Osmar Navarro (Osmar Daumerie), compositor e cantor, nasceu em 19/11/1930, na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Em 1956 estreou em discos no pequeno selo Lord, gravando em dueto com Celita Martins o samba canção Dó-ré-mi-fá-sol-lá-si, de Fernando César e Roland de Oliveira.
Em 1959 gravou pela Polydor interpretando os sambas-canção Imaginemos, de Alvarenga e Ranchinho e Candidato a triste, de Paulo Tito e Ricardo Galeno.
No mesmo ano gravou de sua autoria e Oldemar Magalhães o bolero mambo Quem é?, que se tornaria seu maior sucesso, sendo regravado no mesmo ano pelo Trio Nagô, pelos Vocalistas Modernos, por Roberto Amaral e por Hebe Camargo. Em 1960 gravou de sua autoria a balada Vi e de Célio Ferreira e Oldemar Magalhães o samba Eterno motivo.
No ano seguinte passou a gravar na Chantecler, estreando com os sambas Maestro coração, de Célio Ferreira e Oldemar Magalhães e Amor de carnaval, de sua autoria e Alcina Maria.
Em 1962 estreou na Odeon gravando as músicas Quero e Lenita, de sua parceria com Alcina Maria. Em 1963 gravou na CBS de sua autoria e Alcina Maria, a Balada da esposa. Como compositor teve ainda gravadas entre outras, o bolero Quando estás a meu lado, parceria com Oldemar Magalhães, por Jair Alves e a balada Teu nome, parceria com Ribamar, ambas pela RCA Victor.
Em 1968 o cantor Antônio Marcos defendeu no Festival da Record a composição Poema de mim, de autoria dos dois.
Obras
Amor de carnaval (c/ Alcina Maria), Balada da esposa (c/ Alcina Maria), Conte até dez, Creia, Lenita (c/ Alcina Maria), Nós dois e o mar (c/ Alcina Maria), O negócio é baião (c/ Alcina Maria), Os cabelos de Maria (c/ Ari Monteiro), Poema de mim (c/ Antônio Marcos), Prelúdio à volta, Quando estás a meu lado (c/ Alcina Maria), Quem é? (c/ Oldemar Magalhães), Quero (c/ Alcina Maria), Silêncio triste, Tá faltando coisa (c/ Alcina Maria), Teu nome (c/ Ribamar), Vi.
Discografia
(sem data) Sonhando contigo / Os cabelos de Maria • Repertório • 78; (1959) Imaginemos / Candidato a triste • Polydor • 78; (1959) Quem é? / Encontrei-te afinal • Polydor • 78; (1959) Quem é? / Um chorinho diferente • Polydor • 78; (1959) Quem é? • Polydor • LP; (1960) Vi / Eterno motivo • Polydor • 78; (1961) Osmar Navarro e vocês • Chantecler • LP; (1961) Maestro coração / Amor de carnaval • Chantecler • 78; (1962) Quero / Lenita • Odeon • 78; (1962) Nós dois e o mar / Ao nascer do sol • Odeon • 78; (1962) Alguém sonhou / Manhã de cinzas • Odeon • 78; (1962) Nós e Osmar • Polydor • LP; (1963) Balada da esposa / Eu voltei a te amar • CBS • 78.
Fonte: Dicionário Cravo da Albin da Mpb.
sábado, outubro 08, 2011
Homero Ferreira
Homero Ferreira, compositor, nasceu em 1929, no Rio de Janeiro, RJ. De família de músicos, irmão dos compositores Glauco, Renato e Ivan Ferreira, aprendeu a tocar violão ainda criança e desde jovem participava de serestas. Foi bancário por mais de trinta anos, profissão na qual se aposentou.
Quando bancário trabalhava perto da Rádio Mayrink Veiga o que acabou ajudando a enturmá-lo com nomes da música que atuavam naquela Rádio. Sua primeira composição gravada foi a marcha O que foi que eu fiz, parceria com os irmãos Renato Ferreira e Ivan Ferreira e lançada em 1952 pela gravadora Carnaval na voz de Geraldo Alves. Na mesma época o comediante Castrinho gravou também pela Carnaval a Marcha do patati-patatá, com Renato Ferreira e Ivan Ferreira.
Em 1960, obteve seu maior êxito como compositor com a marcha Me dá um dinheiro aí, parceria com os irmãos Glauco e Ivan. A idéia da música surgiu a partir do bordão "me dá um dinheiro aí" de um dos quadros escritos pelo irmão Glauco para o programa "A praça da alegria" da TV Rio. O outro irmão Ivan sugeriu que fizessem uma música a partir do bordão. E foi o que fizeram. A marcha foi gravada inicialmente pelo cantor Moacyr Franco, que fazia o papel do mendigo no referido programa, em disco lançado pela gravadora Copacabana em 1959.
