quarta-feira, julho 30, 2008

Os amantes

Os Amantes (samba, 1978) - Sidney da Conceição, Augusto César e Lourenço - Intérprete: Luiz Ayrão

LP Luiz Ayrão / Título da música: Os Amantes / Sidney da Conceição (Compositor) / Lourenço (Compositor) / Augusto César (Compositor) / Luiz Ayrão (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1977 / Nº Álbum: SMOFB 3943 / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.


Tom: Am
Introd. Em Em/D  

          Am Am/G     F#m7/5- B7
Qualquer dia, qualquer hora
Em Em/D
A gente se encontra
Am      B7             Em  Em/D
Seja onde for, pra falar de amor.

Am Am/G        F#m7/5- B7
Qualquer dia, qualquer hora
Em  Em/D
A gente se encontra
Am      B7              Em  E7
Seja onde for, pra falar de amor

Am    D7        G7M  C7M
Pra matar a saudade da felicidade
F#m7/5-              B7
Dos instantes, que juntos passamos
Em  E7
E promessas juramos
Am   D7               G7M  C7M
Reviver os momentos de sonho e de paixão
F#m7/5- B7               E/G# F#m
Das palavras loucas     vindas do coração.

B7    E                G#                 C#m
Meu amor, ah! se eu pudesse te abraçar agora
E7                 A
Poder parar o tempo nessa hora
B7                 E/G#     F#m
E nunca mais eu ver você partir (meu amor).

B7    E                G#                 C#m
Meu amor, ah! se eu pudesse te abraçar agora
E7                 A
Poder parar o tempo nessa hora
B7                  Em
E nunca mais eu ver você partir.
Introd. Em Em/D   
          
         Am  Am/G   F#m7/5-  B7  
Qualquer dia,    qualquer   hora  
                 Em Em/D  
A gente se encontra  
      Am      B7              Em  Em/D  
Seja onde for,  pra falar de amor  
  
         Am Am/G        F#m7/5- B7  
Qualquer dia, qualquer hora  
                 Em  Em/D  
A gente se encontra  
     Am      B7              Em  E7  
Seja onde for, pra falar de amor  
  
              Am    D7        Gm7  Cm7  
Pra matar a saudade da felicidade  
        F#m7/5-              B7  
Dos instantes, que juntos passamos  
                Em  E7  
E promessas juramos  
              Am        D7           Gm7  Cm7  
Reviver os momentos de sonho e de paixão  
              F#m7/5-  B7               E/G# F#m  
Das palavras loucas      vindas do coração 
  
B7    E                G#                 C#m  
Meu amor, ah! se eu pudesse te abraçar agora  
        E7                 A  
Poder parar o tempo nessa hora  
         B7                 E/G#     F#m   
E nunca mais eu ver você partir (meu amor)  
  
B7    E                G#                 C#m  
Meu amor, ah! se eu pudesse te abraçar agora  
        E7                 A  
Poder parar o tempo nessa hora  
         B7                  Em  
E nunca mais eu ver você partir 

Quero que volte

Luiz Ayrão

Quero que volte (samba, 1976) - Palinha e Pinto


Tom: A

Bb0        Bm7   E          A  Bm7  Dbm7
Quero que volte / Não posso mais
Cm7   Bm7            E      A
Há muito tempo que eu  /  Não tenho  paz
Bm7     E            A   Bm7   Dbm7
Não é verdade / Que existe alguém
Cm7   Bm7           E              A
O meu amor é só teu  /  De mais ninguém

Bm7       C0          A            Bm7
Noites e noites que espero  / Por você...
E        A    A7    D     Eb0         A
Que não vem   /     Cada minuto que passa
Gb7     Bm7     E            A
Mais aumenta . . .  o meu sofrer

Porta aberta


Porta Aberta (samba, 1973) - Luiz Ayrão - Interpretação: Luiz Ayrão

Compacto simples Luiz Ayrão (7") / Título da música: Porta Aberta / Luiz Ayrão (Compositor) / Luiz Ayrão (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1973 / Nº Álbum: S7B-662 / Lado A / Gênero musical: Samba / MPB.


Tom: G

G
Pela porta aberta
E7           Am
De um coração descuidado
D7    
Entrou um amor em hora incerta
Am      D7           G
Que nunca deveria ter entrado
F      E7
Chegou, tomou conta da casa
Am
Fez o que bem quis e saiu
Cm             G       E7
Bateu a porta do meu coração
A7   D7   G           D7
Que nunca mais se abriu / E por isso

G                       Gbm      B7
Por isso a nostalgia tomou conta de mim
B7             Em
Mas um amigo percebeu e disse assim :
Dm     G7        C
Para que tanta tristeza?          rapaz
Cm        G          E7        A7
Acabe com ela e vem comigo conhecer
D7    G                              E7
A Portela,   Portela / Fenômeno que não
Am                D7
Se pode explicar  /   Portela,    Portela
Am          D7          G
Uma corrente faz a gente sem querer sambar
F        E7 
É ela, é ela / O novo amor a quem eu quero
Am        Cm           G
Agora me entregar / O samba fez milagre
E7          Am              D7        G7
Reabriu meu coração para a Portela entrar
Cm          G        E7             Am
O samba fez milagre e reabriu meu coração
D7       G           D7
Para a Portela entrar  (pela porta)

Um cantinho e você

Dick Farney
Um cantinho e você (samba-canção, 1948) - José Maria de Abreu e Jair Amorim - Intérprete: Dick Farney

Disco 78 rpm / Título da música: Um cantinho e você / Jair Amorim (Compositor) / José Maria de Abreu, 1911-1966 (Compositor) / Dick Farney, 1921-1987 (Intérprete) / José Maria e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 04/06/1948 / Lançamento: 07/1948 / Nº do Álbum: 15916 / Nº da Matriz: 1878 / Gênero musical: Samba canção


Um cantinho e você
Uma rede e o luar
Uma vela a correr
Num pedaço de mar...

