       D7
Quero amar você, inteirinha
G   G/B   Am7       D7
Abraçar você, inteirinha
Bm7   E7  Am7       D7
Viver uma vida inteirinha
Bm   Em7 Am        D7 G
De felicidade inteirinha
     G/B Am7        D7
E em sua vida, inteirinha
G    G/B     Am7        D7
Repousar meu sonho inteirinho
Bm7 E7     Am7       D7
E depois morrer inteirinho
Bm    Em7    Am     D7     G7
Mas morrer risonho,   inteirinho
C               Bm7               E7
Gostoso é viver,   gostando de alguém
Am7            D7       Gmaj7    G7
Gostar de quem gosta da gente também
C              Bm7            E7
Amar sem temer,   o gosto de amar
      Am7       Bm7      Am7      D7
Se o amor faz sofrer, eu quero só ver
           G
Onde vou parar
G/B Am7 D7 Bm Em7 Am D7
Lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá...

Trapo de gente - Linda Batista

Linda Batista
Trapo de Gente (samba-canção, 1953) - Ary Barroso - Interpretação: Linda Batista

Disco 78 rpm / Título da música: Trapo de Gente / Ary Barroso (Compositor) / Linda Batista (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Nº Álbum: 80-1080 / Ano: 1953 / Lado A / Gênero musical: Samba-canção.



Aconteceu
Justamente o que mais eu temia
Apesar do trabalho
Que me deu sua educação
Fui buscá-la, na triste miséria
De um barracão
Para as noites boêmias
De Copacabana
Este mundo de sonhos
E desilusão

Mas, incapaz de entender
Este prisma da vida
Procurou disfarçar na bebida
A mais torpe e cruel traição
Saia comigo
Bebia comigo
Depois
Se entregava a um amigo
Trapo de gente
Sem alma e sem coração