Praticamente na mesma época foi feita uma segunda gravação em ritmo de tango por Aloísio e seus teclados. No entanto, antes mesmo do disco chegar às lojas, a marcha tornou-se um sucesso ao ser cantada no programa "A praça da alegria" por Moacyr Franco que dizia o bordão "me dá um dinheiro aí". Essa marcha tornou-se o maior sucesso do carnaval do ano de 1960 e um dos maiores clássicos do carnaval, sendo repetida ano após ano pelos foliões. Ainda em 1960, essa marcha seria regravada pela Lira de Xopotó em disco Sinter, e por Altamiro Carrilho e Sua Bandinha no LP "Parada de sucessos", em disco lançado pela Copacabana.
Também em 1960, o calipso-rock Rock do mendigo, com Ivan e Sérgio Ferreira foi gravado por Moacyr Franco, com sucesso, e o samba Colher de chá, com Ivan Ferreira e Renato Ferreira, foi lançado por Mara Silva, enquanto a marcha Velho bossa nova, também parceria com os irmãos Ivan e Renato foi registrada na gravadora copacabana por Moacyr Franco.
Em 1962, teve o samba-canção O culpado fui eu, com Renato e Ivan Ferreira gravado por Gilberto Alves. Nesse ano, Me dá um dinheiro aí foi gravado na forma de dobrado pela Banda do 14º Regimento de Infantaria do Recife em disco Mocambo.
Em 1963, fez com os irmãos Glauco e Renato a marcha Juba de leão, gravada por Tutuca na Copacabana. Em 1965, fez algum sucesso no carnaval com a marcha Me paga um óleo aí, com Glauco Ferreira, e interpretada por Noel Carlos.
Na década de 1970, a marcha Me dá um dinheiro aí foi regravado por Elizeth Cardoso no LP Elizeth no Bola Preta. Em 1975, Angela Maria registrou pela gravadora Copacabana o samba-canção Pra que ficar, com Jorge Costa. Em 1984, a marcha Me dá um dinheiro aí seria regravada por Beth Carvalho no LP Coração feliz, da RCA Victor.
Em 2004, foi convidado especial do conjunto Abrindo o Berreiro e apresentou-se no Bar dos Chico´s contando histórias do Carnaval. Em 2006, foi o grande vencedor do concurso de marchinhas carnavalescas promovido pela Fundição Progresso com a marcha Tá, tá muito bom, parceria com Chiquinho, um velho companheiro de boemia já falecido. A composição, feita há alguns anos e inscrita no concurso juntamente com mais 601 concorrentes ficou também conhecida como Marcha do viagra.
Em 2010, voltou a concorrer no concurso de marchinhas carnavalescas da Fundição Progresso inscrevendo duas marchas: Rio é campeão e Garota popozuda.
Obras
Cara feia, Colher de chá (c/ Ivan Ferreira e Renato Ferreira), Garota popozuda, Juba de leão (c/ Glauco Ferreira e Renato Ferreira), Marcha do patati-patatá (c/ Renato Ferreira e Ivan Ferreira), Me dá um dinheiro aí (c/ Glauco Ferreira e Ivan Ferreira), Me paga um óleo aí (c/ Glauco Ferreira), O culpado fui eu (c/ Renato Ferreira e Ivan Ferreira), O que foi que eu fiz (c/ Renato Ferreira e Ivan Ferreira), Pra que ficar (c/ Jorge Costa), Rio é campeão, Rock do mendigo (c/ Ivan e Sérgio Ferreira), Tá, tá muito bom (c/ Chiquinho), Velho bossa nova (c/ Glauco Ferreira e Ivan Ferreira).
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Mpb.
Enzo de Almeida Passos
Enzo de Almeida Passos (Circa 1930 São Paulo), radialista e compositor, apresentou na Rádio Bandeirantes, na segunda metade da década de 1950, o programa "Telefone pedindo bis". Em 1958, abriu os caminhos da música popular para o cantor Sérgio Reis, que então usava o nome de Johnny Jonson, ao apresentá-lo aos executivos da gravadora Chantecler.
Em 1960, entrou como parceiro de Adelino Moreira naquele que seria um dos mais famosos sambas-canção da música popular brasileira, Negue, composição lançada por Carlos Augusto na Odeon.