Na paisagem tranqüila
Um sussurro
E um beijo depois
Para nós dois...

Basta isso somente
E o que a gente não diz
Para um quadro feliz.

Um sorriso... um olhar...
Um aperto de mão
Todo um sonho a vibrar
Numa linda canção

Felicidade afinal
Vive do pouco que tem
Um cantinho e você
E mais ninguém !

Felicidade afinal
Vive do pouco que tem
Um cantinho e você
E mais ninguém !



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Segue teu caminho

Mário Zan
Segue teu caminho (tango, 1948) - Mário Zan e Arlindo Pinto - Interpretação: Sólon Sales

Disco 78 rpm / Título da música: Segue teu caminho / Arlindo Pinto (Compositor) / Mário Zan, 1920-2006 (Compositor) / Sólon Sales (Intérprete) / Mário Zan e Aymoré (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 02/01/1948 / Lançamento: 05/1948 / Nº do Álbum: 16898 / Nº da Matriz: 10804-1-R / Gênero musical: Tango brejeiro /Coleção de origem: Nirez


Hoje é meu dia e amanhã será o teu
Eu sei que um dia sofrerás mais do que eu
Embora digas que o passado não importa
Eu sei que um dia voltarás a minha porta

Mas se algum dia estiveres sem guarida
Se precisares de um prato de comida
Podes chegar que estarei ao seu dispor
Embora saibas muito bem
Que está morto o nosso amor

Vai, por esse mundo afora
Vai ver aonde é que mora a infelicidade
Para depois, voltar arrependida
Humilde e despida
De toda essa vaidade

Vai e segue o teu caminho
Que eu fico aqui sozinho
Aguardo o teu regresso
Porque quem age assim dessa maneira
Fazendo tanta asneira
Não pode ter progresso.



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

terça-feira, julho 29, 2008

Saudade

Orlando Silva
Saudade (samba, 1948) - Dorival Caymmi e Fernando Lobo - Interpretação: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Saudade / Dorival Caymmi, 1914-2008 (Compositor) / Fernando Lobo, 1915-1996 (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Lírio Panicali [Direção], Orquestra Odeon (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 05/09/1947 / Lançamento: 11/1947 / Nº do Álbum: 12811 / Nº da Matriz: 8265 / Gênero musical: Samba canção / Coleções de origem: IMS, Nirez


Tudo acontece na vida
Tudo acontece a todos nós
Sempre uma dor, um ai de amor
E de um infeliz se ouve a voz, ai...

Sinto saudades, tristezas
Bem dentro de mim
Coisa passadas, já mortas
Que tiveram fim
Tenho olhos parados
Perdidos, distantes


Como se a vida me fora
O que era antes
Cartas, palavras, notícias
Não vem sequer
E a certeza me diz
Que ela era o meu bem.

O que dói profundamente
É saber que infelizmente
A vida é aquilo que a gente não quer.



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Salve a princesa

Trio de Ouro
Salve a princesa (samba/carnaval, 1948) - Paquito e Luís Soberano - Interpretação: Trio de Ouro

Disco 78 rpm / Título da música: Salve a princesa / Luiz Soberano, 1920-1981 (Compositor) / Paquito (Compositor) / Trio de Ouro (Intérprete) / Abel e Seu Conjunto (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 30/09/1947 / Lançamento: 11/1947 / Nº do Álbum: 12819 / Nº da Matriz: 8274 / Gênero musical: Samba / Coleções de origem: IMS, Nirez


Liberdade! Abre as asas sobre nós...

Salve a princesa Isabel
Deu liberdade a todos
Foi no dia 13 de maio
Preto não é mais lacaio
Preto não tem mais senhor

Foi no dia 13 de maio
Preto não é mais lacaio
Preto não tem mais senhor

Desde o dia em que a princesa assinou
A Lei Áurea concedendo abolição
Preto teve o direito de ser cidadão
Hoje o preto pode ser doutor
Deputado e senador
Não há mais preconceito de cor!



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Rio

Dircinha Batista
Rio (samba, 1948) - Ary Barroso - Intérprete: Dircinha Batista

Disco 78 rpm / Título da música: Rio / Ary Barroso (Compositor) / Dircinha Batista, 1922-1999 (Intérprete) / Guari [Direção], Orquestra Odeon (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 02/07/1948 / Lançamento: 09/1948 / Nº do Álbum: 12877 / Nº da Matriz: 8391 / Gênero musical: Samba / Coleções de origem: IMS, Nirez


Rio,
Barulho de rodas rangendo
Barulho de gente correndo
Que vai pro trabalho e é feliz

Rio
Batida de bumbo e pandeiro
Batuque do bom no terreiro
Cabrochas gingando seus quadris

Rio
Que conta anedota no bar
Que vai pros estádios gritar
Canta samba de improviso

Rio
Copacabana feiticeira
Jóia da terra brasileira
Pedaço do paraíso

Bate tamborim
Oi, baticum lelê
Rio de Janeiro
Rio, Rio
Céu azul
Verdes montanhas
E o mar de águas verdes
Praias inundadas de sol

Pra Iaiá, Iaiá
Pra Ioiô, Ioiô
Pra Sinhá, sinhá
E pra Sinhô
Terra de amor
De luz
De vida
E de resplendor



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Princesa de Bagdá

Princesa de Bagdá (marcha/carnaval, 1948) - Haroldo Lobo e David Nasser - Intérprete: Nelson Gonçalves

Disco 78 rpm / Título da música: Princesa de Bagdad / David Nasser, 1917-1980 (Compositor) / Haroldo Lobo (Compositor) / Nelson Gonçalves, 1919-1998 (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 27/10/1947 / Lançamento: 12/1947 / Nº do Álbum: 80-0560 / Nº da Matriz: S-078804-1 / Gênero musical: Marcha / Carnaval /


Ô Alá, ô Alá
Eu quero, quero quero encontrar
Aquela que roubou o meu olhar
Pois ela é
A princesa morena
Mais linda de Bagdá. (bis)

Ai, se eu fosse Aladim
Era fácil pra mim
Esse amor encontrar
Mas como eu sou
Um pobre mercador
Eu peço a Alá
Pra me ajudar.

