LP Azimuth / Título da música: Linha do Horizonte / Paulo Sérgio Valle (Compositor) / Paraná (Compositor) / Azymuth (José Roberto Bertrami / Alex Malheiros / Ivan Conti "Mamão") (Intérprete) / Gravadora: Som Livre / Ano: 1975 / Nº Álbum: 410.6003 / Lado A / Faixa 1.
( G Am7 G/B D7sus4 )
É... Eu vou pro ar...
No azul mais lindo...
Eu vou morar!
Eu... quero um lugar...Que não tenha dono... Qualquer lugar!
Eu... Quero encontrar... A rosa dos ventos... E me guiar!
Eu quero virar... Pássaro de Prata... E só voar!
É...Aqui onde estou...Esta é minha estrada...Por onde eu vou!
E...quando eu chegar...Na linha do horizonte... Eu vou ficar!
Nã... Nã Nã Nã Nã...Nã Nã Nã Nã Nã Nã... Nã Nã Nã Nã... (2x)
Em 1936, Carlos Galhardo gravou na Columbia a valsa Cortina de veludo e a canção Cantiga de ninar. No ano seguinte, o mesmo Carlos Galhardo gravou a valsa Italiana, Moacir Bueno da Rocha as valsas Tapete persa e Um beijo em cada dedo, parcerias com Osvaldo Santiago e o Bando da Lua a Marchinha do grande galo, parceria com Lamartine Babo, grande sucesso carnavalesco.
Em 1938, Castro Barbosa gravou a marcha Branco não tem coração, outra parceria com Osvaldo Santiago. No ano segunte, compôs com Silvino Neto a marcha Senhorita Pimpinela, gravada pelo próprio Silvino Neto na Victor.
Em 1940 compôs o samba Samba lelê e com Silvino Neto a marcha Laranja seleta, ambas gravadas por Carlos Galhardo na Victor. Em 1944, Dircinha Batista gravou a marcha Voltemos à Viena, parceria com Osvaldo Santiago e o samba Alarga a rua, parceria com Roberto Martins e Osvaldo Santiago.
Um de seus principais intérpretes foi o cantor Carlos Galhardo que gravou entre outras, as valsa Mulher, parceria com Rosa Floresta e Torre de marfim,parceria com José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
Os irmãos Espíndola — Tetê, Alzira, Geraldo e Celito — cantam e compõem, tendo estreado em disco em 1977, com o álbum Tetê e o lírio selvagem. Matogrossenses-do-sul, eles formam Juntamente com o violeiro/ cantor/ compositor Almir Sater o contingente mais expressivo de seu Estado na música brasileira.
A grande oportunidade de Tetê Espíndola chegaria com a sua vitória, em 26.10.85, no Festival dos Festivais, ocasião em que defendeu a composição “Escrito nas Estrelas”. Curiosamente, esta seria a primeira vez que interpretava uma canção de amor. Até então, já com três discos gravados, sua voz peculiarmente aguda a levaria a cantar um repertório influenciado pelos ritmos paraguaios, concentrado em temas da natureza e que refletia a exuberância da região do Pantanal.
A melodia de “Escrito nas Estrelas”, de autoria de Arnaldo Black, tem uma primeira parte muito simples, em contraste com a segunda que se desenvolve sobre uma escala pentatônica, oferecendo alguma dificuldade a cantores medianos. A letra de Carlos Rennó, feita sobre a melodia pronta, é uma declaração de amor total: “Você para mim foi o sol / de uma noite sem fim / que acendeu o que sou / e renasceu tudo em mim...”
Ao inscrevê-la no festival, os autores chegaram a temer uma rejeição da censura, pois, na repetição da primeira parte, há um verso que diz, “pois sem você, meu tesão, não sei o que eu vou ser”. Embora já usado por Caetano Veloso (em “O Quereres”) e Chico Buarque (em “Bye Bye, Brasil”), a palavra “tesão” não chamava a atenção nas duas canções, em razão de serem suas letras enormes, o que não era o caso de “Escrito nas Estrelas”.
