Arnaldo Passos, compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 24/02/1915, e faleceu na mesma cidade em 1964. Foi parceiro de nomes como Luís Vieira, Monsueto e Geraldo Pereira e as composições das quais foi parceiro foram gravadas por nomes como Nara Leão, Helena de Lima, Ivon Curi e Marlene, entre outros. Na verdade, essas parcerias eram as chamadas "parcerias de divugação", ou seja, o seu nome entrava não por ter feito as composições, mas por ajudar a divulgá-las junto a gravadoras, intérpretes e Rádios.
Assinou como parceiro de Luís Vieira a toada Menino de Braçanã, estrondoso sucesso na década de 1950 que foi gravada, entre outros, por Lúcio Alves em 1959 no LP Lúcio Alves, sua voz íntima, sua bossa nova, interpretando sambas em 3-D, da Odeon. Em 1951, o LP Carnaval da Capitol que reuniu diferentes intérpretes incluiu o samba Ela, com Osvaldo Lobo, na voz de Geraldo Pereira.
Em 1956, o LP Carnaval de 1956 Nº 2 da gravadora Copacabana incluiu a marcha Ai amor, com Manoel Casanova e Rosa de Oliveira, na interpretação de Ângela Maria. No mesmo ano, teve o samba Canta menina canta, com Monsueto Menezes, na gravação de Marlene incluído no LP Vamos dançar com Marlene e seus sucessos da gravadora Sinter, e o cantor Risadinha no LP Na batida do samba da Continental regravou o samba Escurinha.
Ainda em 1956, mais duas composições assinadas por ele foram gravadas: a marcha Na casa de Corongondó, com Monsueto, na voz de Marlene para o LP "Dez sucessos para o carnaval" da Sinter, e a marcha Nem toda flor tem perfume, com Monsueto, registrada por Cauby Peixoto para o LP Carnaval 1956, da Columbia.
Em 1958, o LP Foi a noite" da gravadora Odeon, com a cantora Isaura Garcia e o instrumentista Walter Wanderley, incluiu o samba-canção Quatro paredes, com Geraldo Queiroz. Em 1962, o samba Mora na filosofia, com Monsueto, foi incluído no LP Mora na filosofia dos sambas de Monsueto da gravadora Odeon. Em 1963, Rildo Hora gravou Menino de Braçanã no LP Em ritmo de dança da Som/Copacabana.
Em 1966, Rosa Maria no LP Uma Rosa com bossa da Odeon relançou Menino de Braçanã. Em 1968, o samba-canção Quatro paredes, com Geraldo Queiroz, foi gravado pelos Trigêmeos Vocalistas no LP A volta dos Trigêmeos Vocalistas da Beverly.
Ao longo do tempo a toada Menino de Braçanã, conheceu inúmeras gravações: em 1969, Regininha, no LP Me ajuda que a voz não dá!!! da Polydor; Fábio, em 1972, no LP Os frutos de mi tierra da Polydor; Marisa Gata Mansa, no LP Viagem, em 1973, pela Odeon; Nara Leão no LP Meu primeiro amor de 1975, da Philips; pelo Trio Irakitan no LP Eternamente de 1976, da RCA Camden; por Ivon Cury no LP De corpo inteiro - Um nu artístico, e por Luiz Gonzaga em 1989, no LP Aquarela nordestina da gravadora Copacabana, entre outras gravações.
Em 1973, o cantor Noite Ilustrada, no LP Irmão do samba da gravadora Continental, relançou o samba Ela, que nessa nova versão contou com o nome de Geraldo Pereira como um dos autores, diferentemente da gravação original dos anos 1950. Em 1976, Roberto Silva no LP Interpreta Haroldo Lobo, Geraldo Pereira e seus parceiros, da gravadora Som/Copacabana, incluiu o samba Os caprichos meus, com Geraldo Pereira.
Em 1977, no LP Sambistas de bossa & sambas de breque, da série Documento da RCA Camden, foram incluídos dois sambas seus na interpretação de Geraldo Pereira: Dama ideal, com Alcebíades Nogueira, e A coitadinha fracassou, com Hélio Nascimento.
Em 1979, seu samba Escurinha, com Geraldo Pereira, foi relançado por Raul de Barros no LP O som da gafieira, da gravadora CID. No ano seguinte, o samba "Escurinha", com Geraldo Pereira, na interpretação de João Nogueira foi incluído no LP Geraldo Pereira - Evocação V que o selo Eldorado lançou em homenagem ao sambista Geraldo Pereira.
Em 1983, o LP Geraldo Pereira - Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto lançado pela Funarte como um tributo ao sambista Geraldo Pereira incluiu quatro parcerias suas com ele: Boca rica; Escurinha; Ministério da Economia e Que samba bom. Em 1985, o cantor Francisco Carlos no LP Francisco Carlos - O cantor namorado do Brasil, da RCA Camden, registrou a toada Promessa de um caboclo, de Geraldo Pereira.
Em 1987, o samba Escurinha foi gravado de forma instrumental pelo pianista Pedrinho Rodrigues em LP do selo Recarey. Em 1995, Luis Melodia no LP Relíquias da EMI-Odeon regravou A coitadinha fracassou, com Geraldo Pereira.
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Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Revista do Rádio.
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