Ô Alá, ô Alá
Eu quero, quero quero encontrar
Aquela que roubou o meu olhar
Pois ela é
A princesa morena
Mais linda de Bagdá.
(bis)



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Pergunte a ela

Alcides Gerardi
Pergunte a ela (samba-canção, 1948) - Fernando Martins e Geraldo Pereira dos Santos - Intérprete: Alcides Gerardi

Disco 78 rpm / Título da música: Pergunte a ela / Fernando Martins (Compositor) / Geraldo Pereira dos Santos (Compositor) / Alcides Gerardi, 1918-1978 (Intérprete) / Guari e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 11/12/1947 / Lançamento: 03/1948 / Nº do Álbum: 12839 / Nº da Matriz: 8310 / Gênero musical: Samba canção / Coleções de origem: IMS, Nirez


Pergunte a ela
Se é verdade ou não
Pergunte a ela
Por quem tem afeição
Pergunte a ela
Só assim ficarás sabendo
Por quem é que o seu coração
Está batendo.

Somos amigos leais
Não devemos brigar
Por uma mulher
Nossa amizade não pode
Não deve sofrer
Incidente qualquer
Pergunte àquela mulher
Se eu estou ou não
Com a razão
Pergunte a ela
De quem é o seu coração



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Nova ilusão

Zé Menezes
Nova ilusão (samba-canção, 1948) - José Menezes e Luís Bittencourt - Interpretação: Os Cariocas

Disco 78 rpm / Título da música: Nova ilusão / José Menezes (Compositor) / Luiz Bittencourt (Compositor) / Os Cariocas (Intérprete) / Conjunto (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 29/03/1948 / Lançamento: 05/1948 / Nº do Álbum: 15893 / Nº da Matriz: 1826 / Gênero musical: Samba canção / Coleções de origem: IMS, Nirez



Foi o destino talvez
Causador deste sonho feliz
Ter você junto a mim outra vez
Relembrar tantas juras que fiz

Tão satisfeito fiquei
Ao sentir nosso amor reviver
Que nem sei se sorri ou chorei
Custei até mesmo a crer

Recomeçamos assim,
A nossa felicidade,
Jamais alguém pensaria que aquela amizade
Viesse de novo a ter fim.

Mas durou pouco afinal
Esta nova ilusão terminou
Eu não sei se por bem ou por mal
Você foi e não voltou

Tão satisfeito fiquei
Ao sentir nosso amor reviver
Que nem sei se sorri ou chorei
Custei até mesmo a crer

Recomeçamos assim,
A nossa felicidade,
Jamais alguém pensaria que aquela amizade
Viesse de novo a ter fim.

Mas durou pouco afinal
Esta nova ilusão terminou
Eu não sei se por bem ou por mal
Você foi e não voltou!



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Minueto

Trio de Ouro
Lindíssima marcha composta inspirada no Minueto em Sol Maior, de Beethoven, e gravada pelo Trio de Ouro em 47. Destaque pros maravilhosos agudos de Dalva de Oliveira - segundo o pesquisador Abel Cardoso Júnior, ela, nesta música, "recriou os trinados da região do Tirol, nos Alpes".

Minueto (marcha/carnaval, 1948) - Herivelto Martins e Benedito Lacerda - Interpretação: Trio de Ouro

Disco 78 rpm / Título da música: Minueto / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Compositor) / Herivelto Martins (Compositor) / Trio de Ouro (Intérprete) / Guari [Direção], Orquestra Odeon (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 27/11/1947 / Lançamento: 01/1948 / Nº do Álbum: 12830 / Nº da Matriz: 8299 / Gênero musical: Marcha / Coleções de origem: IMS, Nirez


Minueto tu és no Municipal
O maior sem igual
Mas no samba não tens medo só porque
Tu não és, tu não és
De Carnaval

Nosso samba foi sambar
No Tirol e virou tirolês
Mas chegando o Carnaval
Nosso samba voltou pro Brasil outra vez.



Fontes: São Coisas Nossas; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Jornal de ontem

Orlando Silva
Jornal de ontem (samba-canção, 1948) - Romeu Gentil e Elisário Teixeira - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Jornal de ontem / Elisário Teixeira (Compositor) / Romeu Gentil (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Guari [Direção], Orquestra Odeon (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 19/12/1947 / Lançamento: 03/1948 / Nº do Álbum: 12838 / Nº da Matriz: 8314 / Gênero musical: Samba-canção / Coleções de origem: IMS, Nirez


Para mim, você é jornal de ontem
Já li, já reli, não serve mais
Agora quero outro jornal assim
Que tenha fatos sinceros e sublimes
Emocionais

Desculpe a minha franqueza
Releve a comparação
Não se vá encher de tristeza
É força de expressão
Mas, francamente agora
Você para mim
É um jornal atrasado
Que só vai servir
Para eu no meu futuro
Me recordar do passado!



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

domingo, julho 20, 2008

Conjunto Farroupilha


Conjunto vocal organizado na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre RS, em 1948, com Danilo Vidal de Castro (Porto Alegre 1927—), Tasso José Bangel (Taquara RS 1931—), Iná Bangel (Porto Alegre 1933—), Estrela d’Alva Lopes de Castro (Livramento RS 1934—) e Alfeu, depois substituído por Sidney Morais (Sidney do Espírito Santo, Sorocaba SP 1925—), que mais tarde integrou o conjunto Três Morais.