Mas a censura não se manifestou e a composição pôde ser cantada por Tetê, numa sensual apresentação, trajando um provocante macacão de rede branca, vazada. No final, ela conquistou o público com uma interpretação não-convencional, vencendo brilhantemente. O título “Escrito nas Estrelas” foi inspirado a Rennó por “It Was Written in the Stars”, canção escrita em 1939 por Cole Porter para o musical “Du Barry Was a Lady” (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Escrito Nas Estrelas (1985) - Arnaldo Black e Carlos Rennó - Interpretação: Tetê Espíndola
Disco mix Escrito Nas Estrelas / Título da música: Escrito nas Estrelas / Arnaldo Black (Compositor) / Carlos Rennó (Compositor) / Tetê Espíndola (Intérprete) / Gravadora: Barclay / Ariola / Ano: 1985 / Nº Álbum: 883 545-1 / Lado A / Gênero musical: Canção / Festivais.
Tom: E
Introdução: E F# A E B7
E
Você pra mim foi um sol
A F#m
De uma noite sem fim
B4/7 B7
Que ascendeu o que sou
E
E renasceu tudo em mim
Agora eu sei muito bem
A F#m
Que eu nasci só pra ser
B4/7 B7
Sua parceira seu bem
E B7
E só morrer de prazer
E
Caso do acaso bem marcado em
F#
cartas de tarô
A
Meu amor esse amor de cartas claras
E B7
Sobre a mesa é assim
E
Signo destino que surpresa ele
F#
nos preparou
A
Meu amor nosso amor estava
E
escrito nas estrelas
B7
tava sim
E
Você me deu atenção
A F#
E conta de mim
B4/7 B7
Por isso minha intenção
E
É prosseguir sempre assim
Pois sem você meu tesão
A F#
Não sei o que eu vou ser
B4/7 B7
Agora preste atenção
E B7
Quero casar com você
____________
E
Caso do acaso bem marcado em
F#
cartas de tarô
A
Meu amor nosso amor de
cartas claras
E B7
Sobre a mesa é assim
E
Signo destino que surpresa
F#
ele nos preparou
A
Meu amor nosso amor estava
E B7
escrito nas estelas Tava sim ...
Recebido com incomum repercussão, o segundo elepê de Lobão (Ronaldo foi pra guerra) teve duas faixas que despertaram a atenção da crítica e se projetaram nas rádios: “Me Chama” (só de Lobão) e “Corações Psicodélicos” (Lobão, Júlio Barroso e Bernardo Vilhena), que procuravam apresentar uma proposta mais radical do que as dos outros grupos.
“Me Chama” possui uma linha melódica acima da média, superior, inclusive, à de “Corações Psicodélicos”, a preferida pela gravadora para divulgar o disco. Sua letra focaliza a aflição de quem espera um telefonema (que nunca vem) da pessoa amada. É a angústia de músicas dos anos cinqüenta em tempo de rock, daí, talvez, a citação no primeiro verso de uma canção de fossa da época: “Chove lá fora / e aqui... / tá tanto frio / me dá vontade de saber / aonde está você / me telefona / me chama / me chama / me chama...”
Bom músico, ex-baterista do Vímana, da Blitz (da qual foi fundador), da Gang 90 & As Absurdettes e de vários cantores — Luiz Melodia, Lulu Santos, Ritchie e Marina, que também gravaria “Me Chama” —, bem articulado, Lobão (João Luís Woenderbarg) é considerado um dos principais responsáveis pelo boom do rock nacional nos anos oitenta (ao lado dos grupos Paralamas do Sucesso, Titãs e Legião Urbana).
“Me Chama” receberia uma inesperada gravação de João Gilberto, incluída na trilha sonora da telenovela “Hipertensão”, em 1986 (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Me Chama (1984) - Lobão - Interpretação: Lobão e os Ronaldos
LP Ronaldo Foi Pra Guerra - Lobão e Os Ronaldos / Título da música: Me Chama / Lobão (Compositor) / Lobão e os Ronaldos (Intérprete) / Os Ronaldos: Alice, Odeid, Guto e Baster / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1984 / Álbum: 103.0623 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Rock.
