Rosinha de Valença (Maria Rosa Canelas), instrumentista e cantora, nasceu em Valença RJ em 30/7/1941. Ainda criança começou a se interessar por violão, assistindo aos ensaios do conjunto regional de seu irmão Roberto. Estudou sozinha, ouvindo músicas de rádio, e aos 12 anos já tocava violão num regional que animava bailes e na Rádio de Valença, acompanhando cantores.
Em 1960 abandonou os estudos para se dedicar à carreira musical, indo para o Rio de Janeiro em 1963. Através de Sérgio Porto, conheceu, na boate Au Bon Gourmet, o violonista Baden Powell e Aloysio de Oliveira, produtor da gravadora Elenco, que a contratou para gravar seu primeiro disco, Apresentando Rosinha de Valença. Seu nome artístico foi criado por Sérgio Porto, que costumava dizer que ela tocava por uma cidade inteira.
Ainda em 1963, foi sucesso durante oito meses na boate carioca Bottle’s. Seguiram-se apresentações em televisão, radio, teatro e outras casas noturnas, e em maio de 1964 apresentou-se no show O fino da bossa, no Teatro Paramount, em São Paulo. No fim do mesmo ano, excursionou durante oito meses pelos EUA com o conjunto Brasil 65, de Sérgio Mendes, e gravou dois discos. Viajou novamente no final de 1965, participando como solista de um grupo de música brasileira, patrocinado pelo Itamaraty, que se apresentou em 24 países europeus.
Foi a violonista do espetáculo Comigo me desavim, de Maria Bethânia, em 1967, e no ano seguinte iniciou uma série de apresentações na ex-U.R.S.S., Israel, Suíça, Itália, Portugal e países africanos, voltando ao Brasil em 1971. Trabalhou então com Martinho da Vila, participando de seus quatro LPs seguintes.
Realizou depois novas tournées no exterior, e de volta, em 1974, organizou uma banda que teve várias formações e contou com a participação de artistas como o pianista João Donato, o flautista Copinha e as cantoras Dona Ivone Lara e Miúcha.
Um dos espetáculos da sua banda foi gravado pela Odeon, que lançou em 1975 o LP com o título Rosinha de Valença e banda. Tem ainda 11 LPs editados no Brasil, EUA, ex-R.F.A. e França, em diversas marcas, entre as quais RCA, Odeon, Forma, Pacifíc Jazz e Barclay. Abandonou a carreira artística algum tempo depois, por motivos de saúde.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora
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