Começaram interpretando o repertório típico do Rio Grande do Sul, aderindo na década de 1960 à bossa nova, fazendo então vocalizações menos ortodoxas. Em 1952 gravaram o LP Gaúcho, na Copacabana, lançando ainda Gaúchos em hi-fi, em 1957, Gaúchos na cidade e Os Farroupílhas em hi-fi, pela Columbia, e Os Farroupilhas, pela Fermata, em 1963, com Bolinha de sabão (Orlandivo e Adílson de Azevedo), A menina da trança (Tasso Bangel), Azul contente (Walter Santos e Teresa Sousa) e Moça da chuva (Paulinho Nogueira e Rita Moreira), entre outras.

Excursionaram várias vezes ao exterior. Na década de 1960 tiveram programa exclusivo na TV Record, de São Paulo SP, e, depois que Sidney saiu do conjunto, por volta de 1963, Tasso e Danilo passaram a se dedicar à sua gravadora Farroupilha, depois extinta.

CD

Presença do Conjunto Farroupilha (CD duplo), 1991, Columbia 85007212.

Fonte: Enciclopédia da Música Popular -Art Editora e PubliFolha.

Luís Eça

Luís Eça (Luís Mainzi da Cunha Eça), instrumentista e arranjador, (Rio de Janeiro RJ 3/4/1936—id. 25/5/1992), começou a estudar piano com cinco anos de idade, e teoria musical com dez anos. A partir de 1953 passou a trabalhar como pianista na boate Plaza, no Rio de Janeiro.

Em 1958 foi a Viena, Áustria, com bolsa de estudos fornecida pelo governo brasileiro. Quatro anos depois organizou o Tamba Trio, com o baterista Hélcio Milito e o contrabaixista Otávio Bailly, depois substituído por Bebeto (Adalberto José de Castilho e Sousa). O trio realizou no Bottle’s Bar, no Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, a primeira série de pocket-shows da época.

Ainda em 1962 excursionaram pelos EUA e Argentina. De volta ao Brasil, fizeram várias gravações e viagens. Em 1969, voltando ao Brasil depois de longa temporada nos EUA, passou a integrar o conjunto Sagrada Família, que excursionou pelo México.

Na década de 1970, destacou-se como um dos pianistas mais requisitados pelas casas noturnas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em 1992 realizou uma série nacional de concertos para cordas, com orquestrações de sua autoria e regência de Marinho Boffa.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

sexta-feira, julho 18, 2008

Falta um zero no meu ordenado

Francisco Alves
Falta um zero no meu ordenado (samba/carnaval, 1948) - Ary Barroso e Benedito Lacerda - Intérprete: Francisco Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Falta um zero no meu ordenado / Ary Barroso (Compositor) / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Guari [Direção], Orquestra Odeon (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 04/12/1947 / Lançamento: 01/1948 / Nº do Álbum 12833 / Nº da Matriz: 8304 / Gênero musical: Samba / Coleções de origem: IMS, Nirez


Trabalho como louco
Mas ganho muito pouco
Por isso eu vivo sempre atrapalhado
Fazendo faxina
Comendo no "China"

Tá faltando um zero no meu ordenado
Trabalho como louco
Mas ganho muito pouco
Por isso eu vivo sempre atrapalhado
Fazendo faxina
Comendo no China"

Tá faltando um zero
No meu ordenado
Tá faltando um zero no meu ordenado
Tá faltando sola no meu sapato
Somente o retrato
Da rainha do meu samba
É que me consola
Nesta corda bamba



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Esquece

Dick Farney
Esquece (samba-canção, 1948) - Gilberto Milfont - Intérprete: Dick Farney

Disco 78 rpm / Título da música: Esquece / Gilberto Milfont (Compositor) / Dick Farney, 1921-1987 (Intérprete) / Betinho e Juvenal, Dick (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 29/05/1948 / Lançamento: 07/1948 / Nº do Álbum: 15927 / Nº da Matriz: 1869 / Gênero: Samba-canção / Coleções de origem: IMS, Nirez


Esquece quem não te quis
Com outra serás feliz
O que ela fez contigo
Não se faz
Melhor será esquecer
Quem sempre te fez padecer
O que ela fez contigo
Foi demais.

Ouve o meu conselho
Com o novo amor
Essa malvada
Lhe esquecerá
Sufoca na garganta
Os teus doridos ais,
O que ela fez contigo
Não se faz !



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Enlouqueci

Enlouqueci (samba/carnaval, 1948) - Luís Soberano, Valdomiro Pereira e João Vale - Intérprete: Linda Batista

Disco 78 rpm / Título da música: Enlouqueci / João Vale (Compositor) / Luiz Soberano, 1920-1981 (Compositor) / Valmomiro Pereira (Compositor) / Linda Batista, 1919-1988 (Intérprete) / Regional (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 16/10/1947 / Lançamento: 12/1947 / Nº do Álbum: 80-0559 / Nº da Matriz: S-078798-1 / Gênero musical: Samba



Sinto uma dor no meu peito
Só você poderia dar jeito
Sinto uma dor no meu peito
Só você poderia dar jeito

Enlouqueci
Desde que te vi
Enlouqueci
Desde que te vi

No amor
Não tem
Como consolar

Minha vida é tão vazia
Estou cansado de sofrer
Não posso mais amar

Sinto uma dor no meu peito
Só você poderia dar jeito
Sinto uma dor no meu peito
Só você poderia dar jeito

Enlouqueci
Desde que te vi
Enlouqueci
Desde que te vi

Meu amor
Não tem
Como consolar
Minha vida é tão vazia
Estou cansado de sofrer
Não posso mais amar

Sinto uma dor no meu peito
Só você poderia dar jeito
Sinto uma dor no meu peito
Só você poderia dar jeito



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

quarta-feira, julho 16, 2008

Cadê Zazá

Carlos Galhardo
Cadê Zazá (marcha/carnaval, 1948) - Roberto Martins e Ari Monteiro - Intérprete: Carlos Galhardo

Disco 78 rpm / Título da música: Cadê Zazá / Ari Monteiro (Compositor) / Roberto Martins (Compositor) / Carlos Galhardo, 1913-1985 (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 13/10/1947 / Lançamento: 01/1948 / Nº do Álbum: 80-0565 / Nº da Matriz: S-078795-1 / Gênero musical: Marcha


Cadê Zazá ?... Cadê Zazá ?...
Saiu dizendo, vou ali, e volto já,
Mas não voltou porque ? Porque será ?
Cadê Zazá, Zazá, Zazá ?

