sábado, março 01, 2008

Bidu Reis

A cantora, compositora, poeta, pianista e radioatriz Bidu Reis (Edila Luísa Reis) nasceu em 1920 no Rio de Janeiro, RJ. Pertence à União Brasileira de Compositores e é uma das diretoras da Associação Defensora dos Direitos dos Fonomecânicos. Em 2000, era também presidente da Associação das Donas de Casa da zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

Foi integrante do grupo As Três Marias, ao lado de Marília Batista e Salomé Cotelli. O grupo, formado em 1942 na Rádio Nacional do Rio de Janeiro por seu diretor artístico, José Mauro, lançou o primeiro disco ainda em 1942, acompanhando Linda Batista nos sambas Bom-dia, de Herivelto Martins e Aldo Cabral e Aula de música, de Haroldo Barbosa e Herivelto Martins. 

Em 1943, lançaram o segundo disco, acompanhando Francisco Alves e participaram, cantando, do filme É proibido sonhar, de Moacir Fenelon. No ano seguinte o conjunto lançou discos, acompanhando Roberto Paiva, Nilo Sérgio e Albertinho Fortuna.

Em 1945, saiu do grupo para cantar na Rádio Globo e na Orquestra Tabajara. Em 1951, gravou no selo Carnaval a marcha Não me fale em pretoria, de Fernando Lobo e Nestor de Holanda. Em 1954, foi escolhida pelo Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro como "Rainha dos músicos" com a expressiva soma de 98.185 votos.

Em 1955, gravou na Continental o baião Adeus, minha gente, de Alcir Pires Vermelho e Gilvan Chaves e o samba Sozinha, de sua autoria e José Bastos com acompanhamento de Radamés Gnattali e seu conjunto. No mesmo ano, o conjunto vocal Os Cariocas gravou seu samba Qu'est ce que tu penses, parceria com Haroldo Barbosa.

Em 1956, teve o samba Quatro histórias diferentes, parceria com Dora Lopes gravado pelo grupo Quatro Estrelas e a canção É Natal, parceria com Arsênio de Carvalho, por Emilinha Borba na Continental.

Em 1957, seu bolero Interesseira, parceria com Murilo Latini foi gravado pelo grupo Os Sinuelos na gravadora Sinter. Essa mesma música foi regravada no ano seguinte pelo grupo Os Seresteiros na gravadora Columbia e por Jairo Aguiar na Copacabana, além de ter sido posteriormente grande sucesso na voz de Anísio Silva. Ainda em 1957, conheceu seu maior sucesso, Bar de noite, parceria com Haroldo Barbosa e gravada por Creusa Cunha na Mocambo. Esta música foi regravada por inúmeros intérpretes, o principal dos quais foi Nora Ney, que a incorporaria ao seu repertório permanente. Em 1960, Lúcio Alves gravou na Philips a valsa Festa de luz, parceria com Murilo Latini, sendo posteriormente regravada por Dilu Melo.

É autora do livro A inteligência dos animais, história infantil que foi radiofonizada na década de 1960 e que somente em 1996 foi publicada como livro pela Editora Sette Letras. Bar da noite (Garçon, apaga esta luz/ Que eu quero ficar sozinha), em parceria com Haroldo Barbosa, é considerada um dos clássicos mais significativos do samba-canção. Gravada ao final da década de 1950 por Nora Ney, a música foi incluída no CD Estão voltando as flores - com as Cantoras do Rádio, no registro de Carmélia Alves, em expressa homenagem ao repertório de Nora Ney.

Em 2003, teve a composição Folhas mortas, parceria com Motta Vieira gravada pela cantora Marion Duarte no CD Fonte de energia, para o qual escreveu a apresentação.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

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