Enzo de Almeida Passos (Circa 1930 São Paulo), radialista e compositor, apresentou na Rádio Bandeirantes, na segunda metade da década de 1950, o programa "Telefone pedindo bis". Em 1958, abriu os caminhos da música popular para o cantor Sérgio Reis, que então usava o nome de Johnny Jonson, ao apresentá-lo aos executivos da gravadora Chantecler.
Em 1960, entrou como parceiro de Adelino Moreira naquele que seria um dos mais famosos sambas-canção da música popular brasileira, Negue, composição lançada por Carlos Augusto na Odeon.
Essa música foi regravada por vários cantores de diferentes épocas e estilos como Cauby Peixoto, Agostinho dos Santos, Joanna, Elymar Santos, Nelson Gonçalves, Pery Ribeiro, Ângela Maria, Carlos Nobre e Maria Bethânia. Ainda no mesmo ano, foi parceiro de Olegário Mazzer na guarânia Nunca me abandones gravada por Osvaldo Cruz pela Copacabana.
Teve gravado por Agostinho dos Santos em 1961, o samba-canção Negue, no LP Agostinho canta sucessos. Ainda no início dos anos 1960, seu programa alcançava grande audiência e certa vez para comemorar o aniversário do referido programa alugou o Cine Piratininga, no bairro paulista do Braz onde realizou grande show com as presenças de Sérgio Murilo, Tony Campello, Celi Campello, Ronnie Cord, Carlos Gonzaga, e o ainda iniciante Roberto Carlos. Por essa época apresentava o programa "Festival dos brotos" na Rádio Bandeirantes.
Em 1963, fez a declamação na música Amor mais puro, de autoria de Palmeira, dedicada ao Dia das Mães, gravada pelo cantor Francisco Petrônio e que permaneceu em catálogo por vários anos.
Em 1969, dirigiu na TV Bandeirantes o programa interativo "Telefone pedindo bis". Em 1977, produziu pela GTA o LP A grande parada Enzo de Almeida Passos que incluiu nomes como Belchior, Maria Creusa, Fafá de Belém, Ronnie Von, Ivan Lins, Luiz Ayrão, e Wando. Ainda na década de 1970, assinou com Waldick Soriano a canção Louca, gravada por Claudia Barroso.
Em 1983, o samba-canção Negue foi gravado em forma de rock pelo conjunto Camisa de Vênus.
Sua atuação se deu mais no campo da radiofonia e da televisão, embora tivesse entrado para a história da MPB como co-autor do clássico samba-canção Negue, embora o mais provável é que essa sua parceria tenha se dado mais como parte da divulgação da música. Apresentou programas de sucesso em São Paulo nas décadas de 1950, 1960 e 1970, e foi homenageado como nome de uma rua na região de Atibaia em São Paulo.
Fonte: Dicionário cravo Albin da Mpb.
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