(bis)

Sem ela vou vender meu bangalô,
Que tem tudo, mas não tem o seu amor,
Sem ela, pra que serve geladeira,
Pra que ventilador ?
Pergunto e ninguém diz onde ela está,
Cadê Zazá, Zazá, Zazá ?



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

terça-feira, julho 15, 2008

Josué de Barros

Josué de Barros (Josué Borges de Barros), compositor, instrumentista e cantor, (Salvador BA 16/03/1888 — Rio de Janeiro RJ 30/11/1959) descendia de Domingos Borges de Barros, Visconde da Pedra Branca, poeta e ilustre personagem do Primeiro Reinado, tendo sido sua filha, a Condessa de Barral e Pedra Branca, preceptora dos filhos de Pedro II, Isabel e Leopoldina (foto: Josué de Barros com Carmen Miranda).

Em 1904 apresentou- se com o irmão no Café Cascata, no Rio de Janeiro, tornando-se a dupla conhecida como Irmãos Barros. Começou a gravar solos de violão em selo Columbia, na década de 1900, e exibia-se num cabaré da Rua do Lavradio, quando foi convidado pelo bailarino Duque para tocar na inauguração do Cabaret Brasil, em Paris, França.

O cabaré não chegou a ser aberto, mas mesmo assim Duque resolveu tentar a sorte na Europa, acompanhado por ele e por Artur Budd, ator de circo e cantor. Não tendo conseguido contrato em Paris, apresentou-se só com Artur Budd em Lisboa, Portugal, onde alcançaram sucesso. Convidados para ir a Berlim, Alemanha, gravaram discos na fábrica Beka Grand-Record. Esses discos, com marchas e cançonetas lançadas antes da Primeira Guerra Mundial, seriam as primeiras gravações feitas por artistas brasileiros na Europa.

De volta ao Rio de Janeiro, tornou-se conhecido a partir do lançamento de sua composição Chora, violão, gravada em 1928 por Araci Cortes, na Parlophon. Em 1929, em uma festa de caridade no I.N.M., foi apresentado a uma jovem cantora, Carmen Miranda. Provavelmente em agosto desse ano, apresentou-a ao diretor da gravadora Brunswick, onde Carmen gravaria seu primeiro disco.

Ainda em 1929, introduziu no Brasil o violão elétrico. Com seu filho, o violonista Betinho, acompanhou Carmen Miranda em excursões à Bahia e Pernambuco, em 1932, e Buenos Aires, Argentina, em 1933. Contratado para exibições em boates, fixou-se na Argentina, de 1934 a 1939, com a família. Como cantor, apareceu em Babaô Miloquê (batuque) e História de um capitão africano (cena cômica), duas faces de um 78 rpm gravado em dezembro de 1929 na Victor, com orquestração de Pixinguinha, inspiradas em estribilhos africanos.

Autor de mais de uma centena de composições, teve músicas gravadas por Gastão Formenti, Elisa Coelho e Carmen Miranda, destacando-se: a canção sertaneja Minha paioça, gravada por Gastão Formenti em 1928 na Parlophon; Iaiá, Ioiô, Dona Balbina e Triste jandaia, lançadas por Carmen Miranda em 1930, na Victor; Carnaval tá aí (com Pixinguinha), marcha gravada por Carmen Miranda, na Victor, para o Carnaval de 1931; Ciúme de caboca (com Domingos Magarinos), toada gravada por Elisa Coelho, na Victor, em 1931.

Também gravou suas próprias composições, como a valsa Gemidos d’alma, na Victor, e a marcha Sinhá, sinhô, na Columbia, ambas em 1931.

Obras

Chora, violão, canção sertaneja, 1928; Dona Balbina, samba, 1930; Iaiá, Ioiô, marcha/carnaval, 1930; Minha paioça, canção sertaneja, 1928; Triste jandaia, canção-toada, 1930.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Babaú

Babaú (Waldemiro José da Rocha), compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 23/1/1914 e faleceu na mesma cidade em 02/07/1993. Nascido no Buraco Quente, no morro da Mangueira, viu a fundação da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira quando ainda era menino.

Em 1928 fez parte do Bloco dos Arengueiros e, em 1930, começou a aprender cavaquinho e a fazer samba, observando os mestres Cartola, Aluísio do Violão, Nelson Cavaquinho e Carlos Cachaça. Participou da fundação da Escola de Samba Unidos do Tuiuti, compondo o primeiro samba-enredo da escola, As riquezas do Brasil.

Em 1937, Araci de Almeida gravou um de seus sambas mais conhecidos, Tenha pena de mim (com Ciro de Sousa), que seria regravado por vários intérpretes. São também da década de 1930 os sambas Eu vou pra roça (com Chiquinho Tuiuti) e Sofro demais.

Em 1940, Araci de Almeida gravou o samba Eu dei; por essa época compôs com João Taú Silva Encontro saudoso e Ela me abandonou, gravadas por Gilberto Alves. Em 1945 participou da fundação da Unidos do Cabuçu, integrando a ala de compositores da escola. Foi também um dos fundadores da Unidos do Outeiro, para a qual compôs o primeiro samba-enredo, Brasil gigante, em 1946. Em 1966 compôs, com Bira Sargento, Não me abandone.