Introd.: (Bm A) G
D D7+ D7 G7+
Chove lá fora e aqui faz tanto frio
Bm A G7+
Me dá vontade de saber
D D7+ D7 G7+
Aonde está você me telefona
Bm A G7+
Me chama me chama me chama
Bm A B
Nem sempre se vê mágica no absurdo
A Bm A
Mágica no absurdo, mágica
G7+
Cadê você
D D7+ D7 G7+
Tá tudo cinza sem você tá tão vazio
Bm A G7+
E a noite fica sem porque
D D7+ D7 G7+
Aonde está você me telefona
Bm A G7+
Me chama me chama me chama
Bm A Bm
Nem sempre se vê lágrimas no escuro
A Bm A
Lágrimas no escuro, lágrimas
G7+
Cadê você
LP Véu De Noiva - Trilha Sonora da Novela da Rede Globo / Título da música: Teletema / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Regininha (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1969 / Nº Álbum: R 765.102 L / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Canção.
A A7+ D/A
Rumo, estrada turva, sou despedida
Dm/A F#m7
Por entre lenços brancos de partida
B7 E4 G
Em cada curva sem ter você vou mais só
C C7+ F/C
Corro rompendo laços, abraços, beijos
Fm/C Am7
Em cada passo é você quem vejo
D7 F/G E4/7
No tele-espaço pousado em cores no além
Brando, corpo celeste, meta metade
Meu santuário, minha eternidade
Iluminando o meu caminho e fim
Dando a incerteza tão passageira
Nós viveremos uma vida inteira
Eternamente, somente os dois mais ninguém
A4 A D7+ D
Eu vou de sol a sol
B4/7 B7/6
Desfeito em cor, refeito em som
B5+/7 D/E Bb9
Perfeito em tanto amor
O Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens faz parte de uma geração que emergiu no início dos anos oitenta voltada para o rock inglês e que consolidou o rock brasileiro (ou BRock, como preferem alguns), com o apoio decisivo do Circo Voador — espaço montado no verão de 82 na praia do Arpoador —, da Rádio Fluminense FM e da gravadora WEA, os três funcionando como plataforma de lançamento de uma legião de roqueiros em busca da fama.
Não mais como produto controvertido, com facções pró e contra, mas como manifestação de classe média, sem traços visíveis de música negra, o rock brasileiro acabou se fixando como um segmento da música popular direcionado aos adolescentes.
Os grupos a caminho da profissionalização vinham com execuções montadas sobre repertório próprio, inédito, o que barateava consideravelmente os lançamentos. Ao mesmo tempo, este repertório caiu como uma dádiva dos céus para as rádios FM, que nele encontraram enfim o caminho para se firmar no mercado. Foram as gravações desses roqueiros, lançadas em compactos e eventualmente precedidas de elepês em que eram testadas suas pretensões ao sucesso, que se identificaram rapidamente com a juventude da época.
A primeira formação do Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens era um sexteto com Beni, Beto, Richard, Paula, Leoni e George, dos quais os três últimos mantiveram-se juntos, acrescidos da companhia de Bruno Fortunato. Depois de ter duas músicas no “pau-de-sebo” (antologia de inéditos) Rock voador, o grupo estourou com “Pintura Íntima” logo em seu primeiro compacto.
Com um arranjo funcional, a canção tinha uma letra de um romantismo juvenil, para ser cantada por homem, mas que foi gravada com a vocalista Paula Toller: “Vem amor que a hora é essa / vê se entende a minha pressa / não me diz que eu tô errado / eu tô seco, eu tô molhado...”
Em seu segundo compacto, no ano seguinte, o Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens emplacou um novo sucesso, “Como Eu Quero”, também de Paula e Leoni, que juntamente com “Pintura Íntima” entraria no elepê de estreia do grupo, Seu espião, lançado em seguida (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Pintura Íntima (1983) - Leoni e Paula Toller - Intérprete: Kid Abelha
Compacto simples (7") Kid Abelha E Os Abóboras Selvagens – Pintura Íntima / Título da música: Pintura Íntima / Leoni (Compositor) / Paula Toller (Compositora) / Gravadora: Elektra / WEA / Ano: 1982 / Nº Álbum: BR 12.117 / Lado A.
Intr.: ( EAB7E ) ( AB )
ABAB
Vem amor que a hora é essa
Vê se entende a minha pressa
Não me diz que eu tô errado
Eu tô seco, eu tô molhado
Deixa as contas que no fim das contas
O que interessa prá nós é
EAB7EAB7
Fazer amor de madrugada,
EAB7EAB7E (AB)
amor com jeito de virada
Larga logo desse espelho
Não reparou que eu tô até vermelho
Tá ficando tarde no meu edredom
Logo o sono bate
REFRÃO