Essa música foi regravada por vários cantores de diferentes épocas e estilos como Cauby Peixoto, Agostinho dos Santos, Joanna, Elymar Santos, Nelson Gonçalves, Pery Ribeiro, Ângela Maria, Carlos Nobre e Maria Bethânia. Ainda no mesmo ano, foi parceiro de Olegário Mazzer na guarânia Nunca me abandones gravada por Osvaldo Cruz pela Copacabana.
Teve gravado por Agostinho dos Santos em 1961, o samba-canção Negue, no LP Agostinho canta sucessos. Ainda no início dos anos 1960, seu programa alcançava grande audiência e certa vez para comemorar o aniversário do referido programa alugou o Cine Piratininga, no bairro paulista do Braz onde realizou grande show com as presenças de Sérgio Murilo, Tony Campello, Celi Campello, Ronnie Cord, Carlos Gonzaga, e o ainda iniciante Roberto Carlos. Por essa época apresentava o programa "Festival dos brotos" na Rádio Bandeirantes.
Em 1963, fez a declamação na música Amor mais puro, de autoria de Palmeira, dedicada ao Dia das Mães, gravada pelo cantor Francisco Petrônio e que permaneceu em catálogo por vários anos.
Em 1969, dirigiu na TV Bandeirantes o programa interativo "Telefone pedindo bis". Em 1977, produziu pela GTA o LP A grande parada Enzo de Almeida Passos que incluiu nomes como Belchior, Maria Creusa, Fafá de Belém, Ronnie Von, Ivan Lins, Luiz Ayrão, e Wando. Ainda na década de 1970, assinou com Waldick Soriano a canção Louca, gravada por Claudia Barroso.
Em 1983, o samba-canção Negue foi gravado em forma de rock pelo conjunto Camisa de Vênus.
Sua atuação se deu mais no campo da radiofonia e da televisão, embora tivesse entrado para a história da MPB como co-autor do clássico samba-canção Negue, embora o mais provável é que essa sua parceria tenha se dado mais como parte da divulgação da música. Apresentou programas de sucesso em São Paulo nas décadas de 1950, 1960 e 1970, e foi homenageado como nome de uma rua na região de Atibaia em São Paulo.
Fonte: Dicionário cravo Albin da Mpb.
Em 1960, entrou como parceiro de Adelino Moreira naquele que seria um dos mais famosos sambas-canção da música popular brasileira, Negue, composição lançada por Carlos Augusto na Odeon.
Essa música foi regravada por vários cantores de diferentes épocas e estilos como Cauby Peixoto, Agostinho dos Santos, Joanna, Elymar Santos, Nelson Gonçalves, Pery Ribeiro, Ângela Maria, Carlos Nobre e Maria Bethânia. Ainda no mesmo ano, foi parceiro de Olegário Mazzer na guarânia Nunca me abandones gravada por Osvaldo Cruz pela Copacabana.
Teve gravado por Agostinho dos Santos em 1961, o samba-canção Negue, no LP Agostinho canta sucessos. Ainda no início dos anos 1960, seu programa alcançava grande audiência e certa vez para comemorar o aniversário do referido programa alugou o Cine Piratininga, no bairro paulista do Braz onde realizou grande show com as presenças de Sérgio Murilo, Tony Campello, Celi Campello, Ronnie Cord, Carlos Gonzaga, e o ainda iniciante Roberto Carlos. Por essa época apresentava o programa "Festival dos brotos" na Rádio Bandeirantes.
Em 1963, fez a declamação na música Amor mais puro, de autoria de Palmeira, dedicada ao Dia das Mães, gravada pelo cantor Francisco Petrônio e que permaneceu em catálogo por vários anos.
Em 1969, dirigiu na TV Bandeirantes o programa interativo "Telefone pedindo bis". Em 1977, produziu pela GTA o LP A grande parada Enzo de Almeida Passos que incluiu nomes como Belchior, Maria Creusa, Fafá de Belém, Ronnie Von, Ivan Lins, Luiz Ayrão, e Wando. Ainda na década de 1970, assinou com Waldick Soriano a canção Louca, gravada por Claudia Barroso.
Em 1983, o samba-canção Negue foi gravado em forma de rock pelo conjunto Camisa de Vênus.
Sua atuação se deu mais no campo da radiofonia e da televisão, embora tivesse entrado para a história da MPB como co-autor do clássico samba-canção Negue, embora o mais provável é que essa sua parceria tenha se dado mais como parte da divulgação da música. Apresentou programas de sucesso em São Paulo nas décadas de 1950, 1960 e 1970, e foi homenageado como nome de uma rua na região de Atibaia em São Paulo.
Fonte: Dicionário cravo Albin da Mpb.