Afastado por algum tempo das atividades artísticas, voltou aos palcos em 1972 para cantar no Teatro Opinião, de São Paulo SP. Três de seus sambas de partido-alto foram então gravados: Pedra 90, por Jorginho do Império, em 1972; Brincadeira tem hora, por ele próprio; e Por que você não foi, em 1974, por Xangô. Ainda em 1972, concorreu pela Unidos de Jacarepaguá com o samba Sete portas da Bahia.

Na década de 1980, conheceu Eraldo de Carvalho na Rádio Roquete Pinto e formou com ele parceria responsável por O galo canta, Flores e mulheres e Mostra o pau. Em 1990 gravou os sambas Quem fala mais alto e Chinelo velho, no disco Raízes brasileiras.

Já cego pelo glaucoma, fundou em 1993 a Unidos de Vila Valqueire. Em 1994, com o patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura, do Rio de Janeiro, foi lançado o livro Tempos de outrora, vida e obra de Babaú da Mangueira, de autoria de Andréia Ribeiro Alves.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PibliFolha.

segunda-feira, julho 14, 2008

Itamar Assumpção

Itamar Assumpção (Francisco José Itamar de Assumpção), compositor, cantor, arranjador e instrumentista, nasceu em Tietê SP (13/9/1949) e faleceu em São Paulo SP (12/06/2003). Lançou-se com sua banda Isca de Polícia em 1979, participando do Festival Feira da Vila (no bairro paulistano de Vila Madalena) com Nego Dito, de sua autoria.

Consagrou-se em shows no Teatro Lira Paulistana, misturando reggae, samba, rock e funk, com letras de crítica e sátira social. Evitando perseguir o sucesso fácil e imediato, tornou-se conhecido como “artista maldito” — rótulo que sempre recusou.

Seus três primeiros LPs, todos independentes (Beleléu leléu eu, 1980; Às Próprias Custas S.A., 1983; Sampa Midnight, 1986), foram relançados em CD pela Baratos Afins em 1994. Seu único LP produzido por uma grande gravadora é da Continental, intitulado Intercontinental! Quem diria! Era só o que faltava..., de 1988.

Em 1994 lançou a série Bicho de sete cabeças (três LPs também na forma de dois CDs), acompanhado pela banda Orquídeas do Brasil. Em 1995 lançou um CD com músicas de Ataulfo Alves que foi premiado como melhor do ano pela APCA.

Entre composições suas que fizeram sucesso com outros intérpretes estão Nego Dito, com o sambista Branca de Neve, e Já deu pra sentir, com Cássia Eller. Produziu o primeiro LP da cantora Fortuna (, 1987) e o LP Amme, de Alzira Espíndola (1991).

Desfez a banda Isca de Polícia em 1991, mas voltou a se apresentar com seus integrantes em 1996-1997. Desde a década de 1980 tinha público fiel na Alemanha, onde se apresentava regularmente. Faleceu vítima de câncer, em 12 de junho de 2003.

CDs

Às Próprias Custas S.A., 1994, Baratos Afins BACD 008; Bicho de sete cabeças (2 CDs), 1994, Baratos Afins BACD 001 e 002; Ataulfo Alves por Itamar Assumpção — Pra sempre agora, 1995, Paradoxx OXX 1207-1.

Noca da Portela

Noca da Portela (Osvaldo Alves Pereira), compositor, instrumentista e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 12/12/1932. Filho do professor de violão Ernesto Domingos de Araújo, já aos 14 anos compôs o samba-enredo Independência ou morte, para a extinta escola de samba Unidos do Catete, onde permaneceu por três anos.

Em 1958, atuou como compositor e cantor no Trio Tropical, com o qual viajou por Minas Gerais, Pernambuco e Bahia. Nessa época, ingressou na escola de samba Paraíso do Tuiuti, onde compôs diversos sambas-enredo vencedores em concursos da escola, entre os quais Apoteose da Academia Militar de Agulhas Negras, Os imortais da MPB, gravado por ele mesmo na RCA Victor, Rio, Carnaval e batucada e Vida e obra de Cecília Meireles (com Poliba), gravado por Jamelão, na Continental.

Mais tarde, conheceu Paulinho da Viola, em uma festa na igreja da Penha, recebendo dele convite para atuar como violonista no show Carnaval para principiantes, no Teatro Opinião, do Rio de Janeiro. Em 1967, Paulinho da Viola levou-o para o G.R.E.S. da Portela, ingressando na sua ala dos compositores e no Trio ABC, com Colombo e Picolino, também da escola, apresentando-se em festivais e shows.

O trio inscreveu duas composições no II Concurso de Música de Carnaval, em 1968: Portela querida, defendida por Elza Soares, que a gravou na Odeon, e É bom assim, cantada por Gasolina. Classificou-se em primeiro lugar no Concurso de Carnaval do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, em 1969, com Chorei, sofri, penei (com Picolino).

Entre suas composições gravadas em 1974 e 1975 com sucesso estão Isto tem que acabar (com Mauro Duarte), gravada por Ataulfo Alves Júnior pela RCA Victor; Capital do samba, lançada em disco RCA Victor por Eliana Pittman; Condição (com Barbosa da Silva), lançada pela Fontana na interpretação do MPB-4; e A queda (com Délcio Carvalho), gravada por Sonia Lemos, pela Continental.

Já foi feirante, sendo depois produtor e diretor musical da gravadora RCA Victor, tendo também estudado violão e teoria na Ordem dos Músicos, do Rio de Janeiro.

