Ilustração da revista "O Malho" de fevereiro de 1907 sobre o Carnaval carioca da época. |
No desfile carnavalesco do Rio de Janeiro de 1907, um padeiro, um senhor ferido e, — imaginem só — a baiana heroica de As laranjas da Sabina, não são poupados aqui na grande confusão da Avenida Central. Imaginem os desfiles sem o batuque de um samba, sem o ritmo de uma marchinha lamartinesca, porque era 1907! Zé-pereiras, o "Abre-alas" de nossa Chiquinha, polcas, dobrados, até fados, animavam esses desfiles das sociedades cariocas de renome, como os Fenianos, Democráticos e Tenentes do Diabo... Segue o diálogo da charge do "Malho" na graphia, digo, grafia, original do português da época:
— Ahi vem o Club da Tijuca !!! — Vivam os tijucanos ! Viva ! A bahiana: — Viva o diabo que carregue ocês ! Cruzes ! O padeiro: — Lá se foram as laranjas da Sabina ! Lá se vai o meu pão por agua abaixo ! Um ferido: — A pão e agua fiquei eu e a madama !...
Fonte: Revista "O Malho", de 16/02/1907.
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