Gravura: "O Malho" - Abril de 1941 |
Seus primeiros estudos de música foram feitos com o objetivo de ser violinista, mas seu mestre, não encontrando no aluno qualidades que o fizessem um virtuose do instrumento de Paganini, o aconselhou que preferisse o piano.
À fim de aperfeiçoar os estudos e completar sua educação musical, ingressou no Instituto Nacional de Música, estudando teoria e solfejo com Arnaud Gouveia e Porto Alegre, piano com Alfredo Bevilacqua e harmonia com Frederico Nascimento.
Com Alberto Nepomuceno estudou contraponto, fuga, composição e órgão. Com 19 anos, já estava apto a enfrentar as plateias. Apresentando-se em concertos com grande sucesso, suas composições foram recebidas sempre com êxito e entusiasmo, até na Europa, onde efetuou várias tournées de propagação da nossa música.
Em 1906, ingressou no Instituto Nacional de Música, como professor de piano, exercendo esse cargo com excepcional relevo.
Em 1927, teve a canção Cantiga, com Luiz Guimarães, gravada na Odeon pela cantora Lulieta Teles de Menezes. No ano seguinte, duas modinhas foram registradas por Maria Emma na Odeon: A canção da felicidade, com Nosor Sanches, e Canção da saudade, em disco que teve seu acompanhamento ao piano. No mesmo ano, gravou na Odeon em interpretação ao piano duas obras de sua autoria, a Berceuse, em mi menor, e a peça característica No ferreiro - sinos de aldeia. Teve ainda em 1928, a modinha Canção da felicidade regravada na Odeon pelo cantor Gastão Formenti.
Em 1929, a valsa lenta "Canção do amor" foi gravada por Gastão Formenti na Odeon, e a modinha "Canção da felicidade" foi registrada na Victor por Cândido Botelho. Também pela Victor o cantor Eurístenes Pires gravou a Canção de amor.
Em 1930, o maxixe Candango, parceria com Marcelo Tupinambá, foi gravado na Brunswick pela cantora Ana de Albuquerque Melo.
Em 1932, motivado pelo trabalho desenvolvido por Heitor Villa-Lobos com o canto orfeônico nas escolas municipais do Rio de Janeiro, passou a desenvolver trabalho nesse sentido. Ficaram marcados os concertos realizados pelo "Coral Barrozo Netto" no Salão Leopoldo Miguez da Universidade do Brasil. Num desses concertos foi apresentada a Suite Vozes da Floresta para coro, solistas e orquestra.
Em 1933, sua modinha Canção da felicidade, e a canção Cantiga, ambas com Nósor Sanches, foram gravadas por Bidu Sayão na Victor.
Em 1958, a Canção da felicidade e Cantiga, com Luis Guimarães, foram regravadas por Lenita Bruno no LP Modinhas fora de moda, lançado por ela no selo Festa.
Em 1961, a Canção da felicidade deu título ao LP gravado por Vicente Celestino na RCA Victor no qual ele interpretou diversas modinhas entre as quais a Canção da felicidade.
Em 1970, Canção da Felicidade ganhou nova gravação, dessa vez na voz de Inezita Barroso no LP Modinhas da gravadora Copacabana, sendo também incluída no LP Uma voz e um violão em serenata - VOL. 4 lançado por Francisco Petrônio e Dilermando Reis pela Grand Prix/Continental.
Em 1980, a canção Tempos Idos foi gravada pelo pianista Roberto Szidon no LP Piano brasileiro 100 anos de sucesso lançado pela Kuarup. No ano seguinte, a Tarantella (Para canto e piano ou violino e piano) foi gravada no disco Brasil, piano e cordas - Roberto Szidon (Piano), Michel Bessler (Violino) e Márcio Mallard (Violoncelo) lançado pela Kuarup.
Entre suas obras para piano destacam-se Minha Terra, Cachimbando, e Choro e Galhofeira.
Obra
A canção da felicidade (c/ Nosor Sanches), A um coração, Cachimbando, Canção da saudade, Canção do amor, Cantiga (c/ Luiz Guimarães), Choro e Galhofeira, Coriscos, Danse des fantoches, Feux Follets, Minha terra, Movimento perpétuo, Olhos tristes, Rapsódia guerreira, Si eu morresse amanhã, Variações sobre um tema original
Discografia
1928 Berceuse/No ferreiro - sinos de aldeia • Odeon • 78
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Fontes: Os Mestres da Música - Alberto Montalvão; Revista "O Malho" - 1941; Dicionário da MPB.
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