Em 1971, compôs Festa no arraiá, em parceria com Jackson do Pandeiro. Ganhou em 1976 o primeiro samba-enredo na Portela, O homem do Tacoval (com Colombo e Edir). Em 1978, compôs com Martinho da Vila Nem a lua; e com Nelson Gonçalves, Aos pés do altar. Venceu novamente a disputa do samba da escola em 1985, com Recordar é viver (com Edir, Jorge Careca e Poli).

No ano seguinte, Alcione gravou Vendaval da vida (com Délcio Carvalho). Voltou a ganhar a disputa do samba-enredo da Portela em 1995, com Gosto que me enrosco (com Colombo e Gelson). No mesmo ano, Maria Bethânia gravou Ilumina.

Apresentou-se em 1997 na Casa de Noca, casa noturna carioca do Baixo Gávea. Nesse ano, teve duas músicas gravadas por Luís Carlos da Vila e uma por Paulinho da Viola: Peregrino (com Toninho Nascimento). Ainda em 1997 comemorou 65 anos de idade e 50 de carreira na Casa de Noca, Baixo Gávea, Rio de Janeiro, com a presença de amigos como Nelson Sargento, Zé Keti, Délcio Carvalho, Guilherme de Brito e outros.

Na ocasião declarou que tem mais de 300 músicas gravadas por quase todos os artistas brasileiros, cantou sucessos como Celular e sambas inéditos. Foi um dos autores do samba de 1998 da Portela, Os olhos da noite (com Colombo, J. Rocha e Darcy Maravilha).

Obras

A alegria continua (c/Mauro Duarte Oliveira), 1974; Gosto que me enrosco (c/Colombo e Gelson), samba-enredo, 1995; O homem do Tacoval (c/Colombo e Edir), samba-enredo, 1976; Portela querida (c/Picolino e Colombo), samba, 1968; Recordar é viver (c/Edir, J. Rocha e Poli), samba-enredo, 1985; Tudo é diferente (c/Colombo e Edir Gomes), samba, 1972.

Fonte: Enciclopédia da Música Popular - Art Editora e PubliFolha.

Marco Antônio Araújo

Marco Antônio Araújo (Marco Antônio Pena Araújo), compositor e instrumentista, nasceu em Belo Horizonte em 28/08/1949, e faleceu na mesma cidade em 06/01/1986. Iniciou a carreira em 1968, no grupo Vox Populi, e sua primeira música gravada foi Poison (com Zé Rodrix), lançada em 1970 pelo Som Imaginário, grupo que seu parceiro integrava na época.

Lançou um compacto pela gravadora Bemol, de Belo Horizonte, e em 1969 mudou-se para o Rio de Janeiro RJ, abandonando o curso de economia e o emprego de bancário para se dedicar à música.

Em 1970 mudou-se para Ouro Preto MG e em seguida para Londres, Inglaterra, onde morou dois anos. Voltando ao Rio de Janeiro em 1973, estudou composição erudita com Esther Scliar, violoncelo com Jacques Morelenbaum e violão erudito com Leo Soares. Fez trilhas para cinema, teatro (Rudá, direção de José Wilker) e balé (Cantares, do grupo Corpo).

De volta a Belo Horizonte em 1977, ingressou como violoncelista na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, na qual permaneceria até o fim da vida. Sua música, quase sempre instrumental, reúne elementos de música erudita, de modinhas mineiras e da fase mais sofisticada dos Beatles, 1966-1968.

Seus discos, todos independentes, incluem Influências (1980, primeiro disco brasileiro a ser mixado por computador), Quando a sorte te lança um cisne na noite (1982), Silêncio (1983) e Lucas (1984).

Iria receber o prêmio Veja de melhor instrumentista de 1985 em 7 de janeiro de 1986, mas faleceu na véspera, de aneurisma cerebral. O show Lembranças, organizado em sua homenagem, reuniu o maior público da história do Palácio das Artes de Belo Horizonte.

Em 1996 seus discos foram relançados em CD, pela gravadora Progressive Rock Worldwide.

CDs: Influências, 1996, PRW 013; Quando a sorte te lança um cisne na noite, 1996, PRW 014; Silêncio, 1996, PRW 015.

Fonte: Enciclopédia da Música Popular - Art Editora e PubliFolha.

Fonte da saudade

Kleiton e Kledir

Tom: E
  
Introdução: E   Am/E  E  C7  B7  E


 E            Am/E       A7+
Esse quarto é bem pequeno
            G#7   C#m7
Pra te suportar
               A7+      F#m7
Muito amor, muito veneno
            A/B  B7  E
Pra pouco lugar
              Am/E       A7+
O teu corpo é uma serpente
          G#   C#m7
A me provocar
              A7+       F#m7
E teu beijo a aguardente
           B7   E
A me embriagar
           E7+       E7
Essa boca muito louca
          A7+    E
Pode me matar
               Bm7   E7   A7+ 
Se isso é coisa do demônio
          A/B    B7
Eu quero pecar
 E            Am/E         A7+
Feche a luz, apagua a porta
           G#7  C#m7
Vem me carinhar
            A7       F#m7
Diz aí pra minha tia
              A/B  B7  E
Que eu fui viajar
                Am/E         A7
Diz que fui pra Nova York
          G#7  C#m7
Ou pra Bagdá
      A7+            F#m7   B7    E
E que isso não é hora de telefonar
               E7+           E7 
Eu já sei que qualquer dia
            A7     E
 Tudo vai dançar
          Bm7     E7    A7+
Mas a fonte da saudade
           A/B  B7   E   (Introdução)       
Nem o tempo vai secar

