Escreveu em junho de 1895 um hino em homenagem a Santo Antônio que se tornou popular. Ainda em Valença dirigiu a pequena orquestra do Teatro Glória e em 1896 foi nomeado mestre-de-banda da Corporação Sete de Setembro.
Transferiu-se em 1897 para o Rio de Janeiro, onde passou a ganhar a vida como arranjador e instrumentador de banda (foi mestre-de-banda da Sociedade Recreio do Engenho Novo). Matriculou-se então no I.N.M., tendo estudado com Frederico Nascimento (harmonia), Alberto Nepomuceno (composição e órgão) e Francisco Braga (contraponto e fuga).
Em 1903 graduou em primeiro lugar no curso de harmonia superior, tendo sido nomeado a 11 de abril de 1904 professor catedrático daquela matéria no I.N.M., depois E.N.M.U.B.; exerceu a função durante meio século e teve como alunos Heitor Villa-Lobos, Walter Burle Marx, Radamés Gnattali, Assis Republicano, Frutuoso Viana, Helza Cameu e José Guerra Vicente.
Notabilizou-se como um dos melhores teóricos de ensino musical no Brasil, sendo defensor intransigente do método Durand. Publicou um tratado de harmonia, Arte Modular. A polifonia na arte moderna, Rio de Janeiro, 1940.
Em 1965 sua ópera de costumes brasileiros em um ato, As parasitas (com libreto de Alberto Guimarães), foi montada no Rio de Janeiro na atual E.M.U.F.R.J.
Obras
Música dramática: Kismé, opereta, s.d.; As parasitas, ópera, s.d.
Música orquestral: Cupido no convento, abertura, s.d.; Suíte, p/cordas, s.d.
Música instrumental: Suíte infantil, p/piano, s.d.
Música sacra: Ave Maria, s.d.; Ecce Sacerdos, s.d.; Missa a Nossa Senhora da Glória, s.d.
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Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Publifolha e Art Editora - 2a. Edição - 1998
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