Jaime Ovalle (Jaime Rojas de Aragón y Ovalle), compositor e poeta, nasceu em Belém PA em 5/8/1894 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 9/9/1955. Influenciado pela irmã, que estudava piano e bandolim com Eduardo Pierantoni, dedicou-se a esses instrumentos e, sempre como autodidata, mais tarde aprendeu violino e violão.
Ainda jovem, transferiu-se para o Rio de Janeiro, relacionando-se ali com intelectuais e músicos. Poeta, conhecedor da música popular brasileira e violonista de choros e serestas, foi freqüentador assíduo da casa de Heitor Villa-Lobos. Nomeado por concurso para a Fazenda Nacional, ocupou cargos em New York, EUA, e Londres, Inglaterra, onde escreveu grande parte de sua obra.
Regressando ao Rio de Janeiro, por volta de 1937 publicou, por conta própria, toda a sua obra musical, na Casa Artur Napoleão. Nunca realizou a apresentação pública dessas composições, mas exibiu-as em audição privada em casa do poeta Augusto Frederico Schmidt (1906—1 965), na interpretação do pianista Mário Neves.
Suas canções Azulão e Modinha, ambas com versos de seu grande amigo Manuel Bandeira, são consideradas suas obras mais importantes.
Membro fundador da Academia Brasileira de Música, teve sua obra apresentada formalmente pela primeira vez, em 1959, no programa Música e Músicos do Brasil, da Rádio MEC em palestra de Andrade Murici, ilustrada pelo soprano Gelsa Ribeiro da Costa e pela pianista Ana Cândida.
Não publicou livros, deixando uma obra inédita, The Foolish Bird (O pássaro tolo), poemas escritos em inglês.
Obras
Música orquestral: Pedro Álvares Cabral, opus 16, poema sinfônico, s.d.; Música de câmara: Dois improvisos, p/três clarinetas, s.d.; Música instrumental: Desafio, opus 6, n 2, p/plano, s.d.; Dois retratos: n° 1 — Manuel Bandeira; o 2— Maria do Carmo, opus 14, p/piano, s.d.; Noturno, opus 25, p/piano, s.d.; Scherzo, opus 9, n° 2, p/piano, s.d.; Música vocal: Azulão, opus 21, p/canto e piano, s. d.; Berimbau, opus 4, p/canto e piano, s.d.; Modinha, opus 5, p/canto e piano, s.d.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
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