Deu pra ti

Kleiton e Kledir

Introd: ( D )  G
G       D4/7   Em7      Bm7   C
Deu prá ti,    baixo astral
Bm7            C/D
Vou prá Porto Alegre, tchau
C7M        G/B                C/D
Quando eu ando assim, meio down
C7M     Bm7          C/D
Vou prá Porto e bah, tri legal
C7M    Bm7    Dm7   G7
Coisas de magia, sei lá
C7M     Bm7  C/D
Paralelo trinta
REFRÃO
C7M   G/B          C/D
Alô tchurma do Bonfim
C7M     Bm7          C/D
As guria tão tri afim
C7M    Bm7    Dm7   G7
Garotada do bar João
C7M     Bm7  C/D
Beladona e chimarrão
REFRÃO
C7M   G/B          C/D
Que saudade da redenção
C7M     Bm7          C/D
Do Fogaça e do Falcão
C7M    Bm7    Dm7   G7
Cobertor de orelha pro frio
C7M     Bm7  C/D
E a galera do Beira Rio

Canção da meia-noite

Kleiton e Kledir

Introdução: A  B/A  D/A A   3 vezes
A  B/A  D  D    1 vez

A                       G
Quando a meia-noite me encontrar
D       A
Junto a você
A                G
Algo diferente vou sentir
D            E
Vou precisar me esconder
F#m             E
Na sombra da lua cheia
F#m       D
Este medo de ser
Refrão 2vezes :
A           B/A        D/A       A      
Um vampiro, um lobisomem, um saci-pererê
repete o início e o Refrão

D                      G 
Dona senhora, meia-noite eu canto
C         A
Esta canção anormal
D                   G
Dona senhora, nessa lua cheia
C
Meu corpo treme
A
O que será de mim? 
D               A 
Que faço força pra resistir
E           F#m  
A toda esta tentação
D            A
Na sombra da lua cheia
E        F#m   F#m/E D
Esse medo de ser
Refrão
(Introdução)
Refrão 3 vezes
(Introdução) 

Kleiton e Kledir


Kleiton e Kledir - Dupla formada pelos irmãos Kleiton Alves Ramil (Pelotas RS 1951—) e Kledir Alves Ramil (Pelotas 1952—), ambos cantores, compositores e instrumentistas, de muito sucesso na década de 1980 com sua fusão de pop-rock e música popular gaúcha. 

Os dois surgiram em 1972, em Porto Alegre RS, no grupo Almôndegas, no qual Kleiton tocava violão, violino, flauta doce, harmônica e percussão, e Kledir, violão, flauta e percussão, além de serem vocalistas.

O grupo era integrado também por Quico (Eurico Guimarães de Castro Neves, Pelotas 1951—), viola de 12 cordas, violão e voz; Gilnei (Gilnei Ferreira da Silva, Jaguarão RS 1950—), bateria e percussão; e João Batista (João Batista Guimarães Carvalho. Porto Alegre 1953—), contrabaixo, violão e voz.

Os Almôndegas apresentaram-se em 1973 na televisão gaúcha, e o sucesso alcançado — um dos poucos casos de repercussão fora do eixo Rio-São Paulo — possibilitou a gravação de seu primeiro LP em princípios de 1975, na Continental, no qual lançaram, entre outras, as músicas Sombra fresca e rock no quintal (Zé Flávio), Vento negro (Fogaça) e Almôndegas (Gilnei e Kledir).

O maior sucesso do conjunto foi Canção da meia-noite, incluída em 1976 na trilha sonora da novela Saramandaia, da TV Globo, mas que, no entanto, não consta do único CD do grupo, uma coletânea lançada em 1995 pelo selo Continental.

No fim dos anos de 1970, os Almôndegas se separaram e Kleiton e Kledir continuaram como dupla, obtendo sucesso com Maria-fumaça (no último Festival da TV Tupi), Fonte da saudade, Deu pra ti e Vira virou, entre outras.

Em 1989 separaram-se para seguir carreira solo, mas voltaram a se reunir em 1996. A gravadora Polygram lançou, em 1996, o CD Minha história, coletânea dos sucessos da dupla.

Fonte: Enciclopédia da Música Popular - Art Editora e Publifolha.

quinta-feira, julho 10, 2008

Ruy Rey

O cantor e compositor Ruy Rey (Domingos Zeminian) nasceu em São Paulo-SP em 04/01/1915, e faleceu no Rio de Janeiro-RJ em 26/03/1995. Começou como crooner no conjunto dos Irmãos Copia, em São Paulo. Foi contratado pela Rádio Tupi (SP) atuando também no cabaré OK, com a Orquestra de J. França.

Em 1944, foi para o Rio de Janeiro, trabalhando como cantor da Rádio Nacional, conseguindo o horário de meio-dia e meia, logo após o programa de Francisco Alves de grande audiência, conseguindo projetar seu nome. Mas foi em 1948, quando ele teve a idéia de formar a Ruy Rey e sua Orquestra, especialista em ritmos latinos, que sua carreira deslanchou.

No mesmo ano, teve a sorte de estourar com a marchinha carnavalesca, A mulata é a tal (João de Barro e Antônio Almeida), apesar de nada ter a ver com a "latinidad" que o celebrizou. O sucesso o animou a adaptar sua orquestra aos ritmos brasileiros, como o samba e a marchinha, durante o carnaval. Fora dessa época, cantava mais em espanhol.

Em 49, gravou sua primeira composição, Nana (com Rutinaldo Silva), mas antes disso já havia gravado La bamba, dez anos antes da versão clássica de Ritchie Vallens. Atuou em filmes da Atlântida, como Carnaval no Fogo (49), Aviso aos Navegantes (50) e O Petróleo É Nosso (54), dirigidos por Watson Macedo.

Nos anos 50, rivalizou com o argentino Gregorio Barrios a preferência dos brasileiros nas interpretações de boleros e canções latinoamericanas. Celebrizou-se com as versões da rumba Zé Betum, os mambos Cao cao mani picão, Mambo jambo, o porro Cubanita chiquietita, o chá-chá-chá Torero, os boleros Camino verde e Ansiedad, além de Bailando la cucaracha.

Em 1968, desfez sua orquestra e retirou-se da cena artística.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; CliqueMusic.